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sexta-feira, 20 de março de 2015

Fundamentos da Sociologia do Novo Testamento

Fundamentos da Sociologia do Novo Testamento (I)


I. Situação econômica e social da Palestina no período de dominação romana
Durante o período de dominação romana na Palestina do primeiro século, o povo judeu encontrava-se em situação de “povo dominado” ou “escravizado”. A posse de riquezas variava desde o tamanho das cidades, da origem étnica, e até mesmo à fatores culturais dominantes na cidade. Sem dúvida era fator preponderante para a riqueza da cidade os portos ou centros comerciais importantes. Neste particular, as cidades que se encontravam na costa ocidental ao longo do mar Egeu eram muito mais ricas do que as pequenas cidades orientais que se encontravam na Galácia e Bitínia. A cidade de Éfeso, por exemplo, possuía como fonte de lucros não apenas o porto, mas também o seu templo dedicado à deusa Ártemis (At 19). As riquezas das cidades também dependiam de seus atrativos arquitetônicos e também da organização de competições esportivas e festas tradicionais religiosas, que incluíam uma ampla infra-estrutura, entre eles estádios, anfiteatros, templos, etc. Vejamos a situação das classes sociais na Palestina nesse período.
Aristocracia
Era a classe mais rica e poderosa e compunha-se de uma minoria da população. Era formada pelas famílias do imperador, dos senadores e daqueles que ocupavam cargos políticos importantes. Esta classe estava dividida na: ordo senatorial (ordem senatorial), que era o mais alto grau da sociedade romana composta por senadores e fa-]]
mília; ordo eqüestre, que era um título honorífico concedido pelo imperador, geralmente aos ricos que iam à guerra; os decuriões (título honorífico), que eram os membros dos conselhos e da magistratura de uma cidade, geralmente eram ricos e respeitados por seus sucessos e administradores locais de cidades; cargos da magistratura romana, que eram achegados aos decuriões:cônsules e procônsules, procuradores, prefeitos e governadores. O Novo Testamento cita Pôncio Pilatos, Félix e Festo na Judéia, Quirino na Síria e Galião na Acaia como possuindo cargos da magistratura romana. Estes eram aliados de Roma submetendo-se desde aos aspectos jurídicos até mesmo aos religiosos. Assumiam a religião oficial do Estado, e, devido a sua fidelidade e interesse secular no Estado, dificilmente se convertiam ao cristianismo.
Escravos
Socialmente, o escravo (doulos no grego e servus no latim) era toda pessoa que não possuía direitos e cuja liberdade estava nas mãos de outrem, para os gregos o kyrios e para os romanos o dominus, isto é, amo ou senhor. Nessa situação estavam: o fisicamente escravo, que é tanto o escravo propriamente dito quanto também aquele que se coloca em estado de servidão para poder sobreviver, como por exemplo, as pessoas que não tendo com que pagar suas dívidas se submetiam ao regime de trabalho forçado a fim de pagar o débito. Estes por exemplo, são geralmente chamados nas páginas do Novo Testamento de “servos”. Por várias condições as pessoas se tornavam escravas durante esse período, às vezes por uma condição social, pois a pessoa já nascia de mãe escrava, às vezes por ser prisioneiro de guerra, ou por necessidade pessoal (Cf. Mt 24.45s; Lc 19.11s).
Os libertos
Os libertos eram de duas categorias: os nascidos livres e os escravos que foram libertos. Ao primeiro se chamava de ingenui e o segundo deliberti. Um filho de um ex-escravo era considerado ingenuus, se os seus pais eram livres quando este nasceu, senão era considerado filho de escravos. Uma vez liberto o escravo ascendia em sua posição social. Essa libertação poderia ocorrer com um gesto de consideração do seu senhor, ou diretamente pela compra de sua liberdade. Ao primeiro caso se chamava de manumissão e ao segundo de redenção. Ao ato de libertação do cristão do mercado de escravos, costuma-se usar o último termo (redenção). Arens afirma que a manumissão costumava-se obter mediante declaração feita pelo senhor perante o magistrado de que desejava que seu escravo fosse reconhecido livre e inscrito como cidadão livre.[1] Acredita-se que o valor pago pelo escravo para comprar a sua liberdade era cerca de 400 dracmas, o que correspondia a três anos de sustento de uma família humilde. Esse número de libertos no primeiro século foi tão expressivo que o historiador Tácito afirmou que grande parte da nobreza romana nos fins do século I era descendente de libertos. Uma vez liberto, este ex-escravo procurava, através de seus esforços pessoais, melhorar sua condição e a de sua família.
