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domingo, 26 de abril de 2015

O êxodo...

O êxodo israelita

O Êxodo e o deserto, passar pelo deserto nos é favorável pois ali aprendemos a ser mais firmes, fortes e corajosos, o deserto não foi feito para permanecermos é um lugar de passagem, de aprendizado,  de transformação. Não importa o deserto que você esteja passando, tenha certeza de que  Deus tem uma grande vitória para você, desde que você não tenha medo e confie totalmente em Deus. Jamais pense em voltar para a escravidão do Egito.


A emigração em massa do povo de Israel do Egito, depois de muitos anos de residência e revoltante opressão, é um acontecimento tão importante na história do povo e na história da soberania de Deus que ocupa quatro livros inteiros da Bíblia (os 137 capítulos de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), além de muitas outras referências no Antigo Testamento e no Novo. O êxodo israelita é fartamente lembrado nos Salmos 105, 106, 114 e 115 e no discurso de Estêvão pouco antes de ser apedrejado (At 7.1-53). Nas palavras introdutórias dos Dez Mandamentos, Deus rememora a saída de Israel do Egito e se apresenta com as seguintes palavras: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito” (Êx 20.2; Sl 81.10). O famoso êxodo, de acordo com o registro bíblico (1Rs 6.1), aconteceu 480 anos antes da construção do templo de Jerusalém no início do reinado de Salomão. Não há unanimidade quanto à data: pode ter sido em 1450 antes de Cristo ou 160 anos mais tarde, em 1290 antes de Cristo.

Muita gente
A história do êxodo israelita contém elementos quase inacreditáveis, a começar com a quantidade de pessoas que dele participaram. Além de crianças, adolescentes, mulheres e idosos, havia cerca de 600 mil homens de mais de 20 anos (Êx 12.37, 38.26; Nm 1.46, 11.21). Se para cada homem houvesse apenas uma criança e uma mulher, o número de peregrinos iria para 1,8 milhão. Se, na melhor das hipóteses, houvesse quatro outras pessoas (o cônjuge e três filhos), o número subiria para 3 milhões.


Muita bagagem
Cada família levava seus pertences, apetrechos, roupas, joias de prata e ouro que receberam dos egípcios no dia da partida, além de seus rebanhos tanto de ovelhas como de cabras (Êx 12.38). É muito provável que levassem também uma barraca ou tenda para armar ou desarmar conforme as circunstâncias (Êxodo 18.7 -- (NTLH) -- diz que Moisés entrou em sua barraca para conversar longamente com o sogro, Números 25.6 diz que Zinri levou uma mulher moabita para dentro de sua barraca e Êxodo 33.10 diz que cada israelita adorava a Deus em pé na entrada de sua própria barraca).


Muito tempo
O êxodo durou muito tempo -- 40 anos --, durante o qual todos os homens com mais de 20 anos que haviam saído do Egito tombaram no deserto, como resultado da revolta coletiva provocada pelo relatório pessimista de dez dos doze espias enviados a Canaã (Nm 14.26-38). Eles deram muitas voltas e fizeram muitas paradas. Certamente caminhavam bem mais vagarosamente do que os nômades do deserto, que hoje percorrem de 15 a 20 quilômetros em um dia de jornada.


Situação muito incômoda
Não havia sensação de permanência. Era uma enorme sucessão de entra e sai, de fazer e desfazer malas, de armar e desarmar acampamento. Era uma vida em trânsito, sem a segurança de uma residência fixa. Com tanta escassez de água, como lavar as mãos, o corpo, a roupa, as vasilhas? Como purificar a impureza causada pelas emissões dos órgãos sexuais, (a menstruação feminina e a polução masculina), como exigiam as normas (Lv 15.1-32; Dt 23.9-11)? Como limpar os bebês? O acampamento deveria estar sempre limpo, para a glória de Deus e para sobrevivência do povo (Dt 23.14). Não se deveria urinar e evacuar em qualquer lugar (Dt 23.12-13), embora na época não houvesse sanitários químicos.


