Visite Nossa Loja Parceira do Magazine Luiza - Click na Imagem

Assinatura OAB Até a Aprovação

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Platão: A Vida de um dos Maiores Pensadores da Antiguidade

 


 


Platão: A Vida de um dos Maiores

Pensadores da Antiguidade







==================================================

==================================================


Platão: A Vida e o Legado de um dos Maiores Pensadores da Antiguidade


Platão, nascido Arístocles por volta de 428/427 a.C. em Atenas, é sem dúvida uma das figuras mais influentes na história do pensamento ocidental. Sua vida e obra moldaram a filosofia, a política, a ética e até mesmo a educação de maneiras que ressoam até os dias de hoje. Herdeiro de uma família aristocrática ateniense, com ligações tanto com o lendário legislador Sólon quanto com a própria realeza de Atenas, Platão estava destinado a uma vida de destaque, embora não da forma que inicialmente se esperava.

Os Primeiros Anos e o Encontro com Sócrates

Os anos iniciais de Platão foram marcados pelo convulso cenário político de Atenas. A cidade havia acabado de sair da Guerra do Peloponeso, um conflito devastador contra Esparta que resultou na queda da democracia ateniense e na ascensão do regime oligárquico dos Trinta Tiranos. Embora tivesse parentes envolvidos nesse regime, Platão, que era jovem e tinha ambições políticas, logo se desiludiu com a corrupção e a violência que presenciou.

Foi nesse período que um evento transformador ocorreu em sua vida: o encontro com Sócrates. Platão se tornou um discípulo devoto do enalecido filósofo, absorvendo seus métodos de questionamento socrático e sua busca incessante pela verdade e pela virtude. A influência de Sócrates foi tão profunda que, após a condenação e execução de seu mestre em 399 a.C., Platão, então com cerca de 30 anos, ficou profundamente abalado e reavaliou completamente suas prioridades. A injustiça da morte de Sócrates o convenceu de que a política da época era intrinsecamente falha e que apenas a filosofia poderia levar à verdadeira justiça e ao bom governo.

Viagens e Formação Filosófica

Após a morte de Sócrates, Platão iniciou um período de viagens extensas que durou cerca de 12 anos. Essa jornada o levou por diversas regiões do Mediterrâneo, incluindo Megara, Cirene, Egito e, possivelmente, o sul da Itália e a Sicília. Durante suas viagens, Platão teve contato com diversas correntes de pensamento, como os matemáticos pitagóricos, cujas ideias sobre a importância dos números e da geometria influenciaram profundamente sua metafísica e epistemologia. Acredita-se que tenha estudado geometria com Teodoro de Cirene e que tenha visitado os sacerdotes egípcios, que o impressionaram com sua sabedoria ancestral.

Sua primeira viagem à Sicília, em torno de 388 a.C., foi particularmente marcante. Lá, ele se tornou amigo de Dion, cunhado do tirano Dionísio I de Siracusa. Platão esperava influenciar Dionísio a governar com sabedoria, aplicando princípios filosóficos, mas a tentativa terminou em desilusão e até mesmo em uma suposta venda de Platão como escravo, da qual ele foi resgatado por um amigo.

A Fundação da Academia

De volta a Atenas, por volta de 387 a.C., Platão tomou uma das decisões mais importantes de sua vida: fundar a Academia. Localizada em um bosque dedicado ao herói Academo, a Academia não era apenas uma escola, mas um centro de pesquisa e estudo avançado, considerado por muitos como a primeira universidade do mundo ocidental. No portão da Academia, dizia-se estar gravada a frase: "Não entre aqui quem não for geômetra", enfatizando a importância da matemática como pré-requisito para o estudo da filosofia.

Na Academia, Platão ensinava uma vasta gama de assuntos, incluindo filosofia, matemática, astronomia, política e ética. Ele buscava formar não apenas filósofos, mas também futuros líderes e legisladores que pudessem aplicar os princípios da justiça e da razão ao governo das cidades. Entre seus alunos mais famosos estava Aristóteles, que se tornaria um dos maiores pensadores da história, embora suas ideias divergíssem em muitos aspectos das de seu mestre.

As Viagens a Siracusa e a Desilusão Política

Apesar de sua dedicação à Academia, Platão ainda nutria a esperança de ver seus ideais políticos aplicados na prática. Por duas vezes mais (cerca de 367 a.C. e 361 a.C.), ele retornou a Siracusa, convocado por Dion e depois por Dionísio II (filho de Dionísio I), que parecia mais aberto às suas ideias. No entanto, ambas as tentativas de reformar o governo de Siracusa foram frustradas por intrigas políticas e pela resistência dos tiranos às mudanças propostas por Platão. Essas experiências o convenceram, de forma definitiva, de que a realização da cidade ideal, como descrita em sua obra "A República", era extremamente difícil, se não impossível, no mundo real.

