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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Conceito Bíblico sobre Imagens

Conceito Bíblico sobre Imagens


Uma mulher com um rosário ora para uma estátua de Maria

Milhões de pessoas sinceras veneram imagens como parte de sua adoração. Mas será que a Bíblia apoia essa prática? Será que venerar imagens agrada a Deus?

Os judeus fiéis dos tempos bíblicos veneravam imagens?

“Não deves fazer para ti imagem esculpida, nem semelhança de algo que há nos céus em cima, ou do que há na terra embaixo, ou do que há nas águas abaixo da terra. Não te deves curvar diante delas, nem ser induzido a servi-las.” — Êxodo 20:4, 5.
A veneração de imagens foi proibida diversas vezes nas Escrituras Hebraicas, também conhecidas como Velho Testamento

O QUE ALGUMAS FONTES DIZEM

Conforme a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica), inúmeras imagens estavam associadas à adoração dos judeus “e essas representações eram honradas, reverenciadas e veneradas”. * Como exemplos, essa enciclopédia cita as muitas gravuras entalhadas de frutas, flores e animais que adornavam o templo de Jerusalém. — 1 Reis 6:18; 7:36.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Ao contrário do que afirma a New Catholic Encyclopedia, os judeus fiéis não veneravam as gravuras entalhadas nem os desenhos no templo. Aliás, a Bíblia não fala de nenhum israelita fiel que tenha usado imagens na adoração a Deus.

O QUE A BÍBLIA DIZ

Por meio do profeta Isaías, Deus disse: “Minha própria glória não darei a [outra pessoa], nem o meu louvor a imagens entalhadas.” — Isaías 42:8.

 
Os primeiros cristãos usavam imagens para adorar a Deus?

“Que acordo tem o templo de Deus com os ídolos? . . . Cessai de tocar em coisa impura.” — 2 Coríntios 6:16, 17.
“Os primeiros cristãos teriam encarado com aversão a mera ideia de colocar imagens nas igrejas e teriam considerado nada menos que idolatria curvar-se ou orar diante delas.” — History of the Christian Church (História da Igreja Cristã), de John Fletcher Hurst

O QUE ALGUMAS FONTES DIZEM

“Não há mais razão para duvidar que os primeiros cristãos usassem imagens na adoração”, diz a New Catholic Encyclopedia. “As catacumbas cristãs são verdadeiras galerias da arte dos primeiros cristãos. . . . Até mesmo personagens mitológicos adornam as câmaras sagradas de adoração e sepultamento.”*

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

As imagens mais antigas encontradas nessas catacumbas — passagens subterrâneas usadas como sepulturas — são do terceiro século, ou seja, uns 200 anos depois de Jesus ter morrido. Portanto, a adoração dos que a New Catholic Encyclopedia chama de “primeiros cristãos” não se trata realmente da adoração dos primeiros cristãos — isto é, da adoração praticada pelos discípulos do primeiro século que é descrita nas Escrituras Gregas Cristãs, também conhecidas como Novo Testamento. A presença dessas imagens nas catacumbas apenas indica que, no terceiro século, os cristãos nominais já tinham adotado o costume pagão de usar imagens, provavelmente para atrair adeptos.*

O QUE A BÍBLIA DIZ

‘Fuja da idolatria.’ — 1 Coríntios 10:14.

E se as imagens forem usadas simplesmente para ajudar uma pessoa a adorar a Deus?

“Guardai-vos dos ídolos.” — 1 João 5:21.
A veneração de imagens é uma prática religiosa que não é apoiada pela Bíblia. Por isso, as Testemunhas de Jeová não veneram imagens e não possuem imagens religiosas nem em casa nem em seus locais de adoração

O QUE ALGUMAS FONTES DIZEM

New Catholic Encyclopedia comenta: “Visto que a adoração prestada a uma imagem alcança a pessoa representada e nela termina, o mesmo tipo de adoração devida à pessoa pode ser prestada à imagem como representando a pessoa.”

