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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Síntese Bíblica do Apocalipse...

Síntese Bíblica do Apocalipse


1. Título

O livro de Apocalipse é o último livro do Novo Testamento, tanto em sua localização quanto ao período da formação do estenógrafo. Este é, provavelmente, o único livro do Novo Testamento cujo nome é dado em decorrência da primeira palavra encontrada nele, tais quais os títulos dos livros no cânon hebraico. Além disto, Apocalipse possui outras características particulares:
a) é o único livro profético
do Novo Testamento;
b) apenas este livro traz uma bênção especial para aqueles que o estuda e uma maldição para aquele que “tirar quaisquer palavras do livro desta profecia”;
c) inclui três gêneros literários específicos: o profético (1.1.1), o epistolar (1.4-8), e apocalíptico.

2- Contexto Histórico

As Perseguições Imperiais

3. Tema

O Futuro Glorioso dos Santos e a Perdição dos Ímpios

4. Autor

João, apóstolo.

5. Data e Local em que foi Escrito

81-95 d.C., na ilha de Patmos, durante o governo do imperador Domiciano.

6. Métodos de Interpretação do Livro

Quatro métodos principais são usados na interpretação do livro de Apocalipse. Dependendo do método adotado, os intérpretes podem chegar a conclusões totalmente díspares. Os principais métodos são: preterista, idealistas, historicistas e futuristas.

7. Esboço

Apocalipse apresenta a própria estrutura do livro no versículo dezenove do capítulo um:“Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Seguindo o arquétipo apresentado pelo versículo em apreço podemos dividir o livro em três linhas principais:

I- As Coisas que tens Visto (1.1-20)
II- As Coisas que São (2.1-3.22)
III- As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)

8. Conteúdo

As três divisões principais do livro de Apocalipse incluem um capítulo introdutório (1.1-19); quatro séries de sete: sete cartas (2.1-3.22), sete selos (5.1-8.1), sete trombetas (8.2-11.19) e sete flagelos (15.1-16.21).
Estas séries de sete abrem parênteses para os interlúdios que são encontrados entre o sexto e sétimo selo: as duas multidões (7.1-17); entre a sexta e a sétima trombeta: o anjo e o pequeno livro, medição do templo e as duas testemunhas (11.1-13). Entre a sétima trombeta e os sete flagelos há o terceiro interlúdio: o dragão, a mulher e o seu descendente (12.1-17), as duas bestas (13.1-18) e as visões de consolo (14.1-20).
Uma estrutura literária também pode ser observável: trata de quatro visões delineada
s no livro 1.9-11; 4.1; 17.1 e 21.9. Entretanto, existem pequenas unidades introduzidas pela frase, “e vi”, “e olhei”, por exemplo, 5.1,11; 6.1,9.

8.1. As Coisas que tens Visto (1.1-20)

A primeira seção de Apocalipse está dividida em três temas principais: Título e descrição do livro (1.1-3), Remetente e Destinatário (1.4-8), Deportação para Patmos e a visão de Jesus Glorificado (1.9-20).

8.2. As Coisas que São (2.1-3.22)

Esta segunda seção esta subdividida em sete missivas endereçadas às igrejas da Ásia:
Éfeso (2.1-7) Amada; Desejada
Esmirna (2.8-11); Mirrada; Amargura
Pérgamo (2.12-17); Fortificada; Alta
Tiatira (2.18-29); Sacrifício Perpétuo
Sardes (3.1-6); Renovados
Filadélfia (3.7-13); Amor Fraterno
Laodicéia (3.14-22). O Povo Reina