A Última Fase da Vida e o Legado

Após sua terceira e última viagem a Siracusa, Platão passou o restante de sua vida dedicando-se à escrita e ao ensino na Academia. Produziu algumas de suas obras mais complexas e profundas, como "Leis" e "Timeu", nas quais revisou e aprofundou muitos de seus conceitos anteriores.

Platão faleceu em Atenas por volta de 348/347 a.C., aos 80 anos de idade, deixando para trás um legado intelectual imensurável. Seus diálogos, nos quais Sócrates é frequentemente o personagem principal, são verdadeiras obras-primas literárias e filosóficas. Através deles, Platão explorou temas como a Teoria das Formas (ou Ideias), a natureza da alma, a imortalidade, a justiça, a educação e a organização ideal da sociedade.

A influência de Platão se estendeu por séculos, moldando o pensamento ocidental em diversas áreas. Filósofos, teólogos, artistas e cientistas de todas as épocas foram inspirados por suas ideias, debatendo, criticando e reinterpretando seu vasto corpus de obras. Sua visão de um mundo de ideias perfeitas e eternas, sua crença na razão como guia para a virtude e sua busca por uma sociedade justa continuam a desafiar e inspirar mentes ao redor do globo.

O legado de Platão para a filosofia do direito é profundo e duradouro, influenciando a maneira como pensamos sobre justiça, lei e o papel do Estado. Suas ideias, principalmente as apresentadas na obra A República, estabeleceram as bases para o jusnaturalismo, a crença em uma lei natural superior à lei humana.

Aqui estão os pilares do seu legado para a filosofia do direito:

1. A Teoria das Ideias e a Justiça

Platão defendia a Teoria das Ideias (ou das Formas), que postula a existência de um mundo perfeito e imutável de ideias, acessível apenas pela razão. As coisas que vemos no mundo material são apenas cópias imperfeitas dessas ideias.

Para o direito, isso significa que a Justiça não é uma criação humana arbitrária, mas uma Ideia perfeita e eterna que existe no Mundo das Ideias. As leis e a justiça de uma cidade (pólis) são consideradas justas na medida em que se aproximam dessa forma ideal. Em outras palavras, a justiça terrena é uma busca contínua para refletir a verdadeira Justiça.

2. A Justiça como Harmonia

Platão via a justiça não apenas como uma virtude individual, mas como a virtude principal do Estado, responsável por sua harmonia e estabilidade. Ele comparou a estrutura da cidade à alma humana, dividindo-a em três partes:

  • A alma racional (governantes-filósofos): correspondendo à sabedoria e responsável por governar.

  • A alma irascível (guardiões/militares): correspondendo à coragem e responsável por defender a cidade.

  • A alma concupiscível (artesãos/comerciantes): correspondendo à temperança e responsável por sustentar a cidade.

A justiça, nesse contexto, é alcançada quando cada parte da sociedade desempenha sua função de acordo com sua natureza, sem interferir nas outras. Essa harmonia social, regida pelos mais sábios, é o que Platão entendia como o Estado justo.

3. A Crítica às Leis Humanas e a Busca pela Lei Ideal

Embora Platão tenha escrito sobre a necessidade de leis em suas obras posteriores, como As Leis, ele sempre manteve uma visão crítica sobre elas. Para ele, as leis humanas são apenas imitações imperfeitas da lei ideal, que é fundamentada na razão e na natureza. A lei verdadeira, para Platão, não é um produto da vontade humana, mas uma realidade objetiva e imutável.

Assim, o legislador ideal, o governante-filósofo, deve usar a razão para criar leis que se aproximem o máximo possível da forma perfeita da justiça, garantindo a ordem e a virtude da cidade. As leis penais, por exemplo, tinham para Platão um objetivo terapêutico, visando curar a "doença" do criminoso e restaurar a saúde moral do Estado.

O pensamento platônico, ao fundamentar o direito em uma realidade superior e imutável, lançou as sementes do jusnaturalismo, que defende a existência de direitos e leis universais e imutáveis, baseados na natureza ou na razão, que devem ser a base de toda legislação humana.

