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sábado, 30 de agosto de 2014

A Prosperidade no Antigo Testamento...

A Prosperidade no Antigo Testamento - Subsídio Lexicográfico


"Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para os que o temem" (Sl 103.11)

Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento

1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).

2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".

3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). Nesses versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.

4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema, o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranquilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foram abatidos. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10). O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.

5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagens como essas eram frequentes no Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado, sempre gordo, refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundante, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).


Arqueologia bíblica em Israel - As 10 maiores descobertas...

1 - Os Manuscritos do Mar Morto                                          Réplica de Lâmpada Herodiana
Em 1947, os primeiros manuscritos foram encontrados em uma caverna às margens do Mar Morto por um jovem beduíno que cuidava de um rebanho de ovelhas. A notícia do achado espalhou-se rapidamente após a venda e aquisição dos primeiros manuscritos. De imediato a comunidade científica interessou-se pelo achado.A “École Biblique et 

Archéologique Française de Jerusalém” desenvolveu pesquisas em Qumran e arredores desde o final da década de 40 até 1956. O chefe da equipe, no período de 1951 a 1956 foi o frei dominicano Roland Guérin de Vaux (1899-1971).
Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma colecção de cerca de 850 documentos (em pergaminho), incluindo textos da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia). Eles foram escritos em Hebraico, Aramaico e grego, entre o século II a.C. e o primeiro século depois de Cristo. Foram encontrados mais de oitocentos textos, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essénios e outras seitas.
2 - A Piscina de Siloé
A piscina de Siloé está situada na chamada "Cidade de Davi", hoje na Jerusalém Oriental, as escavações terminaram no último mês de Dezembro, mas somente nos últimos tempos tem sido revelado os resultados da pesquisa. No local foi também construído na época do Segundo Tempo, uma calçada semelhante a que foi descoberta em volta do Monte do Templo, na região do Ofel, pois ambas foram construídas no período de Herodes. 

