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domingo, 24 de agosto de 2014

Estado Laico...

Estado laico significa um país ou nação com uma posição neutra no campo religioso. Também conhecido como Estado secular, o Estado laico tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião.
Um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais.
Um país laico é aquele que segue o caminho do laicismo, uma doutrina que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado. O laicismo foi responsável pela separação entre a Igreja e o Estado e ganhou força com a Revolução Francesa.
O Brasil é oficialmente um Estado laico, pois a Constituição Brasileira e outras legislações preveem a liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às manifestações religiosas.
No artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) está escrito:
“VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;”
Contudo, a laicidade do Estado pressupõe a não intervenção da Igreja no Estado, e um aspecto que contraria essa postura é o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras.
Nos países que não são laicos (teocráticos), a religião exerce o seu controle político na definição das ações governativas. Nos países teocráticos, o sistema de governo está sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: Vaticano (Igreja Católica), Irã (República Islâmica) e Israel (Estado Judeu).
Existe também o conceito de Estado confessional, em que o Estado reconhece uma determinada religião como sendo a oficial da nação. Apesar disso, não se deve confundir Estado teocrático com Estado confessional, porque no primeiro caso é a religião que define o rumo do país, enquanto que no segundo a religião não é tão importante como no primeiro, mas ainda assim tem bastante mais influência do que em um Estado laico.

Descobertas sobre cidade onde Jesus nasceu...

Novas descobertas arqueológicas sobre cidade onde Jesus nasceu

O Sêlo de Beit LechemA primeira prova arqueológica da existência da cidade de "Belém" (Beit Lechem) Já durante o Primeiro Templo Durante a triagem das escavações arqueológicas da Autoridade de Antiguidades de Israel da cidade nas muralhas doParque Nacional da Cidade de Davi em Jerusalém revelaram o nome da cidade em hebraico antigo.
Estes são os primeiros artefatos antigos que é uma prova concreta da existência da cidade de Belém que é mencionado na Bíblia, e foi descoberto recentemente em Jerusalém.
Durante o projeto do Parque Nacional de Tzurim, que filtra as escavações arqueológicas realizadas por terra a Autoridade de Antiguidades sob o financiamento da organização David Elad em todos os lugares todo o tamanho de cerca de 1,5 cm. Bulla é um pedaço de argila, que assinava documentos ou objetos.
As Bullas ou Selos eram utilizadas para enviar documentos ou objetos e para manter sua integridade, era prova de que o documento ou objeto não foram abertos ou violados por alguém que não está autorizada a fazê-lo. Na bulla estão inscritas três linhas, em hebraico antigo:
בשבעת
בת לחם ( Beit Lechem - Belém )
[למל]ך

De acordo com Eli Shukron, diretor das escavações, "Parece que no sétimo ano do rei (não tenho certeza se este é Ezequias, Manassés, ou Joás), enviou de Belém a Jerusalém para entregar ao rei uma Bulla encontrada pertence a um grupo selos chamados de slos ficais - assinando as transferências administrativas dos selos, sendo transferidos o sistema de tributação do Reino de Judá, no final da oitava ou sétimo séculos AC. O imposto pode ter sido transmitida sob a forma de dinheiro, ou jarros de produtos agrícolas de vinho ou de trigo.
"Dr. Shukron enfatiza que," Este é o primeiro artefato onde o nome de Belém aparece fora da Bíblia, no período do Primeiro Templo e indica e comprova que Belém era de fato uma cidade judaica neste período, no reino da Judéia.
E talvez mesmo em tempos anteriores obviamente" Belém mencionada na Bíblia primeiramente como Efrata, Rachel morreu e foi sepultada neste local. Em Belém, os filhos de Judá, e entre eles o Boaz que se casou com Rute também viveram alí.
A importância de Belém cresceu nas escrituras apartir da unção de Davi como Rei de Israel descrita no livro de Samuel.


O dia do Senhor e as reuniões públicas...



