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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Mulher de Jó

Os Sofrimentos da Mulher de Jó


Mulher esquecida e incompreendida pela modernidade, assim defino inicialmente a mulher de Jó. Este patriarca sim, paladino da fé, suportou todas as vicissitudes e flagelos dócil e humildemente. Ele é símbolo de perseverança, paciência e retidão (Jó 1.1,22), mas a mulher desse sofredor...., no mínimo, ainda é chamada de louca ou néscia (Jó 2.10).

Mulher anônima, a quem a tradição posterior chamou de Sitis, aparece em Jó 2.9,10 e não é mais mencionada no livro, embora nada sugira sua morte, ou abandono do lar.

Ela era uma mulher nobre, respeitada por todos, e considerada afortunada para os mais antigos e de sorte para as donzelas da região. Seu marido era um homem sábio, fiel à sua família, riquíssimo e temente a Deus. O homem mais poderoso do Oriente. Seus filhos, saudáveis e belos. Suas filhas eram mulheres decentes, educadas e belas. Centenas de servas e servos estavam espalhados pela bela casa, fazendas, plantações (Jó 1.3). Sitis era uma mulher riquíssima que ajudava na administração da casa, dos servos domésticos; um elo de unidade familiar (Jó 1.2). Seus sete filhos e três filhas periodicamente reuniam-se ao redor da mesa para desfrutarem de seus conselhos, sapiência e virtudes (Jó 1.2,4). No período patriarcal o número dez era símbolo de completude, de abundância e prosperidade. Era a mulher mais poderosa, afamada e respeitada de todo o Oriente (Jó 1.3). Jó amava-a muitíssimo; suas filhas provavelmente espelhavam-se no zelo, discrição, beleza e sabedoria da mãe. O lar de Sitis era um paraíso cravado no Oriente (Jó 1.10).

Essa mulher, “ossos dos ossos” e “carne da carne” de Jó, no entanto, viveu as primeiras calamidades da vida do patriarca. Próximo a Jó ouvira que seus servos foram mortos e os seus rebanhos confiscados pelos sabeus. A notícia era ruim, mas suportável. Note a descrição do versículo 13, que destaca a efusiva alegria da reunião familiar na casa de seus filhos (“comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito”), e a calamidade súbita que toma conta do restante da narrativa. Essa narrativa que antecede e moldura as tragédias de Jó será depois desconstruída no versículo 19.

O mensageiro ainda não terminara o anúncio fúnebre quando imediatamente outro mordomo anunciou: “Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu” (v.16). A mulher de Jó fica espantada com a sucessão de tragédias que se sucedem sucessivamente sem cessar. Perde o fôlego, aproxima-se do marido para apoiá-lo... quando então, novamente, outro desastre, dessa vez arquitetado pelos caldeus que, em três bandos, roubam os camelos e ferem os servos (v.17). Mas o pior ainda estava para acontecer. Um servo aproxima-se esbaforido, com ar de cansaço e pesar. Tem receio do que vai dizer. Durante o trajeto ensaiara diversas vezes, até soltar o verbo flamífero: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo, eis que um vento muito forte sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (Jó 1.18,19). 
O vento da desventura e sortilégio, gélido como a morte, implacável como a desgraça. Quem é suficiente forte para resistir suas lanças inflamadas? Como reagir diante de tanta calamidade e dor? Sitis chora amargamente a morte de seus filhos. Se isso não bastasse, vê o seu marido rasgar suas vestes, rapar sua cabeça e cumpridas barbas, símbolos de sua posição social superior, e lançar-se em terra adorando a Deus. Apesar da dor que aflige sua alma abatida olha com carinho e respeito o gesto humilde e devoto de seu marido. Somente a fé e a comunhão com Deus dão ao aflito a esperança e a força para vencer as vicissitudes. É nessas ocasiões que a comunhão do crente com Deus faz toda a diferença. A resiliência e o ânimo para continuar a lida depois de uma grande calamidade são resultados de uma vida de fé, comunhão com Deus e relacionamentos corretos. Jó, como os pequenos ribeiros orientais em período de estio, vê a sequidão tomar conta de si, no entanto, estivera durante muito tempo da vida plantado junto a ribeiros de águas; suas folhas não murchariam e os seus frutos viriam na estação própria (Sl 1). Dizia um antigo provérbio oriental que o “justo nunca será abalado” (Pv 10.30).

