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quarta-feira, 26 de março de 2014

PRINCIPAIS ETAPAS DA VIDA DE UM JUDEU...

PRINCIPAIS ETAPAS DA VIDA DE UM JUDEU


As principais etapas da vida de um judeu ortodoxo:

O NASCIMENTO


Numa família judia, o nascimento de uma criança é esperado com grande emoção. Ter filhos é ao mesmo tempo uma felicidade e a obediência a um mandamento. Com efeito, o primeiro mandamento dado ao homem por Deus foi: “Crescei e multiplicai-vos”. Para um lar judeu transmitir a vida é antes de tudo, um modo de afirmar o desejo profundo de perpetuar a indestrutível cadeia de gerações dos “filhos de Israel”. Se é um menino que nasce, é pelo rito da circuncisão que, no oitavo dia de vida, ele será introduzido na Aliança. A cerimônia, chamada BRIT MILÁ, Aliança da circuncisão, é feita ou na sinagoga ou em casa. Diversas orações são recitadas, havendo um KADDISH enquanto o que faz a circuncisão, o MOHEL, faz a operação. Uma poltrona especial é reservada ao profeta Elias que, segundo a tradição, é o mensageiro da Boa Nova, e que retornará para anunciar a vinda do Messias. Parentes e amigos encerram a cerimônia com uma alegre festa que deve ser enriquecida com um “estudo da Torá”.

Assim, pois, o menino entra na Aliança por este sinal que depois de Abraão, marca na carne os filhos de Israel, lembrando-lhes que, criados “imperfeitos”, segundo a expressão do midrash, devem durante toda a sua existência, aperfeiçoar-se pelos seus atos e seus pensamentos; a circuncisão é o símbolo exterior do que a Bíblia chamou de “circuncisão do coração” (Dt 10.16): “Circuncideis vosso coração e cessareis de endurecer vossa nuca” (Dt 30.6Jr 4.4).

Pode-se dizer que a circuncisão foi o rito que mais fielmente foi observado pelos judeus, qualquer que seja sua tendência . Tornou-se, apesar das perseguições, a pedra de toque da pertença ao povo judeu e o sinal da fidelidade daqueles que sabem que, em qualquer circunstância “o povo judeu vive e sobrevive eternamente”. Na circuncisão, a criança judia recebe um prenome hebreu, em geral o de um parente falecido. 

Nas famílias judias praticantes, se o menino é o primogênito de sua mãe, uma outra cerimônia se realiza no 31º dia, chamada “Resgate do Primogênito”, em memória dos primogênitos que na origem deviam ser consagrados a Deus. 

As meninas recebem seu prenome hebraico por ocasião de um ofício sinagogal (mais ou menos um mês depois do nascimento) que constitui de fato a primeira saída da mâe em público. O pai é então chamado para “a Torá”, e recita uma oração especial para a mãe e para a criança. O acontecimento é então geralmente celebrado alegremente em casa pelos pais e amigos.

A CRIANÇA CRESCE

Logo que a criança nasce, ela é de certo modo embalada pelos ritos familiares, sobretudo pelos Sábados e das Festas. Logo que começa a falar, ela é orientada para Deus, balbuciando as primeiras frases das principais orações. Na idade escolar – 4 ou 6 anos – ela deverá frequentar um curso de instrução judaica, uma ou duas vezes por semana, ou uma “escola judaica de dois períodos” para descobrir o sentido de sua pertença ao povo judeu e o conteúdo do Patrimônio religioso e cultural que é o seu. Para tal, ela é iniciada, o mais cedo possível, na leitura e no conhecimento do hebraico.

A MATURIDADE RELIGIOSA (BAR-MITZVÁ)