Os assuntos que estou discutindo podem ser observados de diferentes pontos de vista. Estou olhando para eles como meios que Deus nos forneceu para nos manter salvos.

O próprio dia do Senhor pode ter este efeito. Lucas descreve uma reunião em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os..." (Atos 20:7). As ordens de Paulo à igreja de Corinto eram as mesmas que a sua ordem às igrejas gálatas: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for" (1 Coríntios 16:2).

Jesus Cristo tinha se levantado dentre os mortos no primeiro dia da semana (Lucas 24:1,13,21). Se você consultar um bom livro de referências, você verá que a primeira vez que o primeiro dia da semana é mencionado no Novo Testamento é em relação com a ressurreição de Cristo. Mas esse dia é mencionado muitas vezes, sete ou mais, nessa relação. E, sempre depois, o primeiro dia da semana teria um significado especial nos corações dos discípulos de Cristo.

Se você é do tipo do "discípulo" que pode ignorar a passagem do domingo, então, certamente, meu ponto de vista não terá nenhuma validade para você. Mas, se o primeiro dia da semana tem significado especial para você, então, um dia em cada sete será uma lembrança da conquista da morte por nosso Senhor. A cada domingo será outra lembrança da ressurreição de Cristo. Cada primeiro dia da semana aumentará um pouco mais a força da ligação entre você e o Senhor. Que grande doação Deus fez ao seu povo, ao dar-lhe o dia do Senhor!

As reuniões públicas

Aqui eu me refiro a tais ocasiões como as que Paulo descreve: "quando vos reunis na igreja" (1 Coríntios 11:18), "quando . . . vos reunis no mesmo lugar" (11:20), "quando vos reunis para comer" (11:33), "Se . . . toda a igreja se reunir no mesmo lugar" (14:23).

Quando considerarmos o que Deus quer que façamos quando nos reunimos, compreenderemos que estas reuniões públicas são uma grande parte das providências de Deus para nos manter salvos. Estou omitindo a ceia do senhor aqui para poder considerá-la mais tarde, como um ponto separado. Mas olhem para alguns outros aspectos das reuniões públicas.

Deus quer que o seu povo seja um povo cantante. Mas precisamos olhar as "passagens cantantes" mais de perto do que quando nós as usamos apenas para mostrar que Deus quer que cantemos. Considere duas das mais importantes passagens: "...falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" (Efésios 5:19). "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais; com gratidão, em vossos corações" (Colossenses 3:16).

Este cantar aponta em duas direções. Ele aponta verticalmente, em direção a Deus: "louvando a Deus" (Colossenses 3:16). A ordem das palavras no fim de Colossenses 3:16 é apropriadamente "com gratidão, em vossos corações". Mas aponta também horizontalmente, na direção do homem: "falando entre vós", "instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente". Deus quer que demos e recebamos alguma instrução, algum encorajamento e alguma admoestação de nosso cantar. Naturalmente não receberemos nada disto se cantarmos como mera rotina. Mas se ouvirmos as palavras e fizermos que as palavras do canto sejam nossas palavras, receberemos alguma coisa delas.

A oração receberá um tratamento separado, mais tarde. Mas vejam esta passagem que trata especialmente da oração pública:

"Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente. E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? visto que não entende o que dizes; porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado" (1 Coríntios 14:15-17).

Deus quer que aqueles que estão sendo dirigidos em oração saibam o que está sendo dito. Ele quer que eles realmente participem da oração e que façam dela a sua oração ao dizer "Amém." Observem que até a oração tem a intenção de edificar ou fortalecer. Se a nossa mente se distrai e dizemos "Amém" ao que nem sabemos, este propósito fica anulado. Mas quando nós realmente participamos, podemos ser edificados.