Os dias de luto ainda não estavam completos. Parentes distantes e amigos próximos reuniam-se na casa de Sitis para apoiá-la e ao marido, Jó. Os melhores amigos nascem nos períodos de sequidão e angústia (17.17). Autoridades do Oriente chegavam à casa do infortúnio. Ouvia-se os murmúrios das carpideiras, que se revezavam em seus turnos. Os cancioneiros entoavam suas elegias, e os sábios do Oriente procuravam entender a tragédia humana. Sitis chorava desconsoladamente. A dor e angústia apertavam seu corpo, como se a estivessem comprimindo em um pequeno vaso de cerâmica. Olhava para Jó e se inspirava na fé, piedade e devoção de seu marido. Ele em nenhum momento blasfemou ou se queixou de sua sorte (Jó 1.22). Junto aos sábios do Oriente, ouvia-o dizer: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Todos ouviam, admirados, a fé e perseverança de Jó em Deus. Procuravam algum altar na casa, ou artefatos que materializassem o Deus de Jó, mas nada encontravam. Diferente dos tolos adoradores de ídolos do Oriente, Jó confiava no Deus Invisível, Espírito eterno e imutável em seu ser.

Passados os dias de luto, Sitis e Jó procuravam retomar as atividades diárias. Todavia, sentiam dificuldades de recomeçar. Reconstruir a casa que desabara sobre as crianças era uma dúvida latente. Aquele lugar trazia boas recordações. O lugar que as crianças cresceram e a velha árvore com as marcas de suas brincadeiras traziam lembranças tão vívidas como o vento outonal que derrubava as folhas das árvores e pintavam o chão de tons marrons e cinza. Nada diziam um ao outro, apenas apertavam firmemente as mãos. Todas as palavras foram expressas naquele aperto de mãos. Nunca saberemos exatamente o que disseram. Apesar da tristeza, estavam unidos, apoiando um ao outro.

Alhures, absorto com os últimos acontecimentos, Sitis percebe que pequenas chagas começam alastrar-se sobre o corpo de seu marido. Imediatamente, os melhores médicos são consultados, especialistas na arte da cura entram e saem da casa do patriarca. Sitis se mantém firme cuidando de Jó; tratando das feridas de seu amado; procurando suavizar a dor com as especiarias, óleos de vários gêneros, alguns importados. A chaga se espalha mais ainda, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Longe de Jó ela chora, sente as lágrimas quentes caminharem pelas linhas de sua pele até caírem e se desfazerem lentamente ao chão. “Senhor porque me provas?”, murmurava. “Não basta os meus filhos?” “Agora tu queres o meu marido Jó?”, balbuciava. Os médicos diagnosticaram que a doença era maligna, incurável. Erupções e prurido intenso destilavam do corpo de Jó (2.7,8). Os bichos insaciáveis se alimentavam do corpo putrefato (7.5), e os ossos daquele homem forte se desfaziam como torrão de madeira apodrecida (30.17). A pele de Jó perdera toda elasticidade, suavidade e beleza (30.30). Até no sono era atormentado por pesadelos (7.14).

Sitis olhava para todo aquele sofrimento. O cheiro dos florais da primavera paulatinamente foi expulso por uma mistura de pus, sangue e carne putrefata. Nem ela mesma conseguia cuidar de seu marido. A praga alastrara por toda casa. Ela gastara as últimas reservas financeiras no tratamento do marido moribundo. Investira todos os seus recursos para curar a Jó, mas a sentença médica era apenas uma: “Nada podemos fazer, só um milagre”. Sitis sofria, inconsolável... A esperança escapava por entre os seus dedos como as águas ribeirinhas. Lembrava dos momentos em que ela era considerada uma mulher bem-aventurada, rica, com filhos e filhas para lhe consolar, um marido próspero que a amava. Mas agora, tudo lhe havia sido tirado, à uma. O que você faz quando a calamidade bate à sua porta e, sem pedir licença, carrega para sua família toda desventura conhecida? A quem você recorre?