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Quando Jesus ensinou seus discípulos a orar, ele não disse que deveriam usar imagens para isso. Na verdade, não há nada nas Escrituras Gregas Cristãs que sugira o uso de imagens para adorar ao Deus verdadeiro.

O QUE A BÍBLIA DIZ

“É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.” — Mateus 4:10.
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quarta-feira, 26 de junho de 2019

O Veneno Está na Mesa - (Assista na íntegra)

BOADICEA, A VINGANÇA DOS CELTAS - Parte 1/5

BOADICEA, A VINGANÇA DOS CELTAS - Parte 1/5

Ainda hoje, se você escavar em Londres, vai achar uma camada de cinzas; fruto da destruição causada pela rainha celta que enfrentou os romanos no século 1.
A rainha dos celtas

O ano era 60 ou 61. Apenas 17 anos antes os romanos tinham chegado à Grã- Bretanha, ocupando um território povoado por tribos celtas. Eles ocupavam as aldeias existentes e permitiam que seus líderes permanecessem no poder, desde que aceitassem Nero como imperador e pagassem impostos. Era esse o caso da tribo dos icenos.
Os icenos viviam no noroeste da ilha (hoje perto da cidade de Norfolk). Seu rei, Prasutagos, temia pelo futuro da família após sua morte e em testamento propôs uma solução conciliatória: metade do reino ficaria para sua mulher, Boadicea, e as duas filhas. A outra metade seria de Roma. Mas os conquistadores romanos resolveram ficar com o reino todo. Diante da resistência dos icenos, invadiram a aldeia, açoitaram a rainha e estupraram suas duas filhas, de 10 e 12 anos.
Boadicea, humilhada, se uniu com as tribos vizinhas, também insatisfeitas com o domínio romano, e logo um exército de 100 mil bretões estava marchando em direção à capital da Britânia, Camulodunum (hoje Colchester). "Os bretões passaram a ser cidadãos de segunda classe em seu próprio país. Roma controlava seu dinheiro, terras, armas e liberdade," afirma o historiador Dan Snow, no documentário Battlefield Britain("Campo de Batalha Britânico"), da BBC. Continua...

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Humanismo - Parte 1/2

Na literatura, o Humanismo foi um movimento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.



Humanismo
O Humanismo foi um movimento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, ou entre o Trovadorismo e o Renascimento. Como o próprio nome já indica, esse período literário correspondeu a ideais filosóficos, morais e estéticos que valorizavam o ser humano.
Por volta do século XIV, ou Alta Idade Média, na Europa Ocidental, ocorreram mudanças sociais e econômicas profundas que contribuíram para o surgimento de novas formas de pensar. Essas modificações do modo de pensar não aconteceram de uma hora para outra, foram consolidando-se ao longo dos séculos anteriores até concretizarem-se em uma nova mentalidade e nova cultura. Assim, essas novas formas de pensamento influenciaram a economia, a organização do poder e a produção artística.

