Participe você também da Missão Global ADET!
sábado, 25 de outubro de 2014
Conferência de Missões - ADET
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Livro de Apocalipse - Artigo Nº 04
Respostas a algumas perguntas comuns sobre o livro de Apocalipse
Quando foi escrito o
livro de Apocalipse? Eu não acredito que tenhamos de saber a data exata
em que João escreveu para entender a mensagem básica de Apocalipse. Mas,
achamos algumas coisas no livro que nos dão uma idéia de quando foi escrito.
Há pelo menos três pontos de vista
populares quanto à data do escrito.
Durante o reinado de Domiciano (cerca de 95 d.C.). Baseado em
referências exteriores ao livro, especialmente um comentário por Irineu
(escrevendo cerca do ano 180 d.C.), que o Apocalipse foi escrito próximo do fim
do reinado de Domiciano, muitos comentários datam o livro de cerca de 95 ou 96
d.C.
Durante o reinado de Nero (cerca de 68 d.C.). Baseado
especialmente na história da perseguição por Nero e referências dentro do
livro, como a menção do templo e seu mobiliário (11:1), e a cidade santa
(11:2), algumas pessoas acreditam que o livro foi escrito perto do fim do
reinado de Nero, e que ele fala especialmente da destruição de Jerusalém, que
ocorreu no ano 70 d.C.
Durante o reinado de Vespasiano (69-79 d.C.). Baseado em evidência
interna, especialmente Apocalipse 17:10, alguns estudantes da Bíblia acreditam
que o livro foi escrito entre as duas "bestas" perseguidoras.
Identificando estas bestas como Nero e Domiciano, "o que existe" é
Vespasiano. Esta parece ser a mais específica referência a data no livro, e
este ponto de vista é mais consistente com a abordagem geral de colocar o texto
bíblico acima dos argumentos históricos. Desta perspectiva, as punições
discutidas no livro seriam dirigidas especialmente para o poder do mal
comandado pelo imperador romano Domiciano. Enquanto eu reconheço alguns
argumentos razoáveis para sugerir outras datas, pessoalmente favoreço esta
posição, preferindo apoiar-me mais firmemente na evidência interna do que nos
argumentos históricos.
O que as bestas do capítulo
13 representam? Depois de encontrar o próprio diabo no capítulo 12, encontramos dois de
seus maiores servos no capítulo 13: a besta do mar e a besta da terra. A besta
do mar é uma figura de poder, especificamente um poder real ou de governo, que
recebeu adoração dos homens. Uma comparação destas bestas com os quatro animais
de Daniel 7 ajuda-nos a identificar o reino apontado. Daniel, escrevendo cerca
do ano 550 a.C., viu quatro animais que representavam sucessivos reinos
emergindo do mar. Podemos identificar estes reinos como Babilônia, Medo-Pérsia,
Grécia e Roma. João, escrevendo cerca de 600 anos mais tarde, vê apenas uma
besta, mas esta terrível besta tem características das três primeiras que
Daniel tinha visto (leão, urso e leopardo). É como se cada animal fosse
consumido por seu sucessor, até que a besta final mostre características de
cada um dos anteriores. A besta do mar evidentemente representa o governo
romano ou, mais especificamente, um imperador perseguidor tal como Domiciano. A
besta da terra encorajava o povo a adorar a besta do mar. Ela representaria,
então, a força religiosa idólatra que procurava reverenciar o imperador acima
do próprio Deus.