8.3. As Coisas que Depois Destas hão de Acontecer (4.1-22.21)

1) Capítulo 4
Esta nova seção do livro de Apocalipse (4.1-11) é um parêntese para as revelações dos juízos divinos. Este prelúdio trata da visão do Trono e da Glória Divina que cerca a habitação de Deus
2) Capítulo 5 e 6
O capítulo cinco é um interlúdio relacionado aos juízos do capítulo seis: os selos. O juízo sobre os ímpios só será executado se houver alguém digno de “abrir o livro selado por dentro e por fora, bem selado com sete selos”. O capítulo seis descreve a abertura dos primeiros seis selos. Vejamos a estrutura:
1º selo (6.2): Cavalo Branco - o Anticristo.
2º selo (6.3,4):
Cavalo Vermelho - Guerra
3º selo (6.5-6): Cavalo Preto - Fome
4º selo (6.7-8): Cavalo Amarelo - Morte
5º selo (6.9-11): Clamor dos Mártires - Justiça
6º selo (6.12-17): Terremoto - Abalo cósmico
7º selo (8.1-11.19): Sete Trombetas - Juízos
3) Capítulo 7
O capítulo sete é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selo. Este parêntese está dividido em duas seções principais. O primeiro é uma visão sobre o que irá acontecer na terra. O outro daquilo que irá ocorrer no céu.
4) Capítulo 8 e 9
Estes capítulos concentram-se na abertura do último selo que desencadeia sete trombetas. Vejamos a estrutura das sete trombetas:
1º trombeta (8.7): 1/3 da vegetação é destruída
2º trombeta (8.8): 1/3 da vida oceânica e dos barcos é destruída
3º trombeta (8.10): 1/3 da água doce é envenenado
4º trombeta (8.12): 1/3 do sol, da lua e das estrelas se escurecem
5º trombeta (9.1): Abre-se o abismo, sofrimento sobre os homens
6º trombeta (9.13): Solto os quatros anjos presos junto ao Eufrates
7º trombeta (11.15): Declaração do domínio de Cristo
5) Capítulo 10 e 11
Os capítulos 10 e 11 são parênteses entre a sexta e a sétima trombeta e devem ser considerados como uma unidade parentética. O capítulo 10 trata da mensagem do anjo de Deus e do livro comido por João, enquanto o 11, da medição do templo de Deus (11.1-2) e do ministério das duas testemunhas (11.3-14).
6) Capítulo 12
Este capítulo trata especificamente do Diabo e Israel. A mulher, provavelmente, representa a nação de Israel. O capítulo doze pode ser apresentado como se segue:
a) O ódio de Satanás contra Israel no passado (12.1-5);
b) O ódio de Satanás contra Israel no futuro (12.6-17).
7) Capítulo 13
Este capítulo está dividido em duas seções principais: a besta que subiu do mar (13.1-10) e a besta que subiu da terra (13.11-18). A besta que sobe do mar retrata o poder político e mundial do Anticristo, enquanto a que sobe da terra, o falso profeta (16.13; 19.20), relaciona-se ao poder religioso do Anticristo. Esta é a trindade satânica (cf.16.13).
8) Capítulo 14 a 16
Os capítulos 14, 15 e 16 formam uma seção que inclui o juízo de Deus através das sete taças. Entretanto, o 14, descreve os eventos que precedem estes juízos.
O capítulo 14 trata da doxologia dos santos. As características dos remidos que compõem este coral celeste encontram-se no versículo 4 e 5.
O capítulo 15, inicia-se com uma expressão modelo de João “e vi”. É uma elaborada introdução aos juízos das sete taças – sete anjos que tinham as sete últimas pragas. O propósito destes juízos encontra-se na parte final do versículo um: “porque nelas é consumada a ira de Deus”. Três visões seguem esta seção introdutória:
a) Visão dos “sete anjos com as sete últimas pragas” (v.1)
b) Visão do “mar de vidro misturado com fogo” (vs.2-4)
c) Visão do templo (vs.5-8).
O capítulo 16 trata dos sete anjos cada um deles possuindo uma taça de juízo para ser derramado sobre a terra (v.1). Vejamos :
1º taça (16.2): Chagas malignas sobre os seguidores do Anticristo
2º taça (16.3): Total envenenamento da água salgada
3º taça (16.4-7): Total envenenamento da água doce
4º taça (16.8,9): Calor abrasador do sol
5º taça (16.10,11): Escuridão na capital do Anticristo
6º taça (16.12-16): Seca-se o Eufrates
7º taça (16.17-21): Maior terremoto e tormenta de granizo do mundo
9) Capítulo 17, 18 e 19
O capítulo 17 e 18 formam uma unidade. Enquanto o capítulo dezessete descreve a destruição dos sistemas religiosos do mundo, identificado como Babilônia, a meretriz (vs.1-6), o dezoito trata dos sistemas políticos e econômicos do mundo. As bases históricas para estes capítulos encontram-se no antigo paganismo e na política do império romano.