O jovem judeu, ao atingir a idade de 13 anos, contados pelo calendário hebraico, converte-se em Bar-Mitzvá, ou seja, peal tradução literal “sujeito ao mandamento”. Isto significa que a partir desta data está “sujeito”, isto é deve participar e praticar todos os 613 mandamentos divinos, sendo ele mesmo responsável por todos os seus atos. Até o momento de tornar-se Bar-Mitzvá, toda responsabilidade dos atos bons ou maus praticados pelo filho cabe ao pai ou tutor. A partir deste momento a responsabilidade é exclusivamente do jovem, que agora passa a integrar a comunidade como um adulto no sentido do cumprimento das Mitzavot (mandamentos). Estes 613 mandamentos fundamentais representam a estrutura de toda a moral judaica, estabelecendo normas de condutas em todos os momentos da vida do homem, que nas suas relações com os semelhantes, que nas suas relações com o Todo-poderoso. Ao lado desta responsabilidade moral o Bar-Mitzvá adquire o privilégio da “Minyan”, isto é ser um membro do grupo de dez homens, número este que a lei judaica exige como mínimo para a realização de qualquer ato religioso de caráter público. Como membro do Miryan, o Bar-Mitzvá está então, submetido a todos os deveres e obrigações dos seus integrantes adultos. Deve-se assinalar, entretanto, que a solenidade do Bar-Mitzvá marca apenas o momento inicial da maturidade física e psíquica do indivíduo e não o momento em que esta se completa. A partir desta idade, o jovem começa a tomar consciência dos problemas que o cercam e dos problemas de seus semelhantes, marcando, pois, a sua inclusão como membro da sociedade, tornando-se apto para lutar pelos seus interesses e necessidades.

O costume do Bar-Mitzvá data do séc. XVI. A Torá (Antigo Testamento) não o menciona. O talmud apenas faz alusão ao fato de que jovens a partir dos treze anos começaram a transformar-se em homens adultos, não estabelecendo, porém, normas nem a idade exata para o acontecimento. A primeira referência escrita sobre a celebração é encontrada no Código Religioso da Ética, Moral e Conduta Hamanas chamado “Shulhan Aruh”, compilado em meados do século XVI por Josef Karo. Segundo este Código, o primeiro sábado que segue ao 13º aniversário do jovem é o dia de seu Bar-Mitzvá. Durante os meses que antecedem esta data importante, o jovem aprende noções fundamentais da história e tradições judaicas, as orações e costumes do povo, estudando os princípios que regem a fé judaica. No sábado da comemoração o jovem recita um capítulo da Torá (Parashá) e um capítulo dos Profetas (Haftará), com a melodia tradicional apropriada para estes capítulos. Esta melodia baseia-se numa escala de notas musicais padronizadas para a leitura em público dos capítulos da Torá e do Livro dos Profetas. A cerimônia religiosa é seguida de uma reunião festiva oferecida pela família do Bar-Mitzvá aos parentes e pessoas mais chegadas à família.

As meninas são consideradas maiores aos 12 anos. A tradição não as obriga a nenhuma cerimônia pública. Entretanto, desenvolveu-se o costume sobretudo entre os judeus liberais de marcar também a maioridade religiosa das meninas com uma cerimônia na sinagoga o BAT-MITZVÁ (Filha do Mandamento).

O CASAMENTO


O matrimônio é considerado uma instituição sagrada na vida judaica. Nas bênçãos pronunciadas durante a cerimônia nupcial, a união do homem e da mulher é encarada como a colaboração humano-divina; o respeito mútuo, que o documento prescreve, é a base dessa santidade.

A religião judaica, da qual muitas prescrições têm um prudente sentido de higiene e profilaxia, proíbe as uniões consanguineas. Quarenta e duas classes de tais parentescos estão enumeradas na Bíblia e no Talmud, e a experiência demonstrou a sábia previsão de tal medida, em infinidades de casos.

Os casamentos judaicos se realizam na sinagoga ou na casa dos noivos. Num e noutro caso, a cerimônia é feita sob o pálio nupcial, a “hupá”, símbolo do futuro lar. As sete bençãos pronunciadas durante o desenrolar da cerimônia nupcial contêm profundos conceitos, nos quais aparece patente mais uma vez o entrelaçamento da vida individual judaica com o destino coletivo do povo.

O matrimônio judaico é recomendado para a união de dois seres para a futura constituição da família, com a realização do cerimonial religioso do casamento. É indispensável que, no matrimônio, ambas as partes não só professem a religião judaica, mas também estejam de acordo. Os profetas recorreram ao significado do amor humano, com todo o seu teor de intimidade, universalidade e historicidade, para simbolizar as relações de Yavé com o seu povo. O rito matrimonial no judaísmo está repleto de significado simbólico. Ele tenta espalhar de mil maneiras toda a extraordinária beleza do amor-comunhão do matrimônio, que Deus santifica e abençoa.