No mesmo local pode-se notar uma espécie de praça que foi construída com pedras do período do Romano. 
3 - A Inscrição de Siloé
A Inscrição de Siloé (Shiloach) inscrição é a passagem do texto inscrito originalmente encontrado no túnel de Ezequias (que alimenta de água da fonte de Giom à piscina de Siloé, em Jerusalém Oriental). O túnel foi descoberto em 1838 por Edward Robinson. A inscrição registra a construção do túnel no século VIII AC. É entre os mais antigos registros existentes no seu género escrito em hebraico usando o alfabeto Paleo-Hebraico. Tradicionalmente identificado como uma "inscrição comemorativa", também tem sido classificada como uma inscrição dedicatória. Apesar do túnel de Ezequias ser examinado extensivamente durante o século XIX por arqueólogos eminentes, tais como o Dr. Edward Robinson, Charles Wilson Sir, Sir Charles Warrene, todos eles não conseguiram descobrir a inscrição, provavelmente devido aos depósitos minerais acumulados tornando-o quase imperceptível. 
De acordo com o Dicionário da Bíblia Easton(1897), um jovem, enquanto vadeando no túnel de Ezequias a partir do final piscina de Siloé, descobriu a inscrição em um corte na rocha, no lado leste, cerca de 19 metros no começo do túnel. 
4 - O Túnel de Ezequias
O Túnel de Ezequias ou Tunel de Siloé é um túnel ou aqueduto que foi escavado na rocha sólida, escavado embaixo de Ophel na cidade de Jerusalém por volta de 701 a.C. durante o reinado de Ezequias. Foi provavelmente um alargamento de uma caverna pré-existente e é mencionado na Bíblia. É descrito por peritos como uma das grandes proezas de engenharia da antiguidade. O túnel conduz água da Fonte de Giom até a piscina de Siloé, ele foi projetado para servir como um aqueduto para manter o abastecimento de água na cidade de Jerusalém durante o cerco da cidade pelos assírios, a comando de Senaquerib.
5 - A Inscrição de Tel Dan
A Iscrição ou Estela de Tel Dan é uma pedra negra de basalto descoberta em um sítio arqueológico durante escavações em Tel Dan ao norte de Israel. A inscrição de Tel Dan encontra-se atualmente no Museu de Israel, em Jerusalém. Ela foi esculpida por ordem de um rei arameu contendo inscrições em aramaico e em alfabeto aramaico, onde se comemorava uma das vitórias sobre um reino local, com os seguintes escritos: מלך.ישראל ("Rei de Israel") e ביתדוד ("Casa de Davi"). A autoria da escrita não pode ser reconhecida na inscrição, ele era provavelmente o rei de Damasco, Hazael ou um de seus filhos. A inscrição desta rocha gerou múltiplas teorias entre acadêmicos de várias áreas da ciência, porque as letras transliteradas do original aramaico para o hebraico (ביתדוד, BYT DWD, Beth David, "Casa de Davi") podem ser a única referência a linhagem de Davi relatada por outro povo além do Povo de Israel. Até a data da descoberta esta foi a primeira vez em que o nome do rei Davi de Israel, foi reconhecido entre os epigrafistas, historiadores e arqueólogos. As opiniões teóricas finais do consenso entre os acadêmicos e arqueólogos epigrafistas é que os três fragmentos é uma referência ao Rei Davi, sucessor do Rei Saul e pai do Rei Salomão, os três primeiros reis da monarquia israelita descrita nos livros I e II Samuel e I e II Reis, contidos no Velho Testamento, o Tanakh para os judeus.
6 - A Casa de Pedro
Após escavações realizadas por V. Corbo em 1968 levaram a descoberta de casas que remontam ao século I da Era Cristã, além de outras estruturas. Entre as muitas descobertas pode ser identificada uma igreja cristã octogonal que havia sido construída no período bizantino(IV ao VI Século), contendo um baptistério do V Século e uma estrutura do IV Século IV contruída sobre uma casa construída no local em que então se pensava que ser a casa de Pedro, os arqueólogos afirmam que é bem provável ser este o lugar exato da contrução. A descoberta da "Casa de Pedro" lança luz sobre a história dos primeiros séculos da Igreja e dos Judeus crentes que viviam em Israel naquele período.
7 - Tel Beer Sheva
Tel Berseba é um dos mais importante sítio arqueológico de Israel e fica localizado na região sul, no grande deserto do Negev. Acredita que no local estão dana menos doque as ruínas da cidade bíblica da Cidade de Berseba. Indicios arqueológicos ali encontrados comprovam que a cidade era habitada desde a Idade do Cobre. Isto se deve à abundância de correntes de água subterrâneas, como mostram os vários sistemas de águas existentes na cidade. As ruas da antiga Berseba estão dispostas em forma de grade, com áreas separadas para uso administração, áreas residenciais, comerciais e até mesmo militar. A cidade é até agora o primeiro povoamento planeado na região. O sítio arqueológico é notável pelo seu complexo sistema de água e uma gigante cisterna, esculpida na rocha por debaixo da cidade. Peças de um altar foram descobertas espalhadas entre as muitas contruções da cidade, e os arqueólogos conseguiram reconstruí-lo com várias pedras encontradas. Este altar é uma prova da existência de um templo de culto na cidade que foi provavelmente destruído durante as reformas do Rei Ezequias. Tel Berseba foi declarada Património Mundial da Humanidade em 2005 por sua grande importância histórica e fica bem ao lado da moderna cidade israelita de Berseba.
8 - Megido e o Túnel de Acaz em Megido
Um dos mais importantes sítios arqueológicos em Israel, Tel Megido ou Colina de Armagedom contém um dos remanescentes históricos de Megido, uma cidade fortificada em um ponto estratégico no caminho entre o Egito, Síria e Mesopotâmia. Megido servia como importante cruzamento de grandes batalhas históricas. Um largo túnel vertical de 36 metros escavado na rocha se encontrando, com um túnel horizontal com mais de 60 metros até uma fonte fora da cidade. A fonte ficava escondida pela muralha e coberta por terra.  No novo testamento, no livro de Apocalipse, Megido é identificada como o local da grande batalha mundial Armagedom, vem da adaptação do hebráico Har Megido, no grego.
9 - O Altar de Josué sobre o Monte Ebal
A descoberta do Altar de Josué pelo Prof. Adam Zertal e sua equipe de alunos foi sem dúvida alguma uma das mais discutidas e polêmicas nos últimos trinta anos. O altar do Monte Ebal não é apenas o mais antigo e completo, como também o protótipo do altar israelita para oferecimento de oferta queimada nos períodos do Primeiro e do Segundo Templo. A influência mesopotâmica arquitetônica(Abraão vei da Mesopotâmia) sobre a estrutura do altar também é muito interessante, tanto na sua construção e reforço como na orientação de seus cantos para o norte, sul, leste e oeste.
10 - Os Acampamentos Israelitas no Vale do Jordão
Junto com a descoberta do Altar de Josué sobre o Monte Ebal, a descoberta dos grandes acampamentos dos Israelitas no Vale do Jordão em direção do Monte Ebal é sem dúvida alguma algo que lança luz sobre um período tão questionado e tão sem informações, o período das conquistas dos Hebreus da Terra de Canaã. A peregrinação dos israelitas para a terra de Canaã recebe um novo significado nos dias de hoje, com uma interessante descoberta arqueológica: a equipe de pesquisadores da Universidade de Haifa revelou a prova até agora, da mais antiga presença de Israel na Terra de Israel, usando descobertas realizadas no vale do Jordão que formavam uma grande pegada. A forma dos acampamentos dos israelitas construiram a "ferramenta" pela qual conquistaram e colonizaram a indicam a idéia da possesão da terra. 