Os reinos das profecias de Daniel:
Os reinos das profecias de Daniel:
Daniel 2
|
Daniel 7
|
Daniel 8
|
Identificação
|
Ouro
|
Leão
|
Babilônia (2:37-38)
|
|
Prata
|
Urso
|
Carneiro
|
Medo-Pérsia (8:20)
|
Bronze
|
Leopardo
|
Bode
|
Grécia (8:21)
|
Ferro/Barro
|
Terrível/Diferente
|
[Roma]
|
Qual é o significado de Apocalipse
17:8-11? Aqui, um anjo disse a João sobre a besta com 7 cabeças e 10 chifres, que
é a mesma que a besta do mar de 13:1-10. Nesta descrição, ele diz que a besta "era
e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição". Ele
continua, dizendo que as sete cabeças representam 7 reis, "dos
quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem
de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e
procede dos sete, e caminha para a destruição" (17:10-11). A
profecia correspondente, de Daniel 7, fala de 10 reis e então o 11º rei
pomposo, que se levantaria e removeria 3 reis anteriores. Estas profecias
parecem indicar os mesmos acontecimentos da era romana. Daniel, escrevendo 600
anos antes de João, falou de 11 imperadores que viriam de Roma. João, vendo
mais claramente que 3 deles nunca estabeleceram claramente seu poder, vê
somente 8. A tabela no apêndice relaciona estas duas profecias com os nomes dos
imperadores romanos até Domiciano. Independentemente de identificação
específica de figuras históricas, este texto torna claro que João escreveu
durante um intervalo entre dois períodos de grande perseguição. Tinha havido
perseguição (veja 2:13; 6:9) e haveria mais perseguição no futuro (veja 2:10;
3:10; 6:11). Jesus queria que seus seguidores se preparassem para as provações
que haveriam de vir.
Qual é a marca da besta? "Seduz
os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar
diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à
besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu . . . Aqui está a sabedoria.
Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora,
esse número é seiscentos e sessenta e seis" (Apocalipse
13:14,18). Autores e pregadores sensacionalistas fazem fortunas mascateando
suas incríveis interpretações da marca da besta. Quando nos recordamos que o
Apocalipse é um livro de símbolos, não há razão para interpretar esta marca
como uma marca literal de um número literal mau. Num livro de coisas que iam
acontecer perto ou no tempo de João, não há razão para temermos hoje que alguma
"marca da besta" específica esteja por vir. Estes versículos nos
dizem que o número simboliza o poder da besta sobre os homens, até o ponto de
evitar que aqueles que não adoram a besta do mar façam negócios de compra e
venda.
Uma explicação razoável da marca da
besta tem relação com os imperadores romanos relacionados na tabela no
apêndice. Depois da morte de Nero, correram rumores durante décadas de que ele
estava voltando. Historiadores como Tácito e Suetônio se referem a estas idéias
de que Nero ressurgiria de algum modo. Isto é muito semelhante às tendências
modernas de pensar que qualquer mau ditador seja um outro Adolfo Hitler. Em
conexão com isto, alguns comentadores e léxicos sugerem que o número 666 é
baseado num sistema de numerologia em que cada letra recebeu um valor numérico,
e que em hebraico o nome de Nero César seria 666.
Uma explicação mais simples é baseada
na idéia de que 7 é um número de perfeição, e 6, portanto, de imperfeição,
fracasso e mal. Portanto, 666 seria a descrição do extremo fracasso do intenso
mal. O rei assim descrito seria um homem muito mau. Por contraste, aqueles que
servem o Cristo perfeito que não falha, recebem a marca de Deus ou selo de
perfeição (7:1-8; 14:1).
O que é a batalha de Armagedom? "Derramou
o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que
se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então,
vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três
espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios,
operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de
ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-poderoso. (Eis que venho
como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes,
para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.) Então, os ajuntaram no
lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse
16:12-16). Sensacionalistas, especialmente premilenaristas (pessoas que
acreditam que Jesus vai estabelecer um reino físico e reinar aqui na terra
durante 1.000 anos), falam constantemente da batalha de Armagedom. Eles a
retratam como alguma grande batalha futura que mudará o mundo que conhecemos.
Muitos falam da moderna tecnologia de guerra e de holocausto nuclear. Eles
pintam um quadro amedrontador, e acrescentam persuasivamente a autoridade da
Bíblia para "provar" seu caso. Mas quando removemos as interpretações
imaginativas daqueles que atiram a mensagem deste livro no futuro, podemos
estar certos de duas coisas:
Esta batalha,
qualquer que tenha sido, aconteceu há muito tempo. Como foi ressaltado
anteriormente, fazemos de Deus um mentiroso quando negamos as limitações de
tempo claramente afirmadas desde o capítulo 1 até o 22 deste livro. Colocar a
batalha de Armagedom no futuro é claramente negar a veracidade de Deus, que
disse que o tempo estava próximo quando João escreveu, há quase 2000 anos
atrás.