Relacionamento muito difícil
As relações pessoais não são fáceis. Quanto maior o número de pessoas num mesmo lugar, mais difíceis elas de tornam. Havia grupos distintos quanto ao gênero (homens e mulheres), quanto à idade (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos), quanto à tribo (Bezalel e Aoliabe, os dois principais artífices do tabernáculo, por exemplo, eram da tribo de Judá e de Dã) e quanto à etnia (nem todos eram israelitas). A Bíblia registra que entre os caminhantes havia “grande multidão de estrangeiros de todo tipo” (Êx 12.38, NVI), talvez minorias perseguidas e outros escravos, bem como egípcios casados com israelitas e egípcios tementes a Deus. Havia tantos problemas que Moisés ficava ocupado com eles “desde a manhã até à noite” (Êx 18.13). Algumas questões eram mais difíceis e outras, mais fáceis (Êx 18.22).


Muita dependência de Deus
Os peregrinos dependiam de Deus em tudo. “Durante o dia o Senhor ia na frente deles numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho. Durante à noite ele ia na frente deles numa coluna de fogo, para iluminar o caminho, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite” (Êx 13.21, NTLH). Não havia pepinos, melões, verduras, cebolas, alhos, carnes (Nm 11.4-5) nem sobremesas e bebidas (Dt 29.6), mas o suculento maná caía do céu durante a noite simultaneamente com o orvalho, dia após dia, durante os quarenta anos de êxodo (Nm 11.7-9). Quando não havia oásis nem água, Deus fazia “com que o deserto se transformasse em lagos e a terra seca virasse fontes de água” (Sl 107.35). Quando havia água, mas água amarga, ele a tornava boa para beber (Êx 15.23-25). O cuidado de Deus abrangia outros setores menos cruciais, como destaca Moisés em seu discurso à entrada de Canaã: “Nesse tempo todo [os quarenta anos de deserto] não ficaram gastas as roupas que vocês vestiam nem as sandálias que calçavam” (Dt 29.5). Na passagem paralela, Moisés lembra mais um detalhe: “E os pés [de vocês] não ficaram inchados” (Dt 8.4; Ne 9.21).


Muito pecado
Embora sob o estrito cuidado de Deus e fartamente instruídos sobre como comportar-se, os israelitas caíram em pecado várias vezes durante o êxodo. Eles são acusados de incredulidade, ansiedade, ingratidão, reclamação, murmuração, provocação, rebelião, idolatria e orgia sexual. Entre os maiores escândalos, estão o caso do bezerro de ouro (Êx 32), a animosidade de Miriã e Arão contra Moisés (Nm 12), a incredulidade dos dez espias e o tumulto coletivo que eles causaram (Nm 14), a revolta dos 250 israelitas de fama liderados por Corá (Nm 16), a adoração de Baal-Peor e a relação sexual com as sacerdotisas moabitas (Nm 25).


Muita disciplina
Porque Deus é santo e justo, cada escândalo dos israelitas a caminho da terra prometida era severamente punido. No caso da murmuração coletiva, muitos foram picados por serpentes venenosas e morreram (Nm 21.6; 1Co 10.9). No caso de Baal-Peor e da imoralidade sexual com as moabitas, “vinte e três mil deles caíram mortos num dia só” (1Co 10.8). No caso do tumulto provocado pelos dez espias, Deus decretou o prolongamento do êxodo até que morressem no deserto os 600 mil homens de mais de 20 anos que saíram do Egito na noite do dia 14 de nissan.


Muito êxito
O êxodo de Israel foi um êxito de Deus. Foi um laboratório no qual se implantou o monoteísmo, o temor do Senhor, a religião judaica, o culto, o sacerdócio e a assembleia dos crentes. Nesse longo período de tempo, Deus se revelou de maneira marcante, acabou com a pluralidade de deuses, condenou a adoração de imagens, mostrou a sua soberania e providência, proclamou a sua justiça e misericórdia e providenciou os códigos de fé e de conduta. No êxodo nasceu a nação de Israel, com leis próprias e espaço próprio, com o propósito de ser luz para as outras nações (Is 49.6). Tudo isso foi acontecendo paralelamente a todos os outros episódios normais da vida e de uma sociedade: as meninas viravam mocinhas, as mulheres casadas engravidavam e as cinquentonas entravam na menopausa. Havia nascimentos, casamentos, mortes e enterros.

sábado, 25 de abril de 2015

Analisando Hebreus 9:12...

