A alma, um jardim outrora exuberante
A alma, um jardim outrora exuberante
A alma, um jardim outrora exuberante, onde flores vibrantes de esperança e passionais desabrochavam sob o sol da existência, jaz agora um deserto árido e silencioso. Não há o canto dos pássaros que antes embalava as manhãs, nem o perfume adocicado das pétalas acariciadas pela brisa. O que resta é a poeira fina, o eco oco de passos perdidos e o sol implacável que, em vez de nutrir, queima e resseca até a última gota de vitalidade.
O suicídio da alma não é um evento súbito, mas um lento definhar, uma mudez autoimposta que se instala como uma geada persistente. Começa com pequenos congelamentos: um "não" sussurrado a um sonho, um "talvez" hesitante diante de uma oportunidade, um "deixa pra lá" covarde frente a uma dor que poderia ter sido confrontada. Cada concessão à apatia, cada renúncia à luta, cada porta fechada para a luz, contribui para a formação daquela camada invisível de gelo que se adensa sobre o coração.
Os olhos, antes espelhos líquidos que refletiam o mundo com curiosidade e brilho, tornam-se opacos, como vidros embaçados por um hálito frio. As palavras, outrora rios caudalosos de expressão e emoção, transformam-se em gotejamentos escassos, sem força para molhar a terra ressequida. O riso, essa melodia espontânea que ecoava pelas paisagens internas, silencia, substituído por um suspiro grave, quase imperceptível, que se perde na vastidão da indiferença.
As cores do mundo, que antes pintavam a existência com tons vibrantes de alegria, paixão e até mesmo da melancolia que enriquece, desbotam para um cinza uniforme. O azul do céu torna-se um borrão indistinto, o verde das árvores, uma sombra fantasmagórica, o vermelho do amor, uma lembrança esquecida. A vida, essa tapeçaria complexa e multifacetada, reduz-se a um quadro monocromático, onde a ausência de cor é a única cor presente.
Nesse deserto gelado, os desejos se tornam ossos secos, as paixões, cinzas frias, e os anseios, miragens efêmeras que desaparecem ao toque. O corpo físico, ainda em movimento, torna-se um navio fantasma, à deriva em um mar de tranquilidade forçada, impulsionado por uma inércia que o afasta de qualquer porto seguro. A alma se recolhe em si mesma, construindo muralhas intransponíveis de apatia e resignação, um refúgio amargo onde a dor é evitada, mas a vida também é esquecida.
O suicídio da alma é a rendição antecipada, a declaração de guerra contra si mesmo, onde a única arma utilizada é a ausência. É a escolha silenciosa de deixar de ser, não pela violência de um ato final, mas pela lenta e metódica extinção da própria centelha vital. É o crepúsculo que se instala em pleno meio-dia, a aurora que congela antes mesmo de anunciar o amanhecer. E nesse silêncio glacial, apenas a memória do que um dia foi, ecoa como um lamento inaudível na vastidão do vazio.
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