Visite nossa Página no JUSBRASIL

Site Jurídico
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de abril de 2020

Divisão da Europa – Nacionalidade X Legitimidade

Divisão da Europa – Nacionalidade X Legitimidade

Congresso de Viena: objetivos, princípios e decisões - Cola da Web

A Europa de 1815 foi construída sobre o princípio de que era essencial preservar o continente de uma possível ameaça francesa. Assim, no redesenho do mapa continental, o princípio da nacionalidade fora deixado em segundo plano. Nem por isso, no entanto, inexistia a afirmação da nacionalidade.
O nacionalismo foi um dos filhos das ondas revolucionárias da primeira metade do século XIX. O nacionalismo se propagou a partir da classe média e teve nas escolas e nas universidades seus grandes defensores. Vários movimentos nacionalistas jovens começaram a se espalhar a partir das revoluções de 1830: a Jovem Itália, a Jovem Polônia, a Jovem Suíça, a Jovem Alemanha, a Jovem França e a Jovem Irlanda.

Parte da onda nacionalista vinha dos escombros do Império Otomano, o qual, nas palavras do Czar, era o ancião enfermo da Europa.

Progressivamente, o Império Otomano foi perdendo terras para austríacos, russos e para nações que iam surgindo de suas fraquezas. A primeira delas foi a Grécia, cuja independência foi tema de preocupação durante toda a década de 1820. Finalmente independente em 1830, serviu como exemplo para muitos outros: a Sérvia, alguns anos depois, conquistava autonomia, e, em 1856, Romênia e Bulgária se tornaram independentes.

"O Império Otomano existiu aproximadamente de 1300 a 1922 e, no período de maior extensão territorial, abrangeu três continentes: da Hungria, ao norte, até Aden, ao sul, e da Argélia, a oeste, até a fronteira iraniana, a leste, embora centrado na região da atual Turquia. Por meio do Estado vassalo do janato da Crimeia, o poder otomano também se expandiu na Ucrânia e no sul da Rússia. Seu nome deriva de seu fundador, o guerreiro muçulmano turco Osman (ou Utman I Gazi), que fundou a dinastia que governou o império durante sua história."



No restante da Europa, no entanto, apenas a Bélgica se tornou independente da Holanda, em 1830. Para isso, assumiu o caráter de nação neutra, com aval das Grandes Potências. A neutralidade belga, garantida pela Grã-Bretanha, seria violada em 1914 pelo avanço alemão contra a França e contribuiria para que Londres declarasse guerra a Berlim.

Outras tentativas de independência no continente europeu fracassaram. A Polônia não conseguiu a autonomia diante da Rússia (1830), e a Hungria alcançou uma semi-independência em relação à Áustria (1867). Dos movimentos nacionais de afirmação, os mais importantes foram os da Itália e da Alemanha, países que se unificaram a partir da segunda metade do século. De fato, a unificação da Itália e, sobretudo, a da Alemanha, seriam acontecimentos importantes para alterar o equilíbrio de poder na Europa estabelecido pelo Concerto Europeu, e afetariam diretamente as relações internacionais do período, culminando nos processos que levaram à I Guerra Mundial.

Fontes de referência, estudos e pesquisa:


sábado, 29 de fevereiro de 2020

Fascismo e Nazismo

Fascismo e Nazismo

Resultado de imagem para Fascismo e Nazismo

Após a I Guerra Mundial, a Europa foi tomada por uma onda de radicalização política. Regimes totalitários, à esquerda e à direita, apareceram por todo o continente. Os antigos regimes liberais foram, pouco a pouco, substituídos por regimes onde imperava a força. E isso ocorreu com o apoio popular, que, em diversos países, manifestou descrédito na democracia.

Após 1916, o constitucionalismo liberal e a democracia representativa batem em retirada, embora restaurados após 1945. Em 1939, os únicos dentre os 27 Estados europeus que podiam ser descritos como democracias parlamentares eram: Reino Unido, Estado Livre da Irlanda, França, Bélgica, Suíça, Holanda e os quatro escandinavos. Todos eles, salvo o Reino Unido, a Irlanda, a Suécia e a Suíça, logo desapareceriam temporariamente em virtude de ocupação ou de aliança com a Alemanha nazista.