Introdução Bíblica ao Ateísmo...

Introdução Bíblica ao Ateísmo

Charge de Flamir Ambrósio.

“Em Hobbes, o racionalismo de Bacon se transformara em um ateísmo e materialismo inflexíveis; uma vez mais, nada iria existir, a não ser ‘átomos e o vazio’”, disseca Will Durant, concernente à ascensão do racionalismo e o nadir da crença em Deus.
Neste ensaio analisaremos o ateísmo, primeiramente, definindo o étimo e seu desdobramento nas Escrituras. A seguir, conceituaremos o ateísmo e faremos uma síntese do pensamento de quatro filósofos: Nietzsche, Marx, Sartre e Camus.

Definição


Etimologia: O vocábulo ateu é formado pelo prefixo grego de negação a(“não”, “provação”, “negação”) e pelo substantivo theos, isto é, “deus” ou “Deus”. Literalmente, atheos significa “sem Deus”. A palavra “ateísmo”, no entanto, é formada pelos dois termos anteriores e o sufixo “ismo” que denota “doutrina”, “sistema”, ou “ensino”. O ateu é aquele que não crê em Deus, enquanto o ateísmo designa a filosofia ou os ensinos dos ateus.

Novo Testamento: O termo aparece uma única vez no grego neotestamentário em Efésios 2.12: “que naquele tempo, estáveis sem Cristo [khōris Christou], separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus [ắtheoi] no mundo”. (grifo nosso).
O termo grego ắtheoi, neste contexto, tem o sentido de “não pertencente a Deus”, “sem Deus”, em vez do significado corrente de negar racionalmente a existência de Deus, como o fazem os filósofos ateus. O tipo de ateísmo que este termo (que é um hapax legoumenon[1]) descreve é o denominado “ateísmo prático”, ou seja, aquele que vive como se Deus não existisse ou que a divindade não tem qualquer significado para ele, quer exista quer não. Neste sentido, pode até mesmo ser uma pessoa teísta, mas que não conhece o verdadeiro Deus: “Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.5,6). Observe que ắtheoi no texto de Efésios, não pretende afirmar que a pessoa não crê em alguma divindade, mas que ignora a existência do Deus de Israel. É assim que devemos entender o advérbio de negação khōris, traduzido em diversas passagens por “separadamente”; “à parte de alguém”; “longe de alguém”. Literalmente a expressão khōris Christou, quer dizer “longe de Cristo”, “afastado de Cristo” e não antichristo, isto é, “contrário ou oposto a Cristo”.
O texto de Coríntios não deixa de ser menos revelador. Paulo reconhece que as nações pagãs possuem suas divindades nacionais, entretanto, há um só Deus. Veja que estas não são culpadas de ateísmo, mas politeísmo, por não crerem no único Deus verdadeiro. A própria expressão theoi polloi, isto é, “muitos deuses” formam a palavra “politeísmo” [polli-teos] (cf. 1 Co 8.5). Portanto, à luz de Efésios 2.12, “sem Deus”, ắtheoi, quer dizer “sem o verdadeiro Deus de Israel”.
Portanto, do ponto de vista histórico, o ateísmo em certas circunstâncias corresponde à rejeição de deuses privados ou de uma divindade em especial. É assim, por exemplo, quedevemos entender a acusação de ateísmo contra Anaxágora e Sócrates. O primeiro condenado de ateísmo por afirmar que o sol era maior que o Peloponeso e, o segundo, por "corromper" os jovens e negligenciar os deuses durante uma cerimônia de adoração. Até mesmo os cristãos foram considerados ateus no Império Romano. No século II, Justino fez referência à acusação de ateísmo contra os cristãos. Em sua Primeira Apologia escrevera a respeito da turba colérica que gritava contra os cristãos “Morte aos ateus, morte aos sem-Deus”. Em resposta, o apologista sentenciou: “Somos ateus de todos os pretensos deuses”. Estas manifestações são consideradas como “pseudo-ateísmo”, uma vez que os envolvidos criam em alguma divindade, mas rejeitavam a forma grotesca, antropomórfica e pagã de certos cultos e religiões.
