A Nova Ordem Internacional do Século XIX - Antecedentes - Parte 11/11





O Século das Revoluções

De 1850 até pelo menos 1873, o tempo foi de prosperidade. Como observa Duroselle (1976, p. 21), a prosperidade, “interrompida por alguns recessos, rompe o ímpeto revolucionário. Este só voltará a ressurgir na França em 1869 aproximadamente. Com um nível de vida momentaneamente acrescido, as massas toleram mais facilmente o jugo, se tiverem a impressão de que o poder favorece a expansão.”


Em termos gerais, em 1850, a ameaça revolucionária estava encerrada. Os partidários da ordem estabelecida saíram vitoriosos. Em parte, o fracasso revolucionário de 1848 se deveu ao “perigo vermelho”. Na França, Napoleão III ascendeu ao poder, criando o II Império.

A outra grande revolução europeia foi de natureza econômica, como já referido, com a Revolução Industrial. Após 1850, a economia europeia se expandiu com rapidez. Novas máquinas e novas tecnologias apareceram por toda parte.

Napoleão III (1808-1873) foi o criador do Segundo Império francês na metade do século XIX. Governou entre 1852 e 1870, até sua derrota na Guerra Franco-Prussiana. Carlos Luís Napoleão Bonaparte era sobrinho de Napoleão I. Eleito presidente da nova República Francesa, deu um golpe de estado em 1851, que lhe permitiu assumir poderes ditatoriais e transformar a Segunda República no Segundo Império. Entre as ações de política externa de Napoleão III estão a intervenção na Guerra da Crimeia, o apoio ao Piemonte nas guerras que enfrentou como consequência da unificação italiana e a promoção e instalação de um efêmero Império no México, na pessoa de seu sobrinho, Maximiliano da Áustria. Em 1870, por ocasião da Guerra Franco-Prussiana, a derrota do Exército francês na batalha de Sedan provocou o aprisionamento do Imperador, cujo regime foi derrotado.