10) Capítulo 20
Este capítulo descreve a instituição do reino milenar do Cordeiro. Podemos dividir o capítulo nas seguintes seções:
a) Prisão de Satanás (1.1-3);
b) A Grande Ressurreição ( 20.6);
c) O Grande Reinado (20.4,6);
d) A Grande Rebelião (20.7-10);
e) O Grande Trono (20.7-10).
11) Capítulo 21 e 22
O capítulo 21 tem como tema “a apresentação da esposa do Cordeiro” (21.9). Podemos encontrar nestes dois capítulos:
a) Visão do Novo Céu e da Nova Terra (21.1).
b) Visão da Cidade Santa (21.2-22.5).
O livro encerra com algumas admoestações específicas e com a expectativa da Vinda do Cordeiro.

As Identidades de Jezabel...

As Identidades de Jezabel de Apocalipse 2.20

Este artigo, publicado resumido e originalmente no Mensageiro da Paz (Número 1.5010, agosto de 2010), mas aqui ampliado, tem como objetivo discutir as várias identidades atribuídas a Jezabel de Apocalipse 2.20.

Se trata da esposa do pastor local. Essa posição baseia-se em supostas evidências textuais críticas que aceitam como válidas o testemunho dos manuscritos A 046 1006 1854, e a tradição escritural atestada por Cipriano que apresenta o pronome genitivo sou(tua) antes do substantivo próprio Jezabel.

De acordo com esses manuscritos, o texto em vez de dizer ten gynaika Iedzabel (a mulher Jezabel), diria ten sou gynaika Iedzabel (a tua mulher Jezabel). O pronome sou, nesse caso, fora usado para referir-se ao sujeito do versículo 12, o angelo tes ekklesias, isto é, o “anjo da congregação” de Pérgamo, como também ao "anjo da igreja em Tiatira", nos versículos 14, 15 e 16.

Provavelmente, a inserção do pronome nesses manuscritos deriva-se de um erro de ditografia ou então de uma percepção equivocada do escriba ao inserir propositalmente o pronome, em função de o mesmo aparecer repetidamente nos versículo 19 e 20.

Se estivermos corretos nessa assertiva, os copistas dos manuscritos citados entenderam que houve, por parte dos escribas anteriores, um erro de haplografia. Este erro, muito bem documentado pela exegese noutras porções bíblicas, ocorre quando se escreve uma palavra, sílaba ou letra apenas uma vez, quando, na verdade, deveria ser escrita mais de uma.

Isto posto, é provável que os escribas tentaram corrigir a cópia manuscrita disponível, entretanto, era necessário, talvez, uma outra cópia que atestasse o pronome sou, para que não se apoiasse apenas em sua interpretação ou percepção.

Todavia, caso esta posição esteja correta, embora as evidências manuscritas, textuais e a própria tradição atestem o contrário, significa que a Jezabel do referido texto é a esposa do pastor da igreja de Pérgamo.

Assim, essa teoria admite que o pastor da comunidade local aceitava os erros, heresias e impudicícias dessa mulher pelo fato de ela ser sua esposa, o que é discutível. Isto porque são feitos importantes elogios às virtudes teologais da igreja de Tiatira. A obra, a fé, o amor, a paciência e o serviço dessa comunidade cristã são mais excelentes do que o eram no passado (v.19).

Observe, a igreja de Éfeso é criticada por “deixar o primeiro amor” (v.4), mas os exercícios teologais da igreja de Tiatira só aumentaram. Enquanto muitos, diz Matthew Henry, “tinham deixado o seu primeiro amor, e perdido o seu primeiro zelo, estes estavam se tornando mais sábios e melhores” (2008, p.968). A mesma comparação pode ser feita a respeito da igreja judaico-cristã de Hebreus que, em vez de crescer, estagnou-se (Hb 5.12,13). Dificilmente, caso a Jezabel do referido texto fosse esposa do “anjo da igreja”, teríamos um crescimento espiritual tão constante e elogiável.