Contexto histórico
Com a decadência do Feudalismo, surgiu uma nova classe social, a burguesia, o que contribuiu para o surgimento de cidades e, também, para a emigração do campo para a cidade. Os burgueses, agora, competiam com a nobreza pelo poder econômico e social.
Além do surgimento da burguesia, outras mudanças marcaram esse período na Europa, entre elas, a expansão marítima, o desenvolvimento do comércio, o surgimento de pequenas indústrias, etc., e todas essas transformações foram desenvolvidas pelos humanistas. Assim, lentamente, a mentalidade medieval foi sendo deixada no passado daquela sociedade.
A nova organização social trouxe consequências para o povo, que era acostumado à servidão e, portanto, não tinha nem estudo nem qualificação profissional para atender às exigências comerciais que se consolidavam. Com isso, esse foi um período de muita fome e doenças. A epidemia da peste bubônica, conhecida como Peste Negra, por exemplo, dizimou um terço da população da Europa.
Outro fator relevante dessa nova constituição social foi a mudança do poder descentralizado, que era executado em cada feudo pelo seu nobre responsável, para um poder centralizado nas mãos do rei, ou seja, momento político chamado de Absolutismo.
Além disso, a hegemonia da Igreja foi quebrada, e sua influência sobre a sociedade, o modo de pensar, de viver e a influência nas artes passou a ser criticada, inclusive, pelos seus seguidores. Esse rompimento com a Igreja influenciou diretamenta o modo de expressão da sociedade ascendente desse período, bem como sua relação com a espiritualidade.
Outro aspecto importante foi o grande avanço científico que se realizou nessa época: o início das grandes navegações como forma de expansão comercial e territorial, a invenção da bússola, a teoria heliocêntrica provada por Galileu, o que deu ao homem uma postura mais cientificista e racionalista.
Em Portugal, o Humanismo estendeu-se entre 1434 a 1527 e teve como marco inicial a nomeação de Fernão Lopes como cronista-mor do Reino e, como marco de transição para o Renascimento, a volta do poeta Sá de Miranda da Itália, que trazia as novidades renascentistas.

Mudança do pensamento religioso
Durante séculos, a Igreja exercia uma enorme influência sobre a sociedade e seu modo de pensar. O pensamento religioso que, até então, possuía uma visão teocêntrica (teos= Deus, no centro das preocupações humanas) deu lugar a uma visão antropocêntrica (anthropos = homem, no centro das realizações do universo humano). Por ser um movimento de transição, o Humanismo apresentava tanto as características do modo medieval do pensamento quanto do novo modo de pensar religioso, ou seja, havia uma tensão entre essas duas visões, porém existia um predomínio da visão antropocêntrica.
A visão antropocêntrica via o ser humano em sua real humanidade, desconectado da visão da Igreja, passando a ser responsável por seus pensamentos e atos, sem a necessidade da permissão religiosa.
Por esse desligamento, houve um resgate das culturas greco-romanas da Antiguidade, ou seja, um resgate das culturas pagãs, o que, posteriormente, marcaria o período renascentista. Assim, houve também uma retomada de temas, valores e personagens da mitologia dos gregos e romanos.

Características gerais do Humanismo
- Transição do Teocentrismo para o Antropocentrismo;
- Cientificismo;
- Racionalidade;
- Retomada do modelo clássico das culturas da Antiguidade;
- Busca da beleza e da perfeição;
- Valorização do corpo humano e das emoções.


Fonte de referência, estudos e pesquisa:

 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/humanismo.htm

Filosofia da ciência

Filosofia da ciência

Francis Bacon -  A figura mais importante para a Filosofia da Ciência
Francis Bacon - A figura mais importante para a Filosofia da Ciência.

Filosofia da ciência é a área da filosofia que pergunta sobre a ciência, de quais ideias parte, qual método usa, sobre qual fundamento e acerca de suas implicações. Apesar destes problemas gerais, muitos filósofos escreveram sobre algumas ciências particulares, como a física e a biologia. Não apenas se utiliza a filosofia para pensar sobre a ciência, como se utiliza resultados científicos para pensar a filosofia.

