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sexta-feira, 2 de maio de 2014

MAX WEBER E O CALVINISMO...

MAX WEBER E O CALVINISMO




No seu conhecido livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1904-1905) , Weber expunha por que haviam surgido no âmbito ocidental, dentro do contexto da Reforma Protestante, elementos culturais que iriam assumir um significado e uma validade para toda a Europa e América. O protestantismo e, especialmente, o calvinismo teriam estabelecido as bases do sucesso econômico, da racionalização da sociedade ocidental e, por último, do desenvolvimento do capitalismo. Teria o protestantismo contribuído para o fortalecimento do sistema capitalista?



Para Max Weber o protestantismo, mas precisamente o calvinismo, é a força motriz que impulsiona o capitalismo no seu nascedouro. Mas antes mesmo do advento da Reforma Protestante, e de João Calvino, que faz parte de uma segunda geração de reformadores, o capitalismo já ganhava força no cenário econômico da Europa medieval. 

Weber afirma que o calvinismo incentivava o lucro, prática condenada pelo catolicismo, mas com o colapso do sistema feudal e por consequência o fortalecimento do comércio, o lucro passa à ser um objetivo comum, pois a posse de terras deixa de ser a única fonte de riquezas e volta a existir a circulação de dinheiro.

Outro fator importante para o crescimento do comércio foram as cruzadas iniciadas séculos antes da reforma protestante. Várias rotas comerciais, que antes eram dominadas pelos árabes, voltaram a ser usadas por comerciantes europeus. O fortalecimento das navegações e a descoberta de novas rotas marítimas foram fator determinante para a transição do capitalismo comercial  para o capitalismo mercantilista.

Todos estes fatores causaram um enfraquecimento da então nobreza dominante, e o consequente fortalecimento da figura do monarca que apoiado pela burguesia centralizou em si todo o poder. É fato que nos países em que a reforma aconteceu primeiramente, as terras da Igreja católica, voltaram ao poder do Estado, contribuindo para o fortalecimento do poder real, mas este fortalecimento já havia começado antes do movimento iniciado por Lutero.

Weber afirma que outras características do calvinismo, como o rigor moral e a doutrina da predestinação, foram fatores que contribuíram para o fortalecimento do capitalismo, mas historicamente países onde o calvinismo foi perseguido se tornaram potências capitalistas. O maior exemplo desta afirmação é a Inglaterra, onde os calvinistas ingleses, chamados de puritanos, foram perseguidos pela igreja estatal, mas este enfraquecimento do calvinismo inglês não impediu da Inglaterra se tornar a maior potência mundial da época.


O protestantismo pode ter contribuído para o crescimento do capitalismo, pois enfraqueceu o catolicismo, fortalecendo assim o poder estatal, mas este crescimento foi produto da combinação de vários fatores e não somente devido ao calvinismo, como Weber afirmou.

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