Antigo Testamento: Não há no Antigo Testamento um termo hebraico próprio para expressar o conceito de ateu à semelhança do grego neotestamentário. Em Salmos 14.1, o nābāl, isto é, “o louco”, “insensato” ou “ateu” é aquele que vive como se Deus não existisse (cf. Sl 53.1). Este é o louco que blasfema contra o Senhor (Sl 74.18). O povo de Israel também é definido como ‘am nābāl, isto é, “povo insensato ou ateu” em razão de não reconhecer os grandes benefícios proporcionados pelo Senhor Deus de Israel (Dt 32.6). Nestas referências, o termo hebraiconābāl designa, provavelmente, não alguém que está sinceramente convicto de que Deus não existe, mas que está mal orientado quanto à existência de Deus. O texto da Septuaginta – tradução grega do texto hebraico – verte o termo hebraico citado por ăphrōn, ou seja, “tolo”, “ignorante”. A expressão Oủk ĕstin Theos, isto é, “Não há Deus” denuncia o estado de completa ignorância e tolice de quem assim pensa e vive.
O ateísmo tanto prático quanto teórico é, segundo as Escrituras, a principal causa da corrupção e degeneração do homem (Sl 14; 53; Rm 1.18-32). O insensato que vive como se Deus não existisse ou que O confunde com a criação, possui um “coração insensato” (Rm 1.21). No original a expressão “coração insensato” (ăsynetos kardia), literalmente é “sem entendimento de coração”. Se considerarmos o termo kardia de acordo com idiomatismo hebraico, podemos afirmar que o ateu ou insensato é “aquele que vive sem o conhecimento de Deus”. E, pelo que se depreende de uma leitura atenciosa de Romanos 1.18-32, o ateu ou ignorante é aquele que não conhece o Deus único e verdadeiro. Vários termos empregados por Paulo se relacionam diretamente à falta de episteme ou conhecimento correto acerca de Deus. Vejamos:
v. 18: Apokalyptetai (Descoberto está)
v. 19: gnōston (que se pode conhecer); phaneron ( manifesto)
v. 20: nooumena (entendidas)
v.21: gnontes (tendo conhecido); dialogismois (cogitações);asunetos(sem entendimento)
v.22: sophoi (sábios); emōranthēsan ( se fez estulto)
v. 28: epignōsei (conhecimento sobre)
v. 31: asunetous ( sem entendimento)
v.32: epignotes (tendo conhecimento sobre)
Conceituação
O ateísmo é a doutrina filosófica que admite a não existência de Deus. Segundo o ateísta, não há qualquer prova relativa à realidade de Deus, pois as evidências pressupõem a não existência de qualquer divindade. Com o advento do racionalismo, os filósofos e humanistas seculares passaram a considerar o conhecimento religioso como uma espécie de conhecimento mítico, necessário à humanidade enquanto esta ainda estava em sua gênese. De acordo com a epistemologia, o conhecimento religioso cumpria uma função teleológica, isto é, das causas e dos fins. Como o homem primitivo não sabia explicar as causas dos fenômenos físicos, atribuía a essas manifestações da natureza causas metafísicas ou divinas. No entanto, com a ascensão da ciência e do conhecimento não há qualquer necessidade de Deus ou de divindades para explicar os fenômenos físicos ou a existência do universo.
Todavia, nesse princípio argumentativo há muito preconceito em relação ao que é ou não científico. Se entendermos como pré-científico todo o conhecimento anterior à ciência moderna, onde fica a matemática, a lógica, a filosofia? Deixaram de ser ciênciacom o advento da modernidade? Se pré-científico deve ser entendido como anticientífico, isto é, como mito ou mágica, é muito mais provável que a ciência tenha sua gênese nessas manifestações religiosas do que o cristianismo. Se o “poder místico ou mágico” se refere à manipular as forças da natureza por meio de fórmulas, rituais, plantas e palavras, isto não seria uma pré-manifestação do tecnicismo, por meio do qual tudo se transforma? Não se pode argumentar ad absurdum que o cristianismo compactua com a magia, uma vez que a tradição cristã sempre se opôs a esse tipo de religiosidade. No entanto, o cristianismo não apenas admite como também ensina a intervenção divina nas forças naturais do universo. Mas não se trata de manipulação por palavras mágicas, mas da ação soberana da vontade de Deus. Os cristãos também ensinam que toda a criação foi criada por Deus com um propósito específico; que Deus Criou e estabeleceu as leis físicas que os próprios cientistas investigam.
Como teoria do conhecimento, o ateísmo distingue-se do ceticismo, do agnosticismo e do teísmo. Vejamos:

O Cético: Duvido que Deus existe. Não tem certeza .
O Agnóstico: Não é possível saber se Deus existe. Não é possível saber .
O Ateu: Deus não existe. Está convicto.
O Teísta: Deus existe. Está convicto.

O Ateísmo e a Filosofia
A filosofia é uma das mais extraordinárias manifestações do conhecimento e da razão humana. No entanto, por várias vezes, recusou-se a admitir o verdadeiro conhecimento. Não há sabedoria e amor ao conhecimento quando se nega a existência de Deus. Célebres filósofos se equivocaram ao afirmar a não existência de Deus. Entre esses destacamos.
F. Nietzsche: Afirmou categoricamente que os deuses estão se decompondo e que Deus está morto.
Karl Marx: Escreveu que possuía ódio a todos os deuses e, que a religião é o ópio do povo.
J. Paul Sartre: Sentenciou que se Deus existe, o homem é um nada; se o homem existe, Deus não existe.
Albert Camus: Consolidou o conceito de Nietzsche de que Deus está morto, e que o filósofo não matou a Deus, mas o encontrou morto em seus contemporâneos.
Características do Ateísmo Moderno
O ateísmo moderno possui como principais características:
AnticristãoNão se opõe apenas as religiões, mas procura combater severamente o cristianismo. Para eles o Deus cristão é fraco e obsoleto.
Preconceituoso:Para o ateu moderno os cristãos são pessoas incultas, fracas e omissas aos problemas políticos e sociais.
Antidogmático: Rejeitam qualquer dogmatismo religioso. Não aceitam as doutrinas e valores cristãos. Considerando-os desnecessários e anacrônicos ao homem moderno.
Partidários: Muitos opositores do cristianismo e da moral cristã são partidários de grupos marxistas que ainda consideram o cristianismo como atraso à civilização em constante progresso.
Soli Deo Gloria!