O primeiro vínculo contratual estabelecido entre os pais da noiva e do noivo, com vistas ao futuro matrimônio dos filhos é um contrato chamado ERUSIM, onde os noivos através deste documento se declaram moralmente compromissados.

A tradição rabínica exige jejum por parte da noiva e do noivo, no dia de seu casamento. Somente após a cerimônia religiosa os recém-casados podem tomar algo. Este jejum se assemelha ao do Yom kipur, pois os noivos, após dizer as preces, são perdoados os seus pecados. O jejum dos noivos não é feito nos sábados e nos dias festivos.

No casamento judaico existe um contrato matrimonial chamado KETUBÁ, que estabelece as obrigações entre as partes, como também prevê penalidade monetária, no caso do divórcio, sendo uma antiga medida para prestigiar os direitos da mulher. A motivação verdadeira, porém, que dera origem à Ketubá, era de natureza social e moral. Pode ser encontrada no juramento solene da obrigação moral que o noivo presta diante da noiva, suas respectivas famílias e os convidados do casamento reunidos como testemunhas: ” Trabalharei por você, honrá-la-ei e manterei, segundo o costume dos maridos judeus que, em verdade, trabalham por suas esposas, as honram, sustentam e mantêm.”

A Lei de Moisés permite o divorcio, mas os legisladores puseram muitos entraves, a fim de dificultar a separação num matrimônio. O divórcio pela Lei de Moisés se faz mediante carta de divórcio que o marido entrega pessoalmente ou por intermédio de um encarregado pelo tribunal religioso, nas mãos da mulher. Esta carta denominada “Guet”, deve ser escrita em caracteres hebraicos e conter 12 linhas, valor numérico da palavra Guet, fora das duas meias linhas onde assinam as testemunhas.

A MORTE


Este é o momento mais decisivo da vida humana e o judeu agonizante é acompanhado e consolado pelos ritos de sua religião. Ele confessa as suas faltas contra Deus, como no Dia do Perdão e oferece a sua morte como um ato de Expiação. Pede a Deus que lhe conceda a vida eterna e lhe recomenda que cuide dos que ele deixa. Suas últimas palavras expressam sua confiança: “Em vossas mãos eu entrego o meu espírito”. Ele procura morrer com a solene a firmação da fé judaica em seus lábios: ”Shemá Israel, Adonai Eloheinu, Adonai Ehad”- (Ouve, ó Israel, O Senhor nosso Deus é o único Senhor).

Em quase todas as comunidades judaicas há uma associação de homens e de mulheres piedosos com a missão expressa de preparar o defunto para o enterro. Várias orações são feitas por eles, pedindo ao Deus “cheio de compaixão e de misericórdia” que admita o recém-falecido a sua presença. É costume vestir todo o judeu defunto com simples vestes brancas, porque na morte não há diferença entre rico e pobre, e todos são enterrados num simples caixão de madeira.

O serviço fúnebre é, hoje em dia, geralmente realizado num hall fechado do cemitério. Um rabino recita várias orações, por exemplo: “O Senhor deu, o Senhor retirou, bendito seja o nome do Senhor.” e assim como o Salmos 16. Quando o caixão é levado para a sepultura, dizem-se as palavras: ”Possa ele ir para o seu lugar em paz”.

Seguem-se então versículos consoladores. “Ele fez a morte desvanecer-se na vida eterna; e o Senhor Deus enxugou as lágrimas de todas as faces”. Um momento muito comovente do serviço fúnebre é a recitação do antigo Kaddish aramaico (santificação do nome de Deus) feito pelo filho mais velho ou parente mais próximo:” Possa seu grande nome ser glorificado e santificado no mundo que deve ser criado de novo e onde ele despertará da morte e ressurgirá para a vida eterna.”

Os familiares mais chegados passam os próximos sete dias de luto em casa, em oração pelo falecido. Seus vizinhos amigos cuidam de suas necessidades. Uma vela especial queima pelo desaparecido: essa vela é ainda acesa em cada aniversário de sua morte quando a família repete a oração do Kaddish por ele. No dia do Perdão e nos três dias das Festas de Peregrinação há um serviço curto e especial pelo defunto. Nas orações, a misericórdia de Deus é invocada para que Deus lhe assegure vida eterna. Após um ano de morte, uma pedra tumular é levantada no cemitério, trazendo muitas vezes, além do nome e das datas, um versículo em hebraico da Bíblia. Quando os judeus mencionam sua morte eles costumam acrescentar “possa sua memória ser abençoada”. 

