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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Absolutismo



O absolutismo defendia a centralização do poder político pelas mãos do rei.


O absolutismo defendia a centralização do poder político pelas mãos do rei.A partir da Baixa Idade Média, o cenário político europeu sofreu transformações que romperam com o caráter local que o poder assumia durante o auge das relações feudais. O aparecimento de novos grupos sociais e as crises que se desenvolveram nesse mesmo período abriram caminho para um gradual processo de centralização política que ampliou o papel exercido pela autoridade monárquica. Antes disso, os senhores feudais tinham uma autonomia que fazia com que os reis fossem meras figuras decorativas.


Para que pudessem reafirmar seu poderio, muitos reis contaram com o expresso apoio da burguesia local, que tinha uma série de interesses por de trás da ascensão do regime absolutista. Com a presença de um Estado centralizado, seria possível implementar uma série de padrões monetários e fiscais que permitiriam a ampliação das atividades comerciais. Além disso, a formação de exércitos também viabilizaria uma situação mais segura para que os deslocamentos comerciais fossem realizados.


Na medida em que a autoridade do rei ganhou força, diversos pensadores surgiram e passaram a refletir sobre esse novo tipo de experiência. Muitos desses intelectuais concordavam com a existência de um rei que estivesse acima do restante da população. Entre estes, podemos citar pensadores como Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet. Dessa maneira, o regime absolutista passou a ganhar respaldo científico necessário para que as monarquias européias tivessem seu poderio legitimado.


Segundo o pensamento absolutista, o rei deve ter a capacidade de equilibrar devidamente suas ações mediante a constante necessidade de se fortalecer o Estado e, ao mesmo tempo, obter o reconhecimento do poder por ele exercido. Sob tal aspecto, as doutrinas absolutistas acreditam que o monarca deve habilmente distinguir a moral das “razões do Estado” para que pudesse alcançar seus objetivos.


Outro tipo de justificativa que também marca o absolutismo trata das condições históricas que legitimavam esse tipo de governo. Segundo as teorias de Hobbes, a falta de uma instituição que pudesse mediar os possíveis conflitos entre os homens, poderia levar uma determinada sociedade à sua própria ruína. Dessa forma, o Estado deveria organizar uma espécie de “contrato social” que pudesse limitar os direitos do indivíduo em favor do bem de toda a sociedade.


Sendo uma teoria política condizente com seu tempo, o absolutismo também buscou justificativas de natureza religiosa para defender a necessidade de um organismo político centralizado. Sob tal aspecto, o “direito divino dos reis” dizia que a ascensão do monarca ao trono condizia com a manifestação de uma vontade de Deus. Dessa forma, quando os súditos iam contra as leis e ordens estabelecidas pelo rei, cometiam uma ofensa contra desígnios de natureza sagrada.


Historicamente, o absolutismo viveu seu auge durante os três primeiros séculos da era moderna. Ao chegarmos ao século XVIII, as doutrinas estabelecidas pelo pensamento liberal e as diversas crises do poder monárquico foram responsáveis pela queda do absolutismo dentro da Europa. Para exemplificar tal mudança, podemos apontar a Revolução Francesa, em 1789, como um dos mais expressivos episódios que deflagram a queda do absolutismo.


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Ciência da história no século XIX

Ciência da história no século XIX

O desenvolvimento da ciência da história no século XIX ocorreu sobretudo na França e na Alemanha, em um contexto de eferverscência filosófica e científica.


Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *Wilhelm Von Humboldt foi um dos intelectuais que sistematizaram o conhecimento histórico no século XIX *