Certo dia, Sitis vê o seu marido no meio da cinza com um pedaço de cerâmica raspando as feridas. Olha e um sentimento acre-doce lhe invade a alma aflita. O grande príncipe Jó no monturo da cidade, como um pária. Sitis perde definitivamente a esperança. Aproxima-se do moribundo, sente pena do marido, fecha os olhos, aperta-os e a seguir dispara: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Nenhum sofrimento pode ser maior do que a confiança e fidelidade a Deus. O Senhor jamais permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças. Sitis achava que já havia chegado ao limite. Assim como os servos de Jó foram preservados da morte para levarem a notícia calamitosa ao patriarca, a esposa parece que fora guardada todo esse tempo para destalingar esse último chicote. Sem o saber, pensando que a morte seria a melhor solução para o marido, Sitis empresta sua boca ao Tentador incitando Jó a se rebelar e amaldiçoar a Deus. O que você faz quando toda a esperança se esgota? Sitis em vez de confiar em Deus acima de todas as coisas; em vez de amar ao Senhor pelo que Ele é, deixou-se levar pelas circunstâncias atrozes, fundamentada em um relacionamento de troca com Deus. Para muitos a morte é a solução para uma vida de infortúnios e desajustes domésticos. Contudo, sempre há uma esperança para aqueles que confiam em Deus.

Jó olha para sua esposa, e a fita com ternura e carinho. Sitis sente o tempo congelar por alguns instantes. Embora o tabernáculo terrestre de Jó estivesse se desfazendo, seu edifício eterno estava preparado por Deus (2 Co 5.1). Os olhos de Jó traziam um brilho vivaz, contagiante, embora todo o restante dissesse o contrário. Lembrava muito o olhar de Jesus quando Pedro o negou. Carinhosamente afirma: “Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” (Jó 2.10). O sábio Jó afirmara que sua esposa, em seu desespero e dor, falava como uma pessoa sem entendimento; como alguém que ele não conhecia. Sitis fica desconcertada diante da afirmação do marido. Reflete a respeito do assunto. Lembra das muitas orações de Jó feitas em gratidão ao Senhor. E ali mesmo reconsidera... Cala-se e desaparece do cenário até o final do livro de Jó quando Deus restitui-lhe todas as coisas. Embora não seja mencionada no final do livro, não há razões para se duvidar de sua presença. Ela é a esposa incansável que esteve com o marido nos piores momentos e circunstâncias, mas que, em certo momento, perdeu as esperanças, mas a recobrou através da piedade e devoção de seu marido.
(Prezados coblogueirantes, por recomendação de nosso irmão e amigo João Paulo Mendes, segue o link do blog do irmão Carlos Augusto Vailatti: Livrando a Mulher de Jó do Banco dos Réus. Esse artigo ajudará a compreender melhor a pergunta feita pelo Pr. Marcello de Oliveira.

Pode o Cristão Participar de Festas Carnavalescas?