 Referência Bibliográfica:

Curso de Cultura Judaica – Raízes Bíblicas do Cristianismo -
Irmã Maria Cecília Tostes Malta.
Colégio Sion do Cosme Velho - Rio de Janeiro RJ

http://www.bibliaonline.com.br

Igreja...

Igreja: Identidade e Símbolo


Grandes teólogos e biblicistas de nosso tempo escreveram a respeito da eclesiologia. Emil Brunner, Karl Barth e Jürgen Moltmann, por exemplo, deixaram letras lapidárias na história da doutrina da igreja cristã.
Brunner insistira que a essência da igreja neotestamentária era a comunhão do crente com Cristo, por meio da fé, e a fraternidade cristã no amor. O tom ácido da eclesiologia do teólogo dialético dirigia-se contra o “eclesiasticismo clerical”. Condenava ferreamente o clericalismo e a forma de poder e domínio advindos desta forma de governo cristão. Para o teólogo suíço, o Espírito Santo não cria cargos por meio dos quais o homem governa, mas serviços através dos quais o líder serve.
Outro teólogo dialético, Karl Barth, ocupou-se mais especificamente com o ministério da igreja no mundo. De acordo com Barth, a igreja efetua sua missão mediante a palavrae a ação. O primeiro termo desse binômio congrega a missão querigmática da igreja: pregação, catequese, evangelização, missões, teologia e adoração. O segundo concentra-se nas ações da igreja a favor da restauração completa do ser humano, como por exemplo, a diaconia, a intercessão, e a ação profética da igreja no mundo.
À semelhança de J. Moltmann, Barth acreditava que a igreja é a comunidade de Deus quando é comunidade para o mundo. O que justifica a existência da igreja no mundo é o cumprimento da missão que Deus a delegou para cumprir. Se a igreja não cumprir o mandato de Cristo, deixará de ser o seu corpo glorioso e tornar-se-á mera instituição. Se cumprir parcialmente sua missão, jamais desfrutará da essência de sua natureza e identidade.
Jürgen Moltmann, patrono da teologia da esperança e da teologia da cruz, justificara que a natureza e a função da igreja ocorrem no entrecruzamento de sua identidade com Cristo, na obediência à missão, na apostolocidade, e na práxis cristã nas áreas política, econômica, educacional e cultural. A igreja é agente de transformação espiritual e social.
Teólogos do quilate de A. Strong, Lewis Chafer, Stanley Horton, Charles Hodge, Wayne Grudem, entre outros ilustres brasileiros, já lapidaram a doutrina da igreja com tanta mestria que, talvez, não se justifique mais uma obra sobre eclesiologia.
Todavia, a obra que o leitor tem em mãos não é um tratado sistemático e histórico da eclesiologia. Igreja: Identidade e Símbolo é uma análise conscienciosa a respeito do termo ekklēsia nas páginas do Novo Testamento, com interface no texto hebraico do Antigo Testamento e do grego da Septuaginta. Trata-se de uma obra cujo objetivo não é substituir os manuais de eclesiologia, mas servir de leitura complementar aos estudantes de teologia interessados em conhecer o contexto, a semântica e o desenvolvimento do termo até os dias hodiernos.
O método usado e predominante nesta obra é o léxico-sintático, entretanto, quando necessário, empregamos alguns recursos do método histórico-crítico, a exegese e o Sitz im Leben Kirche (contexto vital da igreja).
Essa última abordagem iniciou-se mais concretamente com o exegeta germânico Hermann Gunkel quando aplicara aos estudos de Genesis e dos Salmos o método dosgêneros literários, Formgeschichte, ou Críticas das Formas. Nesta tarefa, além de classificar os Salmos em seus principais gêneros (hinos de louvor, lamentações nacionais, reais e messiânicos, lamentos individuais, ação de graças individuais, etc.), também inquiriu a respeito do contexto histórico, cultural e religioso do Saltério (Sitz im Leben), bem como do lugar dos salmos na vida do povo (Sitz im Volksleben).
A razão do emprego do método deve-se ao fato de que a criação de qualquer gênero literário pretende responder alguma situação específica do povo, ou ainda, atender certa necessidade da existência humana. Logo, o método é um excelente recurso ao estudo do vocabulário do Novo Testamento, pois vivifica o significado estático, gélido e impessoal dos vernáculos bíblicos.
