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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Livro de Apocalipse - Artigo Nº 04

Respostas a algumas perguntas comuns sobre o livro de Apocalipse
Quando foi escrito o livro de Apocalipse? Eu não acredito que tenhamos de saber a data exata em que João escreveu para entender a mensagem básica de Apocalipse. Mas, achamos algumas coisas no livro que nos dão uma idéia de quando foi escrito.
Há pelo menos três pontos de vista populares quanto à data do escrito.
ŒDurante o reinado de Domiciano (cerca de 95 d.C.). Baseado em referências exteriores ao livro, especialmente um comentário por Irineu (escrevendo cerca do ano 180 d.C.), que o Apocalipse foi escrito próximo do fim do reinado de Domiciano, muitos comentários datam o livro de cerca de 95 ou 96 d.C.
Durante o reinado de Nero (cerca de 68 d.C.). Baseado especialmente na história da perseguição por Nero e referências dentro do livro, como a menção do templo e seu mobiliário (11:1), e a cidade santa (11:2), algumas pessoas acreditam que o livro foi escrito perto do fim do reinado de Nero, e que ele fala especialmente da destruição de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 d.C.
Ž Durante o reinado de Vespasiano (69-79 d.C.). Baseado em evidência interna, especialmente Apocalipse 17:10, alguns estudantes da Bíblia acreditam que o livro foi escrito entre as duas "bestas" perseguidoras. Identificando estas bestas como Nero e Domiciano, "o que existe" é Vespasiano. Esta parece ser a mais específica referência a data no livro, e este ponto de vista é mais consistente com a abordagem geral de colocar o texto bíblico acima dos argumentos históricos. Desta perspectiva, as punições discutidas no livro seriam dirigidas especialmente para o poder do mal comandado pelo imperador romano Domiciano. Enquanto eu reconheço alguns argumentos razoáveis para sugerir outras datas, pessoalmente favoreço esta posição, preferindo apoiar-me mais firmemente na evidência interna do que nos argumentos históricos.
O que as bestas do capítulo 13 representam? Depois de encontrar o próprio diabo no capítulo 12, encontramos dois de seus maiores servos no capítulo 13: a besta do mar e a besta da terra. A besta do mar é uma figura de poder, especificamente um poder real ou de governo, que recebeu adoração dos homens. Uma comparação destas bestas com os quatro animais de Daniel 7 ajuda-nos a identificar o reino apontado. Daniel, escrevendo cerca do ano 550 a.C., viu quatro animais que representavam sucessivos reinos emergindo do mar. Podemos identificar estes reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. João, escrevendo cerca de 600 anos mais tarde, vê apenas uma besta, mas esta terrível besta tem características das três primeiras que Daniel tinha visto (leão, urso e leopardo). É como se cada animal fosse consumido por seu sucessor, até que a besta final mostre características de cada um dos anteriores. A besta do mar evidentemente representa o governo romano ou, mais especificamente, um imperador perseguidor tal como Domiciano. A besta da terra encorajava o povo a adorar a besta do mar. Ela representaria, então, a força religiosa idólatra que procurava reverenciar o imperador acima do próprio Deus.

Os reinos das profecias de Daniel:
Daniel 2
   Daniel 7
Daniel 8
Identificação
Ouro
   Leão

Babilônia (2:37-38)
Prata
   Urso
Carneiro
Medo-Pérsia (8:20)
Bronze
   Leopardo
Bode
Grécia (8:21)
Ferro/Barro
Terrível/Diferente

