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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Lembrai-vos dos que sofrem...

Lembrai-vos dos que sofrem: Histórias de compaixão e solidariedade

Por causa do exemplo e dos ensinos de Jesus, os cristãos desde o início colocaram no centro das suas preocupações a solidariedade para com os sofredores. É longa e eloqüente, na história do cristianismo, a galeria daqueles que devotaram as suas vidas para minorar as aflições dos seus semelhantes, motivados pelo amor. Dentre estes, alguns se destacaram de maneira especial pela abnegação e intensidade com que se entregaram a esses esforços. Apresentamos a seguir alguns poucos exemplos inspiradores dentre tantos que poderiam ser citados. O objetivo é tão somente mostrar o que algumas pessoas têm feito nesse aspecto tão importante quanto negligenciado da missão dos cristãos e da igreja no mundo.

1. Francisco de Assis (1182-1226)

Seu nome de batismo era Giovanni di Bernardone, sendo o seu pai um abastado comerciante de tecidos na cidade de Assis. Teve uma juventude despreocupada e aventureira. Após amargas experiências de prisão e enfermidade, começou a reconsiderar os seus valores. Em 1205 fez uma peregrinação a Roma, após a qual teve uma visão na qual Deus lhe falou que reconstruísse uma igreja perto de Assis. Para esse fim, vendeu o seu cavalo e alguns bens do pai. Este o deserdou e Francisco renunciou às posses materiais. Em 1209 um sermão sobre Mateus 10.7-10 o convenceu a abraçar uma vida de pobreza apostólica. Começou a pregar o amor fraternal e o arrependimento. Sua regra monástica obteve a aprovação do papa Inocêncio III em 1209 e os seus seguidores se tornaram conhecidos como “frades menores”.

Devotando-se à pregação e ao cuidado dos pobres e enfermos, um número crescente de frades passou a reunir-se anualmente no Pentecoste em Assis. Em 1212 foi fundada por uma discípula a ordem feminina das Pobres Claras. Alguns anos depois também seria criada a Ordem Terceira, para leigos. Entre 1212 e 1219, Francisco fez várias tentativas de missão aos muçulmanos (Síria, Marrocos, Egito). Após abdicar da liderança da ordem em 1223, retirou-se para um mosteiro e passou o restante da vida em isolamento e oração. Nesse período compôs o “Cântico do Irmão Sol”, as Admoestações e o seu testamento. Sua generosidade, fé singela, dedicação a Deus e ao próximo, amor pela natureza e grande humildade o tornaram muito popular nos últimos séculos. Curiosamente, o aumento do interesse por esse personagem entre pessoas cultas deve muito aos estudos de P. Sabatier, um pastor calvinista de Estrasburgo.

2. William Booth (1829-1912) e Catherine Booth (1829-1890)

Natural de Nottingham, Inglaterra, William foi inicialmente anglicano. Aos quinze anos converteu-se em uma igreja metodista, tornando-se poucos anos mais tarde um pregador avivalista. Foi para Londres, onde veio a casar-se com Catherine Mumford em 1855. Em 1861, o casal deixou a igreja metodista, dedicando-se à pregação itinerante. Fundaram a Missão Cristã (1865), voltada para o evangelismo e a filantropia. Em 1878, essa entidade teve o seu nome mudado para Exército de Salvação. Nos anos seguintes, começou a ministrar a egressos de prisões, prostitutas e alcoólatras. Em 1885, realizou a primeira cruzada contra a prostituição infantil.

A partir de 1880, quando o Exército de Salvação chegou aos Estados Unidos, Europa continental, Austrália e outras regiões, Booth passou a maior parte do tempo viajando, organizando o seu movimento e fazendo conferências. Em 1890, o ano da morte da esposa, publicou In Darkest England and the Way Out (Na Inglaterra mais escura e o caminho de saída), no qual sugeriu várias soluções para os males sociais da época. Inicialmente objeto de forte oposição, seu trabalho acabou por granjear a admiração do povo inglês, recebendo o apoio do próprio rei Eduardo VII e de autoridades estrangeiras. A principal característica desse notável casal foi o seu amor pelos pobres, cujas almas buscaram converter ao mesmo tempo em que supriam as suas necessidades materiais. Esses objetivos continuam inspirando o movimento até os dias atuais.