Este propósito de edificação está, obviamente, também envolvido no ensino público. De fato, a razão porque a profecia era maior dom do que as línguas (não interpretadas) era que " ...o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.... o que profetiza edifica a igreja" (1 Coríntios 14:3-4). Paulo deixou abundantemente claro através de 1 Coríntios 14 que o principal propósito da reunião pública é a edificação da igreja. Ele resume dizendo: "Seja tudo feito para edificação" (v. 26). Aqueles que ensinam em público deveriam certificar-se de que têm algo para dar às pessoas Salgo um pouco mais parecido com arroz e feijão do que com algodão-doce.

Por muito tempo tem-me parecido que duas atitudes são tomadas em relação a reunião pública. Alguns vêm essas assembléias como uma questão de formalidade, uma rotina que Deus quer que enfrentemos. Naturalmente, tais pessoas não voltarão a uma reunião dominical à noite, depois de terem assistido à reunião da manhã. Que sentido tem enfrentar a mesma rotina duas vezes no mesmo diaS especialmente desde que Deus não insistiu para que o fizessemos? Este raciocínio me parece perfeitamente lógico.

O problema é que estas pessoas têm um desconhecimento completo das reuniões públicas. Elas não são mera rotina a se enfrentar. Elas são feitas para nos dar alguma coisa. Cada parte da reunião pública é destinada a contribuir com alguma coisa para o fortalecimento dos laços entre nós e Deus. A ceia do Senhor, o ensinamento, o cantar, a oração, a dádiva, cada uma destas coisas, quando efetuadas de acordo com a intenção divina, tem algo a acrescentar à força desses laços. Uma pessoa que entende esse ponto deve querer participar de mais de uma reunião por semana se houver oportunidade. Ela irá à reunião do domingo de manhã para obter algo. Ela voltará às outras reuniões para obter mais alguma coisa...algo que não conseguiu na reunião da manhã.

Se, na verdade, como certamente parece ser o caso, as reuniões públicas são parte das providências de Deus para nos ligar mais junto a ele, para nos manter salvos de fato, que tipo de pessoas seremos nós quando negligenciarmos tais oportunidades ou nos queixarmos a respeito delas? Estaremos nos queixando do que é essencialmente uma dádiva de Deus? Estamos queixando-nos por termos de aceitá-la?

sábado, 23 de agosto de 2014

Expectativa de vida no Livro de Gênesis...

Análise exegética e biológica da expectativa de vida no livro de Gênesis

Leia atentamente os textos abaixo:

"E foram todos os dias que Adão viveu novecentos e trinta anos; e morreu" (Gênesis 5:5).
"E foram todos os dias de Sete novecentos e doze anos; e morreu" (Gênesis 5:8).
"E foram todos os dias de Matusalém novecentos e sessenta e nove anos; e morreu" (Gênesis 5:7). 

O sincero estudante das Escrituras quando se depara com a quantidade de aniversários que alguns personagens bíblicos tiveram, pode se perguntar se realmente este povo viveu tudo isso conforme a Bíblia Sagrada afirma. As mais diversas teorias tem surgido para racionalizar o texto bíblico. Alguns chegam a defender que neste tempo, cada 100 anos equivalia a 1 ano para nós hoje, então, Sete não havia vivido 912 anos, mas 91, o que parece "encaixar" com a quantidade de anos que uma pessoa pode viver em nossos dias. Todavia, lógica não é verdade em si. Para a verdadeira compreensão do ensinamento bíblico e do relato histórico do livro de Gênesis precisamos partir das seguintes premissas básicas:
  1. O relato aborda uma época pré-diluviana, com condições climáticas bem diferentes das nossas;
  2. Dezenas de séculos separam Adão, Sete e Matusalém de você, que está lendo este artigo;
  3. O registro é verdadeiro, pois toda Escritura foi inspirada por Deus e é útil para o ensino (2Tm 3:16).
De posse destes conceitos básicos, consideraremos duas abordagens para este assunto: uma exegética e outra biológica. Na primeira, iremos buscar comentários sobre o assunto, pesquisar as palavras nos originais hebraico, seus significados e contextualização. Na segunda parte, buscaremos informações à luz da biologia molecular que possa nos ajudar a compreender se verdadeiramente existiu a possibilidade biológica de alguém viver tanto tempo assim.
  
