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sábado, 30 de agosto de 2014

A Prosperidade no Antigo Testamento...

A Prosperidade no Antigo Testamento - Subsídio Lexicográfico


"Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para os que o temem" (Sl 103.11)

Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento

1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).

2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".

3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). Nesses versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.

4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema, o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranquilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foram abatidos. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10). O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.

5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagens como essas eram frequentes no Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado, sempre gordo, refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundante, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).


Arqueologia bíblica em Israel - As 10 maiores descobertas...

1 - Os Manuscritos do Mar Morto                                          Réplica de Lâmpada Herodiana
Em 1947, os primeiros manuscritos foram encontrados em uma caverna às margens do Mar Morto por um jovem beduíno que cuidava de um rebanho de ovelhas. A notícia do achado espalhou-se rapidamente após a venda e aquisição dos primeiros manuscritos. De imediato a comunidade científica interessou-se pelo achado.A “École Biblique et 

Archéologique Française de Jerusalém” desenvolveu pesquisas em Qumran e arredores desde o final da década de 40 até 1956. O chefe da equipe, no período de 1951 a 1956 foi o frei dominicano Roland Guérin de Vaux (1899-1971).
Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma colecção de cerca de 850 documentos (em pergaminho), incluindo textos da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia). Eles foram escritos em Hebraico, Aramaico e grego, entre o século II a.C. e o primeiro século depois de Cristo. Foram encontrados mais de oitocentos textos, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essénios e outras seitas.
2 - A Piscina de Siloé
A piscina de Siloé está situada na chamada "Cidade de Davi", hoje na Jerusalém Oriental, as escavações terminaram no último mês de Dezembro, mas somente nos últimos tempos tem sido revelado os resultados da pesquisa. No local foi também construído na época do Segundo Tempo, uma calçada semelhante a que foi descoberta em volta do Monte do Templo, na região do Ofel, pois ambas foram construídas no período de Herodes. 

No mesmo local pode-se notar uma espécie de praça que foi construída com pedras do período do Romano. 
3 - A Inscrição de Siloé
A Inscrição de Siloé (Shiloach) inscrição é a passagem do texto inscrito originalmente encontrado no túnel de Ezequias (que alimenta de água da fonte de Giom à piscina de Siloé, em Jerusalém Oriental). O túnel foi descoberto em 1838 por Edward Robinson. A inscrição registra a construção do túnel no século VIII AC. É entre os mais antigos registros existentes no seu género escrito em hebraico usando o alfabeto Paleo-Hebraico. Tradicionalmente identificado como uma "inscrição comemorativa", também tem sido classificada como uma inscrição dedicatória. Apesar do túnel de Ezequias ser examinado extensivamente durante o século XIX por arqueólogos eminentes, tais como o Dr. Edward Robinson, Charles Wilson Sir, Sir Charles Warrene, todos eles não conseguiram descobrir a inscrição, provavelmente devido aos depósitos minerais acumulados tornando-o quase imperceptível. 
De acordo com o Dicionário da Bíblia Easton(1897), um jovem, enquanto vadeando no túnel de Ezequias a partir do final piscina de Siloé, descobriu a inscrição em um corte na rocha, no lado leste, cerca de 19 metros no começo do túnel. 
4 - O Túnel de Ezequias
O Túnel de Ezequias ou Tunel de Siloé é um túnel ou aqueduto que foi escavado na rocha sólida, escavado embaixo de Ophel na cidade de Jerusalém por volta de 701 a.C. durante o reinado de Ezequias. Foi provavelmente um alargamento de uma caverna pré-existente e é mencionado na Bíblia. É descrito por peritos como uma das grandes proezas de engenharia da antiguidade. O túnel conduz água da Fonte de Giom até a piscina de Siloé, ele foi projetado para servir como um aqueduto para manter o abastecimento de água na cidade de Jerusalém durante o cerco da cidade pelos assírios, a comando de Senaquerib.
5 - A Inscrição de Tel Dan