No século XIX, muitas ciências foram sistematizadas, recebendo um tipo de configuração (procedimentos metodológicos, formas de investigação etc.) que as tornaria respeitáveis. A sociologia e a antropologia são exemplos dessas ciências. A história, como veremos, também está entre elas. O que chamamos de ciência da história desenvolveu-se, propriamente, no século XIX.
Os dois países que são considerados os berços da moderna ciência da história são França e Alemanha. A filosofia alemã, na virada do século XVIII para o XIX, estava envolta à tradição metafísica, sobretudo derivada das reflexões de Immanuel Kant e de Herder. Depois, houve as correntes de Hegel e de Schopenhauer. Em meio a essa atmosfera de discussão filosófica, a história se desenvolvia enquanto um conceito singular, isto é, passava a existir como “História Universal”, e não mais como “histórias particulares”. Era a história da humanidade como um todo.
O chamado historicismo (corrente teórica que buscou pensar a história a partir de sua singularidade) desenvolveu-se fundamentalmente na Alemanha ao longo do século XIX. Nesse país houve um grande peso da tradição interpretativa de textos (que recebeu o nome de hermenêutica), em razão, sobretudo, da Reforma Luterana, que infundiu na teologia o estudo da exegese de textos bíblicos. Essa tradição interpretativa chegou até os círculos e intelectuais e poetas do romantismo alemão, dentre ele Goethe e Schiller.
Esse ambiente de embate entre a tradição metafísica e a hermenêutica provou longas discussões nas quais as reflexões sobre a história foram inseridas. A história, para os historicistas, deveria, ao contrário das ciências naturais, pautar-se pela categoria da compreensão, e não da explicação científica. Compreender implicava interpretar e criar ao mesmo tempo, isto é, mesclar elementos objetivos e subjetivos. O principal historiador a fazer essa mescla e a defender o trabalho do historiador nessa direção foi Wilhelm Von Humboldt, cujo clássico ensaio “Sobre a Tarefa do Historiador” até hoje é lido e reinterpretado.
A compreensão, segundo Humboldt, não podia ser reduzida à explicação demonstrativa, de caráter matemático, como ocorre na física. Compreender exigia um diálogo com o passado, com a tradição. A tradição fornece-nos um horizonte de compreensão, as bases para agirmos no presente. A história, enquanto disciplina com elementos científicos, não pode prescindir da compreensão, haja vista que, mais que explicar rigorosa e definitivamente o passado, a história oferece aos homens do presente condições para agir, para administrar a sua existência.
Na França, também durante o século XIX, desenvolveu-se a chamada Escola metódica(ou Escola histórica metódica), que possuía a pretensão de tornar a história uma ciência metodologicamente rigorosa, tendo como modelo as ciências naturais. O modelo que se seguia, inclusive, era o das ciências físicas. Essa pretensão era infundida pelo positivismo, pensado por August Comte, então em voga na França.
Apesar das justas críticas que recebeu de historiadores do século XX, a Escola metódica francesa foi de fundamental importância para atribuir confiabilidade ao método histórico. Por exemplo, com relação à concepção de tempo (que é um dos principais conceitos históricos): para os metódicos, o tempo era sempre passível de investigação quando era curto, o tempo dos acontecimentos, dos fatos cumulativos. No século XX, essa ideia de tempo alargou-se, haja vista que havia uma noção de tempos múltiplos, breves e longos que se entrelaçavam, e não apenas o tempo linear e progressivo.
Com relação à definição de história: para os metódicos, a história era entendida como ciência nos moldes positivistas; no século XX, a história também era concebida como ciência, porém com a particularidade de ser uma ciência “dos homens no tempo”, como a definiu o historiador francês Marc Bloch. Além disso, com relação às fontes (ou documentos), que é outro conceito de grande importância para a história, os metódicos privilegiavam as fontes escritas, os documentos escritos, não se atendo muito às demais formas de testemunho da história humana. No século XX, os historiadores passaram a considerar “documento histórico” tudo aquilo que o homem produziu ao longo de sua existência.
* Créditos da imagem: Shutterstock e 360b

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/ciencia-historia-no-seculo-xix.htm

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Efésios 5:22 e a questão da submissão da Mulher

Efésios 5:22 e a questão da submissão da Mulher



Resolvi escrever sobre a questão da submissão da mulher no texto de Efésios 5:22, pois tenho percebido que ele tem sido mal interpretado,mal compreendido e usado de forma errada , segue abaixo o texto bíblico: 

 “As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,”.
Efésios 5:22 ACF
Ao contrario do que alguns podem pensar a submissão da mulher ao marido na Bíblia, não significa inferioridade da mulher, a submissão de efésios 5:22 é na verdade uma referencia as funções estabelecidas por Deus para o homem e para a mulher pois a escritura afirma que o homem deve ser o cabeça o líder do lar, e a mulher sua auxiliadora e ajudadora, estar ao seu lado lhe ajudando a tomar decisões e manter a ordem no lar. vejamos Efésios 5:
“pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.” Efésios 5:23 NVI
A palavra grega que é traduzida por submissão é a palavra grega “Ὑποτάσσω” que de acordo com os dicionários de grego bíblico significa: “reconhecer a liderança de”.
Percebam que o significado literal da palavra, nada tem a ver com inferioridade e sim com questões de organização e ordem no lar. Vejamos como o pastor e escritor Augustus Nicodemus, define a submissão da mulher ao marido em seu livro “ A Bíblia e sua Família” ele afirma:

“Sujeitar-se significa ‘ colocar-se sob autoridade de alguém, submeter-se, obedecer’. O conceito neotestamentário de submissão a alguém que está em autoridade não implica a inferioridade do que se sujeita nem a superioridade do que está em autoridade. Trata-se de funções, e não de valor pessoal...homem e mulher são iguais, embora desempenhem papeis diferentes”
O texto de efésios 5:22, não é um texto tratando de uma questão cultural da época , pois o seu autor logo após o versículo 22 apresenta um motivo teológico, motivo pelo qual a mulher deve ser submissa(submissa=reconhecer a liderança do marido)

“pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”
Efésios 5:23,24 NVI
Atualmente acho que a palavra submissão tem sido entendida como: ser inferior, escravidão e outras, mas submissão na Bíblia é algo feito com livre e espontânea vontade, e não algo forçado de acordo com o sentido da palavra grega Ὑποτάσσω' que é estar sobre a liderança de alguém, e também ajudando essa liderança, por isso creio que uma melhor tradução de efésios 5:22 seria:
Texto Grego :
αι γυναικες τοις ιδιοις ανδρασιν υποτασσεσθε ως τω κυριω

Minha tradução:

“mulheres reconheçam que o marido é o líder, assim como vocês aceitam que o Senhor é”.