[1] Hapax legoumenon, significa “dito ou escrito uma única vez”. Quando este termo é empregado quer dizer que o termo relacionado aparece apenas uma vez nas Escrituras. Para saber mais sobre hapax legoumenon, suas divisões e os métodos de interpretação relacionados, consulte: BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica fácil e descomplicada. 7. ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.181-188.

Homens das cavernas...

Homens das cavernas "não eram tão diferentes de nós", afirma antropólogo evolucionista

Representação ilustrativa da espécie Homo neanderthalensis ou homem de Neandertal
Em artigo recente sobre o "homem primitivo", publicado na Revista Ciência Hoje (edição online), Henrique Kugler [1], autor da publicação afirma:

"Sepultura de um homem de Neandertal reforça a ideia de que essa espécie primitiva desenvolveu um comportamento simbólico mais sofisticado do que se imaginava: eles enterravam intencionalmente seus mortos."

E continua:
"Se você pensa que o homem de Neandertal era apenas um ogro rude e primitivo, talvez seja hora de reconsiderar seu juízo. Segundo estudo recém-publicado, oHomo neanderthalensis parece ter sido protagonista de um comportamento simbólico deveras complexo – bem mais sofisticado do que se supunha até então."

"O Homo neanderthalensis é o arquetípico ‘homem das cavernas’, define a Enciclopédia Britânica. Viveu entre 300 mil e 35 mil anos atrás – apesar de essas datas ainda serem tópico de disputa. Ao que tudo indica, ocupou territórios na Europa e na Ásia central. O nome Neandertal é uma referência ao Vale de Neander, próximo a Düsseldorf, na Alemanha – onde, no ano de 1865, o primeiro remanescente dessa antiga espécie fora encontrado. Fisicamente, era muito parecido com o Homo sapiens.
Acredita-se, aliás, que as duas espécies tenham coexistido em algum momentoMas, por razões que ainda ocupam o terreno da especulação, os neandertais foram extintos – enquanto ao Homo sapiens o destino reservou melhor sorte. 'Há 50 mil anos, os neandertais foram os únicos habitantes da Europa', conta Beauval à CH On-line. 'Até a década de 1980, eles eram considerados hominídeos ‘brutais’; mas estudos recentes mostram que elesusavam pigmentos, colecionavam conchas e, como demonstramos agora, dedicavam tempo a cuidar de seus mortos.' Para Beauval, tudo indica que eles tinham uma capacidade cognitiva complexa. 'Esses dados atestam queos neandertais não eram tão diferentes de nós.'"

De acordo com o Museu Nacional de História Natural Smithsonian [2], o Homo neanderthalensis, viveu entre 200.000 e 28.000 anos atrás segundo a cronologia evolucionista e ocupou a Europa e Sudoesta da Ásia Central. O site ainda afirma que:

"[...] são o nosso parente extinto humano mais próximo. [...] Seus corpos eram mais baixos e atarracados que a nossa, outra adaptação à vida em ambientes frios. Mas os seus cérebros eram tão grande como o nosso e, muitas vezes maior - proporcional ao seu corpo musculoso. Neandertais elaboraram e utilizaram um conjunto diversificado de ferramentas sofisticadas, fogo controlado, viveram em abrigos, usavam roupas confeccionadas por eles mesmos, eram caçadores habilidosos de animais de grande porte e também comiam alimentos de origem vegetal, e, ocasionalmente, construíam objetos simbólicos ou ornamentais. Há evidências de que os neandertais deliberadamente enterravam seus mortos e, ocasionalmente, até mesmo marcando suas sepulturas com oferendas, como flores [como fazemos hoje]. Não há [evidência deste comportamento em] outros primatas, e nenhuma espécie humana anterior, já tinha praticado este comportamento sofisticado e simbólico."
Da esquerda para direita: Australopithecus, Paranthropus, Homo erectus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis e H. sapiens.