A Iscrição ou Estela de Tel Dan é uma pedra negra de basalto descoberta em um sítio arqueológico durante escavações em Tel Dan ao norte de Israel. A inscrição de Tel Dan encontra-se atualmente no Museu de Israel, em Jerusalém. Ela foi esculpida por ordem de um rei arameu contendo inscrições em aramaico e em alfabeto aramaico, onde se comemorava uma das vitórias sobre um reino local, com os seguintes escritos: מלך.ישראל ("Rei de Israel") e ביתדוד ("Casa de Davi"). A autoria da escrita não pode ser reconhecida na inscrição, ele era provavelmente o rei de Damasco, Hazael ou um de seus filhos. A inscrição desta rocha gerou múltiplas teorias entre acadêmicos de várias áreas da ciência, porque as letras transliteradas do original aramaico para o hebraico (ביתדוד, BYT DWD, Beth David, "Casa de Davi") podem ser a única referência a linhagem de Davi relatada por outro povo além do Povo de Israel. Até a data da descoberta esta foi a primeira vez em que o nome do rei Davi de Israel, foi reconhecido entre os epigrafistas, historiadores e arqueólogos. As opiniões teóricas finais do consenso entre os acadêmicos e arqueólogos epigrafistas é que os três fragmentos é uma referência ao Rei Davi, sucessor do Rei Saul e pai do Rei Salomão, os três primeiros reis da monarquia israelita descrita nos livros I e II Samuel e I e II Reis, contidos no Velho Testamento, o Tanakh para os judeus.
6 - A Casa de Pedro
Após escavações realizadas por V. Corbo em 1968 levaram a descoberta de casas que remontam ao século I da Era Cristã, além de outras estruturas. Entre as muitas descobertas pode ser identificada uma igreja cristã octogonal que havia sido construída no período bizantino(IV ao VI Século), contendo um baptistério do V Século e uma estrutura do IV Século IV contruída sobre uma casa construída no local em que então se pensava que ser a casa de Pedro, os arqueólogos afirmam que é bem provável ser este o lugar exato da contrução. A descoberta da "Casa de Pedro" lança luz sobre a história dos primeiros séculos da Igreja e dos Judeus crentes que viviam em Israel naquele período.
7 - Tel Beer Sheva
Tel Berseba é um dos mais importante sítio arqueológico de Israel e fica localizado na região sul, no grande deserto do Negev. Acredita que no local estão dana menos doque as ruínas da cidade bíblica da Cidade de Berseba. Indicios arqueológicos ali encontrados comprovam que a cidade era habitada desde a Idade do Cobre. Isto se deve à abundância de correntes de água subterrâneas, como mostram os vários sistemas de águas existentes na cidade. As ruas da antiga Berseba estão dispostas em forma de grade, com áreas separadas para uso administração, áreas residenciais, comerciais e até mesmo militar. A cidade é até agora o primeiro povoamento planeado na região. O sítio arqueológico é notável pelo seu complexo sistema de água e uma gigante cisterna, esculpida na rocha por debaixo da cidade. Peças de um altar foram descobertas espalhadas entre as muitas contruções da cidade, e os arqueólogos conseguiram reconstruí-lo com várias pedras encontradas. Este altar é uma prova da existência de um templo de culto na cidade que foi provavelmente destruído durante as reformas do Rei Ezequias. Tel Berseba foi declarada Património Mundial da Humanidade em 2005 por sua grande importância histórica e fica bem ao lado da moderna cidade israelita de Berseba.
8 - Megido e o Túnel de Acaz em Megido
Um dos mais importantes sítios arqueológicos em Israel, Tel Megido ou Colina de Armagedom contém um dos remanescentes históricos de Megido, uma cidade fortificada em um ponto estratégico no caminho entre o Egito, Síria e Mesopotâmia. Megido servia como importante cruzamento de grandes batalhas históricas. Um largo túnel vertical de 36 metros escavado na rocha se encontrando, com um túnel horizontal com mais de 60 metros até uma fonte fora da cidade. A fonte ficava escondida pela muralha e coberta por terra.  No novo testamento, no livro de Apocalipse, Megido é identificada como o local da grande batalha mundial Armagedom, vem da adaptação do hebráico Har Megido, no grego.
9 - O Altar de Josué sobre o Monte Ebal
A descoberta do Altar de Josué pelo Prof. Adam Zertal e sua equipe de alunos foi sem dúvida alguma uma das mais discutidas e polêmicas nos últimos trinta anos. O altar do Monte Ebal não é apenas o mais antigo e completo, como também o protótipo do altar israelita para oferecimento de oferta queimada nos períodos do Primeiro e do Segundo Templo. A influência mesopotâmica arquitetônica(Abraão vei da Mesopotâmia) sobre a estrutura do altar também é muito interessante, tanto na sua construção e reforço como na orientação de seus cantos para o norte, sul, leste e oeste.
10 - Os Acampamentos Israelitas no Vale do Jordão
Junto com a descoberta do Altar de Josué sobre o Monte Ebal, a descoberta dos grandes acampamentos dos Israelitas no Vale do Jordão em direção do Monte Ebal é sem dúvida alguma algo que lança luz sobre um período tão questionado e tão sem informações, o período das conquistas dos Hebreus da Terra de Canaã. A peregrinação dos israelitas para a terra de Canaã recebe um novo significado nos dias de hoje, com uma interessante descoberta arqueológica: a equipe de pesquisadores da Universidade de Haifa revelou a prova até agora, da mais antiga presença de Israel na Terra de Israel, usando descobertas realizadas no vale do Jordão que formavam uma grande pegada. A forma dos acampamentos dos israelitas construiram a "ferramenta" pela qual conquistaram e colonizaram a indicam a idéia da possesão da terra. 