Os pobres
Segundo Arens a maioria da população das cidades “era composta por esta vasta e complexa gama de pessoas...que situavam-se socialmente muito abaixo da aristocracia”.[2]
A classe dos pobres estava dividida em penēs ptōchos. Para Arens, openēs era todo aquele que não possuía o suficiente para poder viver sem trabalhar. Esse não era pobre como concebemos atualmente, mas era alguém que possuía um tipo qualquer de bem ou um pequeno sítio com algum escravo, mas não podia viver independentemente do seu trabalho. Essa categoria era a força produtiva das cidades, por vezes, eram médicos, artistas, pastores ou peões.[3] Já os ptōchos, por outro lado, era a pessoa que estando abaixo do penēs, sua situação levava-o a mendigar para que pudesse sobreviver. Estes não apenas careciam de recursos materiais quanto também não possuíam qualquer habilidade para as atividades materiais. Os ptōchoi, segundo Arens, constituíam o nível socioeconômico mais baixo da sociedade.[4] Em muitos casos a situação dos escravos era muito melhor do que a dos ptōchoi. Não devemos esquecer que uma das bem-aventuranças usa como exemplo a condição dos ptōchoi. Um texto clássico de Aristófanes citado por Arens afirma que: “A vida do ptōchos é viver sem possuir nada; o penēs, ao invés, vive frugalmente e do esforço em seu trabalho, sem que lhe sobre nada, não sofrendo, porém, carestia”.[5]
Para não sermos prolixos, é sumamente importante ressaltar que a condição de ptōchos ou penēs, no Oriente, distinguia-se destes no Ocidente. No Oriente os pobres não possuíam os mesmos direitos que os ricos, enquanto em Roma, por serem pessoas livres, gozavam dos mesmos direitos civis que os ricos, embora nem sempre isto se concretizasse. É por esta razão, que a perspectiva do Novo Testamento, escrito com a mentalidade oriental, usa freqüentemente o termo ptōchosem vez de penēs.
Os camponeses
Os camponeses estavam associados aos pobres em razão da situação econômica em que se encontravam. Primariamente, para ser proprietário de um pequeno lote, exigia-se em certos locais a condição de cidadão. O império possuía o poder de desapropriar e transferir a terra dos vencido para os vencedores da forma que desejasse. Os camponeses constituíam-se uma classe que vezes por outra se viam indefesos às condições climáticas e sujeitas ao pagamento de impostos. Dificilmente um camponês ascendia na escala social de sua época. O povo da cidade, chamado de plebs urbana, tinha o povo do campo, conhecido como aplebs rustica, como socialmente inferior. A plebs urbana era constituída de artesãos, pedreiros, carpinteiros, etc. que pela relevância de seus serviços prestados aos ricos e pela sua condição de autônomos contrastavam-se com a plebs rustica, muitos deles explorados pelos latifundiários.
Os cidadãos
Havia pelo menos duas perguntas que circulavam entre as classes sociais romanas. A primeira era se o homem livre era cidadão, e se não o fosse, a que classe da sociedade ele pertencia e, a outra, se ele possuía terra, caso contrário, quem é que possuía a terra que era dele.
Para a legislação romana, que classificava as pessoas em livres eescravas, as livres eram pessoas consideradas juridicamente cidadãos romanos, enquanto os escravos necessitavam de cidadania. Portanto, um indivíduo poderia possuir dupla cidadania, a primeira condicionada ao seu povo, por exemplo, judeu, e aquela adquirida, cidadão romano. Este era o caso de Paulo (At 21.39; 22.26s). Deve-se lembrar que a cidadania romana não eximia o indivíduo de contribuir ao fisco da cidade, e que em caso de conflitos de interesses pessoais, podia-se apelar à cidadania romana, no tocante ao foro judicial, foi isto, por exemplo, que fez o apóstolo Paulo.
Existiam duas formas de cidadania, vejamos:
  • A cidadania como resultado das condições de nascimento do individuo, isto é, se ele procedia de pais livres ou escravos;e aquela condicionada a etnia a que pertencia.
  • A cidadania romana propriamente dita.
Esta cidadania era hereditária, e pertencia aos patrícios de Roma. Somente o imperador possuía o direito de conceder a cidadania romana para alguém. Adquirir a cidadania romana não era tarefa fácil. Vejamos alguns dados que facilitavam a aquisição desta cidadania:
Um dos meios era servir no exército romano e ter sido honrosamente licenciado dele. Esta é uma das razões porque inúmeros escravos lutavam nas fileiras dos exércitos romanos.
  • A aristocracia procurava consegui-la mediante gastos de beneficência a favor do imperador.
  • A cidadania romana era concedida para aqueles que de alguma maneira prestavam relevantes serviços e demonstravam fidelidade ao Estado.
  • Era necessário ter passado pelo processo de romanização: conhecimento profícuo da língua latina – que era um claro indício de se ter assumido o estilo de vida romano.[6]
Os impostos
Todos os cidadãos livres e escravos estavam condicionados ao pagamento de impostos. O Estado romano exigia um imposto fixo de cada um de seus súditos e a quantidade, modalidade e distribuição variava de lugar a lugar, dependendo da província e das colônias romanas. Além dos impostos destinados a Roma, também havia uma série de impostos municipais.
Vejamos alguns tipos de impostos nesse período:
Imposto pessoal ou “ tributum capitis”: Este variava de acordo com a região e aposição social da pessoa. Pagava-se dos doze até aos sessenta e cinco anos de idade. Segundo Marcos, parece que o imposto era cerca de um denário por pessoa (Mc 12.14s). Arens cita Hopkins afirmado que equivalia a cerca de quinze sestércios anuais, o equivalente a 33 kg de trigo, ou seja, mais ou menos, dez por cento do mínimo para subsistir.[7]Segundo o Evangelho de Lucas, por vezes, realizava-se recenseamentos a fim de calcular qual seria a soma total do tributum capitis (Lc 2.1s).[8]
Tributos municipais: Estes constituíam a fonte para os gastos e manutenção e melhoria das cidades. Cobriam-se os salários dos administradores, dos mestres, dos engenheiros; gastos de construção e manutenção de edifícios, etc. Geralmente as coletas desses impostos eram feitas por meio de profissionais designados exclusivamente por Roma, os famosos publicanos, que segundo Arens, “exigia dos contribuintes mais do que estipulado, ficando com a diferença”.[9]
No Oriente os impostos eram coletados por pessoas ricas e influentes na cidade chamadas de telônai, que entregavam o total nas mãos dos delegados romanos ou diretamente a Roma, garantindo a si mesmo um lucro sobre as contribuições (Lc 3.12s; 19.8s). Tanto os publicanosquantos os telônai eram odiados, tal como atesta os Evangelhos, por sua proverbial desonestidade, tendência ao abuso e a extorsão.
Os judeus não gostavam de pagar os impostos, pois a cobrança e o pagamento destes, documentava a pretensão romana de soberania sobre o país e sobre o povo. Israel, porém, considerava a Palestina não como pertencente aos romanos, mas a Deus, e por isso mesmo não podia servir a outro senhor.
No episódio de Marcos 12.13-17 a respeito do pagamento de impostos ao imperador ou não, teria evidentemente razões de ser apresentada na Judéia, pois no tempo de Jesus afirma Klaus Wengst,“só lá é que a questão do pagamento de imposto ao imperador, podia ser proposta com sentido; pois lá era cobrado o imposto imperial, mas não na Galiléia”.[10]
Segundo Wengst, após a deposição de Arquelau, filho de Herodes, do cargo de etnarca da Judéia, Samaria e Iduméia, esta região foi submetida, no ano 6 d.C., a um procurador romano da classe dos cavaleiros, que estava submetido à supervisão do legado da província da Síria. Este ordenou um censo como base para a cobrança romana de impostos. Deve-se a cobrança dos impostos o surgimento dos zelotes, que se opunham abertamente contra os romanos, e que por fim, desembocou a guerra judaica de 66-70 d.C.
Caso Jesus afirmasse a recusa ao pagamento de impostos, apresentariam Jesus como agitador, e quem sabe, um zelota perante as autoridades romanas. Porém, eles eram hipócritas como descreve o texto, pois pagando eles os impostos, desejavam com sua pergunta forçar a Jesus a responder negativamente. Não podemos ignorar a malícia da pergunta, ao mesmo tempo que lembrar-nos que Jesus como Galileu não estava obrigado a pagar os impostos aos romanos tanto historicamente quanto socialmente. Um carpinteiro que não exercia a sua profissão (Mc 6.3), pescadores que abandonaram suas redes (Mc 2.14), nada ganham, e por isso, não podem ser chamados a pagar impostos pelo seu governante, no caso Herodes Antipas, e também não podem ser pelo funcionalismo romano.[11]