O Tratado de Versalhes comprometeu as chances de recuperar a estabilidade capitalista da Alemanha e, portanto, da Europa, em bases liberais.

O comunismo, que já havia alcançado o poder na Rússia por ocasião da Revolução de 1917, apresentava-se, para muitos europeus, como a saída da esquerda. À direita, foi o fascismo que surgiu como o grande adversário dos regimes democráticos.

A Itália é o primeiro país em que um regime fascista estabeleceu-se e adquiriu importância. Benito Mussolini, antigo militante socialista, catalisou em torno de si toda a insatisfação do povo italiano com o resultado da I Guerra Mundial. Os italianos pouco poderiam comemorar dos resultados da Grande Guerra. Apesar de oficialmente vitoriosos, as baixas em vidas foram altíssimas. Além disso, a Itália não conseguiu obter o prestígio que há tanto tempo desejava. Para as outras potências europeias, a Itália ainda era uma nação de segunda categoria.

Também não se pode esquecer que a Itália chegou à década de 1920 em grave crise econômica: o desemprego grassava, empresas quebravam, a inflação era alta e os trabalhadores perdiam renda. Tratava-se de cenário bastante propício a soluções autoritárias. Mussolini aproveitou-se da oportunidade. Em 1921, fundou o Partido Fascista e, em 1922, realizou a Marcha sobre Roma, dizendo-se defensor da ordem contra o caos e a anarquia. Inicialmente, o discurso fascista manteve um aspecto de normalidade, mas, em 1925, os fascistas tomaram, definitivamente, o poder.
Sobre as questões relacionadas ao totalitarismo e ao autoritarismo da Europa, vide Mark Mazower, O continente sombrio: a Europa do século XX (São Paulo:Companhia das Letras, 2001). Obra teórica fundamental a respeito é Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt (São Paulo: Companhia das Letras, 1989).

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Humanismo - Parte 2/2

Humanismo


Produções Literárias
O período humanista possuía produções literárias que mesclavam características medievais e modernas. Entre elas, estavam:
→ Poesia Palaciana: proveniente das cantigas do Trovadorismo, possuía, porém, uma estrutura textual mais elaborada – redondilhas, ambiguidades, aliterações, assonâncias, figuras de linguagem, idealismo, sensualidade, métrica, ritmo e expressividade – e não era mais acompanhada por música, mas feita para ser recitada dentro dos palácios, para a nobreza.
Uma coletânea de poesias chamada Cancioneiro Geral reuniu 2865 autores e foi publicada em 1516. Essa organização foi realizada pelo poeta português Garcia Resende (1482-1536).
Os principais temas presentes nesse tipo de produção eram os costumes da corte, temas religiosos, satíricos, líricos e heroicos.
Exemplo de Poesia Palaciana:
Meu amor tanto vos quero,
que deseja o coração
mil cousas contra a razão.
Porque, se vos não quisesse,
como poderia ter
desejo que me viesse
do que nunca pode ser?
Mas conquanto desespero,
e em mim tanta afeição,
que deseja o coração.
(Aires Teles)
→ Prosa: A prosa humanista era divida entre as crônicas historiográficas e as crônicas ficcionais (novelas de cavalaria).
Fernão Lopes foi considerado o “pai da hisotiografia portuguesa”, pois, por meio de seus estudos e pesquisas historiográficas, relatou a vida dos principais reis de Portugal. Suas obras foram: Crônica de El-Rei D. Pedro (1434); Crônica de El-Rei D. Fernando (1436); Crônica de El-Rei D. João I (1443).
A crônica ficcional foi uma adaptação das novelas de cavalaria do Trovadorismo. Quando traduzidas, elas sofreram modificações para adequar-se ao pensamento e à realidade social da época. No período humanista, foi produzida, por exemplo, uma novela de cavalaria chamada Amadis de Gaula.
→ Teatro: Diferente da poesia e da prosa, o teatro humanista português era um teatro popular e tinha como objetivo moralizar e criticar a sociedade. Ele era dividido entre autos farsas.
Os autos eram encenações que abordavam, principalmente, a temática religiosa. Exemplos desse tipo de obra: Auto da Barca do InfernoAuto da LusitâniaAuto da Visitação. Já as farsas eram encenações curtas, populares, baseadas no cotidiano e tinham um caráter cômico.
O principal autor do teatro português foi Gil Vicente. Por causa de sua influência, inclusive, esse tipo de produção literária ficou conhecida como “teatro vicentino”, e suas principais características eram: retrato dos costumes e tipos da sociedade portuguesa; crítica social; caráter universal; antropocêntrismo; retrato de personagens caricaturadas e alegóricas; retrato psicológico das personagens; presença de humor e comicidade; presença de alegorias e misticismo; caráter moralizante e satírico; temas pastoris, cotidianos, profanos e religiosos.
Exemplo do teatro vicentino:
Todo mundo e Ninguém – Gil Vicente
Ninguém: Que andas tu aí buscando?
Todo mundo: Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar, 