Introdução Bíblica ao Ateísmo...

Introdução Bíblica ao Ateísmo

Charge de Flamir Ambrósio.

“Em Hobbes, o racionalismo de Bacon se transformara em um ateísmo e materialismo inflexíveis; uma vez mais, nada iria existir, a não ser ‘átomos e o vazio’”, disseca Will Durant, concernente à ascensão do racionalismo e o nadir da crença em Deus.
Neste ensaio analisaremos o ateísmo, primeiramente, definindo o étimo e seu desdobramento nas Escrituras. A seguir, conceituaremos o ateísmo e faremos uma síntese do pensamento de quatro filósofos: Nietzsche, Marx, Sartre e Camus.

Definição


Etimologia: O vocábulo ateu é formado pelo prefixo grego de negação a(“não”, “provação”, “negação”) e pelo substantivo theos, isto é, “deus” ou “Deus”. Literalmente, atheos significa “sem Deus”. A palavra “ateísmo”, no entanto, é formada pelos dois termos anteriores e o sufixo “ismo” que denota “doutrina”, “sistema”, ou “ensino”. O ateu é aquele que não crê em Deus, enquanto o ateísmo designa a filosofia ou os ensinos dos ateus.

Novo Testamento: O termo aparece uma única vez no grego neotestamentário em Efésios 2.12: “que naquele tempo, estáveis sem Cristo [khōris Christou], separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus [ắtheoi] no mundo”. (grifo nosso).
O termo grego ắtheoi, neste contexto, tem o sentido de “não pertencente a Deus”, “sem Deus”, em vez do significado corrente de negar racionalmente a existência de Deus, como o fazem os filósofos ateus. O tipo de ateísmo que este termo (que é um hapax legoumenon[1]) descreve é o denominado “ateísmo prático”, ou seja, aquele que vive como se Deus não existisse ou que a divindade não tem qualquer significado para ele, quer exista quer não. Neste sentido, pode até mesmo ser uma pessoa teísta, mas que não conhece o verdadeiro Deus: “Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.5,6). Observe que ắtheoi no texto de Efésios, não pretende afirmar que a pessoa não crê em alguma divindade, mas que ignora a existência do Deus de Israel. É assim que devemos entender o advérbio de negação khōris, traduzido em diversas passagens por “separadamente”; “à parte de alguém”; “longe de alguém”. Literalmente a expressão khōris Christou, quer dizer “longe de Cristo”, “afastado de Cristo” e não antichristo, isto é, “contrário ou oposto a Cristo”.
O texto de Coríntios não deixa de ser menos revelador. Paulo reconhece que as nações pagãs possuem suas divindades nacionais, entretanto, há um só Deus. Veja que estas não são culpadas de ateísmo, mas politeísmo, por não crerem no único Deus verdadeiro. A própria expressão theoi polloi, isto é, “muitos deuses” formam a palavra “politeísmo” [polli-teos] (cf. 1 Co 8.5). Portanto, à luz de Efésios 2.12, “sem Deus”, ắtheoi, quer dizer “sem o verdadeiro Deus de Israel”.
Portanto, do ponto de vista histórico, o ateísmo em certas circunstâncias corresponde à rejeição de deuses privados ou de uma divindade em especial. É assim, por exemplo, quedevemos entender a acusação de ateísmo contra Anaxágora e Sócrates. O primeiro condenado de ateísmo por afirmar que o sol era maior que o Peloponeso e, o segundo, por "corromper" os jovens e negligenciar os deuses durante uma cerimônia de adoração. Até mesmo os cristãos foram considerados ateus no Império Romano. No século II, Justino fez referência à acusação de ateísmo contra os cristãos. Em sua Primeira Apologia escrevera a respeito da turba colérica que gritava contra os cristãos “Morte aos ateus, morte aos sem-Deus”. Em resposta, o apologista sentenciou: “Somos ateus de todos os pretensos deuses”. Estas manifestações são consideradas como “pseudo-ateísmo”, uma vez que os envolvidos criam em alguma divindade, mas rejeitavam a forma grotesca, antropomórfica e pagã de certos cultos e religiões.
Antigo Testamento: Não há no Antigo Testamento um termo hebraico próprio para expressar o conceito de ateu à semelhança do grego neotestamentário. Em Salmos 14.1, o nābāl, isto é, “o louco”, “insensato” ou “ateu” é aquele que vive como se Deus não existisse (cf. Sl 53.1). Este é o louco que blasfema contra o Senhor (Sl 74.18). O povo de Israel também é definido como ‘am nābāl, isto é, “povo insensato ou ateu” em razão de não reconhecer os grandes benefícios proporcionados pelo Senhor Deus de Israel (Dt 32.6). Nestas referências, o termo hebraiconābāl designa, provavelmente, não alguém que está sinceramente convicto de que Deus não existe, mas que está mal orientado quanto à existência de Deus. O texto da Septuaginta – tradução grega do texto hebraico – verte o termo hebraico citado por ăphrōn, ou seja, “tolo”, “ignorante”. A expressão Oủk ĕstin Theos, isto é, “Não há Deus” denuncia o estado de completa ignorância e tolice de quem assim pensa e vive.
O ateísmo tanto prático quanto teórico é, segundo as Escrituras, a principal causa da corrupção e degeneração do homem (Sl 14; 53; Rm 1.18-32). O insensato que vive como se Deus não existisse ou que O confunde com a criação, possui um “coração insensato” (Rm 1.21). No original a expressão “coração insensato” (ăsynetos kardia), literalmente é “sem entendimento de coração”. Se considerarmos o termo kardia de acordo com idiomatismo hebraico, podemos afirmar que o ateu ou insensato é “aquele que vive sem o conhecimento de Deus”. E, pelo que se depreende de uma leitura atenciosa de Romanos 1.18-32, o ateu ou ignorante é aquele que não conhece o Deus único e verdadeiro. Vários termos empregados por Paulo se relacionam diretamente à falta de episteme ou conhecimento correto acerca de Deus. Vejamos:
v. 18: Apokalyptetai (Descoberto está)
v. 19: gnōston (que se pode conhecer); phaneron ( manifesto)
v. 20: nooumena (entendidas)
v.21: gnontes (tendo conhecido); dialogismois (cogitações);asunetos(sem entendimento)
v.22: sophoi (sábios); emōranthēsan ( se fez estulto)
v. 28: epignōsei (conhecimento sobre)
v. 31: asunetous ( sem entendimento)
v.32: epignotes (tendo conhecimento sobre)
Conceituação
O ateísmo é a doutrina filosófica que admite a não existência de Deus. Segundo o ateísta, não há qualquer prova relativa à realidade de Deus, pois as evidências pressupõem a não existência de qualquer divindade. Com o advento do racionalismo, os filósofos e humanistas seculares passaram a considerar o conhecimento religioso como uma espécie de conhecimento mítico, necessário à humanidade enquanto esta ainda estava em sua gênese. De acordo com a epistemologia, o conhecimento religioso cumpria uma função teleológica, isto é, das causas e dos fins. Como o homem primitivo não sabia explicar as causas dos fenômenos físicos, atribuía a essas manifestações da natureza causas metafísicas ou divinas. No entanto, com a ascensão da ciência e do conhecimento não há qualquer necessidade de Deus ou de divindades para explicar os fenômenos físicos ou a existência do universo.
Todavia, nesse princípio argumentativo há muito preconceito em relação ao que é ou não científico. Se entendermos como pré-científico todo o conhecimento anterior à ciência moderna, onde fica a matemática, a lógica, a filosofia? Deixaram de ser ciênciacom o advento da modernidade? Se pré-científico deve ser entendido como anticientífico, isto é, como mito ou mágica, é muito mais provável que a ciência tenha sua gênese nessas manifestações religiosas do que o cristianismo. Se o “poder místico ou mágico” se refere à manipular as forças da natureza por meio de fórmulas, rituais, plantas e palavras, isto não seria uma pré-manifestação do tecnicismo, por meio do qual tudo se transforma? Não se pode argumentar ad absurdum que o cristianismo compactua com a magia, uma vez que a tradição cristã sempre se opôs a esse tipo de religiosidade. No entanto, o cristianismo não apenas admite como também ensina a intervenção divina nas forças naturais do universo. Mas não se trata de manipulação por palavras mágicas, mas da ação soberana da vontade de Deus. Os cristãos também ensinam que toda a criação foi criada por Deus com um propósito específico; que Deus Criou e estabeleceu as leis físicas que os próprios cientistas investigam.
Como teoria do conhecimento, o ateísmo distingue-se do ceticismo, do agnosticismo e do teísmo. Vejamos:

O Cético: Duvido que Deus existe. Não tem certeza .
O Agnóstico: Não é possível saber se Deus existe. Não é possível saber .
O Ateu: Deus não existe. Está convicto.
O Teísta: Deus existe. Está convicto.