[1] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.71
[2] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.79.
[3] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.79.
[4] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.79.
[5] ARISTÓFANES. Plut., 552s. apud ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.134.
[6] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.87.
[7] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paullus, 1997, p.121.
[8] Cf. WENGST, Klaus. Pax romana:pretensão e realidade. Coleção Bíblia e Sociologia. São Paulo: Edições Paulinas, 1991, p.86
[9] ARENS, Eduardo. Ásia Menor nos tempos de Paulo, Lucas e João: aspectos sociais e econômicos para a compreensão do Novo Testamento. São Paulo:Paulus, 1997, p.121
[10] WENGST, Klaus. Pax romana:pretensão e realidade. Coleção Bíblia e Sociologia. São Paulo: Edições Paulinas, 1991, p.85.
[11] WENGST, Klaus. Pax romana:pretensão e realidade. Coleção Bíblia e Sociologia. São Paulo: Edições Paulinas, 1991, p.87.

Fonte de Estudos e Pesquisas: Wikipedia enciclopédia Livre
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domingo, 15 de março de 2015

Manifestações Políticas no Brasil e os Verdadeiros Cristãos!



Você que é Cristão (salvo por Jesus) homem e mulher de Deus; se manifesta diante das adversidades que se apresentam pelo mundo com oração e respeito, pois ou você crê no Deus que você ou no diabo que te influência e incita para a violência. Cristão não é alienado mas no entanto é alguém separado por Deus para agir com sabedoria e sempre buscando as suas respostas em oração jamais teremos um mundo saudável se até mesmo os separados se juntam ao mundo para o corromper. Seja mais Cristão e menos hipócrita a falsidade não agrada à Deus: "A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico)." Ore pelas autoridades constituídas pois se forem corruptos o teu Deus não deixará que governem sobre ti, na Palavra de Deus nenhum rei que se corrompe prevalece com autoridade e poder. Pense nisto e seja mais Cristão e menos do mundo, não esqueça ou melhor o que o povo que se dizia de Deus fez com Jesus ao escolher a salvação de Barrabás e a crucificação de Jesus.