Não existe determinada ciência que faça parte dos estudos da filosofia da ciência. As ciências naturais (ex.: biologia, química e física), formais (ex.: matemática, lógica e teoria dos sistemas), sociais (ex.: sociologia, antropologia e economia) e aplicadas (agronomia, arquitetura e engenharia) já foram objetos de estudos filosóficos.
Historicamente, já na Grécia Antiga se pensava sobre a ciência. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), por exemplo, escreveu sobre a origem da vida, afirmando a possibilidade de existir vida a partir de algo inanimado. A teoria da abiogênese (geração espontânea) que ele defendia perdurou por diversos séculos. Além da origem da vida, Aristóteles também se preocupou em elaborar um meio de estudar as espécies, sendo ele o primeiro a propor uma divisão do reino animal em categorias.
No decorrer da história, a figura mais importante para a filosofia da ciência é Francis Bacon (1561-1626), filósofo inglês responsável pela base da ciência moderna, o método indutivo. A indução, método de a partir de fatos particulares chegar a conclusões universais, já existia, mas é Bacon o responsável por seu aprimoramento e divulgação.
Após Bacon, muito se pensou e escreveu sobre a ciência, especialmente devido aos avanços e descobertas dos séculos seguintes. René Descartes desenvolveu seu método, houve as contribuições e discussões de Galileu Galilei, Isaac Newton, Gottfried Leibniz e outros. Deste aumento considerável de pensadores que detiveram tempo acerca do campo da filosofia da ciência pode-se escolher alguns para comentar suas importantes ideias. Entre eles, David Hume e Karl Popper.
David Hume (1711-1776), filósofo escocês, criticou fortemente as bases da ciência e da filosofia. A partir do pensamento de John Locke (1632-1704), Hume levou o empirismo, isto é, a ideia de que todo o nosso conhecimento tem origem na experiência (nos cinco sentidos), até as últimas consequências. Para ele, se nosso conhecimento ocorre após a experiência significa que não podemos deduzir eventos futuros. Significa dizer que não há nada no mundo que garanta que as leis que regem o universo hoje serão as mesmas amanhã. Por mais que o homem observe há milênios o sol aparecer todos os dias, nada garante o seu aparecimento amanhã, e por isso a ciência não pode tomar suas conclusões como verdades absolutas.
No século XX, o filósofo austríaco, Karl Popper (1902-1994) criticou a forma de fazer ciência a partir da indução, o método defendido por Bacon. Para Popper, o método indutivo não garante a validade de suas conclusões. Afirmou isso, pois não é possível ter acesso a todos os fatos particulares para ser possível chegar a conclusões. Um cientista pode observar cisnes durante 20 anos e perceber que todos os cisnes observados são brancos, mas ele não pode concluir que “todos” os cisnes são brancos. Se ele concluir isto, bastará a existência de apenas um cisne negro para invalidar sua tese. Com isto, Popper defenderá que o papel da ciência é falsear as suas conclusões a partir do método dedutivo, partindo de conclusões universais para a verificação particular. O papel da ciência é verificar se suas conclusões são verdadeiras, tentando falseá-las com a experimentação.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-ciencia.htm

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Senso comum

Senso comum

O senso comum possui uma importância enorme na história dos problemas filosóficos, sobretudo por estar associado à experiência tradicional.

O senso comum suscita o equilíbrio entre os elementos racionais e irracionais (ou emocionais), presentes em todos os seres humanosO senso comum suscita o equilíbrio entre os elementos racionais e irracionais (ou emocionais), presentes em todos os seres humanos.

Na história da filosofia, o problema do senso comum sempre foi um ponto de enorme importância e grandes debates. Os filósofos clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, dedicaram-se a refletir sobre isso e situar esse tema dentro dos problemas que interessam à reflexão filosófica.
Grosso modo, o sentido mais profundo da expressão “senso comum” remete ao tipo de experiência que é propriamente humana, isto é, a experiência do sofrimento ou a experiência tradicional. Um dos elementos que tornam o homem diferente das outras criaturas é a sua capacidade de refletir sobre o sofrimento, de saber que vai morrer, que pode ser acometido por catástrofes, doenças, etc. A experiencia tradicional nos dá os elementos para a compreensão de nossa condição de seres falíveis. As tragédias antigas (tão valorizadas por Aristóteles) davam conta dessa experiência. A literatura moderna e contemporânea também o faz.
Sendo assim, o senso comum é o tipo de saber que busca fornecer orientação ao homem e não deixá-lo repetir os erros do passado. Por intermédio da experiência, o homem pode exercer virtudes, como a prudência e a paciência, e aprender a não se deixar levar por aventuras emocionais, que o desviam para a irracionalidade, bem como não se deixar levar por “sonhos racionais” de progresso a qualquer custo. Como disse o pintor espanhol Goya, “O sonho da razão produz monstros”.
O conceito de senso comum sofreu certa desvalorização após o período do Renascimento. O humanismo renascentista foi a última corrente de reflexão que levava em conta o potencial orientador do senso comum. A partir do século XVII, sobretudo com o desenvolvimento da ciência moderna e da filosofia racionalista cartesiana, o senso comum passou, de forma geral, a ser identificado como “falta de rigor metodológico” e a ser rivalizado com o “senso crítico” ou “senso científico”. Dessa forma, até o início do século XX, eram poucas as defesas filosóficas que se faziam do senso comum, haja vista que a expressão havia sido alijada de seu sentido tradicional.
Os filósofos ligados à fenomenologia e à hermenêutica do século XX, como Heidegger Gadamer, passaram a refletir novamente sobre o senso comum, colocando-o diante do problema da historicidade, isto é, da experiência histórica humana. Autores de outras tradições, como o católico leigo G. K. Chesterton, também passaram a fazer, ao seu modo, a defesa do senso comum, sobretudo recuperando o seu sentido tradicional.