O Ateísmo e a Filosofia
A filosofia é uma das mais extraordinárias manifestações do conhecimento e da razão humana. No entanto, por várias vezes, recusou-se a admitir o verdadeiro conhecimento. Não há sabedoria e amor ao conhecimento quando se nega a existência de Deus. Célebres filósofos se equivocaram ao afirmar a não existência de Deus. Entre esses destacamos.
F. Nietzsche: Afirmou categoricamente que os deuses estão se decompondo e que Deus está morto.
Karl Marx: Escreveu que possuía ódio a todos os deuses e, que a religião é o ópio do povo.
J. Paul Sartre: Sentenciou que se Deus existe, o homem é um nada; se o homem existe, Deus não existe.
Albert Camus: Consolidou o conceito de Nietzsche de que Deus está morto, e que o filósofo não matou a Deus, mas o encontrou morto em seus contemporâneos.
Características do Ateísmo Moderno
O ateísmo moderno possui como principais características:
AnticristãoNão se opõe apenas as religiões, mas procura combater severamente o cristianismo. Para eles o Deus cristão é fraco e obsoleto.
Preconceituoso:Para o ateu moderno os cristãos são pessoas incultas, fracas e omissas aos problemas políticos e sociais.
Antidogmático: Rejeitam qualquer dogmatismo religioso. Não aceitam as doutrinas e valores cristãos. Considerando-os desnecessários e anacrônicos ao homem moderno.
Partidários: Muitos opositores do cristianismo e da moral cristã são partidários de grupos marxistas que ainda consideram o cristianismo como atraso à civilização em constante progresso.
Soli Deo Gloria!


[1] Hapax legoumenon, significa “dito ou escrito uma única vez”. Quando este termo é empregado quer dizer que o termo relacionado aparece apenas uma vez nas Escrituras. Para saber mais sobre hapax legoumenon, suas divisões e os métodos de interpretação relacionados, consulte: BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica fácil e descomplicada. 7. ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.181-188.

Homens das cavernas...

Homens das cavernas "não eram tão diferentes de nós", afirma antropólogo evolucionista

Representação ilustrativa da espécie Homo neanderthalensis ou homem de Neandertal
Em artigo recente sobre o "homem primitivo", publicado na Revista Ciência Hoje (edição online), Henrique Kugler [1], autor da publicação afirma:

"Sepultura de um homem de Neandertal reforça a ideia de que essa espécie primitiva desenvolveu um comportamento simbólico mais sofisticado do que se imaginava: eles enterravam intencionalmente seus mortos."

E continua:
"Se você pensa que o homem de Neandertal era apenas um ogro rude e primitivo, talvez seja hora de reconsiderar seu juízo. Segundo estudo recém-publicado, oHomo neanderthalensis parece ter sido protagonista de um comportamento simbólico deveras complexo – bem mais sofisticado do que se supunha até então."

"O Homo neanderthalensis é o arquetípico ‘homem das cavernas’, define a Enciclopédia Britânica. Viveu entre 300 mil e 35 mil anos atrás – apesar de essas datas ainda serem tópico de disputa. Ao que tudo indica, ocupou territórios na Europa e na Ásia central. O nome Neandertal é uma referência ao Vale de Neander, próximo a Düsseldorf, na Alemanha – onde, no ano de 1865, o primeiro remanescente dessa antiga espécie fora encontrado. Fisicamente, era muito parecido com o Homo sapiens.
Acredita-se, aliás, que as duas espécies tenham coexistido em algum momentoMas, por razões que ainda ocupam o terreno da especulação, os neandertais foram extintos – enquanto ao Homo sapiens o destino reservou melhor sorte. 'Há 50 mil anos, os neandertais foram os únicos habitantes da Europa', conta Beauval à CH On-line. 'Até a década de 1980, eles eram considerados hominídeos ‘brutais’; mas estudos recentes mostram que elesusavam pigmentos, colecionavam conchas e, como demonstramos agora, dedicavam tempo a cuidar de seus mortos.' Para Beauval, tudo indica que eles tinham uma capacidade cognitiva complexa. 'Esses dados atestam queos neandertais não eram tão diferentes de nós.'"

De acordo com o Museu Nacional de História Natural Smithsonian [2], o Homo neanderthalensis, viveu entre 200.000 e 28.000 anos atrás segundo a cronologia evolucionista e ocupou a Europa e Sudoesta da Ásia Central. O site ainda afirma que:

"[...] são o nosso parente extinto humano mais próximo. [...] Seus corpos eram mais baixos e atarracados que a nossa, outra adaptação à vida em ambientes frios. Mas os seus cérebros eram tão grande como o nosso e, muitas vezes maior - proporcional ao seu corpo musculoso. Neandertais elaboraram e utilizaram um conjunto diversificado de ferramentas sofisticadas, fogo controlado, viveram em abrigos, usavam roupas confeccionadas por eles mesmos, eram caçadores habilidosos de animais de grande porte e também comiam alimentos de origem vegetal, e, ocasionalmente, construíam objetos simbólicos ou ornamentais. Há evidências de que os neandertais deliberadamente enterravam seus mortos e, ocasionalmente, até mesmo marcando suas sepulturas com oferendas, como flores [como fazemos hoje]. Não há [evidência deste comportamento em] outros primatas, e nenhuma espécie humana anterior, já tinha praticado este comportamento sofisticado e simbólico."
Da esquerda para direita: Australopithecus, Paranthropus, Homo erectus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis e H. sapiens.