Veja e compartilhe o recado do pastor Luís Gonçalves sobre o assunto das manifestações de hoje no Brasil. Se quiser saber mais sobre o assunto, leia http://adv.st/1xq4tud

Páscoa - Parte 3

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Segundo o Novo Testamento, Cristo é o sacrifício da Páscoa. Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho de João: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29) e uma constatação de Paulo "Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado." (1Co 5:7).
Jesus Cristo, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus que foi imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado.
Como Jesus ressuscitou num Domingo, surgiu a prática de os Cristãos se reunirem aos domingos (literalmente, Dia do Senhor), e não aos sábados, como fazem os judeus (sabbath).

Origem dos Símbolos da Páscoa
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É sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa (especialmente os ovos de chocolate, ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram assimilados às celebrações cristãs do Pessach, depois da cristianização dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus e armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos coloridos por esta época.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da primavera.

Ovo de Páscoa

O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome,pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

A data da Páscoa Cristã

A data da Páscoa foi fixada no primeiro concílio de Nicéia, no ano de 325.
Assim, a Páscoa cristã é comemorada (segundo o costume da Idade Média e da Europa) no primeiro domingo após a primeira Lua cheia da Primavera (no Hemisfério Sul, Outono).: a data ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
A decisão equalizava todas as correntes cristãs, mas é bem provável que nenhum método de cálculo da data tenha sido explicitamente indicado.
Essa decisão não foi sem discussão. Havia o problema da coincidência da data da Páscoa com as festas pagãs do início da Primavera. As igrejas da Ásia, principalmente, acreditavam que devia ser seguida a data do sacrifício do cordeiro em Pessach (14 de Nissan), que seria a data exata da morte de Cristo.

Cálculo

Como o calendário judeu é baseado na Lua, a Páscoa cristã passa a ser móvel no calendário cristão, assim como as demais datas referentes a Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas:
A Páscoa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo o primeiro domingo após a lua cheia seguinte à entrada do equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.
As datas móveis que dependem da Páscoa são:

1) Terça-feira de Carnaval - quarenta e sete dias antes da Páscoa

(A Terça-feira gorda (ou Mardi Gras, em francês) é o dia que precede a quarta-feira de cinzas. Por extensão é um sinônimo de Carnaval.
A terça-feira gorda se tornou o dia em que os cristãos se despediam da carne, pois, nos quarenta dias seguintes, tinham de jejuar, fazer penitência e não podiam comer carne. Tudo isso em preparação à Páscoa.)

2) Quaresma - Inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Ramos:

(A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração.

Começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na tarde de quinta-feira santa, antes a Missa da Ceia do Senhor, que inicia o Tríduo Pascal. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.

A Quaresma dura 47 dias, embora para o calendário litúrgico os domingos não contem, perfazendo então 40 dias. A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quarenta na Bíblia que significa provação. Nesta, fala-se dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.)

3) Sexta-feira Santa - a sexta-feira imediatamente anterior:

(A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.)

4) Sábado da Solene Vigília Pascal - o sábado de véspera

(O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do calendário Cristão. Nas Filipinas, uma nação notoriamente católica, este dia se chama de Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.
Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois neste dia, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações litúrgicas deste dia são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da Confissão. São permitidas as exéquias, mas sem celebração da missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.)

5) Pentecostes - o oitavo domingo após a Páscoa

(Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo, inspirador de todos os seus trabalhos na Igreja. No Cenáculo, desde a sua fundação, a comunidade cristã aí se reúne, para ser conduzida pelo Sopro Inspirador, compartilhando o amor em Cristo. Atualmente o 50º dia após a Páscoa é considerado pelos cristãos o dia de Pentecostes.)

6) Corpus Christi ou Corpo de Deus - a quinta-feira imediatamente após o Pentecostes.

(Corpus Christi (latim para Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença de Cristo na Eucaristia.

É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade ou Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório assistir à Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.)

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