Analisando Hebreus 9:12: Jesus Entrou no Lugar Santo ou Santíssimo?

Santuário Celeste Santíssimo

Jesus Oficiando Oniscientemente no Lugar Santíssimo Celeste pós 1844.
A tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada de Hebreus 9:12 afirma que Jesus entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção aos Céus:
Hebreus 9:12: não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.
Esta edição da Almeida se enganou em sua tradução do grego. Para fazer prova inequívoca deste fato iremos citar 10 traduções bíblicas que não concordam com a tradução da Almeida Revista e Atualizada:
A Edição em Espanhol Reina Valera afirma:
Hebreus 9:12: Y no por sangre de machos cabríos ni de becerros, mas por su propia sangre, entró una sola vez en el santuario, habiendo obtenido eterna redención.
A tradução mais exaltada da lingua inglesa, a King James, afirma que Jesus entrou no Lugar Santo:
Hebreus 9:12: Neither by the blood of goats and calves, but by his own blood he entered in once into the holy place, having obtained eternal redemption for us.
A tradução Italiana de Giovanni Diodati (1649) afirma:
Hebreus 9:12: e non per sangue di becchi e di vitelli; ma per lo suo proprio sangue, è entrato una volta nel santuario, avendo acquistata una redenzione eterna.
A própria João Ferreira de Almeida Atualizada, afirma:
Hebreus 9:12: e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.
A Tradução das Testemunhas de Jeová (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas de 1986) dizem:
Hebreus 9:12: ele entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre e obteve [para nós] um livramento eterno.

A maior prova, no entanto, vem das traduções católicas que foram feitas por pessoas que passaram a vida estudando grego e latim:
A Bíblia AVE MARIA diz:
Hebreus 9:12: sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna.
A Bíblia da CNBB afirma:
Hebreus 9:12: Ele entrou no Santuário, não com o sangue de bodes e bezerros, mas com seu próprio sangue, e isto, uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna.
The New American Bible (Católica)
Hebreus 9:12: he entered once for all into the sanctuary, not with the blood of goats and calves but with his own blood, thus obtaining eternal redemption.
A Revised Standart Version diz:
Hebreus 9:12: he entered once for all into the Holy Place, taking not the blood of goats and calves but his own blood, thus securing an eternal redemption.
A Bíblia Latino Americana atesta:
Hebreus 9:12: Y no fue la sangre de chivos o de novillos la que le abrió el santuario, sino su propia sangre, cuando consiguió de una sola vez la liberación definitiva.
Como podemos ver as traduções de Hebreus 9:12 constam que Jesus entrou no LUGAR SANTO ou no SANTUÁRIO por ocasião de sua ascenção. A razão é simples: quando se entra no Santuário o primeiro compartimento é o lugar santo. A Tradução Almeida Revista e Atualizada no Brasil está errada como mostra as demais edições internacionais, com destaque para a King James, que é exaltada por todas as igrejas dos países de fala inglesa. O testemunho das Bíblias católicas e da Bíblia das testemunhas de jeová é deveras interessante pois estas igrejas não possuem uma doutrina do Santuário e não sabem que Jesus apenas entrou no lugar santíssimo 18 séculos depois de sua ascenção.

Fontes de esudos e pesquisas: https://adventismoemfoco.wordpress.com/2009/06/13/analisando-hebreus-912-jesus-entrou-no-lugar-santo-ou-santissimo/

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mapas do Mundo Bíblico - Para Estudos...

MAPAS DO MUNDO BÍBLICO

O campus é a seara...


O campus é a seara

Apesar das restrições e dos perigos, professores cristãos implantam universidades em nações fechadas como China e Coreia do Norte. 