Carnaval, segundo o dicionário Michaelis/UOL é : Período de três dias de folia que antecede a quarta-feira de cinzas, orgia.
Pode o Cristão Participar de Festas Carnavalescas?Historicamente o carnaval era o período que antecedia o período da quaresma, que se iniciava na quarta-feira de cinzas. Para quem não sabe quaresma quer dizer quadragésima; é o período de quarenta dias que se inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de páscoa, neste período os católicos apostólicos romanos se abstêm de bebidas, alguns de carnes e de excessos. A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da semana santa pela igreja católica apostólica romana, antecedida pela quaresma, que consistia de quarenta dias de jejum. Este período longo de privações acabou por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a quarta-feira de cinzas.
A palavra carnaval está relacionada a com a idéia de deleite dos prazeres da carne (carne no sentido de corpo humano e não só o alimento); a palavra original “carnis valles” em que carnis significa carne e vallis significa prazeres, acabou por formar uma nova palavra: carnaval.
O carnaval da antiguidade não difere quase nada da festa dos dias atuais; era marcado por festas “alegres” onde se comia e bebia em excesso, e a busca incessante dos prazeres. Nas ruas e praças da antiga Roma, o carnaval se prolongava nos dias de 17 a 23 de dezembro.
Todas as atividades comerciais eram suspensas, um “rei” (momo) era eleito por brincadeira e as restrições morais eram relaxadas. No carnaval aqui no Brasil, é costume entregar a “chave da cidade” ao rei Momo.
Mas o que é o rei Momo? Segundo a mitologia, Momo era um “deus” menor, filho da “deusa” Nix, que era a representação da própria noite. Momo é o maior homenageado no carnaval, pois é um “deus” alegre, comilão e beberrão, ideal para representar o carnaval.
E como fica o cristão diante dessa festa de origem pagã? Bem, não acho que seja indicado um cristão se embrenhar no meio de pessoas bêbadas, fazendo uso de drogas, seminuas ou até mesmo completamente nuas, em um frenesi danças que frequentemente terminam em brigas e sexo descompromissado.
Mas vamos buscar embasamento bíblico que indique não ser adequado para o cristão estar neste meio: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.  1 Coríntios 6:12
Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma, ou seja, temos liberdade para fazer de tudo, mas nem tudo é bom que se faça. Podemos pecar, mas de nosso pecado vamos prestar contas a Deus.
” Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no caminho dos maus.” Provérbios_4:14
No carnaval milhares e milhares de pessoas saltam e pulam atrás dos trios, blocos e escolas de samba: Até quando os ímpios, SENHOR, até quando os ímpios saltarão de prazer? Salmos 94:3
Também no salmo 1.1-6, temos preciosos conselhos para não andar segundo os pecadores: Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
A alegria do carnaval é passageira, acaba na quarta feira de cinzas, ou antes. Cessa o folguedo dos tamboris, acaba o ruído dos que exultam, e cessa a alegria da harpa.
Isaías 24:8; mas a alegria dos que estão com o Senhor dura para sempre e é verdadeira quando se tem o espírito santo: E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. At 13:52.
O crente (separado e salvo por Jesus Cristo) não precisa ser triste; as alegrias não estão só nas coisas mundanas. Podemos servir a Deus com muita alegria, sem bebedices, sem prostituição ou brigas, podemos participar de festas saudáveis com muita alegria, sem exibicionismo com manifestação de sensualidade e depravações, a todo o momento o cristão deve estar ciente de que o seu corpo é templo do Espírito Santo (ou seja sagrado e consagrado à Deus) podemos fazer tudo aquilo que o Espírito Santo pode ver e aplaude, a alegria é viver alegre  na presença de Deus e lutando contra os nossos desejos pessoais. Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu. Salmos 43:4
Não é fácil, principalmente para os jovens, que estão começando a viver, ávidos por experimentar de tudo, permanecerem na presença do Senhor, pois o mundo e o próprio Satanás oferece várias bandejas com manjares que a primeira vista parecem deliciosos, mas possuem veneno suave que contamina a alma e embriaga até perdermos os sentidos de uma vida santa. Mas não é impossível fugir das tentações; é uma questão de praticar e orar, pedindo a Deus forças para resistir às tentações e mergulhar na bíblia sagrada, buscando entendimento da vontade do Senhor.
Não entre no bloco do diabo, pois vão desfilando para o inferno.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Mateus 7:13
- Participe de festas, de atividades sociais, não seja um alienado; mas no entanto tenha sempre em mente que um separado por Deus (salvo por Jesus) a todo momento e a cada segundo de sua vida vive para adorar e cultuar à Deus em todas as situações e suas manifestações.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Enquanto os Homens Dormem: Dilemas e Perigos do Pluralismo Pós-Moderno

Enquanto os Homens Dormem: Dilemas e Perigos do Pluralismo Pós-Moderno



Um dos elementos mais salientes do pós-modernismo contemporâneo é a exaltação do pluralismo, da diversidade, do inclusivismo. Valorizar as diferenças e as peculiaridades de cada grupo ou segmento da sociedade, principalmente de minorias historicamente oprimidas e desprezadas, é a atitude “politicamente correta”, isto é, normativa, segundo os cânones da nova mentalidade. Os inclusivistas alegam estar lutando contra males antigos como o racismo, a intolerância, o patriarcalismo, e certamente a história está repleta de horríveis injustiças nessas áreas. Todavia, o que muitos não percebem, ou não querem perceber, é que a ênfase irrestrita na diversidade e no multiculturalismo está sorrateiramente lançando as sementes de novas formas de intolerância e divisão entre os seres humanos. Utilizando uma imagem bíblica (Mt 13.25), enquanto os homens dormem estão surgindo as raízes de graves problemas para as gerações futuras.

A questão religiosaEm nome do multiculturalismo e da pluralidade, o Ocidente está rejeitando de modo cada vez mais explícito as suas origens cristãs. O mundo ocidental é fruto do cristianismo. A fé cristã foi o elemento mais importante na formação histórica e cultural das nações européias e americanas. É claro que houve muitos fatores negativos nesse processo. A atitude correta seria descartar esses aspectos condenáveis e preservar os traços positivos, muito mais relevantes. Todavia, o que se vê é uma rejeição em bloco da herança cristã em favor de uma cosmovisão materialista e anticristã. Nos Estados Unidos, qualquer atividade de cunho cristão está sendo progressivamente banida das escolas e outras instituições públicas. É proibido orar nesses locais, ler a Bíblia, comemorar as datas do calendário cristão e expor a cruz ou qualquer outro símbolo que tenha alguma conotação cristã. Quando essa exposição ocorre, os símbolos de outras religiões devem ser colocados ao lado dos símbolos cristãos. No entanto, a nação norte-americana deve a sua grandeza justamente às suas raízes cristãs e evangélicas. O que está ocorrendo é uma forma de suicídio cultural e nacional.