Fonte de referência, estudo e pesquisa:


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Absolutismo



O absolutismo defendia a centralização do poder político pelas mãos do rei.


O absolutismo defendia a centralização do poder político pelas mãos do rei.A partir da Baixa Idade Média, o cenário político europeu sofreu transformações que romperam com o caráter local que o poder assumia durante o auge das relações feudais. O aparecimento de novos grupos sociais e as crises que se desenvolveram nesse mesmo período abriram caminho para um gradual processo de centralização política que ampliou o papel exercido pela autoridade monárquica. Antes disso, os senhores feudais tinham uma autonomia que fazia com que os reis fossem meras figuras decorativas.


Para que pudessem reafirmar seu poderio, muitos reis contaram com o expresso apoio da burguesia local, que tinha uma série de interesses por de trás da ascensão do regime absolutista. Com a presença de um Estado centralizado, seria possível implementar uma série de padrões monetários e fiscais que permitiriam a ampliação das atividades comerciais. Além disso, a formação de exércitos também viabilizaria uma situação mais segura para que os deslocamentos comerciais fossem realizados.


Na medida em que a autoridade do rei ganhou força, diversos pensadores surgiram e passaram a refletir sobre esse novo tipo de experiência. Muitos desses intelectuais concordavam com a existência de um rei que estivesse acima do restante da população. Entre estes, podemos citar pensadores como Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet. Dessa maneira, o regime absolutista passou a ganhar respaldo científico necessário para que as monarquias européias tivessem seu poderio legitimado.


Segundo o pensamento absolutista, o rei deve ter a capacidade de equilibrar devidamente suas ações mediante a constante necessidade de se fortalecer o Estado e, ao mesmo tempo, obter o reconhecimento do poder por ele exercido. Sob tal aspecto, as doutrinas absolutistas acreditam que o monarca deve habilmente distinguir a moral das “razões do Estado” para que pudesse alcançar seus objetivos.


Outro tipo de justificativa que também marca o absolutismo trata das condições históricas que legitimavam esse tipo de governo. Segundo as teorias de Hobbes, a falta de uma instituição que pudesse mediar os possíveis conflitos entre os homens, poderia levar uma determinada sociedade à sua própria ruína. Dessa forma, o Estado deveria organizar uma espécie de “contrato social” que pudesse limitar os direitos do indivíduo em favor do bem de toda a sociedade.


Sendo uma teoria política condizente com seu tempo, o absolutismo também buscou justificativas de natureza religiosa para defender a necessidade de um organismo político centralizado. Sob tal aspecto, o “direito divino dos reis” dizia que a ascensão do monarca ao trono condizia com a manifestação de uma vontade de Deus. Dessa forma, quando os súditos iam contra as leis e ordens estabelecidas pelo rei, cometiam uma ofensa contra desígnios de natureza sagrada.