O campus é a seara
Portas inusitadas para o Evangelho estão se abrindo em duas das nações que mais impõem restrições á fé cristã. Na China, celebrada por seu espetacular crescimento econômico, embora permaneça avessa à liberdade religiosa, e na ultrafechada Coreia do Norte – um dos últimos refúgios mundiais do comunismo ateísta –, é através do ensino superior que a Palavra de Deus ganha espaço. Universidades licenciadas pelo Estado, cuja administração e corpo docente são formados predominantemente por cristãos, estão colaborando para mudanças ainda pequenas, mas significativas. Através delas, por exemplo, cidadãos ocidentais podem entrar e sair livremente por fronteiras antes praticamente intransponíveis, levando consigo a Palavra de Deus. E tudo tem acontecido graças à iniciativa de empresários e intelectuais com forte senso de missão – tanto a educacional quanto a espiritual.
A poucos quilômetros da fronteira entre os dois países, no lado chinês, funciona, há 20 anos, a Universidade Yanbian de Ciência e Tecnologia (Yust, na sigla em inglês). Ela está localizada em Yanji, região com grande concentração de coreanos. Fundada pelo empresário James Kim, que tem cidadania americana e coreana, a instituição tem visto o número de estudantes crescer bastante nos últimos anos. Acusado, em 1998, de ser espião a serviço dos Estados Unidos, Kim escapou das ameaças de morte e hoje goza de respeito por parte das autoridades norte-coreanas. Seu maior desejo era o de fundar uma filial da universidade do lado de lá da fronteira. Há três anos, esse desejo tornou-se realidade, quando Kim, juntamente com administradores e conselheiros internacionais, fundou a Universidade Pyongyang de Ciência e Tecnologia (Pust), na capital do país.
A abertura de uma universidade privada no país mais refratário ao livre mercado é algo inédito, e pode ser considerado um milagre. A Pust cresce em ritmo acelerado, e à semelhança de sua congênere chinesa, tem corpo docente e funcionários majoritariamente cristãos. Em 2010, a universidade tinha 160 alunos. Desde então, o número de matriculados quase duplicou, tanto nos cursos de graduação como nos de pós. Além de engenharia elétrica e de informática, gestão internacional, agricultura e ciências humanas, a instituição planeja abrir cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de saúde pública, direito e engenharia mecânica. Kim montou uma sólida rede de colaboradores, quase todos cristãos, como o lorde britânico David Alton; Malcolm Gillis, ex-presidente da Universidade Rice e atual co-presidente do conselho de Pust; e Peter Agre, vencedor do Prêmio Nobel de Química e diretor do Instituto de Pesquisa de Malária Johns Hopkins. O reitor de Yanbian, Chan-Mo Park, já presidiu Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia, prestigiada instituição norte-coreana.
Essas duas universidades irmãs estão se aproveitando de uma tendência crescente da educação superior global – a grande demanda por professores universitários falantes da língua inglesa. Daryl McCarthy, presidente do Instituto Internacional de Estudos Cristãos (IICS), diz que há, hoje, muitas oportunidades para que acadêmicos cristãos deem aulas no exterior: "Estive reunido com dezenas de autoridades de universidades públicas ao redor do mundo que, muitas vezes, imploraram para que professores viessem ensinar em suas instituições". A organização que ele dirige empregou docentes em universidades públicas de 23 países.
AMIZADE E EVANGELISMO

