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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

A Guerra Fria - Continuação

A Guerra Fria - Continuação


A Fase "Quente": 1945-1955

Segundo Giovanni Arrighi (1996), a expansão econômica mundial e a integração europeia exigiam uma reciclagem muito maior da liquidez mundial do que estava implícito no Plano Marshall. O rearmamento foi uma forma de superar as limitações do Plano. A ideia era fazer com que uma economia nacional não mais ficasse dependente da manutenção de um superávit de exportações (em uma época de câmbio fixo, sob pena de depreciação de sua moeda). O rearmamento nacional era um meio de sustentar a demanda, por meio do seguinte processo:

rearmamento (produção industrial e desenvolvimento tecnológico)

->

tecnologias colocadas no mercado

->

sustentação e excitação da demanda doméstica

->

fortalecimento do mercadodoméstico

A assistência militar dos EUA à Europa foi um meio de continuar a prestar assistência ao velho continente após o fim do Plano Marshall. Os gastos militares no exterior (que saltaram entre 1950 e 1958 e entre 1964 e 1973) forneceram à economia mundial a liquidez necessária para se expandir, num processo de “keynesianismo militar” global.

Havia, ainda, a preocupação particular com a Alemanha. Foram feitos investimentos em grandes quantidades na Alemanha Ocidental ao final da década de 1940, com o objetivo de fazer do país reconstruído e de Berlim Ocidental a vitrine do capitalismo, solidificando a ideia da área como fronteira das democracias capitalistas. Também se buscava evitar qualquer sentimento revanchista alemão por meio da incorporação plena do país à Aliança Atlântica. Os EUA percebiam uma Alemanha Ocidental forte, econômica e militarmente, como a primeira linha de defesa contra uma eventual expansão soviética rumo à Europa Ocidental.

Diante das ações estadunidenses, a URSS reagiu. Intensificou o processo de militarização das fronteiras, o recrudescimento da política de espaços na Europa Oriental e a aceleração do projeto de desenvolvimento da bomba atômica: essa seria a resposta de Moscou à política antissoviética adotada pelos EUA.
 
Passo importante na fundação do sistema bipolar seria a detonação da primeira bomba atômica soviética, em 1949. Os soviéticos haviam obtido tecnologia nuclear dos EUA e da Grã-Bretanha por meio de uma eficiente operação de espionagem. Isso desencadearia uma perseguição aos comunistas – ou aqueles suspeitos de simpatia à URSS – que provocaria um período de terror nos EUA conhecido como Macartismo. De toda maneira, com a bomba, a URSS mostrava ao mundo que havia, a partir de então, uma outra Potência nuclear. Começava a corrida armamentista entre as duas Superpotências.




Fontes de referência, pesquisa e estudos:


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