Historicamente, o absolutismo viveu seu auge durante os três primeiros séculos da era moderna. Ao chegarmos ao século XVIII, as doutrinas estabelecidas pelo pensamento liberal e as diversas crises do poder monárquico foram responsáveis pela queda do absolutismo dentro da Europa. Para exemplificar tal mudança, podemos apontar a Revolução Francesa, em 1789, como um dos mais expressivos episódios que deflagram a queda do absolutismo.


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Ciência da história no século XIX

Ciência da história no século XIX

O desenvolvimento da ciência da história no século XIX ocorreu sobretudo na França e na Alemanha, em um contexto de eferverscência filosófica e científica.


Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *

No século XIX, muitas ciências foram sistematizadas, recebendo um tipo de configuração (procedimentos metodológicos, formas de investigação etc.) que as tornaria respeitáveis. A sociologia e a antropologia são exemplos dessas ciências. A história, como veremos, também está entre elas. O que chamamos de ciência da história desenvolveu-se, propriamente, no século XIX.
Os dois países que são considerados os berços da moderna ciência da história são França e Alemanha. A filosofia alemã, na virada do século XVIII para o XIX, estava envolta à tradição metafísica, sobretudo derivada das reflexões de Immanuel Kant e de Herder. Depois, houve as correntes de Hegel e de Schopenhauer. Em meio a essa atmosfera de discussão filosófica, a história se desenvolvia enquanto um conceito singular, isto é, passava a existir como “História Universal”, e não mais como “histórias particulares”. Era a história da humanidade como um todo.
O chamado historicismo (corrente teórica que buscou pensar a história a partir de sua singularidade) desenvolveu-se fundamentalmente na Alemanha ao longo do século XIX. Nesse país houve um grande peso da tradição interpretativa de textos (que recebeu o nome de hermenêutica), em razão, sobretudo, da Reforma Luterana, que infundiu na teologia o estudo da exegese de textos bíblicos. Essa tradição interpretativa chegou até os círculos e intelectuais e poetas do romantismo alemão, dentre ele Goethe e Schiller.
Esse ambiente de embate entre a tradição metafísica e a hermenêutica provou longas discussões nas quais as reflexões sobre a história foram inseridas. A história, para os historicistas, deveria, ao contrário das ciências naturais, pautar-se pela categoria da compreensão, e não da explicação científica. Compreender implicava interpretar e criar ao mesmo tempo, isto é, mesclar elementos objetivos e subjetivos. O principal historiador a fazer essa mescla e a defender o trabalho do historiador nessa direção foi Wilhelm Von Humboldt, cujo clássico ensaio “Sobre a Tarefa do Historiador” até hoje é lido e reinterpretado.
A compreensão, segundo Humboldt, não podia ser reduzida à explicação demonstrativa, de caráter matemático, como ocorre na física. Compreender exigia um diálogo com o passado, com a tradição. A tradição fornece-nos um horizonte de compreensão, as bases para agirmos no presente. A história, enquanto disciplina com elementos científicos, não pode prescindir da compreensão, haja vista que, mais que explicar rigorosa e definitivamente o passado, a história oferece aos homens do presente condições para agir, para administrar a sua existência.
Na França, também durante o século XIX, desenvolveu-se a chamada Escola metódica(ou Escola histórica metódica), que possuía a pretensão de tornar a história uma ciência metodologicamente rigorosa, tendo como modelo as ciências naturais. O modelo que se seguia, inclusive, era o das ciências físicas. Essa pretensão era infundida pelo positivismo, pensado por August Comte, então em voga na França.
Apesar das justas críticas que recebeu de historiadores do século XX, a Escola metódica francesa foi de fundamental importância para atribuir confiabilidade ao método histórico. Por exemplo, com relação à concepção de tempo (que é um dos principais conceitos históricos): para os metódicos, o tempo era sempre passível de investigação quando era curto, o tempo dos acontecimentos, dos fatos cumulativos. No século XX, essa ideia de tempo alargou-se, haja vista que havia uma noção de tempos múltiplos, breves e longos que se entrelaçavam, e não apenas o tempo linear e progressivo.
Com relação à definição de história: para os metódicos, a história era entendida como ciência nos moldes positivistas; no século XX, a história também era concebida como ciência, porém com a particularidade de ser uma ciência “dos homens no tempo”, como a definiu o historiador francês Marc Bloch. Além disso, com relação às fontes (ou documentos), que é outro conceito de grande importância para a história, os metódicos privilegiavam as fontes escritas, os documentos escritos, não se atendo muito às demais formas de testemunho da história humana. No século XX, os historiadores passaram a considerar “documento histórico” tudo aquilo que o homem produziu ao longo de sua existência.
* Créditos da imagem: Shutterstock e 360b