Voltamos agora ao artigo da Revista Ciência Hoje, mencionado inicialmente, onde lemos:

"Pesquisadores franceses e norte-americanos confirmaram, em escavações conduzidas entre 1999 e 2012, que uma sepultura do sítio arqueológico de La Chapelle-aux-Saints, na França, foi de fato construída intencionalmente. 'Os novos dados reforçam clamores segundo os quais havia, sim, comportamento simbólico complexo entre os neandertais da Europa ocidental'. A constatação elucida um antigo debate. 
'Céticos argumentavam que os supostos ‘cuidados’ que os neandertais tinham com seus mortos eram fruto de interpretações equivocadas, baseadas em escavações antigas e metodologicamente inadequadas', contextualiza o arqueólogo Cédric Beauval, da empresa de arqueologia Archéosphère, em Bordeaux (França). Ele foi um dos autores do estudo, publicado no periódico estadunidense Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e liderado pelo arqueólogo William Rendu, do Centro Internacional de Pesquisas em Humanidades e Ciências Sociais (Cirhus), em Nova York (EUA). 'Os novos dados reforçam clamores segundo os quais havia, sim, comportamento simbólico complexo entre os neandertais da Europa ocidental', lê-se no artigo. Ao longo do último século, foram reportadas mais de 40 estruturas arqueológicas assemelhadas a sepulturas neandertais na Europa e na Ásia. 'Algumas delas', diz o estudo, 'refletem práticas funerárias complexas'."

A pressão do paradigma evolucionista em conferir maior primitividade às formas humanas encontradas no registro fóssil é também evidenciada no parágrafo acima, na referência aos céticos. Estudos e mais estudos demonstram em uníssono que os homens primitivos não eram tão primitivos quanto pensávamos (ou quanto a visão materialista-evolucionista nos ensinou a "ver") e nem todas interpretações respeitam aquilo que evidência aponta (sobre isto, leia aqui).


O artigo original publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) [3], diz:

"Durante várias décadas, os estudiosos questionaram a existência de sepultamento na Europa Ocidental, antes da chegada de humanos anatomicamente modernos. Portanto, uma abordagem que combina uma recuperação campo global e o reexame dos restos de neandertais descobertos anteriormente foi realizada no site de La Chapelle-aux-Saints (França), onde a hipótese de um enterro Neandertal foi levantada pela primeira vez. Este projeto concluiu que o Neandertal de La Chapelle-aux-Saints foi sepultado em uma cova cavada por outros membros do seu grupo e protegido por uma cobertura rápida de qualquer perturbação. Estas descobertas atestam a existência de enterro Neandertal da Europa Ocidental e da capacidade cognitiva Neandertal para produzi-lo."
Sítio arqueológico de La Chapelle-aux-Saints, na França. A análise de uma sepultura neandertal encontrada no sítio confirma que ela foi construída intencionalmente. (foto: cortesia de Cédric Beauval; fonte: Revista Ciência Hoje).

O artigo da Revista Ciência Hoje apresenta quase no fim a seguinte e interessante declaração:
"Até a década de 1980, os neandertais eram considerados hominídeos ‘brutais’, mas os dados mostram que eles dedicavam tempo a cuidar de seus mortos."

O Museu Nacional de História Natural Smithsonian, reconhecido e respeitado por cientistas, conclui:

"Não sabemos tudo sobre nossos ancestrais. [...] Existe uma estreita correlação entre as mudanças climáticas e a extinção dos neandertais [...]."

CONCLUSÃO

Cédric Beauval, antropólogo evolucionista e um dos pesquisadores responsáveis pela escavação do sepulcro Neandertal, afirma que este grupo denominado de "primitivos" (ou "homem das cavernas") possuíam hábitos muito semelhantes aos nossos, reduzindo ainda mais o espaço que antes existia entre estas duas "espécies".

De acordo com a cronologia bíblica, o homem de Neandertal não se trata de uma espécie de animal e nem de outra espécie de ser humano, mas simplesmente de um grupo de seres humanos conhecidos como "antediluviano" por terem vivido no período anterior ao dilúvio global descrito no livro do Gênesis. Pontos que parecem favorecer esta teoria:

  1. CONVIVERAM COM OS SERES HUMANOS MODERNOS: Uma vez que apenas uma família (a de Noé) tenha escapado de uma catástrofe que exterminou toda população humana da Terra, é razoável supor que filogenéticamente todos os seres humanos atuais tenham herdado características muito semelhantes. A Bíblia afirma que todos nós somos descendentes ou de Cam, ou de Sem ou de Jafé, filhos de Noé. Podemos sugerir aqui que o que a cronologia evolucionista denomina como espécie Homo sapiens sejam características herdadas de Noé.
  2. UM FENÔMENO NATURAL CAUSOU-LHES O FIM DA EXISTÊNCIA: O dilúvio causou não apenas a extinção de toda espécie humana na Terra, com exceção da família de Noé, mas também provocou intensa mudança na atmosfera, geologia e hidrografia da Terra. Uma nova conformação da Terra foi produzida após esta catástrofe global. O meio ambiente foi modificado e, ainda que outros humanos tivessem conseguido sobreviver, teriam a necessidade de se adaptar a um novo mundo, muito diferente do que estavam habituado.
  3. PRATICAVAM O CASAMENTO ENTRE IRMÃOS: Em estudo publicado na Nature este mês, pesquisadores apresentaram sequência genômica completa de uma mulher Neandertal da Sibéria [4]. Este estudo afirma que os pais desta mulher "estavam relacionados ao nível do meio-irmãos e que o acasalamento entre parentes próximos era comum entre os seus antepassados ​​recentes". Em Gênesis 4:17 diz: "E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho." Quem era a esposa de Caim uma vez que a Bíblia diz que ele era filho de Adão e Eva e só tinha um irmão Abel, a quem ele assassinou? A Bíblia mesmo esclarece o assunto. Em Gênesis 5:4 diz que "viveu Adão oitocentos anos; e teve filhos e filhas. Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu." Percebeu? Caim e Abel não foram os únicos filhos de Adão e Eva, foram sim os mais famosos por causa do assassinato (vale lembrar que isto nunca tinha acontecido na Terra até então). Adão viveu 930 anos, quantos filhos e filhas não deve ter gerado? O suficiente para possibilitar que seus filhos e filhas se casassem e, vivendo bastante tempo como o pai, dessem origem a cidades inteiras. De onde os Neandertais receberam a influência deste costume?
Certamente, as ideias propostas acima são apenas teorias e carecem de maior estudo sobre o assunto.