Há muitos anos, Ray Lewis, um professor de biologia da Universidade Wheaton (EUA), conheceu Joshua Song, que trabalhava, na época, como professor auxiliar de física. Song, que também era professor da Yust, apresentou Lewis a vários estudantes daquela faculdade, inclusive a um aluno de graduação que havia se convertido ao cristianismo quando frequentava as aulas na Yanbian. As histórias que Song compartilhou com esses alunos chamaram a atenção de Lewis. Em 2011, o professor de biologia decidiu passar um período sabático na Yust junto com sua mulher, embora nenhum dos dois falasse coreano ou mandarim. Encontrou uma realidade totalmente nova e desafiadora. Vindo de um campus onde era normal iniciar as aulas com devocionais e reflexões bíblicas, ele agora se encontrava em um ambiente onde era obrigado a assinar um contrato pelo qual se comprometia a não evangelizar os alunos. Em Yanji, na China, a única opção que tinha para frequentar cultos era um serviço realizado em um crematório reformado.
Durante o dia, Lewis dava suas aulas de genética numa turma de uns 30 alunos, inclusive chineses e coreanos que apresentavam níveis variáveis de proficiência na língua inglesa. "Alguns deles nem deveriam estar ali, já que as aulas eram dadas em inglês", lembra. Teve, então, uma ideia. Resolveu convidar os estudantes para irem até sua casa jantar e desenvolver conversações em inglês. O interesse foi grande, e nessas ocasiões, o professor e sua mulher faziam pequenas reflexões bíblicas, tanto na língua inglesa quanto em coreano. Apesar das restrições existentes para testemunhar sua fé, Lewis e outros professores crentes da Yust conseguiam muitas vezes desenvolver relações de amizade com os alunos, o que acabava trazendo oportunidades para eles falarem de Cristo. O estudo bíblico doméstico incluía dois alunos coreanos, dois chineses e um outro professor.
Uma vez que se tornaram ainda mais próximos, essas aulas de idiomas se transformaram em verdadeiros estudos da Palavra de Deus. "Nós líamos as passagens bíblicas em voz alta. Eu explicava um pouco em inglês e o professor explicava depois em coreano". Devido à profundidade de seu relacionamento com os estudantes, Lewis era capaz de adequar o tema das aulas às suas vidas pessoais. "Além da tradução das palavras, nós tentávamos transmitir o significado das passagens que líamos, fazendo com que eles entendessem quem é Jesus Cristo e o que significa segui-lo.", explica Lewis. As reuniões terminavam com orações. Naturalmente reservados, os alunos orientais raramente perguntavam alguma coisa, mas estavam sempre dispostos a ouvir e aprender mais.
Com o tempo, outros professores crentes da faculdade também recebiam os estudantes em suas casas. Ficou logo evidente que, desde que fossem cuidadosos e não organizassem cultos mais explícitos, não seriam incomodados. "Se não realizarem batismos na banheira dos dormitórios e evitarem reuniões abertas, algo que as autoridades não poderiam ignorar, eles provavelmente não terão problemas", afirma o professor Daniel Bays, especialista em estudos asiáticos.
Não por acaso, a Coreia do Norte tem sido um grande foco dos cristãos no mundo inteiro há muitas gerações. Dominado pela ditadura hereditária implantada por Kim Il-Sung desde a fundação do país, em 1948 – quem está no poder agora é seu neto, Kim Jong-um –, a Coreia do Norte já nasceu comunista, com resultado da partilha do poder mundial entre as potências ganhadoras da II Guerra Mundial. Após um conflito que, oficialmente, ainda não terminou com a vizinha do sul, o país mergulhou num período de terror e miséria como vassalo da extinta União Soviética. Um número indefinido de cristãos foram mortos por causa de sua fé e pelo menos 3 milhões de pessoas sucumbiram à fome decorrente da pobreza e do isolamento mundial imposto pelo regime, que impede até a chegada de ajuda humanitária. O evangelismo tradicional é praticamente impossível e a missão Portas Abertas, dedicada à defesa da liberdade religiosa, classifica a Coreia do Norte como o país que mais persegue cristãos hoje.
"OUVIDOS NA PORTA"