3. Toyohiko Kagawa (1888-1960)

Esse reformador social nasceu em Kobe, Japão, sendo filho ilegítimo de um rico ministro de estado e uma gueixa. Os pais morreram antes de ele completar cinco anos. Sua infância foi marcada pela solidão e pelo sofrimento. Indo para a escola em Shikoku, a amizade de um professor cristão e de dois missionários lhe trouxe pela primeira vez amor e esperança. Converteu-se aos quinze anos e foi em seguida deserdado pela família. Sua profunda experiência do amor de Cristo o levou a dedicar a vida ao serviço dos pobres. Após quase morrer de tuberculose, ingressou no Seminário Presbiteriano de Kobe em 1905. Passou a residir nos cortiços da cidade, onde 10 mil pessoas viviam em cubículos de menos de quatro metros quadrados.

Após algum tempo de estudos nos Estados Unidos, a partir de 1919 labutou por quinze anos nas favelas, lutando pela melhoria das condições de vida e de trabalho dos marginalizados. Liderou o nascente movimento trabalhista japonês e criou o primeiro sindicato de camponeses. Tomado de grande paixão pela justiça social, pregou, escreveu e trabalhou incessantemente pela causa do socialismo cristão. Em 1925 foi autorizada a organização de sindicatos e no ano seguinte foram aprovadas leis visando a eliminação das favelas. Em 1930, Kagawa fundou a organização evangelística Movimento do Reino de Deus. Em 1940, foi aprisionado como pacifista, mas depois da guerra tornou-se o líder da democratização do país. Destacou-se como místico, ativista social, líder eclesiástico e apóstolo do amor no Japão. Entre outros livros, escreveu Antes do Alvorecer, Cristo e o Japão e Amor, a Lei da Vida.

4. Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu de pais albaneses em Skopje, Macedônia. Desde muito jovem mostrou-se desejosa de trabalhar na Índia. Em 1928 uniu-se às Irmãs de Loreto na Irlanda e foi enviada para Darjeeling a fim de iniciar o seu noviciado, adotando o nome de Teresa. No ano seguinte foi lecionar numa escola de sua ordem em Calcutá destinada para jovens de boa condição social. Sentindo-se atraída para os miseráveis, em 1948 deixou a sua ordem e foi viver nas favelas de Calcutá, ensinando crianças pobres e cuidando dos aflitos e desamparados. Outras irmãs se uniram a ela e em 1950 foi aprovada a sua nova ordem, as Missionárias da Caridade. Em 1952, fundou Nirmal Hriday, sua primeira casa para moribundos carentes.

Em 1963 ocorreu a fundação dos Irmãos Missionários da Caridade e em 1969 dos Cooperadores Internacionais de Madre Teresa. As atividades desses grupos, de âmbito mundial, voltam-se para a assistência a todos os tipos de pessoas carentes e doentes, bem como a vítimas do ódio e abandono. Em 1969, o filme Algo Belo para Deus, transmitido pela BBC, e um livro com o mesmo título, ambos de Malcolm Muggeridge, tornaram Madre Teresa conhecida internacionalmente. O seu amor abnegado, especialmente em favor dos moribundos, atraiu a atenção do mundo e ela recebeu muitas homenagens, entre as quais o Prêmio Nobel da Paz de 1979. Ela disse certa vez: “De sangue e origem, sou plenamente albanesa. Minha cidadania é indiana. Sou uma freira católica. Quanto ao meu chamado, pertenço ao mundo inteiro. Quanto ao meu coração, pertenço inteiramente a Jesus”.

Num mundo marcado pelo materialismo, hedonismo e individualismo, que esses nobres exemplos possam inspirar a muitos para lutarem contra a injustiça e o sofrimento, fazendo-o pelas razões certas, com motivações que glorifiquem a Deus.

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