“A Bíblia Jamais afirma que a Mulher é inferior ao homem, pelo contrario a função dela é de ser uma ajudadora do homem” E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. ”

Gênesis 2:18 ACF 
 A palavra ajudadora no texto hebraico é a palavra עֵזֶר que significa: “ajudadora, alguém que presta auxilio, ajuda, alguém que esta ao lado de.”.
Já a palavra “idônea” no texto hebraico é a palavra נֶגְדּוֹ que de acordo com o dicionário do hebraico bíblico de Strong e outros significa: “oposto a ele”, “correspondendo a ele”, o dicionário de Gesenius Hebrew- Chaldee acrescenta o significado de “semelhante”.

Até Cristo foi submisso, a Bíblia diz que Ele foi submisso aos seus pais Lucas 2:21, e a palavra submisso desse versículo é a mesma que aparece em efésios 5:22 a palavra grega “Ὑποτάσσω”isso não significa que Cristo sendo Deus ,era inferior a a seres humanos, pois estava guardando o mandamento de honrar pai e mãe, e isso não o tornou inferior ou de menos importância que seus pais , mais o tornou alguém que reconhece e respeita a autoridade benéfica dos pais que tinha por objetivo a sua proteção, para Ele sendo uma criança na época. 

Pessoas mal intencionadas se utilizam desse versículo de forma errada, para humilhar, rebaixar e inferiorizar suas esposas, mas a Bíblia não ensina isso pelo contrario quando fala da submissão que as esposas devem ter para com os maridos, também no mesmo trecho ordena aos maridos que:
“Maridos amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela Efésios 5:25” NVI 
“Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja,”
Efésios 5:28,29 NVI

"Mulheres sujeitem-se a seus maridos, como convém a quem está no Senhor.

Maridos, amem suas mulheres e não as tratem com amargura."
Colossenses 3:18,19 NVI

Quem ama não rebaixa a pessoa amada pelo contrario faz de tudo para ver a pessoa amada feliz. Como afirmam esses versículos o marido deve amar, cuidar e proteger a sua esposa.

Sobre a questão da submissão da mulher Ellen White afirma:
“Precisamos ter o Espírito de Deus ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o Espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja uma escrava, mas uma companheira de seu marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor de sua esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um tipo do Céu. ... Se um erra, o outro exercitará a tolerância cristã em vez de repelir com frieza.” O Lar Adventista Pág. 118
“Nem o marido nem a esposa devem pensar em exercer governo arbitrário um sobre o outro. Não intentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sede bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus podeis ter êxito em vos fazerdes mutuamente felizes, como prometestes no voto matrimonial. “ O Lar Adventista Pág. 118
Sobre o tema o teólogo John Piper diz:
"Submissão não significa abandonar o seu cérebro no altar"

Ao estabelecer a família , Deus também estabeleceu diferentes funções para o homem e para a mulher. Apesar de have-los criado iguais, Deus distribuiu-lhes deveres e privilégios distintos

Conhecer e assumir os papéis, deveres, privilégios e funções do marido e da mulher, segundo Deus os nomeou, é um princípio de fundamental importância para o sucesso do casamento.

Em sua infinita graça Deus designou um membro do lar como líder, protetor e provedor, e outro como sua companheira, amiga e complemento, a mulher é o coração do lar, alguém para ajudar o homem em sua liderança do lar e a tomar decisões.
Referencias bibliográficas:

O léxico hebraico Brown, Driver e Briggs (BDB).
Francis Brown, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon (Hendrickson, 2007) 617.
O léxico de Strong Hebraico e grego 
Friedrich Wilhelm Gesenius, Léxico Hebraico-Caldéia de Gesenius às Escrituras do Antigo Testamento, tradução do alemão para o inglês de Samuel Prideaux Tregelles (Londres: Samuel Bagster and Sons, 1857).
Francis Brown, The Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon (Hendrickson, 2007) 617.
Novo testamento grego 
Bíblia hebraica stuttgartensia
O Lar Adventista pág.118
A Bíblia e sua Família-Exposições bíblicas sobre o casamento, família e filhos . Augustus Nicodemus Lopes e Minka Schalkwijk Lopes. Editora cultura cristã, pág. 32-33

Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://verdadepresent.blogspot.com/2017/06/efesios-522-e-questao-da-submissao-da.html

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