ANÁLISE EXEGÉTICA GRAMATICO-HISTÓRICA

O capítulo 5 do livro de Gênesis será o foco da nossa análise neste momento, onde poderemos considerar o tempo de vida de alguns personagens. Todavia, para que compreendamos todo o contexto, é necessário se conhecer a estrutura do livro. Uma parte dela, pode ser descrita da seguinte forma:
·         O início (1:1 a 2:3);
·         Adão e Eva (2:4 a 2:25);
·         A queda do homem (3:1 a 3:24);
·         Caim e Abel (4:1 a 4:26);
·         Genealogia: de Adão a Noé (5:1 a 32);
·         O dilúvio (6:1 a 8:22);
·         A aliança de Deus com Noé (9:1 a 9:17);
·         Os filhos de Noé (9:18 a 9:29);
·         O mapa das nações (10:1 a 10:32);
·         A torre de Babel (11:1 a 9);
·         Genealogia: de Sem a Abraão (11:10 a 11:32).
·         [...]

Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico-Grego (2011, p. 10) da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, comenta o seguinte sobre Gênesis 5:
"Neste capítulo [Gn 5:1-32], Moisés apresenta uma genealogia de dez pessoas da era pré-diluviana, e no capítulo 11 há uma lista similar de dez pessoas da era pós-diluviana, a qual termina em Tera, o pai de Abraão. Nas duas listas, a longevidade destes homens é muito superior à dos nossos dias. Mas Moisés, que alcançou os 120 anos de idade (Dt 34:7), desejava que estes números fossem interpretados literalmente. Esta era uma época em que os homens eram capazes de procriar aos 180 anos de idade (v. 28). Uma vez que é impossível avaliar adequadamente as condições passadas, com base nas condições atuais, estas declarações devem ser interpretadas literalmente."
Ellen G. White, no livro Conselhos Sobre Regime Alimentar (p. 117) comenta:
"O homem surgiu das mãos do seu Criador perfeito em estrutura e belo na forma. O fato de ter ele resistido por seis mil anos o constante crescimento dos fardos da doença e do crime é prova suficiente do poder de resistência com a qual foi dotado no princípio. E embora os antediluvianos de modo geral se entregassem sem reservas ao pecado, passaram-se mais de dois mil anos para que a violação da lei natural fosse acentuadamente sentida. Não tivesse Adão originalmente possuído maior poder físico do que os homens possuem agora, e a presente raça ter-se-ia tornado extinta."
E continua:
"Moisés, o primeiro historiador, dá-nos um bem definido relato da vida social e individual nos primeiros tempos da história do mundo, mas não encontramos qualquer registro de que uma criança tenha nascido cega, surda, paraplégica ou imbecil. Nenhum exemplo é relatado de morte natural na infância, meninice ou adolescência. As notas de óbitos que se encontram no livro de Gênesis, rezam assim: [...] 'E morreu em boa velhice, velho e farto de dias' (Gn 25:8). Era tão raro alguém morrer antes de seu pai, que tal ocorrência foi considerada digna de registro: 'E morreu Harã, estando seu pai, Tera ainda vivo' (Gn11:28). Os patriarcas de Adão a Noé, com poucas exceções, viveram aproximadamente mil anos. Desde então a média de longevidade tem decrescido." 
Moisés, o escritor do livro de Gênesis (e de todo o Pentateuco) foi fiel à revelação que Deus lhe deu. O texto de Ellen White nos ajuda a compreender as diferenças que haviam entre o porte físico, a saúde e a consequência da boa alimentação que os primeiros habitantes da Terra possuíam, quando comparados conosco.