Todavia, aqueles que identificam Jezabel como sendo a esposa do líder local baseiam-se não apenas no pronome, mas também na possibilidade de o nominativo acusativogynaika ser traduzido como esposa em vez de mulher, pois o vocábulo aparece em várias perícopes do Novo Testamento com o sentido de “mulher casada”, “esposa”. Porém, essa é uma tradução possível, mas não necessária.

Assim, traduzem o texto ten sou gynaika Iedzabel como “a tua esposa Jezabel”. Segundo essa escola, ten sou gynaika Iedzabel era o texto original que foi corrompido e amainado por certos escribas inconformados com o tom ácido da perícope. Contudo, muitos textos do Antigo e Novo Testamentos são tão ácidos quanto esse, e, nem por isso, pesa sobre eles alguma acusação de corrupção textual.

Particularmente não concordo com essa tradução e com a interpretação da perícope atestada por essa escola. Devemos aceitar o texto em sua forma corrente e verbal e, segundo, o cânon da exegese, a leitura mais breve ou o texto mais curto deve ser preferido ao mais longo. É possível que o escriba acrescente alguma glosa, mas excluir alguma palavra do texto, ainda que possível, é mais difícil. Logo, não se trata de nenhum erro intencional do escriba, muito pelo contrário. A inserção do pronome (sou) e a tradução de gynaika Iedzabel, como "tua esposa Jezabel", extrapola toda naturalidade do texto.

Uma mulher profetisa da comunidade de TiatiraOutra hipótese difundida é que se trata de uma profetisa da comunidade de Tiatira. Trata-se de uma mulher cristã carismática, de nome Jezabel. Segundo essa corrente, essa falsa profetisa induzia alguns crentes da comunidade de Tiatira à prostituição, à participação nas festividades pagãs, e à idolatria.

Deve-se, portanto, de acordo com essa hipótese, entender literalmente as palavras dos versículos 21 e 22. Essa mulher não apenas induzia seus seguidores a participarem das licenciosidades das festas pagãs, como ela própria, seduzia-os para o seu próprio leito (v.22).

Permita-me, o leitor, a uma rápida digressão para explicar uma ideia muito interessante nesse trecho. Uma característica muito especial do versículo 22 é a expressão “a porei numa cama” – uma sinédoque para referir-se à enfermidade, doença [a porei enferma numa cama]. Todavia tal expressão é uma finíssima figura de linguagem usada pelo rapsodo, que traz uma imagem conceitual digna de um grande estilista da língua grega.

O termo “leito”, “cama”, é um eufemismo para “relações sexuais” em diversas passagens bíblicas, cito, à guisa de exemplo, apenas Hebreus 13.4. Veja a correspondência entre “cama” e “prostituição” no versículo 22 com “matrimônio” e “leito sem mácula” em Hebreus 13.4. A prostituição macula, mancha, enfermiça a relação sexual fora do casamento. Isto posto, a frase “Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação” (v.22) é um jogo de conceitos semióticos que relacionam a impudicícia da prostituição ao leito-enfermiço, assim como em Hebreus ao leito-santo. O leito, o lugar do coito lascivo, no qual os adúlteros se consomem, tornar-se-á, na linguagem do literato, o lugar da condenação (leito-coito/leito-enfermiço). A mulher Jezabel seria condenada a ficar enfermiça no mesmo local de suas prostituições; enquanto a condenação de seus amantes seria a “grande tribulação”.

Bem, digressões à parte, admitir que se trata de uma mulher literal, cujo nome era Jezabel, é uma opinião melhor do que a anterior. Agora, aceitar que a mulher do pastor deitava-se com diversos homens é uma posição extremamente radical, uma vez que ele, o anjo da igreja, “tolerava” os pecados de Jezabel. Até mesmo, na hipótese presente, é difícil entender como o pastor tolerava uma prostituta, falando em termos culturais heleno-latinos, como profetisa e dava a ela uma posição privilegiada na comunidade cristã. Parece que essa é uma das mais contundentes fraquezas dessa corrente.