Este cenário de
batalha é típico das cenas de batalhas proféticas descrevendo o julgamento de
Deus sobre nações, em vários pontos da História (veja, por exemplo, as cenas
similares de Ezequiel 38-39 e Joel 3.) O próprio nome Armagedom é, provavelmente,
uma referência ao campo de batalha de Megido, para evocar imagens de uma
confrontação decisiva entre forças do bem e do mal. Satanás reuniu seus mais
poderosos servos. O versículo 13 fala do dragão (Satanás), a besta (besta do
mar ou poder governamental) e o falso profeta (ou besta da terra). Mas aquele
que está comandando as forças do bem é descrito como "Deus
Todo-poderoso" (versículo 14). Pode haver alguma questão quanto ao
resultado desta batalha? Toda dúvida é removida nos capítulos 19 e 20, onde as
duas bestas são derrotadas (19:19-21) e o próprio Satanás é atirado no lago de
fogo (20:7-10).
O que é o reino de 1000 anos do
capítulo 20? Apocalipse 20 é o único texto na Bíblia que menciona um reino de 1000
anos. "Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do
abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs
selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil
anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também
tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar.
Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como
por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco
a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram
com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram
até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.
Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de
Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos" (Apocalipse
20:1-6). Nestes versículos repousa todo o caso do premilenarismo, uma doutrina
muito popular em nossa idade moderna. Exigindo um cumprimento literal de
profecias como esta, os premilenaristas desenvolveram seu próprio esquema de
interpretação Bíblica no qual as passagens são isoladas de seus contextos. O
problema deste sistema não é limitado a Apocalipse 20, mas é claramente
ilustrado aqui.
O estudante cuidadoso provavelmente
achará difícil este texto. Ele poderá ter que dizer que não tem certeza dos
cumprimentos precisos dos vários pormenores. Mas pode ter absoluta confiança
que, o que quer que este período de 1000 anos possa representar, seu ponto de
início não pode estar no futuro. Mais uma vez, temos que nos lembrar dos
limites divinos colocados neste livro. João não escreveu de coisas no futuro
distante, mas de coisas que estavam muito próximas quando ele escreveu o livro.
Não posso marcar uma data exata na História na qual Satanás foi encadeado nem
posso provar absolutamente como isto foi conseguido, mas posso afirmar, com
total confiança em Deus, que ele fez exatamente o que disse que faria!
Precisamos também nos lembrar que esta passagem é dada como compromisso de Deus
aos santos martirizados, que tiveram que esperar "por pouco tempo"
para ver a justiça de Deus (6:9-11). Os pontos de vista de premilenaristas que
colocam o cumprimento ainda no futuro rouba destes santos a justiça que eles
reclamaram e tão claramente mereciam.
Conquanto possamos sempre ter algumas
dúvidas sobre como explicar melhor este texto, algumas mensagens são muito
claras. O poder de Satanás não é, nem jamais será, capaz de resistir ao poder
de Deus. Já vimos que Satanás é um derrotado (capítulo 12). Ele só pode fazer o
que Deus permite, e Deus não lhe permite derrotar seus discípulos fiéis (1
Coríntios 10:13). É admirável que tantas igrejas e pregadores de hoje apliquem
tanta da sua atenção ao trabalho do diabo derrotado. A mensagem de Apocalipse é
clara, deveremos ver além do seu poder limitado e confiar no poder superior do
Vencedor. O período de 1000 anos não é um período literal de tempo, mas uma
demonstração de que o poder de Jesus é muito superior ao poder do pequeno tempo
de Satanás. Busquemos consolo neste fato quando guerreamos contra o derrotado!
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Livro do Apocalipse - Artigo Nº 03
Para entender e apreciar a mensagem de Apocalipse
Aqui
estão algumas passagens importantes e alguns conceitos básicos que
ajudarão no entendimento da mensagem de Apocalipse.