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/ciencia-historia-no-seculo-xix.htm

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Efésios 5:22 e a questão da submissão da Mulher

Efésios 5:22 e a questão da submissão da Mulher



Resolvi escrever sobre a questão da submissão da mulher no texto de Efésios 5:22, pois tenho percebido que ele tem sido mal interpretado,mal compreendido e usado de forma errada , segue abaixo o texto bíblico: 

 “As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,”.
Efésios 5:22 ACF
Ao contrario do que alguns podem pensar a submissão da mulher ao marido na Bíblia, não significa inferioridade da mulher, a submissão de efésios 5:22 é na verdade uma referencia as funções estabelecidas por Deus para o homem e para a mulher pois a escritura afirma que o homem deve ser o cabeça o líder do lar, e a mulher sua auxiliadora e ajudadora, estar ao seu lado lhe ajudando a tomar decisões e manter a ordem no lar. vejamos Efésios 5:
“pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.” Efésios 5:23 NVI
A palavra grega que é traduzida por submissão é a palavra grega “Ὑποτάσσω” que de acordo com os dicionários de grego bíblico significa: “reconhecer a liderança de”.
Percebam que o significado literal da palavra, nada tem a ver com inferioridade e sim com questões de organização e ordem no lar. Vejamos como o pastor e escritor Augustus Nicodemus, define a submissão da mulher ao marido em seu livro “ A Bíblia e sua Família” ele afirma:

“Sujeitar-se significa ‘ colocar-se sob autoridade de alguém, submeter-se, obedecer’. O conceito neotestamentário de submissão a alguém que está em autoridade não implica a inferioridade do que se sujeita nem a superioridade do que está em autoridade. Trata-se de funções, e não de valor pessoal...homem e mulher são iguais, embora desempenhem papeis diferentes”
O texto de efésios 5:22, não é um texto tratando de uma questão cultural da época , pois o seu autor logo após o versículo 22 apresenta um motivo teológico, motivo pelo qual a mulher deve ser submissa(submissa=reconhecer a liderança do marido)

“pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”
Efésios 5:23,24 NVI
Atualmente acho que a palavra submissão tem sido entendida como: ser inferior, escravidão e outras, mas submissão na Bíblia é algo feito com livre e espontânea vontade, e não algo forçado de acordo com o sentido da palavra grega Ὑποτάσσω' que é estar sobre a liderança de alguém, e também ajudando essa liderança, por isso creio que uma melhor tradução de efésios 5:22 seria:
Texto Grego :
αι γυναικες τοις ιδιοις ανδρασιν υποτασσεσθε ως τω κυριω

Minha tradução:

“mulheres reconheçam que o marido é o líder, assim como vocês aceitam que o Senhor é”.

“A Bíblia Jamais afirma que a Mulher é inferior ao homem, pelo contrario a função dela é de ser uma ajudadora do homem” E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. ”

Gênesis 2:18 ACF 
 A palavra ajudadora no texto hebraico é a palavra עֵזֶר que significa: “ajudadora, alguém que presta auxilio, ajuda, alguém que esta ao lado de.”.
Já a palavra “idônea” no texto hebraico é a palavra נֶגְדּוֹ que de acordo com o dicionário do hebraico bíblico de Strong e outros significa: “oposto a ele”, “correspondendo a ele”, o dicionário de Gesenius Hebrew- Chaldee acrescenta o significado de “semelhante”.