Mas ocorre algo ainda mais grave. Na medida em que o cristianismo é marginalizado, outros sistemas religiosos se sentem livres para exercer maior influência na sociedade. O ser humano é religioso por natureza. Durante muito tempo se acreditou que a única alternativa ao cristianismo seria o secularismo, uma visão materialista da vida. A experiência tem demonstrado que isso nem sempre ocorre. Outras religiões ou filosofias religiosas podem ocupar os espaços vazios na vida e na cultura. É o que tem ocorrido com a Nova Era e outras formas de neopaganismo que estão em voga no Ocidente. É o que também tem ocorrido com uma religião que desperta ao mesmo tempo temor e fascínio – o islamismo. O caso da Europa é revelador. A União Européia tem 30 milhões de muçulmanos. Se a Turquia for admitida, esse número subirá para 105 milhões. Os muçulmanos não se integram à sociedade, não se deixam assimilar, mas preservam fortemente a sua identidade cultural, formando verdadeiros enclaves. Estudiosos islâmicos de renome, como Tariq Ramadan, advogam uma adaptação temporária às normas culturais vigentes até que se possa modificá-las. O que ele defende é a gradual islamização da Europa. Tudo isso enquanto a sociedade assiste passivamente, concedendo regalias a um grupo religioso que, em muitos países nos quais é dominante, se mostra cruelmente repressor dos adeptos de outras convicções.

Gênero e sexualidade


A humanidade tem uma longa história de opressão e injustiças contra determinadas pessoas em razão de seu gênero ou orientação sexual. Durante séculos, a mulher foi mantida numa posição de subserviência e inferioridade nas mais diversas culturas. O movimento feminista do século 20 despertou a consciência da sociedade para esse mal e deu uma grande contribuição ao defender a dignidade e igualdade da mulher. Todavia, o feminismo radical adotou posturas extremadas que questionaram fortemente muitos aspectos da organização social vigente, em particular o entendimento do casamento e da família. As feministas radicais reivindicam total liberdade na área da sexualidade e do uso do corpo. Esse precedente estimulou outro segmento social a abraçar a mesma agenda contestadora e revolucionária – os homossexuais.


De um grupo essencialmente invisível, marginalizado e oprimido, os homossexuais se organizaram num dos movimentos mais influentes das sociedades ocidentais. Contando com o apoio crescente da mídia e a simpatia da opinião pública (ver, por exemplo, a Marcha Gay em São Paulo), esse grupo tem obtido direitos inimagináveis até poucas décadas atrás. No entanto, o movimento homossexual vem defendendo agendas que se aproximam perigosamente de novas formas de discriminação e opressão – contra os que divergem de seu estilo de vida. Os líderes do movimento demonstram atitudes e linguagem extremamente agressivas contra os seus críticos, aos quais acusam de homofobia. Especialmente preocupante é o esforço nas áreas política e jurídica, ditado pelo inclusivismo relativista, visando a aprovação de sanções legais contra pessoas e instituições que se posicionem contra o comportamento homossexual. É o que ocorre com alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional brasileiro. Se essas leis forem aprovadas, isso irá resultar em uma onda de intolerância contra os cristãos conservadores, com o cerceamento da sua liberdade de consciência, opinião e expressão. Enquanto isso, sob o olhar complacente da sociedade, o poderoso e articulado lobby homossexual move a sua cruzada contra os adversários, na forma de agressões verbais e processos judiciais.

A problemática racialAs ciências já demonstraram a relatividade do conceito de raça. As diferentes “raças” partilham exatamente do mesmo patrimônio genético, da mesma humanidade. Raça não é tanto um conceito biológico quanto social e cultural. No Ocidente, pessoas de pele escura foram consideradas inferiores por causa da escravidão africana. Todavia, na antiguidade a escravidão não obedecia a qualquer critério racial. Era comum negros e mulatos terem escravos brancos capturados em guerras. A América Latina foi a primeira região do mundo em que três grandes grupos humanos (caucasiano, africano e asiático-aborígene) se uniram para formar um novo grupo populacional. Em contraste com outras nações, com seus bairros étnicos e suas escolas e igrejas segregadas, os brasileiros sempre se orgulharam da convivência pacífica entre pessoas de todas as origens.