Drama do Livro. Lembre-se de que este é um
livro que João viu. É uma dramática
apresentação da revelação de Deus. Assim como Deus usou sonhos e suas
interpretações para comunicar sua mensagem através de Daniel, ele usou a vívida
imagem das visões espirituais para revelar sua mensagem através de João. Muitas
pessoas deixam de ver o poderoso quadro neste livro porque se distraem com um
exame pormenorizado de cada pequenino pedaço. Jamais podemos entender o
significado de algum pormenor específico, mas a mensagem global da justiça, do
poder e da absoluta vitória de Deus é inconfundível.
Limites de tempo. Já notamos que Jesus falou de coisas que
tinham que acontecer logo depois que este livro estivesse escrito. O
significado deste ponto não deve ser subestimado. Quando Deus colocou um limite
de tempo para o cumprimento de sua palavra, os leitores não têm direito de
ignorar ou negar isso. Algumas vezes as pessoas tentam evitar o significado dos
limites de tempo de Deus apontando passagens, tais como 2 Pedro 3:8, que diz: "para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um
dia". Pedro está mostrando a
paciência de Deus em adiar seu julgamento dos malfeitores. Ele não está negando
o significado de todas as outras referências a tempo na Bíblia. Quando Deus
fala de coisas que acontecerão logo, precisamos respeitar sua palavra.
Note o que Deus disse em Apocalipse para limitar o tempo do
cumprimento:
"Cousas
que em breve devem acontecer" (1:1; 22:6). Este limite de tempo é colocado
no começo e no fim de Apocalipse, e deverá ser lembrado em nossa interpretação
dos capítulos intermediários. Tal expressão ("em breve")
é usada em outros lugares no Novo Testamento, onde podemos identificar que o
cumprimento veio logo depois que as palavras foram ditas. Não falou de eventos
no futuro distante: centenas ou milhares de anos mais tarde. Note, por exemplo:
- "Festo, porém,
respondeu achar-se Paulo detido em Cesaréia; e que ele mesmo, muito em breve,
partiria para lá. . . . E, não se demorando entre eles mais de oito ou dez
dias, desceu para Cesaréia; e, no dia seguinte, assentando-se no tribunal,
ordenou que Paulo fosse trazido" (Atos 25:4,6). Festo pretendia ir a Cesaréia "em
breve", e então foi àquela cidade cerca de dez dias mais
tarde.
- Paulo falou do seu desejo de visitar vários irmãos ou enviar
mensageiros "em breve" (1 Coríntios 4:19; Filipenses 2:19,24;
1 Timóteo 3:14). Nestes casos, era sempre um período muito breve -talvez meses-
nunca séculos!
"O
tempo está próximo" (1:3;
22:10). Para reforçar o conceito de que João estava escrevendo de eventos que
logo se seguiriam, Jesus incluiu um lembrete
adicional nos versículos de abertura e fechamento do livro. "O
tempo está próximo" lembrava
os leitores de que Deus logo cumpriria sua palavra neste livro. Palavras
semelhantes em outras passagens falam de curtos períodos de tempo, e não de
eventos que aconteceriam séculos mais tarde. Note:
- Jesus falou da capacidade
de prever a chegada do verão vendo as folhas numa figueira (Mateus 24:32; Lucas
21:30). Isto poderia ser dias ou semanas antes do verão, mas não poderia ser
milhares de anos.
- Jesus disse em Mateus 26:18, "O meu tempo está próximo".
Ele morreu naquela semana. Seu tempo estava, de fato, muito perto.
- João referiu-se várias
vezes a festas que estavam se aproximando como "estando próxima" (João 2:13; 6:4; 7:2; 11:55).
Está sempre claro que significava períodos de tempo muito curtos. Note nestes
casos que o evento estava geralmente dentro de dias ou talvez semanas, mas
jamais em séculos no futuro!
O Significado do Quinto Selo. Para ajudar a entender a mensagem deste livro, veja bem em
Apocalipse 6:9-11, onde Jesus abre o quinto selo:
"Quando ele abriu o
quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por
causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em
grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não
julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada
um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda
por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e
irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram."
Estes versículos são muito importantes para o resto do livro de
Apocalipse. Cristãos perseguidos, especialmente aqueles que sacrificaram suas
vidas ao serviço do Senhor, estão pedindo justiça. Foram suas mortes em vão?