REFERÊNCIAS
  1. Henrique Kugler. Decanse em paz. Revista Ciência Hoje, 06 jan. 2014. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/01/descanse-em-paz> Acesso em: 14 jan. 2014.
  2. Smithsonian National Museum of Natural History. Human evolution evidence: Homo neanderthalensisDisponível em: <http://humanorigins.si.edu/evidence/human-fossils/species/homo-neanderthalensis> Acesso em 14 jan. 2014.
  3. William Rendu; Cédric Beauvalc; Isabelle Crevecoeurd et al. Evidence supporting an intentional Neandertal burial at La Chapelle-aux-Saints. PNAS, doi: 10.1073/pnas.1316780110. Disponível em: <http://www.pnas.org/content/early/2013/12/12/1316780110.abstract> Acesso em: 14 jan. 2014.
  4. Kay Prüfer; Fernando Racimo; Nick Patterson et al. The complete genome sequence of a Neanderthal from the Altai Mountains. Nature, v. 505, p. 43-49, 02 jan. 2014. doi:10.1038/nature12886. Disponível em: <http://www.nature.com/nature/journal/v505/n7481/full/nature12886.html> Acesso em: 14 jan. 2014.
P.S.: Ênfases acrescentadas

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O Sepulcro de Davi...

O Mistério do Sepulcro de Davi e Seus Tesouros

Durante anos o Vaticano vem tentando fecha um acorodo com o Estado de Israel, as bases benéficas do acordo para Israel não são conhecidas, mas as aspirações do Vaticano são conhecidas há anos, elas incluiriam isenção de impostos prediais em todas as igrejas católicas e a soberania do local conhecido como Sepulcro de Davi para as mãos da igreja.

O que há de tão valioso neste local para o Vaticano?

Esta é a pergunta que muitos já se fizeram por anos, e a resposta pode estar debaixo dos pés dos visitantes na Cidade Santa. A resposta para esta pergunta não é tão simples, e na continuidade do artigo você entenderá que pelo visto há muito em jogo.

Local do Sepulcro de Davi Segundo a Tradição Judaica

Segundo a tradição judaica milenar e cristã também, no local estaria sepultado nada menos do que o Rei Davi, será mesmo? Pois bem, há muitos pesquisadores que lançam dúvidas sobre isto, porém há outros que afirmam ser este o local, por que tanta confusão?
Bem, a confusão se deve por causa da localização geográfica e das dúvidas lançadas pelos pesquisadores  e arqueólogos, mas o problema é que a pesquisa arqueológica debaixo do setor foi mínima e nada menos do que há cerca de 130 anos atrás, isto mesmo, no final do século XIX.

Túmulo do Rei Davi ou da Família de Davi

A maior discordância é exatamente esta, pois, segundo os arqueólogos, o sepulcro da família de Davi estaria junto a cidade de Davi, mas para isto existem dois problemas básicos, o primeiro e principal deles é o fato de que não era comum sepultar pessoas dentro do perímetro urbano, pois, os corpos dos mortos eram considerados impureza, capaz de destruir qualquer santificação.
Outro problema grave para o túmulo de Davi ficar na Cidade de Davi é o fato de que nenhuma inscrição, nenhum osso, cerâmica ou qualquer indício aponta para a grande câmara de sepulcros na cidade de David pertencer ao mais importante dos reis de Israel.
A base histórica que reforça a alegação dos arqueólogos de que o sepulcro de Davi está localizado na Cidade de Davi é o relato do tratado do Senédrio ((תוספתא ב״ב פ״א ז׳ ושמחות פי״ד וירושלמי גזיר פ״ט גי)), um relato de interpretação da lei de que a impureza dos sepulcros teriam sido retiradas para o riacho de Cedron.
Segundo os arqueólogos, o texto revela que o sepulcro de Davi bem próximo ao riacho de Cedron, porém, isto também não pode ser considerado uma prova, afinal de contas, nada impediria o transporte para longe, a ordenança de esvariarem os túmulos de dentro da cidade se deve ao fato do crescente medo dos líderes judaicos do julgamento iminente de Deus pelos pecados do povo e a proximidade de um novo cativeiro, dias antes da Grande Revolta Judaica que levou a mario catástrofe judaica da antiguidade.
Dr. Joel Elitzur declara que em sua opinião, o sepulcro chamado de Dvi na realidade se trata do sepulcro da família de Davi, principalmente dos reis após Menassés que foram sepultados no Jardim de Uza, que poderia ser um local novo que havia sido preparado para os novos sepulcros.
Levando em consideração todas as possibilidades, apesar do texto bíblico declarar que Davi foi sepultado na Cidade de Davi, "E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. 1 Reis 2:10", creio que as escavações arqueológicas na região ainda são insuficientes para reterminar até onde ia a Cidade de Davi

Com Certeza Um dos Sepulcros da Família de Davi

Um dos motivos pelo qual se acredita que a tradição do túmulo de Davi estar junto ao Cenáculo é justamente o relato de Pedro, discípulo de Jesus durante o seu sermão: "Irmãos, é-me permitido dizer-vos ousadamente acerca do patriarca David, que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até hoje. Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes seria colocado sobre o seu trono; prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que nem foi deixado no Hades, nem o seu corpo viu a corrupção" (Atos 2:29-31)
O discurso de pedro teria sido feito justamente nas proximidades do Cenáculo, Jundo so Sepulcro de Davi, o que nos mostra que havia uma relação entre ambos ainda no primeiro século, além disso, como pode ser que a tradição judaica milenar erre tanto assim? Agora o que nos resta é relatar aqui somente o que a arqueologia pode nos dizer sobre este local, então vamos em frente.

Grande Câmara de Sepulcro da Família de Descoberta no Século XIX

James Turner Barclay foi o primeiro arqueólogo a penetrar no subsolo do Sepulcro de Davi. Durante a primeira estadia do Dr. Barclay em Jerusalém ele reuniu o material para um livro que se tornou muito popular "A cidade do Grande Rei". O subsolo do túmulo de Davi foi ilustrado pela primeira vez por sua filha, que com o risco de sua vida entrou no túmulo de Davi, e esboçou a primeira e única imagem dele que já foi revelada ao público.
A descrição de filha de James Turner Barclay é muito semelhante a descrição feita por dois operários judeus que foram enviados para fazer reparos no chamado túmulo de Davi por volta do ano de 1970 que descreveram uma grande câmara subterrânea em direção ao que é hoje o estacionamento público, desta câmara os operários disseram ver um outro grande santuário com duas grandes colunas e uma espécie de mesa revertida de ouro com a inscrição hebraica: David Ben Yishai, ou seja, Dvi filho de Jessé em português.
A descrição foi feita pelos operários que deviam somente fazer reparos na parte superior mas que decidiram por conta própria se infiltrarem no subsolo.
O local era conhecido pelos habitantes de Jerusalém, até o final do período do Segundo Templo, e Flávio Josefo conta que os túmulos foram saqueados um número de vezes para pagar dívidas reais, primeiro por João Hircano, da família dos Macabeus, ele teria emitido a partir dos metais preciosos encontrados, três siclos de prata, dinheiro com o qual subornou Antíoco VII para remover o cerco de sobre Jerusalém.