Voltamos agora ao artigo da Revista Ciência Hoje, mencionado inicialmente, onde lemos:

"Pesquisadores franceses e norte-americanos confirmaram, em escavações conduzidas entre 1999 e 2012, que uma sepultura do sítio arqueológico de La Chapelle-aux-Saints, na França, foi de fato construída intencionalmente. 'Os novos dados reforçam clamores segundo os quais havia, sim, comportamento simbólico complexo entre os neandertais da Europa ocidental'. A constatação elucida um antigo debate. 
'Céticos argumentavam que os supostos ‘cuidados’ que os neandertais tinham com seus mortos eram fruto de interpretações equivocadas, baseadas em escavações antigas e metodologicamente inadequadas', contextualiza o arqueólogo Cédric Beauval, da empresa de arqueologia Archéosphère, em Bordeaux (França). Ele foi um dos autores do estudo, publicado no periódico estadunidense Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e liderado pelo arqueólogo William Rendu, do Centro Internacional de Pesquisas em Humanidades e Ciências Sociais (Cirhus), em Nova York (EUA). 'Os novos dados reforçam clamores segundo os quais havia, sim, comportamento simbólico complexo entre os neandertais da Europa ocidental', lê-se no artigo. Ao longo do último século, foram reportadas mais de 40 estruturas arqueológicas assemelhadas a sepulturas neandertais na Europa e na Ásia. 'Algumas delas', diz o estudo, 'refletem práticas funerárias complexas'."

A pressão do paradigma evolucionista em conferir maior primitividade às formas humanas encontradas no registro fóssil é também evidenciada no parágrafo acima, na referência aos céticos. Estudos e mais estudos demonstram em uníssono que os homens primitivos não eram tão primitivos quanto pensávamos (ou quanto a visão materialista-evolucionista nos ensinou a "ver") e nem todas interpretações respeitam aquilo que evidência aponta (sobre isto, leia aqui).


O artigo original publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) [3], diz:

"Durante várias décadas, os estudiosos questionaram a existência de sepultamento na Europa Ocidental, antes da chegada de humanos anatomicamente modernos. Portanto, uma abordagem que combina uma recuperação campo global e o reexame dos restos de neandertais descobertos anteriormente foi realizada no site de La Chapelle-aux-Saints (França), onde a hipótese de um enterro Neandertal foi levantada pela primeira vez. Este projeto concluiu que o Neandertal de La Chapelle-aux-Saints foi sepultado em uma cova cavada por outros membros do seu grupo e protegido por uma cobertura rápida de qualquer perturbação. Estas descobertas atestam a existência de enterro Neandertal da Europa Ocidental e da capacidade cognitiva Neandertal para produzi-lo."
Sítio arqueológico de La Chapelle-aux-Saints, na França. A análise de uma sepultura neandertal encontrada no sítio confirma que ela foi construída intencionalmente. (foto: cortesia de Cédric Beauval; fonte: Revista Ciência Hoje).

O artigo da Revista Ciência Hoje apresenta quase no fim a seguinte e interessante declaração:
"Até a década de 1980, os neandertais eram considerados hominídeos ‘brutais’, mas os dados mostram que eles dedicavam tempo a cuidar de seus mortos."

O Museu Nacional de História Natural Smithsonian, reconhecido e respeitado por cientistas, conclui:

"Não sabemos tudo sobre nossos ancestrais. [...] Existe uma estreita correlação entre as mudanças climáticas e a extinção dos neandertais [...]."

CONCLUSÃO

Cédric Beauval, antropólogo evolucionista e um dos pesquisadores responsáveis pela escavação do sepulcro Neandertal, afirma que este grupo denominado de "primitivos" (ou "homem das cavernas") possuíam hábitos muito semelhantes aos nossos, reduzindo ainda mais o espaço que antes existia entre estas duas "espécies".