Certamente que não. Eles haviam morrido na confiança de que Deus é justo, e agora
estavam perguntando quanto tempo sua justiça seria adiada. Deus os assegura de
que responderá com punição aos malfeitores, mas que ele permitiria que a
perseguição continuasse por pouco tempo, antes de exercer sua vingança.
Palavras chaves deste texto se relacionam com o desenvolvimento do
plano de Deus através de todo o livro. Numerosas passagens no Apocalipse
ilustram como Deus respondeu ao apelo destes santos martirizados. Note
especialmente estas respostas divinas às orações dos santos mártires:
Deus
vingou seu sangue. O anjo vingador de Deus derramou o sangue
dos inimigos dos santos (14:20). A terceira taça representava a merecida
vingança contra aqueles que tinham matado os profetas (16:4-7). Deus vingou a
causa dos santos no julgamento contra Babilônia (18:20,24; 19:2).
Deus
ressuscitou os mártires. Apocalipse 20:4-6 mostra a
resposta final de Deus às orações dos mártires. Há uma clara conexão entre este
texto e a oração do capítulo 6. Eles tinham sido decapitados por causa da sua
fé, mas agora estavam sendo ressuscitados para reinar com Cristo! A vitória de
Satanás foi somente temporária. A causa dos fiéis estava vingada!
Estas referências nos ajudam a ver que a vingança do sangue
daqueles martirizados pela causa de Cristo é um tema central deste livro. Jesus
está dizendo aos seus seguidores perseguidos: "Tenham paciência e suportem
a dureza da perseguição ainda mais um pouco. No final da batalha, eu lhes
garanto que meus servos fiéis serão vitoriosos. Não desistam!"
Cenas de Grande Vitória. O livro de Apocalipse está cheio de cenas dos
santos vitoriosos de Deus. Considere três exemplos específicos como
representativos do conforto oferecido neste livro:
A
Ressurreição das Duas Testemunhas (11:3-14). Duas testemunhas, servos de Jesus,
pregaram por um período de tempo (3½ anos) com poder e autoridade. Então, as
forças de Satanás os mataram, e todo o mundo comemorou o triunfo do mal sobre o
bem. Mas a vitória durou pouco. Depois de três dias, Deus ressuscitou as
testemunhas que estavam mortas e as chamou ao céu. Ele então enviou punição
sobre aqueles que se regozijaram com a derrota da justiça. A causa de Cristo
foi ameaçada, mas ressurgiu para a vitória!
O Triunfo
sobre o Dragão (12:1-18).
Uma mulher, representando o povo de Deus, deu à luz a Cristo. Ainda antes que
ele nascesse, Satanás (o dragão e a serpente) estava salivando por antecipação
da devoração do sangue do Ungido. Mas num único versículo (12:5), a vitória
completa de Jesus, do nascimento à ascenção, deixa Satanás frustrado e irado.
Ele então se volta para perseguir a mulher (a igreja), mas Deus a protege.
Satanás então olha para cima e tenta derrotar o exército do céu, conduzido por
Miguel. Por certo, o diabo sofre mais uma derrota, sendo lançado fora do céu e
lhe são negadas outras oportunidades para acusar os servos de Deus. Cada vez
mais frustrado, o dragão irado ataca violentamente a mulher, mas de novo
fracassa. Em desespero, o dragão procura uma vítima e concentra suas energias
na perseguição dos filhos da mulher, cristãos individuais. Satanás ainda pode
perseguir e tentar derrotar os cristãos. Mas temos que manter esta batalha no
seu contexto. Os cristãos, com o auxílio do Cristo conquistador, podem entrar
na guerra com confiança. É possível vencer (veja 1 Coríntios 10:13). Estamos
lutando com um perdedor!
O Novo
Céu e a Nova Terra, e a Nova Jerusalém (21:1-22:5). Depois das grandes cenas de
julgamento e condenação dos inimigos da justiça (capítulos
18-20), este texto oferece um vislumbre do esplendor da comunhão com Deus. "O
novo céu e a nova terra" é
um símbolo do relacionamento com Deus (veja Isaías 65:17-25). A admissão a esta
companhia é limitada. Os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os
assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e os mentirosos serão
rejeitados e lançados no lago de fogo. A nova Jerusalém é também um símbolo profético,
familiar, da comunhão restaurada entre Deus e seu povo (veja Isaías 52:1;
60:19-20; 61:10; 65:18-19; Ezequiel 40:2-3; 48:31-34). Jerusalém, como o local
do templo do Velho Testamento, representava a presença de Deus no meio do povo.