Até Cristo foi submisso, a Bíblia diz que Ele foi submisso aos seus pais Lucas 2:21, e a palavra submisso desse versículo é a mesma que aparece em efésios 5:22 a palavra grega “Ὑποτάσσω”isso não significa que Cristo sendo Deus ,era inferior a a seres humanos, pois estava guardando o mandamento de honrar pai e mãe, e isso não o tornou inferior ou de menos importância que seus pais , mais o tornou alguém que reconhece e respeita a autoridade benéfica dos pais que tinha por objetivo a sua proteção, para Ele sendo uma criança na época. 

Pessoas mal intencionadas se utilizam desse versículo de forma errada, para humilhar, rebaixar e inferiorizar suas esposas, mas a Bíblia não ensina isso pelo contrario quando fala da submissão que as esposas devem ter para com os maridos, também no mesmo trecho ordena aos maridos que:
“Maridos amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela Efésios 5:25” NVI 
“Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja,”
Efésios 5:28,29 NVI

"Mulheres sujeitem-se a seus maridos, como convém a quem está no Senhor.

Maridos, amem suas mulheres e não as tratem com amargura."
Colossenses 3:18,19 NVI

Quem ama não rebaixa a pessoa amada pelo contrario faz de tudo para ver a pessoa amada feliz. Como afirmam esses versículos o marido deve amar, cuidar e proteger a sua esposa.

Sobre a questão da submissão da mulher Ellen White afirma:
“Precisamos ter o Espírito de Deus ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o Espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja uma escrava, mas uma companheira de seu marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor de sua esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um tipo do Céu. ... Se um erra, o outro exercitará a tolerância cristã em vez de repelir com frieza.” O Lar Adventista Pág. 118
“Nem o marido nem a esposa devem pensar em exercer governo arbitrário um sobre o outro. Não intentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sede bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus podeis ter êxito em vos fazerdes mutuamente felizes, como prometestes no voto matrimonial. “ O Lar Adventista Pág. 118
Sobre o tema o teólogo John Piper diz:
"Submissão não significa abandonar o seu cérebro no altar"

Ao estabelecer a família , Deus também estabeleceu diferentes funções para o homem e para a mulher. Apesar de have-los criado iguais, Deus distribuiu-lhes deveres e privilégios distintos

Conhecer e assumir os papéis, deveres, privilégios e funções do marido e da mulher, segundo Deus os nomeou, é um princípio de fundamental importância para o sucesso do casamento.

Em sua infinita graça Deus designou um membro do lar como líder, protetor e provedor, e outro como sua companheira, amiga e complemento, a mulher é o coração do lar, alguém para ajudar o homem em sua liderança do lar e a tomar decisões.
Referencias bibliográficas:

O léxico hebraico Brown, Driver e Briggs (BDB).
Francis Brown, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon (Hendrickson, 2007) 617.
O léxico de Strong Hebraico e grego 
Friedrich Wilhelm Gesenius, Léxico Hebraico-Caldéia de Gesenius às Escrituras do Antigo Testamento, tradução do alemão para o inglês de Samuel Prideaux Tregelles (Londres: Samuel Bagster and Sons, 1857).
Francis Brown, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon (Hendrickson, 2007) 617.
Novo testamento grego 
Bíblia hebraica stuttgartensia
O Lar Adventista pág.118
A Bíblia e sua Família-Exposições bíblicas sobre o casamento, família e filhos . Augustus Nicodemus Lopes e Minka Schalkwijk Lopes. Editora cultura cristã, pág. 32-33

Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://verdadepresent.blogspot.com/2017/06/efesios-522-e-questao-da-submissao-da.html

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