Maquiavel havia perdido seu cargo de diplomata e até cumprido um pequeno período na prisão. Tendo que tomar uma decisão sobre os rumos de sua vida, ele optou por se dedicar aos estudos, aproveitando uma bolsa que havia ganhado.

Foi alguns anos analisando textos de antigos filósofos políticos romanos, até que, no fim de 1513, rascunhou a primeira versão de O Príncipe. Era a sua busca por recuperar seu status na sociedade. Por uma infeliz ironia do destino, morreu antes de o livro ser publicado oficialmente e se popularizar.

5. Comparou amor e medo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Na sua obra-prima, Nicolau Maquiavel faz uma comparação inusitada: para o teórico político, os governantes devem buscar uma maneira de equilibrar a busca pelo amor de seus subordinados e inspirar medo a eles.

Para Maquiavel, um líder excessivamente brando pode fazer com que as pessoas em seu entorno sejam indisciplinadas. Já um governante muito cruel pode fazer com que seus subordinados se rebelem. Já diria o ditado, "hay que endurecerse, pero sin perder la ternura".

6. Shakespeare não era muito seu fã


(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Imagine ser um intelectual e cair em desgraça com seus pares. Foi mais ou menos isso que ocorreu com Maquiavel. Sua fama se espalhou rapidamente, ganhando adeptos e detratores. Uma das pessoas que não engoliu muito as ideias propostas por Nicolau foi William Shakespeare.

O dramaturgo usou "Maquiavel" como sinônimo de algo depreciativo em referência a vilões de textos teatrais seus, como em As Alegres Comadres de Windsor. Outro dramaturgo a fazer algo semelhante foi Christopher Marlowe, no prólogo de O Judeu de Malta. Que saia justa, hein?

Fonte de referência, estudos e pesquisa: Mega curioso