porém ando porfiando
por quão bom é porfiar.
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro

sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei, companheiro?
Belzebu: Que ninguém busca consciência.
e todo o mundo dinheiro.
Perceba a intenção moralizante que esse texto trazia com a utilização de personagens míticas, levando o leitor/espectador a uma reflexão sobre suas atitudes. Há também o uso de personagens alegóricas para representar Todo o mundo e Ninguém.

Principais autores
- Fernão Lopes;
- Garcia de Resende;
- Gil Vicente;
- Miguel de Cervantes;
- William Shakespeare;
- François Rabelais;
- Luís de Camões;
- Erasmo de Roterdã;
- Dante Alighieri;
- Francesco Petrarca;
- Giovanni Bocaccio.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/humanismo.htm

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Ciência da história no século XIX

Ciência da história no século XIX

O desenvolvimento da ciência da história no século XIX ocorreu sobretudo na França e na Alemanha, em um contexto de eferverscência filosófica e científica.


Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *

No século XIX, muitas ciências foram sistematizadas, recebendo um tipo de configuração (procedimentos metodológicos, formas de investigação etc.) que as tornaria respeitáveis. A sociologia e a antropologia são exemplos dessas ciências. A história, como veremos, também está entre elas. O que chamamos de ciência da história desenvolveu-se, propriamente, no século XIX.
Os dois países que são considerados os berços da moderna ciência da história são França e Alemanha. A filosofia alemã, na virada do século XVIII para o XIX, estava envolta à tradição metafísica, sobretudo derivada das reflexões de Immanuel Kant e de Herder. Depois, houve as correntes de Hegel e de Schopenhauer. Em meio a essa atmosfera de discussão filosófica, a história se desenvolvia enquanto um conceito singular, isto é, passava a existir como “História Universal”, e não mais como “histórias particulares”. Era a história da humanidade como um todo.
O chamado historicismo (corrente teórica que buscou pensar a história a partir de sua singularidade) desenvolveu-se fundamentalmente na Alemanha ao longo do século XIX. Nesse país houve um grande peso da tradição interpretativa de textos (que recebeu o nome de hermenêutica), em razão, sobretudo, da Reforma Luterana, que infundiu na teologia o estudo da exegese de textos bíblicos. Essa tradição interpretativa chegou até os círculos e intelectuais e poetas do romantismo alemão, dentre ele Goethe e Schiller.
Esse ambiente de embate entre a tradição metafísica e a hermenêutica provou longas discussões nas quais as reflexões sobre a história foram inseridas. A história, para os historicistas, deveria, ao contrário das ciências naturais, pautar-se pela categoria da compreensão, e não da explicação científica. Compreender implicava interpretar e criar ao mesmo tempo, isto é, mesclar elementos objetivos e subjetivos. O principal historiador a fazer essa mescla e a defender o trabalho do historiador nessa direção foi Wilhelm Von Humboldt, cujo clássico ensaio “Sobre a Tarefa do Historiador” até hoje é lido e reinterpretado.
A compreensão, segundo Humboldt, não podia ser reduzida à explicação demonstrativa, de caráter matemático, como ocorre na física. Compreender exigia um diálogo com o passado, com a tradição. A tradição fornece-nos um horizonte de compreensão, as bases para agirmos no presente. A história, enquanto disciplina com elementos científicos, não pode prescindir da compreensão, haja vista que, mais que explicar rigorosa e definitivamente o passado, a história oferece aos homens do presente condições para agir, para administrar a sua existência.