Em Gênesis 5:5 onde diz "Os dias todos da vida de Adão [...] (ARA)", a palavra hebraica traduzida em português para "todos da vida" (ARA) ou "e foram todos" (ARC) é châyay (חיי) e trata-se de um verbo que significa viver. Aqui e em Gn 11:12, 14 e 25:7 este verbo é utilizado para se referir a extensão literal da vida de uma pessoa.

Sobre este capítulo, o Comentário Bíblico Exegético e Expositivo Adventista do Sétimo Dia (v. 1, 2011, p. 232), sobre o capítulo 5 do livro de Gênesis afirma:
"Um período de 1500 anos é coberto na lista de gerações apresentada neste capítulo. São dados, no entanto, só os nomes dos principais patriarcas, sua idade por ocasião do nascimento do filho primogênito e sua idade total. Num esquema repetitivo, eles são descritos nascendo, chegando à varonilidade, casando-se, gerando filhos  e então morrendo. Eles são lembrados pela posteridade só por seus nomes. Somente dois, Enoque e Noé, superam os outros em excelência e piedade. Enoque foi o primeiro pecador, salvo pela graça, a ser honrado com a trasladação; Noé foi o único chefe de família a sobreviver ao dilúvio. Este capítulo contém um registro familiar semelhante a outros incorporados a diferentes lugares da narrativa do AT. A expressão "livro da genealogia de" é um termo técnico para uma lista genealógica (ver Mt 1:11). A palavra "livro", sefer, é usada no AT para se referir a um rolo completo (Jr 32:2, 8) ou a uma única folha de um rolo (Dt 24:1)."
E sobre a quantidade de anos que viveu Adão, o mesmo comentário acrescenta (p. 232-233):
"A notável longevidade da raça antediluviana tem sido alvo de muita crítica. Alguns tem declarado que esses números são produto de uma era mítica ou resultado de uma transmissão falha do texto. Outros tem sugerido que eles não se referem a indivíduos, mas a dinastias, ou que não foram anos, mas períodos mais curtos, talvez meses. Essas considerações devem ser rejeitadas por atentarem contra interpretação literal do texto e contra sua origem inspirada. É preciso ver esses números como históricos. A longevidade da raça antediluviana pode ser atribuída às seguintes causas: (1) vitalidade original com a qual a humanidade foi dotada na criação, (2) piedade e inteligência superiores, (3) efeito residual do fruto da árvore da vida, (4) qualidade superior dos alimentos disponíveis, e (5) graça divina em postergar a execução da penalidade do pecado. Adão viveu para ver oito gerações sucessivas alcançarem a maturidade. Uma vez que sua vida abarcou mais da metade do tempo que decorreu até o dilúvio, é claro que muitos puderam ouvir de seus próprios lábios a história da criação, do Éden, da queda e do plano da redenção, tal como este lhe havia sido revelado."
Sobre as condições físicas dos seres humanos antediluvianos, vale considerar a seguinte informação:
"A raça humana, que vivia na época [antes do dilúvio], era de grande estatura e possuía força grandiosa. As árvores sobrepujavam em tamanho, beleza e proporção perfeita, superando tudo que qualquer mortal já tenha visto; sua madeira era de belo veio e dura substância, assemelhando-se em muito à pedra. Isso requeria muito mais tempo e trabalho, mesmo daquela raça poderosa, no preparo de vigas para a construção, do que se exige hoje" (Ellen G. White. Geologia e Ciências Naturais, 1994, p. 109).
A supracitada autora, no mesmo livro (p. 108) ainda acrescenta:
"Logo após o dilúvio, o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos. Havia uma classe de animais muito grandes [dinossauros?] que pereceram no dilúvio. Deus sabia que a força do homem diminuiria, e esses enormes animais não poderiam ser controlados por homens frágeis."
A vegetação, o relevo e o clima da Terra antes do dilúvio eram, com certeza, bem diferentes do que observamos atualmente, isso certamente deve ter exercido influência sobre a altura e o tempo em que os seres humanos desta época viviam, o que pode nos auxiliar a compreender, por exemplo, os literais 930 anos que Adão tinha quando morreu. 