Trata-se de Jezabel do Antigo Testamento rediviva. Não precisamos nem comentar esse falso conceito.

Trata-se de referência simbólica aos falsos ensinos pagãos que adentravam na igrejaEssa corrente entende e aceita que a Jezabel do referido versículo é uma figura ou símbolo da religiosidade pagã e dos falsos ensinos das religiões de mistério que invadiram a igreja através dos falsos mestres. Lembremos que Israel, a Igreja, e a falsa igreja de Apocalipse são representadas nas Escrituras pela figura da mulher. Em nossa obra, Igreja: Identidade e Símbolo (2010 - CPAD), apresento o símbolo joanino referente à mulher samaritana (Jo 4) e à senhora eleita (2Jo 1) como respectivas metáforas de religiosidade pagã e cristã.

Portanto, há nas Sagradas Letras elementos simbólicos suficientes para se atestar tal relação, ainda mais nos escritos joanimos. Assim, o nome Jezabel seria um pseudônimo para referir-se às práticas e misticismos pagãos das religiões de mistérios que, a semelhança do paganismo jezabelita introduzido no culto a Javé no Antigo Testamento, estavam adentrando na comunidade cristã de Tiatira. Assim, teríamos na igreja de Pérgamo, os balaamitas e nicolaítas e, na igreja de Tiatira, os jezabelitas.

Publicado originalmente em http://www.cpadnews.com.br/blog/esdrasbentho/

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

II IMPACTO PRIVÊ - Participe...

Você tem vontade de fazer a obra de Deus, e não sabe como ou ainda não teve a oportunidade, aceite este convite e venha participar conosco deste Impacto de Missões...



Serão cinco dias de trabalhos relacionados ao campo missionário, louvor e adoração, evangelismo entre outros...

domingo, 7 de setembro de 2014

Os Se7e Selos do Apocalipse em Seis Dias - Fim...

Os Se7e Selos do Apocalipse em Seis Dias (Fim)


5º Selo (6.9-11): Clamor dos Mártires

“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram”.
Enquanto o quarto selo ocupa-se com os acontecimentos lúgubres na Terra, o quinto descortina o clamor dos mártires nos céus. Este selo é um pedido tanto por vingança como por justiça (v.10). João afirma que, como resposta a essa imprecação, foi lhes dado uma veste branca cumprida e ordenado que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se cumprisse o número dos irmãos que haviam de ser mortos como eles o foram. Este selo revela tempos de perseguição religiosa sem igual. Todos que não professarem a religião do Falso Profeta serão mortos.

6º Selo (6.12-17): Terremoto

“Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”.
Este selo descreve em linguagem descritiva e poética uma catástrofe cósmica. Esta linguagem é própria dos textos apocalípticos, por exemplo, Joel 2.31: “O sol se converterá em treva, e alua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”(3.14-15). Ageu descreve nos seguintes termos: “Ainda uma vez dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca” (2.6). Isaías também participa desta tradição de textos apocalípticos: “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (34.4). Esta linguagem de catástrofes cósmica também se encontra nos lábios de Jesus: “o sol se escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados”(Mt 24.29).
Murray adverte que estes sinais escatológicos são por demais “regulares para considerá-los figurativos. Contudo, que eles não devem ser considerados demasiadamente literais, parece evidente do quadro do céu que foge ante o trono celeste, no desfecho da era milenária...” [1]. LADD, afirma que nestes textos a: “forma de se expressar é “semi-poética”, isto é, a linguagem é simbólica e dificilmente pode ser tomada muito ao pé da letra. Por exemplo: Como, à luz do nosso moderno conhecimento da astronomia, podemos conceber estrelas caindo sobre a terra? Se sabemos que a abóbada celeste azul na realidade é uma ilusão ótica, como podemos imaginar o céu sendo enrolado como um pergaminho? A linguagem, no entanto, não é somente poética ou simbólica de realidades espirituais, mas descreve uma catástrofe cósmica real de caráter inconcebível para nós”.[2]