Em um contexto como esse, os professores da Universidade Pyongyang de Ciência e Tecnologia lecionam dentro de um ambiente altamente estruturado e têm pouco contato com seus alunos fora da sala de aula. Segundo Bays, na China, um professor visitante que passasse dos limites seria deportado e os alunos envolvidos, chamados para uma conversa nos departamentos estatais de controle. Na Coreia do Norte, no entanto, a penalidade pode ser muito mais severa, incluindo a prisão do estrangeiro por praticar o cristianismo. "Pelo que já li a respeito, se você for pego em um pequeno grupo participando de um culto de adoração cristã, pode ser mandado para campos de prisão por vários anos", diz ele. É difícil levar informações para fora do país, uma vez que o governo central limita fortemente a comunicação com o mundo exterior, inclusive através de censura na internet. Há pouca consciência a respeito do sistema de ensino superior da Coreia do Norte. "Francamente, ninguém nos EUA tem uma sólida compreensão acadêmica sobre o que está acontecendo naquele país.", disse Bays.
Recentemente, as missões cristãs voltaram a focar nos norte-coreanos que vivem fora do país, principalmente naqueles que estão na China. A Yust acolhe a um pequeno contingente deles. "Eu sabia que havia alguns estudantes da Coreia do Norte", destaca Lewis. "Nunca tive a oportunidade de falar com eles, pois são muito fechados". Para piorar as coisas, a embaixada norte-coreana de Pequim se mantém atenta a seus cidadãos que vivem no exterior para se certificar de que não haja problemas. Contudo, o modelo de educação que James King implementou nas duas nações asiáticas mostra uma promessa para o futuro do evangelismo em países fechados para missões tradicionais. Apesar de esses governos serem avessos à religião, eles estão desesperados por ajuda, principalmente na área da educação superior. Um número cada vez maior de professores americanos está dando aulas no exterior. Mas não há uma quantidade suficiente de docentes qualificados, falantes do inglês, para suprir a demanda. "Há, portanto, uma grande oportunidade para professores, cristãos ou não, de lecionarem fora dos Estados Unidos", afirma Daryl McCarthy, do IICS. "Na Ásia e no Oriente Médio, esse desejo de falar inglês está impulsionando uma maciça explosão na educação. As principais publicações são em inglês, portanto essas pessoas precisam aprender a língua". As duas regiões ocupam grande parte da chamada Janela 10-40, imensa região imaginária do globo que abriga a maior parte da humanidade que não conhece a Cristo.
Apesar disso, e das iniciativas pioneiras das universidades fundadas na Coreia do Norte e na China, McCarthy acha que o imenso campo missionário, formado pelos mais de 100 milhões de estudantes universitários de fora dos EUA – que considera um grupo ainda não alcançado –, está sendo negligenciado. "Estamos percebendo que muitos acadêmicos cristãos preferem a segurança de lecionar em uma instituição cristã, ou até mesmo em uma secular dentro dos Estados Unidos. Eu até conheci gente que prefere trabalhar em lanchonetes a dar aulas no exterior. Muitos universitários são relutantes a mudar suas vidas e abandonar suas paixões acadêmicas para se dedicarem ao evangelismo em uma nação estrangeira". No entanto, ele acredita que sua missão seja educar as pessoas por inteiro, e não apenas a esfera espiritual. "Salvar as almas sem salvar as mentes não trará frutos em longo prazo", ele diz. "Somos, antes de tudo, universitários. Para nós, nosso ministério é ensinar, e fazemos isso porque esse é o nosso chamado. É isso que faz de nós um grupo de acadêmicos que pensam e vivem de maneira diferente".
Lewis vai na mesma direção e afirma que, para ele, o chamado é integrar a fé e o aprendizado, principalmente na Yust. "A missão é a educação", enfatiza. "O departamento onde trabalhei era todo formado por cientistas com Ph.D. Era, no entanto, totalmente conectado com os programas de evangelismo". Ele, agora, está buscando maneiras de estabelecer vínculos entre a Universidade Yanbian e a da Wheaton que também inclua os estudantes, e não apenas alunos. A Fundação Yust-Pust já funciona em Chicago, sob a liderança do professor Song. A ideia é adaptar o modelo até aqui bem sucedido para outras nações fechadas ao Evangelho. Porém, Lewis sabe que, sempre que o anúncio do Evangelho se torna um elemento presente no ambiente acadêmico, há uma série de pressões decorrentes disso – ainda mais em uma realidade de perseguição religiosa de fato. "Trata-se de uma pressão sutil; a pressão constante de saber que se está sob vigilância. Os e-mails e ligações telefônicas são monitorados", explica Daryl McCarthy. "Às vezes, as pessoas colocam seus ouvidos colados, literalmente, à porta para ouvir as conversas. Tem que haver sempre um equilíbrio entre a transparência e a discrição." (Tradução: Julia Ramalho)
Fonte de Estudos e Pesquisas: Andrew Thompson é formado em comunicação na Wheaton College e foi estagiário na revista Christianity Today

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