A Política Exterior do III Reich

Após a consolidação do regime nacional-socialista no campo doméstico e a recuperação econômica da Alemanha, Hitler prosseguiu com seu projeto de hegemonia alemã sobre a Europa centro-oriental. Em 1938, com base no princípio de que todos os povos alemães deveriam estar unidos sob um único governo, o III Reichanexou a Áustria e parte da Tchecoslováquia – esta última com o consentimento formal da Grã-Bretanha, França e Itália, na Conferência de Munique. Hungria e Romênia aliaram-se à Alemanha, que já havia estabelecido o Eixo Roma-Berlim (ao qual Tóquio aderiria pouco depois). Finalmente, em 1939, a Alemanha se aproximou da URSS, com Berlim e Moscou negociando a partilha da Polônia.

Os regimes democráticos só buscaram unidade de ação contra Hitler após a aliança com os soviéticos e a invasão da Polônia, em 1º de setembro de 1939. De fato, franceses e britânicos foram surpreendidos pelo pacto germano-soviético e, percebendo que não seria mais possível – pelo menos naquele momento – o tão esperado confronto entre os dois Estados totalitários, tiveram que deixar de lado a política do apaziguamento. Logo depois de divulgado o acordo germano-soviético, Grã-Bretanha e França ofereceram garantias para a Polônia, e os EUA solicitaram a Hitler que, por dez anos, não atacasse 29 nações, cuja lista lhe fizeram chegar.

Às vésperas da guerra, pareciam evidentes os objetivos da política externa alemã:

· reduzir a influência da França no continente;
· buscar a neutralidade da Grã-Bretanha;
· instaurar um império alemão a Leste, incluindo o território soviético.

A partir da improvável e surpreendente aliança com os soviéticos, a Alemanha pôde desencadear a invasão da Polônia. A reação de britânicos e franceses foi tardia. Os soviéticos logo atacariam os poloneses pelo leste, incorporariam os Estados Bálticos a seu território e, em novembro de 1939, a Finlândia seria atacada. Começava a II Guerra Mundial.

 


Inúmeros filmes retratam o nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Vejamos
alguns:
O Grande Ditador, de Charles Chaplin. Em seu primeiro filme falado, Chaplin
interpreta dois papéis opostos, o de um barbeiro judeu que enfrenta tropas de
choque e perseguição religiosa e o do Grande Ditador Hynkel (sátira a Adolf Hitler).
O clímax desse clássico é o célebre discurso final, um libelo ao triunfo da razão
sobre o militarismo.
A Lista de Schindler. Esse filme do diretor Steven Spielberg conta a história real
de Oskar Schindler (Liam Neeson), empresário alemão que salvou centenas de
judeus dos campos da morte nazistas.
Pearl Harbor. Filme que tem como fio condutor os eventos que fizeram com que
os Estados Unidos entrassem na 2.ª Guerra Mundial, logo após o ataque japonês a
Pearl Harbor.
O Pianista. Essa bela obra do diretor Roman Polanski mostra o surgimento do
Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus
em algumas áreas.
Sobre a guerra no Pacífico, vale a pena assistir aos clássicos Tora, Tora, Tora e
Midway.