O legado de Platão para a filosofia do direito é profundo e duradouro, influenciando a maneira como pensamos sobre justiça, lei e o papel do Estado. Suas ideias, principalmente as apresentadas na obra A República, estabeleceram as bases para o jusnaturalismo, a crença em uma lei natural superior à lei humana.

Aqui estão os pilares do seu legado para a filosofia do direito:

1. A Teoria das Ideias e a Justiça

Platão defendia a Teoria das Ideias (ou das Formas), que postula a existência de um mundo perfeito e imutável de ideias, acessível apenas pela razão. As coisas que vemos no mundo material são apenas cópias imperfeitas dessas ideias.

Para o direito, isso significa que a Justiça não é uma criação humana arbitrária, mas uma Ideia perfeita e eterna que existe no Mundo das Ideias. As leis e a justiça de uma cidade (pólis) são consideradas justas na medida em que se aproximam dessa forma ideal. Em outras palavras, a justiça terrena é uma busca contínua para refletir a verdadeira Justiça.

2. A Justiça como Harmonia

Platão via a justiça não apenas como uma virtude individual, mas como a virtude principal do Estado, responsável por sua harmonia e estabilidade. Ele comparou a estrutura da cidade à alma humana, dividindo-a em três partes:

  • A alma racional (governantes-filósofos): correspondendo à sabedoria e responsável por governar.

  • A alma irascível (guardiões/militares): correspondendo à coragem e responsável por defender a cidade.

  • A alma concupiscível (artesãos/comerciantes): correspondendo à temperança e responsável por sustentar a cidade.

A justiça, nesse contexto, é alcançada quando cada parte da sociedade desempenha sua função de acordo com sua natureza, sem interferir nas outras. Essa harmonia social, regida pelos mais sábios, é o que Platão entendia como o Estado justo.

3. A Crítica às Leis Humanas e a Busca pela Lei Ideal

Embora Platão tenha escrito sobre a necessidade de leis em suas obras posteriores, como As Leis, ele sempre manteve uma visão crítica sobre elas. Para ele, as leis humanas são apenas imitações imperfeitas da lei ideal, que é fundamentada na razão e na natureza. A lei verdadeira, para Platão, não é um produto da vontade humana, mas uma realidade objetiva e imutável.

Assim, o legislador ideal, o governante-filósofo, deve usar a razão para criar leis que se aproximem o máximo possível da forma perfeita da justiça, garantindo a ordem e a virtude da cidade. As leis penais, por exemplo, tinham para Platão um objetivo terapêutico, visando curar a "doença" do criminoso e restaurar a saúde moral do Estado.

O pensamento platônico, ao fundamentar o direito em uma realidade superior e imutável, lançou as sementes do jusnaturalismo, que defende a existência de direitos e leis universais e imutáveis, baseados na natureza ou na razão, que devem ser a base de toda legislação humana.

Platão não foi apenas um filósofo; foi um visionário que buscou transcender as imperfeições do mundo material em busca de um ideal de beleza, verdade e bondade. Sua trajetória de vida, marcada pela busca incansável do conhecimento e pela tentativa de aplicar a filosofia à vida pública, serve como um testemunho duradouro do poder transformador do pensamento humano.






Acompanhe nossas atividades também pelo Instagram: @profjuliomartins





MARTINS, Julio Cesar. Platão: A Vida de um dos Maiores Pensadores da Antiguidade. 2025. Disponível em: https://www.profjuliomartins.com/ Acesso em: XX de XXXX de XXXX.


ocê e outras 1


© Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta publicação, desde que citada a fonte.




==================================================

==================================================



Filosofia - Artigos


>>>>>> Cursos Grátis <<<<<<


 Convite especial:

Aproveite esta oportunidade única de turbinar seus estudos com o Estratégia OAB e conquiste sua aprovação!

  • Desconto de até 10%: Utilize o cupom JULIOMARTINS10 e garanta um desconto extra de até 10% em qualquer curso do Estratégia OAB, cumulativo com os descontos promocionais já existentes.

  • Condições especiais de pagamento: Parcelamento facilitado para você investir no seu futuro sem comprometer seu orçamento.

Não perca tempo!




 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário desempenha um papel fundamental na melhoria contínua e na manutenção deste blog. Que Deus abençoe abundantemente você!

Canal Luisa Criativa

Edificando Nações!

Visite nossa Página no JUSBRASIL

Site Jurídico

Mensagens de Bom Dia com Deus - Good morning messages with God - ¡Mensajes de buenos días con Dios

Bom Dia com Deus

Aprenda a Fazer Crochê

Semeando Jesus