Evidência que o ambiente pré-diluviano influenciava a quantidade de anos que os seres humanos viviam, está na segunda genealogia do livro de Gênesis, agora incluindo somente seres humanos que viveram depois do dilúvio. Sem, filho de Noé (de onde vem o termo "semita"), viveu 600 anos (Gn 11:10-11). O gráfico abaixo permite visualizar os personagens bíblicos antes e depois do dilúvio (flood of Noah), onde se observa claramente a diminuição gradual do tempo de vida.

Gráfico comparativo do tempo de vida (em anos) de personagens pré-diluvianos e pós-diluvianos.

Moisés, além de escrever o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), escreveu os Salmo 90. Neste salmo, Moisés nos traz a informação de qual era a expectativa de vida já na sua época (o Êxodo bíblico ocorreu em algum período anterior a 1447 a.C.):
"A duração [média] da nossa vida é de setenta anos é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado [...]" (Salmos 90:10). 

ANÁLISE BIOLÓGICA

Biblicamente, parece não haver dúvidas que o relato deve ser considerado literal e que uma catástrofe universal tenha alterado todo o complexo de interações entre o meio biótico e abiótico, resultando na diminuição da expectativa de vida entre os seres humanos que viveram antes e depois do dilúvio, chegando até nós, hoje. Mas, pode a biologia oferecer algum esclarecimento a este respeito? Ao que tudo indica, parece que a resposta a este importante questionamento é "sim". Talvez o segredo esteja nos telômeros.

Telômero em vermelho
De acordo com Henrique A. Parsons, médico residente do Hospital Sírio Libanês de São Paulo:

"Telômeros são estruturas de DNA situadas nos terminais dos cromossomos. São compostas por sequencias extremamente simples - repetições [de nucleotídeos] TTAGGG, que são caracteristicamente regiões de heterocromatina. Suas funções incluem a manutenção da integridade cromossômica, a garantia da replicação completa das extremidades dos cromossomos e o estabelecimento da estrutura tridimensional do núcleo celular" (Telômeros, telomerase e câncer. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 5, n. 1, p. 54-59, 2003)  
Os telômeros estão em posição estratégica no cromossomo. Ali, eles podem garantir que o cromossomo continue íntegro pelo tempo necessário, trazendo assim uma importante estabilidade. Sabe-se que extremidades cromossomais que não possuam telômeros estão mais susceptíveis a eventos recombinatórios não esperados e também à degradação do mesmo.

Um detalhe que chama atenção ao telômero é que, em células somáticas (ou seja, todas as células do corpo - exceto o espermatozoide e o óvulo - ex: pele, cabelo, unha, etc.), ele reduz seu tamanho durante o ciclo de vida, numa taxa de 30 a 120 pares de base por replicação e, por isso, está diretamente relacionado ao envelhecimento.

Gerald Karp, no livro Biologia Celular e Molecular: Conceitos e Experimentos (2005, p. 512) afirma:
"A cada divisão celular, os telômeros tornam-se mais curtos. Supõe-se que o encurtamento do telômero continue até um ponto crítico, chamado "crise", quando as células exibem muitas anormalidades cromossômicas e param de se dividir. A importância do encurtamento do telômero no envelhecimento foi confirmada em um estudo de 1998 no qual células geneticamente modificadas foram forçadas a expressar uma enzima telomerase [complexo enzimático que tem como função adicionar sequências de DNA repetitivas à extremidade do cromossomo, onde se encontra o telômero] ativa. Nesse estudo, células do controle deficientes  em telomerase proliferaram por um período e então sofreram envelhecimento e morreram, como esperado. Ao contrário, as células que expressaram a telomerase continuaram proliferar por centenas de divisões extras. As células expressando telomerase não somente continuaram a se dividir como também o fizeram sem sinais do processo de envelhecimento visto em culturas de controle [sem a expressão ativa e manipulada de telomerase]. Esse estudo levou alguns pesquisadores a sugerir que o envelhecimento celular - assim como o envelhecimento humano - pode ser prevenido induzindo as células a expressarem essa enzima normalmente inativa. Mas conferir às células esta propriedade pode ter sérias consequências."
Veja como isso é interessante! A telomerase é uma enzima. Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é uma enzima. Logo, a telomerase é uma proteína também. Todas as proteínas são codificadas nos ribossomos através de informações do código genético que são trazidas pelos RNAs mensageiros que levam ao citoplasma uma parte codificável do DNA presente nos cromossomos, que estão no núcleo. O que os pesquisadores fizeram no estudo referido acima foi manipular a codificação da telomerase acima da rotina celular, pois primeiro é necessário ter a enzima elaborada para se estudar o seu efeito. E o efeito foi o retardamento do envelhecimento celular. 