O Tesouro da Família de Davi, ou quem sabe até mesmo Arca da Aliança

É muito interessante notar que não poucas vezes, os reis de Judá tiveram que se desfazer de parte do seu tesouro para "comprar" a paz com seus inimigos ou a "proteção" de quem lhe parece seu aliado.
De onde vinha tanta riqueza? Bem, creio que uma rápida leitura no final do Livro de Segunda Samuel e incício do livro de I Reis, a resposta é clara, na Judéia havia muito, mas muito dinheiro e riquezas, desde o ouro dado por Davi a construção do Templo, quanto dos Prícipes das Tribos de Israel, sem contar a riqueza de Salomão que foi, segundo as escrituras, simplesmente inigualável. Talvez descobrir onde é o verdadeiro túmulo de Davi possa levar a uma riquesa ainda maior e mais procurada, a Arca da Aliança, pois após a ordem do Rei Uzias, nunca mais se ouviu falar dela:
"E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel." 2 Crônicas 35:3
Se for assim, pelo visto, o Vaticano talvez seja a única organização que saiba o que realmente há alí, bem debaixo dos pés dos turistas, pois entre dominações e dominações, a igreja romana está ali no Monte Sião desde o século IV, passando pelos cruzados e mesmo em tempos de dominação muçulmana, continuou a ter soberania nos locais considerados santos pelos cristãos.
Na ilustração que pode ser vista ao lado, podemos ver que as proporções da câmara do sepulcro de Davi são bem maiores da câmara que se pode ter acesso nos dias de hoje, mas quem sabe este tipo de acordo possa levar ao Vaticano a revelar ao público o que realmente está pode debaixo de metros de poeira, longe da vista do público.
Ou será que os romanos limparam a cidade de Jerusalém de todas as riquesas deixadas pela Casa de Davi?

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Deus Hélio ou Sansão?

No inverno de 1929, uma equipe da Universidade Hebraica de Jerusalém liderada por Eleazar Lipa Sukenik desenterraram na antiga sinagoga Beit Alfa, o seu piso de mosaico. A descoberta do mosaico causou grande entusiasmo na população judaica da Terra de Israel naquela época, e uma sensação muito agradável entre os especialistas, estudiosos judeus, em particular.

O mosaico consiste em três painéis de tamanhos diferentes. O painel do sul, que está em direção a Jerusalém, apresenta uma imagem da Arca Sagrada, e o painel do norte, perto da entrada, retrata o sacrifício de Isaac. Entre eles, nos quatro cantos do painel, a praça central que corresponde por cerca da metade do mosaico, são imagens de quatro mulheres que representam os períodos das quatro estações do ano. O painel é dominado por um grande círculo do zodíaco cujo centro, que também é o centro geométrico da sinagoga, mostra uma figura identificada como Hélio, o deus grego do sol, andando em um carro atrelado a quatro cavalos. Foi ele quem despertou a tempestade.
Deus Hélio ou Sansão?
A descoberta do deus pagão no centro do piso sinagoga revelou uma lacuna profunda e inesperada entre a percepção comum da comunidade judaica na antiga Terra de Israel como uma comunidade que se comportou de acordo com a lei talmúdica e na realidade aparentemente revelada o chão sinagoga às margens do centro população judaica na Galiléia. Mais de 30 anos depois, uma outra roda do zodíaco foi encontrado com o deus pagão em seu centro. Desta vez não foi nos limites do centro judaico da Galiléia, mas sim direto na sua capital de então: Hamat Tiberíades, um subúrbio da cidade de Tiberíades, perto das casas dos seminários de estudo onde o Talmud de Jerusalém estava sendo formulado no momento da criação do mosaico.
Mosaico de Beit Alpha - Mosaico de Sansão - IsraelDepois de mais 30 anos, um mosaico terceiro foi descoberto, desta vez em Zippori. Aqui, a imagem do deus pagão no centro da roda foi substituída por uma imagem de um sol andando em um carro atrelado a quatro cavalos. Isso parecia ser uma abstração da imagem visual nas outras duas sinagogas do deus do sol e os seus carros puxando a roda do tempo. A imagem supostamente pagã, representacional ou abstrata, apareceu em seguida, nos dois mais importantes centros urbanos da comunidade judaica na Terra de Israel naquele tempo, Tiberias e Zippori.
A aparência do deus-sol nas sinagogas da Galiléia deu origem a uma rica colheita de estudos destinados a lidar com a diferença entre a imagem criada pelas fontes literárias e que se refletiu nos pisos sinagoga. As rotas principais de pesquisa desde o impasse surgiu, a questão pode ser resumida assim: As representações são indicativos da existência de uma tendência não rabínica no judaísmo, não com base nos ensinamentos dos sábios, que viviam junto aos seminários da Galileia , durante o período em que os escritos talmúdicos estavam sendo redigidos. Assim, os pesquisadores tentaram conciliar e incorporar o mundo aparentemente aposto das imagens recém-descobertas com as escolas rabínicas e os sábios judeus de então.
Dentro dessa luta fascinante, parte do qual foi também uma expressão dos próprios  pesquisadores em suas posições culturais, um fato claramente implícito pelos mosaicos foi esquecido: a centralidade do sol no mundo religioso e cultural dos judeus galileus, quaisquer que sejam as origens da sua representação visual. Desprender os mosaicos de outras representações visuais comuns na arte judaica da Galiléia, mas também não menos do que os textos literários, tanto homiléticos e visionários, que o sol ocupava um lugar central no mundo religioso da Galileia, para os judeus como uma imagem da experiência divina ou parte dela.
O que os pisos de mosaico estão dizendo é primeiro, que o mais importante é Deus, ou algum aspecto de Deus, que é simbolizado na Galiléia e na sua região, pelo sol, e isso é exatamente o que a imagem desenhada no centro da sinagoga está transmitindo.