[Roma]
Qual é o significado de Apocalipse 17:8-11? Aqui, um anjo disse a João sobre a besta com 7 cabeças e 10 chifres, que é a mesma que a besta do mar de 13:1-10. Nesta descrição, ele diz que a besta "era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição". Ele continua, dizendo que as sete cabeças representam 7 reis, "dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição" (17:10-11). A profecia correspondente, de Daniel 7, fala de 10 reis e então o 11º rei pomposo, que se levantaria e removeria 3 reis anteriores. Estas profecias parecem indicar os mesmos acontecimentos da era romana. Daniel, escrevendo 600 anos antes de João, falou de 11 imperadores que viriam de Roma. João, vendo mais claramente que 3 deles nunca estabeleceram claramente seu poder, vê somente 8. A tabela no apêndice relaciona estas duas profecias com os nomes dos imperadores romanos até Domiciano. Independentemente de identificação específica de figuras históricas, este texto torna claro que João escreveu durante um intervalo entre dois períodos de grande perseguição. Tinha havido perseguição (veja 2:13; 6:9) e haveria mais perseguição no futuro (veja 2:10; 3:10; 6:11). Jesus queria que seus seguidores se preparassem para as provações que haveriam de vir.
Qual é a marca da besta? "Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu . . . Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse 13:14,18). Autores e pregadores sensacionalistas fazem fortunas mascateando suas incríveis interpretações da marca da besta. Quando nos recordamos que o Apocalipse é um livro de símbolos, não há razão para interpretar esta marca como uma marca literal de um número literal mau. Num livro de coisas que iam acontecer perto ou no tempo de João, não há razão para temermos hoje que alguma "marca da besta" específica esteja por vir. Estes versículos nos dizem que o número simboliza o poder da besta sobre os homens, até o ponto de evitar que aqueles que não adoram a besta do mar façam negócios de compra e venda.
Uma explicação razoável da marca da besta tem relação com os imperadores romanos relacionados na tabela no apêndice. Depois da morte de Nero, correram rumores durante décadas de que ele estava voltando. Historiadores como Tácito e Suetônio se referem a estas idéias de que Nero ressurgiria de algum modo. Isto é muito semelhante às tendências modernas de pensar que qualquer mau ditador seja um outro Adolfo Hitler. Em conexão com isto, alguns comentadores e léxicos sugerem que o número 666 é baseado num sistema de numerologia em que cada letra recebeu um valor numérico, e que em hebraico o nome de Nero César seria 666.
Uma explicação mais simples é baseada na idéia de que 7 é um número de perfeição, e 6, portanto, de imperfeição, fracasso e mal. Portanto, 666 seria a descrição do extremo fracasso do intenso mal. O rei assim descrito seria um homem muito mau. Por contraste, aqueles que servem o Cristo perfeito que não falha, recebem a marca de Deus ou selo de perfeição (7:1-8; 14:1).
O que é a batalha de Armagedom"Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-poderoso. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.) Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:12-16). Sensacionalistas, especialmente premilenaristas (pessoas que acreditam que Jesus vai estabelecer um reino físico e reinar aqui na terra durante 1.000 anos), falam constantemente da batalha de Armagedom. Eles a retratam como alguma grande batalha futura que mudará o mundo que conhecemos. Muitos falam da moderna tecnologia de guerra e de holocausto nuclear. Eles pintam um quadro amedrontador, e acrescentam persuasivamente a autoridade da Bíblia para "provar" seu caso. Mas quando removemos as interpretações imaginativas daqueles que atiram a mensagem deste livro no futuro, podemos estar certos de duas coisas:
ŒEsta batalha, qualquer que tenha sido, aconteceu há muito tempo. Como foi ressaltado anteriormente, fazemos de Deus um mentiroso quando negamos as limitações de tempo claramente afirmadas desde o capítulo 1 até o 22 deste livro. Colocar a batalha de Armagedom no futuro é claramente negar a veracidade de Deus, que disse que o tempo estava próximo quando João escreveu, há quase 2000 anos atrás.
Este cenário de batalha é típico das cenas de batalhas proféticas descrevendo o julgamento de Deus sobre nações, em vários pontos da História (veja, por exemplo, as cenas similares de Ezequiel 38-39 e Joel 3.) O próprio nome Armagedom é, provavelmente, uma referência ao campo de batalha de Megido, para evocar imagens de uma confrontação decisiva entre forças do bem e do mal. Satanás reuniu seus mais poderosos servos. O versículo 13 fala do dragão (Satanás), a besta (besta do mar ou poder governamental) e o falso profeta (ou besta da terra). Mas aquele que está comandando as forças do bem é descrito como "Deus Todo-poderoso" (versículo 14). Pode haver alguma questão quanto ao resultado desta batalha? Toda dúvida é removida nos capítulos 19 e 20, onde as duas bestas são derrotadas (19:19-21) e o próprio Satanás é atirado no lago de fogo (20:7-10).
O que é o reino de 1000 anos do capítulo 20? Apocalipse 20 é o único texto na Bíblia que menciona um reino de 1000 anos. "Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos" (Apocalipse 20:1-6). Nestes versículos repousa todo o caso do premilenarismo, uma doutrina muito popular em nossa idade moderna. Exigindo um cumprimento literal de profecias como esta, os premilenaristas desenvolveram seu próprio esquema de interpretação Bíblica no qual as passagens são isoladas de seus contextos. O problema deste sistema não é limitado a Apocalipse 20, mas é claramente ilustrado aqui.
O estudante cuidadoso provavelmente achará difícil este texto. Ele poderá ter que dizer que não tem certeza dos cumprimentos precisos dos vários pormenores. Mas pode ter absoluta confiança que, o que quer que este período de 1000 anos possa representar, seu ponto de início não pode estar no futuro. Mais uma vez, temos que nos lembrar dos limites divinos colocados neste livro. João não escreveu de coisas no futuro distante, mas de coisas que estavam muito próximas quando ele escreveu o livro. Não posso marcar uma data exata na História na qual Satanás foi encadeado nem posso provar absolutamente como isto foi conseguido, mas posso afirmar, com total confiança em Deus, que ele fez exatamente o que disse que faria! Precisamos também nos lembrar que esta passagem é dada como compromisso de Deus aos santos martirizados, que tiveram que esperar "por pouco tempo" para ver a justiça de Deus (6:9-11). Os pontos de vista de premilenaristas que colocam o cumprimento ainda no futuro rouba destes santos a justiça que eles reclamaram e tão claramente mereciam.
Conquanto possamos sempre ter algumas dúvidas sobre como explicar melhor este texto, algumas mensagens são muito claras. O poder de Satanás não é, nem jamais será, capaz de resistir ao poder de Deus. Já vimos que Satanás é um derrotado (capítulo 12). Ele só pode fazer o que Deus permite, e Deus não lhe permite derrotar seus discípulos fiéis (1 Coríntios 10:13). É admirável que tantas igrejas e pregadores de hoje apliquem tanta da sua atenção ao trabalho do diabo derrotado. A mensagem de Apocalipse é clara, deveremos ver além do seu poder limitado e confiar no poder superior do Vencedor. O período de 1000 anos não é um período literal de tempo, mas uma demonstração de que o poder de Jesus é muito superior ao poder do pequeno tempo de Satanás. Busquemos consolo neste fato quando guerreamos contra o derrotado!

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