De acordo com a cronologia bíblica, o homem de Neandertal não se trata de uma espécie de animal e nem de outra espécie de ser humano, mas simplesmente de um grupo de seres humanos conhecidos como "antediluviano" por terem vivido no período anterior ao dilúvio global descrito no livro do Gênesis. Pontos que parecem favorecer esta teoria:

  1. CONVIVERAM COM OS SERES HUMANOS MODERNOS: Uma vez que apenas uma família (a de Noé) tenha escapado de uma catástrofe que exterminou toda população humana da Terra, é razoável supor que filogenéticamente todos os seres humanos atuais tenham herdado características muito semelhantes. A Bíblia afirma que todos nós somos descendentes ou de Cam, ou de Sem ou de Jafé, filhos de Noé. Podemos sugerir aqui que o que a cronologia evolucionista denomina como espécie Homo sapiens sejam características herdadas de Noé.
  2. UM FENÔMENO NATURAL CAUSOU-LHES O FIM DA EXISTÊNCIA: O dilúvio causou não apenas a extinção de toda espécie humana na Terra, com exceção da família de Noé, mas também provocou intensa mudança na atmosfera, geologia e hidrografia da Terra. Uma nova conformação da Terra foi produzida após esta catástrofe global. O meio ambiente foi modificado e, ainda que outros humanos tivessem conseguido sobreviver, teriam a necessidade de se adaptar a um novo mundo, muito diferente do que estavam habituado.
  3. PRATICAVAM O CASAMENTO ENTRE IRMÃOS: Em estudo publicado na Nature este mês, pesquisadores apresentaram sequência genômica completa de uma mulher Neandertal da Sibéria [4]. Este estudo afirma que os pais desta mulher "estavam relacionados ao nível do meio-irmãos e que o acasalamento entre parentes próximos era comum entre os seus antepassados ​​recentes". Em Gênesis 4:17 diz: "E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho." Quem era a esposa de Caim uma vez que a Bíblia diz que ele era filho de Adão e Eva e só tinha um irmão Abel, a quem ele assassinou? A Bíblia mesmo esclarece o assunto. Em Gênesis 5:4 diz que "viveu Adão oitocentos anos; e teve filhos e filhas. Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu." Percebeu? Caim e Abel não foram os únicos filhos de Adão e Eva, foram sim os mais famosos por causa do assassinato (vale lembrar que isto nunca tinha acontecido na Terra até então). Adão viveu 930 anos, quantos filhos e filhas não deve ter gerado? O suficiente para possibilitar que seus filhos e filhas se casassem e, vivendo bastante tempo como o pai, dessem origem a cidades inteiras. De onde os Neandertais receberam a influência deste costume?
Certamente, as ideias propostas acima são apenas teorias e carecem de maior estudo sobre o assunto.


REFERÊNCIAS
  1. Henrique Kugler. Decanse em paz. Revista Ciência Hoje, 06 jan. 2014. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/01/descanse-em-paz> Acesso em: 14 jan. 2014.
  2. Smithsonian National Museum of Natural History. Human evolution evidence: Homo neanderthalensisDisponível em: <http://humanorigins.si.edu/evidence/human-fossils/species/homo-neanderthalensis> Acesso em 14 jan. 2014.
  3. William Rendu; Cédric Beauvalc; Isabelle Crevecoeurd et al. Evidence supporting an intentional Neandertal burial at La Chapelle-aux-Saints. PNAS, doi: 10.1073/pnas.1316780110. Disponível em: <http://www.pnas.org/content/early/2013/12/12/1316780110.abstract> Acesso em: 14 jan. 2014.
  4. Kay Prüfer; Fernando Racimo; Nick Patterson et al. The complete genome sequence of a Neanderthal from the Altai Mountains. Nature, v. 505, p. 43-49, 02 jan. 2014. doi:10.1038/nature12886. Disponível em: <http://www.nature.com/nature/journal/v505/n7481/full/nature12886.html> Acesso em: 14 jan. 2014.
P.S.: Ênfases acrescentadas

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