Segundo as linhas mestras destes textos encontramos:

O Maior Terremoto da História: A humanidade tem sido vítima de grandes terremotos. O mais destrutivo, segundo a opinião dos estudiosos, ocorreu em janeiro de 1.556 na China – quase um milhão de pessoas morreram vitimadas por esta catástrofe natural. O terremoto de São Francisco (EUA) de 18 de abril de 1906, foi igualmente terrível, matou setecentas pessoas e deu um prejuízo de mais de 500 milhões de dólares. Porém, este será o pior de todos. Neste período milhões de pessoas serão mortas nas cidades e nos campos. Será um dia de grandes desastres e prejuízos à sociedade organizada. No entanto, no final da Grande Tribulação, haverá um terremoto pior do que o do sexto selo (cf. Ap 16.18).
O Maior Transtorno Cósmico da História: É possível que o abalo cósmico descrito nestes textos seja resultado de uma guerra nuclear. O teólogo Hal Lindsey disse a respeito desta passagem que: “Sabe o que sucede numa explosão nuclear? A atmosfera retrocede sobre si mesma. É esta tremenda pressão do ar que volta a encher o vazio o que causa muita da destruição numa explosão nuclear. As palavras de João neste versículo apresentam um quadro perfeito de uma guerra nuclear total. Quando isto ocorrer, João afirma que cada monte e ilha serão fortemente sacudidos. Todo o mundo vai ser literalmente abalado”.[3]
O sol torna-se negro, provavelmente devido às modificações atmosféricas –resultado das armas nucleares. Lembre-se que o saco de crina era feito de pêlos de cabra. Este tecido era usado tanto em dias de luto (Gn 37.34; Jl 1.8), como nos momentos de penitência pelos pecados cometidos (1 Rs 21.27). As ilhas e os montes serão transtornados pelo poder destruidor destas potências nucleares.
A Maior Reunião de Oração da História: Este selo também descreve o quanto os homens deste período não aprenderam, através dos juízos divinos, a render a Deus o arrependimento devido. Eles reconhecem que Deus é o agente causal destes juízos, mas são incapazes de render-Lhe culto (vs.16,17). Todos são conclamados a orar, entretanto, evocam um clamor equivocado – aos montes. Possuem mais medo de Deus do que da morte. Clamam não pelo livramento divino, mas pela morte para que seus sofrimentos terminem. Mesmo em dor, a civilização da Grande Tribulação preferirá mais a morte a retornar a Deus em sincero arrependimento. Isto mostra o quanto são iníquos.
Se entendermos este texto literalmente, talvez esteja implícito que o culto à natureza, tão difundido pela Nova Era e pelo misticismo oriental nos dias hodiernos, será um dos fundamentos da religião do Anticristo naqueles dias. Pois em vez de os homens direcionarem seus pedidos a Deus dirigem-se a natureza.

7º Selo (8.1-11.19): Sete Trombetas

O sétimo selo desencadeia sete trombetas. Estas implicam em sofrimentos piores do que aqueles desencadeados pelos selos, e designam a intensificação dos juízos divinos. 

Vejamos a estrutura das sete trombetas:

1º TROMBETA (8.7): 1/3 da vegetação é destruída
2º TROMBETA (8.8): 1/3 da vida oceânica é destruída
3º TROMBETA (8.10): 1/3 da água doce é envenenado
4º TROMBETA (8.12): 1/3 do sol, da lua e das estrelas se escurecem
5º TROMBETA (9.1): abre-se o abismo, sofrimento sobre os homens
6º TROMBETA (9.13): solto os quatros anjos presos junto ao Eufrates
7º TROMBETA (11.15): declaração do domínio de Cristo

Espero que vocês tenham gostado dessas breves meditações. Quem sabe possamos discutir as sete trombetas.
Um abraço

[1] G.R.BEASLEY-MURRAY, Id.Ibid., p.1462
[2] Georg LADD, Id.Ibid.,p.81-2
[3]
 Hal LINDSEY, There’s a New World Coming, p.110 apud WILLMINGTON, op.cit., p. 570

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