Na França, também durante o século XIX, desenvolveu-se a chamada Escola metódica(ou Escola histórica metódica), que possuía a pretensão de tornar a história uma ciência metodologicamente rigorosa, tendo como modelo as ciências naturais. O modelo que se seguia, inclusive, era o das ciências físicas. Essa pretensão era infundida pelo positivismo, pensado por August Comte, então em voga na França.
Apesar das justas críticas que recebeu de historiadores do século XX, a Escola metódica francesa foi de fundamental importância para atribuir confiabilidade ao método histórico. Por exemplo, com relação à concepção de tempo (que é um dos principais conceitos históricos): para os metódicos, o tempo era sempre passível de investigação quando era curto, o tempo dos acontecimentos, dos fatos cumulativos. No século XX, essa ideia de tempo alargou-se, haja vista que havia uma noção de tempos múltiplos, breves e longos que se entrelaçavam, e não apenas o tempo linear e progressivo.
Com relação à definição de história: para os metódicos, a história era entendida como ciência nos moldes positivistas; no século XX, a história também era concebida como ciência, porém com a particularidade de ser uma ciência “dos homens no tempo”, como a definiu o historiador francês Marc Bloch. Além disso, com relação às fontes (ou documentos), que é outro conceito de grande importância para a história, os metódicos privilegiavam as fontes escritas, os documentos escritos, não se atendo muito às demais formas de testemunho da história humana. No século XX, os historiadores passaram a considerar “documento histórico” tudo aquilo que o homem produziu ao longo de sua existência.
* Créditos da imagem: Shutterstock e 360b

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/ciencia-historia-no-seculo-xix.htm

quarta-feira, 24 de abril de 2019

História Geral

História Geral


As ruínas da Grécia Antiga são um dos elementos que permanecem dos tempos passados e auxiliam-nos no estudo da HistóriaAs ruínas da Grécia Antiga são um dos elementos que permanecem dos tempos passados e auxiliam-nos no estudo da História.

Estudar a História é estudar a ação do homem no tempo e no espaço, principalmente a constituição de suas sociedades e instituições, que expressam os conteúdos culturais, econômicos, políticos e sociais das épocas e lugares em que ocorreram.
Porém, em virtude da enorme quantidade de fatos históricos protagonizados pelos seres humanos, é necessário ao estudo dessa área do conhecimento a sua divisão. Nesse sentido é que surge a História Geral, abarcando os fatos ocorridos no mundo desde a Pré-história, mas geralmente reservando para outras esferas o estudo da História do Brasil e História da América.
Apesar de se referir a uma perspectiva eurocêntrica de divisão temporal, geralmente a História Geral foi dividida em Pré-HistóriaIdade AntigaIdade MédiaIdade Moderna e Idade Contemporânea. Mesmo com diversas críticas feitas atualmente por uma gama variada de historiadores, ainda se segue nos currículos escolares e universitários essa divisão.
Dessa forma, a seção do Mundo Educação acompanha essa divisão da História Geral, apresentando, porém, outros recortes históricos e sociais, como as Guerras Mundiais e as ações das Mulheres na História.
O leitor está convidado a explorar esse vasto conhecimento sobre a história da humanidade.

Fonte de referência. estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/

Visite Nossa Loja Parceira do Magazine Luiza - Click na Imagem

Mensagens de Bom Dia com Deus - Good morning messages with God - ¡Mensajes de buenos días con Dios

Bom Dia com Deus

Canal Luisa Criativa

Aprenda a Fazer Crochê

Semeando Jesus