Por que Sansão?

Mosaico de Séforis - IsraelApenas alguns meses atrás, em uma escavação arqueológica perto do Lago Kinneret(Mar da Galileia), nas ruínas da aldeia de Yaquq, a Huqoq talmúdica, um piso de uma sinagoga foi descoberto, e ao lado, uma inscrição de uma bênção, há uma imagem de dois pares de raposas com suas caudas amarradas juntas, segurando uma tocha acesa. Juntamente com os pares de raposas, partes de uma figura estão intactas, as dimensões não deixaram margem de dúvidas: a intenção do artista era retratar um gigante, um herói. O significado da imagem também foi inconfundível. Mostrava a história no livro de Juízes 15:4-5: "E Sansão foi, apanhou 300 raposas, e tomou tochas, as virou cauda a cauda, ​​pôs uma tocha no meio de cada duas caudas E quando ele as soltou. as tochas de fogo, ele deixou-as ir para a seara dos filisteus, e queimaram-seos campos de trigo na seara, e também os olivais. "
Os arqueólogos Prof Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte e Dr. David Amit da Autoridade de Antiguidades de Israel (um dos autores deste artigo), relataram a descoberta do mosaico poucos dias depois de ter sido descoberto. Mas, ainda que a notícia despertasse o interesse tanto na mídia e entre o público em geral, não foi aberto qualquer debate entre os pesquisadores que no passado tão acaloradamente tinham discutido sobre o mundo cultural dos judeus da Galiléia, a comunidade que integra a imagem do deus sol no coração de seus pisos de sinagogas. Aparentemente, eles não viam conexão entre isso e a nova descoberta. Na verdade, o que é a singularidade de outra cena bíblica no chão de uma sinagoga na Galiléia?
Na verdade, sugerimos levar o conteúdo do mosaico e seu significado um pouco mais a sério - tanto a sua representação da história de Sansão e sua localização, o que não está de acordo com o esperado. Vale a pena perguntar por que, de fato, os agricultores de Huqoq durante o período talmúdico escolheram a figura um tanto problemática de Sansão para enfeitar o mosaico de sua nova sinagoga. Tinha o sacrifício de Isaac - o cenário escolhido pelos adoradores em Beit Alfa para decorar seu local de oração - perderam o seu encanto? E o que dizer de outras cenas fundamentais: o Êxodo do Egito, a entrega da lei, a travessia do Jordão, a construção do Templo? E onde está Davi tocando sua harpa? E, de fato, o que está fazendo Sansão na Galiléia? Seu lugar é na Judéia, entre Tzora e Estaol, entre as vinhas de Timnate.
E, no entanto, verifica-se que o mosaico Sansão em Huqoq não está sozinho. Nas escavações realizadas há alguns anos atrás em outra sinagoga Galiléia, em uma aldeia judaica, até agora não identificada, no Wadi Hamam ao pé do precipício do Monte Arbel, na fronteira do Vale de Ginosar, junto ao Mar da Galileia, um mosaico foi encontrado com uma cena em que a figura de um grande herói aparece, com dois soldados muito menor deitados ao lado dele, com sangramento em suas cabeças. A mão do herói estão estendidas para os chefes de mais três soldados, que permanecem de pé.
Após sugerir uma série de alternativas, o Dr. Uzi Leibner, arqueólogo da escavação, propôs identificar o gigante como Sansão ferindo os filisteus com a queixada de um jumento: "E achou uma queixada fresca de um jumento, e estendeu a sua mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens "(Juízes 15:15) Esta identificação foi confirmada pela descoberta do chão sinagoga de Huqoq que está próxima. Agora que a figura de Sansão foi encontrada em duas sinagogas quase contemporâneas, em estreita proximidade, cada uma com uma cena distinta cuja interpretação é difícil duvidar, parece que a aparência do antigo herói na região não é uma questão de oportunidade. Também não se deve ser a sua importância reduzida apenas aos locais onde os arqueólogos encontraram até agora.
Parece que a figura de Sansão deve ter sido vista como parte da cultura local da Galiléia, seja como um todo ou em parte. Então, o que levou os habitantes das aldeias da Galiléia inferior, ao pé do Arbel e um pouco ao norte de lá, em Huqoq - e talvez em outros lugares à espera de ser descoberto - para colocar um retrato de Sansão na sinagoga deles, o edifício central da comunidade judaica, apesar da inadequação ostensiva da história bíblica. Para chegar ao fundo da questão, devemos tentar interpretar o lugar de Sansão e figuras semelhantes na cultura judaica da Galiléia nos primeiros séculos da Era Comum e tentar entender o pensamento daqueles que colocaram-no em uma posição chave .
Nós começamos com a suposição básica de que as representações artísticas que aparecem em um ambiente deste tipo, em certo momento e sob essas circunstâncias, são diretas, uma expressão simples, sem mediação do mundo cultural de quem as fez - isto é, das crenças e opiniões com aqueles que colocaram essas imagens nas suas sinagogas. A segunda hipótese é que as representações colocadas no chão de uma sinagoga são capítulos, aqueles geralmente centrais, em uma história constitutiva do ambiente imediato, assim, o espectador deveria identificá-los facilmente e atribuí-los a essa história. A imagem simboliza uma tradição dentro de um conjunto de tradições interdependentes, e cada um como parte de um todo, finalmente, a tradição dominante local, a história da fundação da comunidade judaica Galiléia, a história completa de seu ambiente.
As imagens então que aparentemente representavam o deus hélio, na realidade eram somente uma parte de um mosaico completo, representando as história bíblica de Sansão. Para fortalecer ainda mais este pensamento, devemos lembrar que Sansão era original da cidade de Beit Shemesh, ou seja, a Casa do Sol. Desta forma, o conceito e a relação do Sol nos outros mosaicos com a história do herói bíblico ficam ainda mais fortalecidos.

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