Estudo recente conduzido por Bruno Bernardes de Jesus e colaboradores, avaliaram a ação da terapia gênica com telomerase no envelhecimento de ratos, trouxe resultados interessantes, de acordo com o site da revista científica EMBO Molecular Medicine (Maio de 2012). A terapia gênica com telomerase permitiu que os ratos vivessem por mais tempo, mas aumentou não somente a quantidade do tempo, mas a qualidade do mesmo, pois os ratos estavam drasticamente mais saudáveis. De acordo com os pesquisadores, os ratos, além de viver mais tempo, apresentaram ossos mais fortes, melhorias nas funções metabólicas, uma melhor coordenação motora e um desempenho cognitivo maior. Os ratos utilizados neste estudo vivem até 150 semanas (um ano tem 52 semanas) Em ratos de até um ano de idade, se observou aumento de 24% no tempo de vida.
  
CONCLUSÃO

Este artigo não pretendeu ser exaustivo, todavia, diante das informações obtidas podemos naturalmente chegar a algumas importantes conclusões:

·         As Escrituras Sagradas nos ensinam que todo o registro do livro de Gênesis deve ser tomado como literal e histórico. O próprio Jesus aceitava o livro de Gênesis como literal e histórico (Mt 19:4);
·         A análise gramática de Gênesis 5:5 não permite qualquer outra interpretação do que a que Adão viveu literalmente 930 anos;
·         Após a queda do homem com a entrada do pecado na Terra, a natureza começou a sentir a degeneração gradual. Com isso, a expectativa de vida do ser humano diminuiu, bem como sua altura, força e isso também afetou a natureza. Paulo confirma isso quando diz que "toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora" (Rm 8:22);
·         Deus pode ter permitido que a expressão gênica da telomerase diminuísse drasticamente, chegando aos níveis atuais, por causa da consequência da ação do pecado na vida do ser humano e o seu afastamento da árvore da vida;
Jeová disse que se Adão e Eva fossem rebeldes haveriam de morrer e eles morreram, demonstrando o terrível efeito do mal e a tragédia que o pecado traz na vida dos filhos de Deus, pois os separaram da fonte da vida. Adão viveu no Reino de Glória. Hoje, os cristãos que receberam a Cristo vivem no Reino da Graça, mais um pouco e o Reino da Glória será estabelecido novamente e ali não haverá mais mortes. 

Haverá um dia em que os telômeros não mais serão diminuídos junto com a minha vida humana. Mesmo com a rebelião do homem contra Deus, o SENHOR que é amor em essência, deixou sinais de sua vontade de nunca mais separar de nós. Como você leu, os telômeros das células somáticas diminuem e isso determina o envelhecimento, mas os telômeros das células gaméticas (espermatozoide e óvulo) não diminuem nunca, por isso, um bebê tem em seus cromossomos telômeros completos. Eu vejo nisso o amor de Deus revelado na natureza. Um sinal de como era sempre para ser, mas que foi deturpado.

Jesus é o único caminho a Deus. Ele mesmo sabia da importância e da necessidade da sua morte na cruz "para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna" (João 3:15). Quer você receber esta esperança?

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