Esta nova Jerusalém até oferece acesso ao rio da vida e à árvore da vida,
mostrando a restauração do privilégio especial do relacionamento perdido por
causa do pecado do homem (veja Gênesis 3:22-24; Ezequiel 47:1-12).
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Livro de Apocalipse - Artigo Nº 02
Uma visão geral do texto
do livro de Apocalipse
O livro de Apocalipse demonstra, além de qualquer dúvida, o poder
de Deus para vencer o diabo e seus servos. Para comunicar esta mensagem e
encorajar os santos angustiados quando enfrentavam a perseguição, este livro
convida os leitores a olhar "atrás dos cenários" para verem o lado
espiritual das lutas que freqüentemente desafiam a fé.
O
capítulo 1 apresenta um retrato de Jesus em todo o seu poder e glória.
Freqüentemente pensamos em Jesus em cenas de aparente fragilidade. Por exemplo,
podemos pensar num recém-nascido indefeso nos braços de sua mãe, ou numa figura
moribunda, aparentemente vencida, suspensa a uma áspera cruz de madeira. Jesus
foi um nenê. Ele morreu numa cruz. Mas Jesus éo vitorioso e
poderoso "príncipe dos reis da terra" (1:5). Tudo o que se
segue neste livro surge desta importante imagem de Cristo. Ele está no comando.
Seus seguidores podem sofrer, mas nada têm a temer. No final, os justos serão
vitoriosos!
Os capítulos 2 e 3 contêm cartas
a sete igrejas na Ásia. Estas cartas seguem um padrão regular
de:
1 - Saudação.
2 - Lembrança da posição de Jesus, que está enviando as cartas.
3 - Avaliação da condição da congregação (usualmente
incluindo elogio das boas qualidades e crítica das falhas).
4 - Apelo à ação (freqüentemente um chamado ao arrependimento,
unido ao encorajamento a serem fiéis a despeito das dificuldades da situação
deles).
5 - Lembrança do galardão à espera daqueles que continuarem a
servir fielmente.
Os
capítulos 4 e 5 demonstram a posição do Pai e do Filho. Numa visão maravilhosa, João
tem permissão para ver o trono de Deus, cercado por seus servos em adoração
(capítulo 4). O próximo capítulo volta a atenção para Jesus que, por causa de
sua vitória sobre a morte, é achado digno de abrir os selos do livro que
revelará o plano de Deus para a vitória total sobre as forças de Satanás. Ele
também merece louvor e adoração dos fiéis.
Nos
capítulos de 6 até 20, se encontram numerosas demonstrações de vingança e punição. A maior parte da mensagem
destes capítulos é organizada em séries de sete (sete selos, sete trombetas,
sete taças da ira de Deus). Lembre-se de que o número sete simboliza a
perfeição. A história nunca termina enquanto não chegamos à parte sétima e
final. Em alguns pontos, durante a batalha, pode parecer que o diabo está
ganhando a guerra. Este livro oferece esperança aos fiéis em que Deus e seu
exército justo serão vitoriosos. Satanás não pode derrotar Jesus, e não pode
vencer aqueles que permanecem fiéis ao Senhor.
Os
capítulos 21 e 22 destacam a condição abençoada dos santos
vitoriosos na presença de Deus. Os privilégios que foram
perdidos por causa do pecado de Adão e Eva são restaurados nesta comunhão
renovada entre Deus e o homem. Estes capítulos empregam muita da linguagem
encontrada em outros textos proféticos para falar da relação dos discípulos
fiéis com Cristo, nesta era presente. A bênção da presença de Deus, retratada
aqui, também prenuncia a grandeza do céu. Encontramos aqui uma conclusão bela e
esperançosa para a mensagem da Bíblia Sagrada.
Assinar:
Postagens (Atom)