Todavia, em nome do multiculturalismo, o atual governo vai lentamente impondo à sociedade uma divisão segundo premissas raciais, como o sistema de cotas para admissão nas universidades. Até mesmo representantes da comunidade negra estão alarmados com os riscos envolvidos nessas iniciativas inconseqüentes. Os analistas observam corretamente que as chamadas “ações afirmativas” do governo deviam contemplar os pobres e marginalizados em geral, não importa qual seja a cor da sua pele. Se as pessoas começarem a ser classificadas pela sua “raça”, isso não vai produzir o senso de unidade e coesão tão importante para a construção da nacionalidade e da cidadania. Um caso interessante ocorreu com a comunidade germânica durante o Estado Novo. Após mais de um século de vida no Brasil, os alemães do sul mantinham-se isolados da sociedade, com suas instituições em que se utilizava quase exclusivamente o idioma de origem. Com o início da II Guerra Mundial, Getúlio Vargas tornou obrigatório o uso da língua portuguesa e isso contribuiu para a integração desse grupo na vida nacional.

ConclusãoÉ óbvio que existem argumentos válidos na defesa do pluralismo. Afinal, a diversidade étnica, religiosa e cultural é um fato inquestionável. Todavia, devemos nos perguntar que grau de diversidade uma sociedade pode suportar sem que acabe se fracionando e sucumbindo. Sem uma ênfase correspondente na unidade, em elementos compartilhados por todos, nenhum organismo social pode sobreviver. Foi o que entenderam os primeiros cristãos, conforme expressou sabiamente o apóstolo Paulo: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gl 3.28; cf. Cl 3.11).

Religião e fé não se discute; se ensina e só se aprende por intermédio da Palavra de Deus: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo. 1 Timóteo 2:5-6"

Fonte de Origem: Alderi Souza de Matos (Autor) 

Obs: Foram adicionadas algumas gravuras e comentários ao texto original para uma melhor ilustração do artigo sem alterar o contexto original.

domingo, 23 de novembro de 2014

Uma Linda Carta de Amor...


Uma Linda Carta de AmorPorque o sofrimento humano, se Jesus levou sobre si todas as nossas dores e todas as nossas enfermidades? (Isaias 53).
Esta é uma pergunta que, creio eu, muitos já fizeram ou fazem, constantemente, a Deus. Numa dessas tardes de folga do trabalho, resolvi visitar uma amiga e irmã em Cristo que padecia num leito de um hospital em Taguatinga-DF, há 1 ano e 3 meses, vitima de um problema pulmonar que a mantinha respirando com ajuda  de aparelhos, sem pronunciar voz alguma. Eu e minha sogra, fomos visitá-la. Laurita era seu nome. Uma pessoa maravilhosa, mãe de 3 filhos já crescidos, 2 homens e 1 mulher. Seu marido, um servidor público aposentado do Senado Federal. Quem cuidava dela era o filho homem mais moço.
Enquanto minha sogra conversava com ela, eu, no meu coração, perguntava mais uma vez ao Senhor porque Laurita, que já havia aceitado Jesus, precisava passar por aquela situação de sofrimento e dor? E o Senhor, de imediato, me fez a seguinte pergunta: vê essas pessoas cuidando da minha serva Laurita? Eu respondi: sim Senhor, vejo sim! Pois é, meu filho, respondeu Deus, são pessoas de corpos sarados e almas doentes, cuidando de uma pessoa de corpo doente, porém de alma sarada. Mas Senhor, insisti novamente, ela é tua serva, já te aceitou, porque passar por isso?
E Deus, na sua infinita sabedoria e grande misericórdia, respondeu-me mais uma vez, dizendo: filho, não amo apenas Laurita, amo, também, toda sua família. Laurita, minha serva, é um lindo papel em branco no qual escrevo uma linda carta de Amor  pelos seus filhos e marido, onde todos precisam liberar e receber perdão, porém, até agora, nenhum deles conseguiu ler esta carta. Mas Senhor, repliquei, Laurita, sequer, consegue falar! E, mais uma vez aprendi de Deus outra lição quando me respondeu: filho, para uma carta não precisa falar, apenas se lê.

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