🌍 A Visão de Mundo em Platão:
O Idealismo da Realidade
🌍 A Visão de Mundo em Platão: O Idealismo da Realidade
A visão de mundo de Platão (c. 428/427–348/347 a.C.), um dos pilares da filosofia ocidental, é fundamentalmente idealista e dualista. Para compreendê-la, é preciso mergulhar em sua mais célebre e influente teoria: a Teoria das Ideias (ou Teoria das Formas). Platão propôs que a realidade não é aquilo que percebemos pelos sentidos, mas sim um reino superior, eterno e imutável, acessível apenas pela razão.
I. O Dualismo Ontológico: Os Dois Mundos
A estrutura do universo, segundo Platão, está dividida em duas esferas ontológicas (esferas de ser) distintas:
1. O Mundo Sensível (ou Mundo das Aparências)
Este é o mundo que habitamos e percebemos através dos nossos cinco sentidos. É o domínio da matéria, da mudança, da imperfeição e da multiplicidade.
Tudo neste mundo é transitório, nasceu e morrerá. As coisas são apenas cópias imperfeitas ou sombras de algo mais real.
É o mundo da opinião (doxa). Nossos conhecimentos sobre este mundo são sempre parciais, sujeitos a erro e incompletos, pois a própria natureza do objeto de estudo (a coisa sensível) está em constante fluxo (Heráclito).
Exemplo: Uma cadeira específica, que é feita de madeira, pode apodrecer, quebrar ou ser destruída; ela é apenas uma manifestação temporária da ideia de Cadeira.
2. O Mundo Inteligível (ou Mundo das Ideias/Formas)
Este é o verdadeiro e autêntico mundo. Ele não é acessível pelos sentidos, mas sim pela razão pura (nous).
É o domínio das Ideias (Eidos ou Formas), que são entidades metafísicas, eternas, imutáveis, perfeitas e únicas.
As Ideias são a essência de todas as coisas que existem no mundo sensível. Elas servem como modelos ou paradigmas perfeitos.
É o mundo da Ciência (Episteme), que oferece conhecimento verdadeiro e infalível.
Exemplo: A Ideia de Justiça existe independentemente de qualquer ato justo que ocorra no mundo sensível. Ela é a Justiça perfeita em si mesma.
II. A Hierarquia das Ideias e a Ideia do Bem
Dentro do Mundo Inteligível, Platão estabelece uma hierarquia entre as Formas. No ápice desta hierarquia encontra-se a mais importante e suprema de todas as Ideias: a Ideia do Bem.
Função: Assim como o Sol ilumina o mundo sensível e permite que vejamos os objetos, a Ideia do Bem ilumina o Mundo Inteligível, permitindo que a razão (nous) compreenda as outras Ideias (Justiça, Beleza, Verdade, etc.).
Causa: É a fonte de toda a existência, inteligibilidade e perfeição. O Bem não apenas é perfeito, mas também faz com que as outras Ideias sejam e sejam conhecidas.
Objetivo Final: O objetivo da filosofia e da vida humana é ascender ao conhecimento do Bem, pois ele é a meta última tanto da investigação filosófica quanto da ação moral.
III. A Condição Humana e a Alegoria da Caverna
A relação entre estes dois mundos e a dificuldade em ascender ao conhecimento verdadeiro são ilustradas de forma magistral na Alegoria da Caverna, apresentada em A República.
Os Prisioneiros (Nós): Representam a humanidade presa no Mundo Sensível, tomando as sombras (as aparências) como a única realidade.
As Sombras: São as aparências sensíveis e as opiniões (doxa) que nos iludem.
A Libertação: É o processo doloroso e gradual de ascensão do prisioneiro liberto em direção à luz do Sol. Esta jornada simboliza a educação filosófica e a passagem do conhecimento sensorial para o conhecimento racional.
O Sol: Simboliza a Ideia do Bem, a verdade máxima.
A alma humana, segundo Platão, é imortal e preexistente. Antes de encarnar no corpo (o Mundo Sensível), ela habitou o Mundo Inteligível e contemplou as Ideias perfeitas. O conhecimento, portanto, não é adquirido, mas sim recordado (anamnese). Aprender é recordar as Formas que a alma já conheceu.
IV. Implicações na Ética e na Política
A visão de mundo platônica se estende diretamente à sua filosofia prática:
Ética: O ser humano só pode alcançar a virtude e a felicidade (eudaimonia) harmonizando as três partes da alma (racional, irascível e apetitiva) sob a guia da razão. A razão, por sua vez, deve ter como modelo a Ideia do Bem.
Política: A cidade justa (pólis) deve ser um reflexo da ordem cósmica (o Mundo das Ideias). Platão propõe o governo dos filósofos-reis, pois somente eles, após a longa e rigorosa jornada de estudo filosófico, teriam atingido o conhecimento das Formas (especialmente a de Justiça e a do Bem) e, portanto, estariam aptos a guiar a cidade para a perfeição e a ordem.
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