O nome e o significado da palavra "Páscoa" - Revista e Atualizada
O nome e o significado da palavra "Páscoa"
- o ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48);
- a vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).
"O verbo que dá base ao substantivo Pesah tem o sentido de salto, movimento,caminhada, travessia. Todas as palavras têm história e essa história corresponde às ações dos homens e mulheres. Os hebreus juntaram à idéia do pesah vários acontecimentos ligados à idéia de travessia" (Expositor Cristão, 2a. Quinzena, 1984,p. 12)."
A origem da Páscoa
- O conteúdo e a forma da cerimônia da primitiva da Páscoa já não respondem as condições de vida atuais do povo israelita. Exigiam-se modificações.
- Apesar da Páscoa manter boa parte de seu antigo ritual, o povo israelita procurou encontrar outros motivos para a celebração.
- A cerimônia continuou a ser celebrada em família, mas a Páscoa deixou de ser um ritual ligado à troca de favores divinos, para tornar-se uma memória da ação de Deus, salvando o povo hebreu da escravidão.
Comentando:
- Javé comunica a Moisés e Aarão;
- Moisés e Aarão ouvem as ordens de Javé;
- Moisés e Aarão obedecem e comunicam aos anciãos de Israel.
- Foi nesse momento que o povo bíblico tomou consciência que a sua fé em Javé não era uma formalidade a mais entre os povos do Antigo Oriente. Javé não é definido pelo seu ser, mas pela sua atuação na história: Ele ouviu o grito angustiado dos/as escravos/as do Egito e providenciou os meios para a libertação deles (Ex 3-4);
- A celebração da Páscoa, agora reformulada e "re-significada", passa afirmar que a fé bíblica é histórica, e que tem seu fundamento nos acontecimentos salvíficos relatados nos livros de Êxodo, Números e Deuteronômio, especialmente;
- de escravos tornaram-se livres;
- de pastores tornaram-se agricultores;
- de semi-nômades tornaram-se sedentários.
- A história da salvação do Egito não é ensinada, nas casas e nos cultos, como uma doutrina, mas como um fato histórico, isto é, um milagre de Deus ocorrido na história de seus pais;
- A fé em Javé, através da celebração da Páscoa, tornou-se uma força transformadora;
- do medo à coragem;
- da magia a atos concretos da atuação de Javé;
- da escravidão à liberdade.
- O nome da festa, pesah saltar - o saltar do vento destruidor, demoníaco - passa significar, em conexão com a história de libertação dos hebreus, passar por cima de, saltar para a liberdade;
- O sacrifício de um cordeiro deixa de ser um simples sacrifício de sangue para se tornar uma memória dos atos salvíficos de Javé. Por isso, a celebração da Páscoa passa a ser prescrita como "um Páscoa para Javé".
- Há silêncio sobre a celebração da Páscoa, exceto o profeta do Reino do Norte Oséias que critica o povo pela ausência da celebração(Os 12).
- Por determinação do rei Josias, a Páscoa passou a ser celebrada, oficialmente, no Templo, em Jerusalém (Dt 16.1-8);
- A reforma equipara a Páscoa a uma festa de peregrinação (ver a coleção "Salmos das Subidas" (Sl 120-134);
- O gado maior (boi) passa a ser admitido como vítima para o sacrifício;
- Surgiu a permissão para cozer a vítima, em lugar de assá-la;
- A memória do êxodo do Egito continuou sendo o motivo principal da celebração.
- Desaparece a atividade cultual no Templo (destruído em 587 a.C.). Surge a Sinagoga e cresce a produção literária;
- Volta o sacrifício da rês menor (ovelhas e cabras);
- A celebração volta para a família e o ritual de sangue volta a ter o sentido de símbolo da defesa contra o "exterminador";
- Percebe-se pequenas variações na celebração:
- não jogar fora algumas partes do animal sacrificado;
- não quebrar os ossos do animal sacrificado;
- permissão para celebrar a Páscoa no 2º. mês para quem não pôde sacrificar no 1º. mês (Nm 9.1-14);
- passou a ser permitida a participação de estrangeiros.
- Começou aparecer uma distinção entre Páscoa e Ázimos, como celebrações distintas:
- Os livros de 1 e 2 Crônicas e Esdras indicam que a Páscoa preservou alguma cerimônia para o Templo, mas a refeição pascal foi mantida no templo;
- O gado maior foi readmitido como parte da cerimônia;
- A carne deve ser assada e não cozida;
- O leigo executa o ritual de sangue (2 Cr 30.21; 35.11);
- Páscoa e Ázimos voltam a integrarem-se;
- O levita passa a ter um papel relevante na celebração;
- A música passa a ser parte da celebração;
- O copo de vinho passa a ser parte da cerimônia;
- A Páscoa retornou ao Templo como parte do culto oficial, mas preservou-se a refeição para o ambiente familiar.
Resumindo
- A Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit. O ritual tinha algo de "magia" para afugentar os males. É bom lembrar que, nessa época, o povo sacrificava os primogênitos recém-nascidos para ganhar favores divinos (conforme Gn 22);
- O povo bíblico tomou todos os costumes e práticas pagãs e os passou pelo crivo da fé javista. Tanto no sacrifício dos primogênitos (Gn 22), como no ritual da Páscoa, o povo bíblico converteu tais cerimônias às práticas e confissões de fé javistas. Em ambas situações, o medo prendia as pessoas e forçava-as a praticarem cerimônias inúteis e criminosas. Foi Javé quem abriu os olhos do povo bíblico. Este se tornou um missionário entre as nações para anunciar as boas novas: "Não temais! Eis que vos trago uma boa nova que será para todo o povo" (Lc 2.10). A Páscoa anuncia o fim do medo e, conseqüentemente, a confirmação da confiança em Deus.
- A celebração da Páscoa não é uma cerimônia de nostalgia do passado; não é uma festa da saudade onde heróis e heroínas são lembrados/as por seus atos de valentia; também não é um ritual que procura romantizar o passado, lembrando e homenageando certas figuras da história.
- Na Bíblia Sagrada, dois verbos sobressaem-se: "lembrar" e "esquecer". Quando a Bíblia apela para que o povo lembre dos grandes atos de Javé (conforme Ex 13.3), ela está procurando construir o futuro da nação. A memória dos grandes atos salvíficos de Deus mobiliza a fé da sociedade e fortalece o povo para esperar as boas novas do Reino de Deus. Esquecer o que Deus fez e faz significa a tragédia da humanidade.
- Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa fazer o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória do passado salvífico - seja da libertação no Egito, seja da vida e obra de Jesus Cristo - restaura as forças dos/as crentes celebrantes para o testemunho.
- Na verdade, a memória carrega o sentido de redenção, seja dos atos salvíficos de Deus, através da história, bem como a redenção das causas justas do passado. Assim, a memória resgata tanto a vida e obra de Jesus como a luta dos pobres pela dignidade de viver. Pela memória, redimimos o desejo e a luta deles. Assim, se esquecermos os desafios do povo de Deus no Antigo Testamento, os ensinos de Jesus Cristo ou os anseios justos do povo fiel, pomos a perder o sentido desses projetos. A intenção da celebração da Páscoa afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do passado.
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