Neste opúsculo despretensioso, também encontra-se implícito no texto algumas abordagens semióticas, baseadas na articulação entre as três camadas de sentido textual proposta pelos teóricos do discurso.
O primeiro é o semântico, que estuda as relações entre os termos e os diversos significados textuais. Nesta etapa verificamos o sentido, a morfologia intencional, e asignificação, definido por Jacques Fontanille, como o “conteúdo de sentido atribuído a uma expressão a partir do momento em que essa expressão foi isolada (por segmentação) e que se verificou que esse conteúdo lhe é especificamente inerente (por comutação)”.[1]
O segundo é o sintático, etapa que procura compreender a estrutura do termo-chave e a relação semiológica deste com o restante do texto, da oração, da frase, ou do discurso. Busca-se compreender a função e disposição da palavra no texto e da oração no período.
O terceiro é o pragmáticoque estuda o valor do signo no contexto do narrador e do leitor, bem como a forma como interpretamos e descrevemos os signos textuais. Perfazendo assim, três níveis de significação de um discurso de acordo com Algirdas J. Greimas: o fundamental, o narrativo e o discursivo.
Será evidente para aqueles que se aplicam ao estudo da semiologia que fitamos apenas alguns aspectos desses níveis da análise; não espere, por exemplo, encontrar o “quadrado semiótico” exemplificado. Porém, o leitor deve estar cônscio que ao adotarmos certos aspectos da semiologia neste estudo, não seguimos todos os pressupostos desenvolvidos pela filosofia estruturalista, principalmente quando esta nega os sujeitos e a referência extra-textual. O emprego da semiótica no estudo das Escrituras parte de minha percepção de que o futuro da hermenêutica bíblica está relacionado ao progresso dessa ciência.
Nosso objetivo ao articular esses métodos fora compreender o texto bíblico e o termo-chave de nossa pesquisa em sua dimensão lexical, cultural, bíblica e teológica com vistas à interpretação da identidade e natureza da ekklēsia neotestamentária.
Quanto à estrutura deste opúsculo, a obra está dividida em seis breves capítulos.
No primeiro, discutimos os diversos significados do termo ekklēsia no contexto secular e religioso, intermediando entre à compreensão clássica dos gregos em Homero e a religiosa dos judeus, através da Septuaginta, do Antigo Testamento, e dos livros apócrifos.
No segundo, descrevemos a distinção e relação entre a Igreja universal e a igreja local, acentuando-lhes o caráter pneumatológico e antropológico.
No terceiro, estudamos o vocábulo nas epístolas paulinas e nos Atos dos Apóstolos, com ênfase na identidade, natureza e símbolos das igrejas citadinas.
No quarto capítulo, nos ocupamos com a pesquisa do logion mateano de 16.18, incluindo uma breve pesquisa historiográfica desse perícope e sua interpretação entre os teólogos pentecostais.
No quinto, concentramo-nos nas epístolas joaninas, especificamente no problema de tradução e interpretação da identidade da igreja na segunda carta. Ousamos apresentar outra possibilidade, mas sem interesse em dogmatizar nosso ponto de vista.
No último capítulo, discutimos os vários sentidos de ekklēsia da modernidade à pós-modernidade.
Nossa sincera oração é que esta obra cumpra o propósito pela qual foi criada: atender as necessidades dos estudantes de teologia que desejam se aprofundar no sentido sincrônico e diacrônico de ekklēsia nas páginas do Novo Testamento e nos dias atuais.

Fonte: Editora CPAD

terça-feira, 25 de março de 2014

Santificação...

Santificação: Mansidão, fruto do Espírito Santo


O mais precioso fruto da santificação é a graça da mansidão. Quando esta graça reina no coração, a disposição é moldada por sua influência. Há uma contínua confiança em Deus e uma submissão da própria vontade à dEle. O entendimento apodera-se de toda verdade divina, a vontade dobra-se diante de todo preceito divino, sem duvidar nem murmurar. A verdadeira mansidão abranda e subjuga o coração e prepara a mente para a palavra impressa. Leva os pensamentos à obediência de Jesus Cristo. Abre o coração à Palavra de Deus, como foi aberto o de Lídia. Coloca-nos com Maria, como aqueles que aprendem, aos pés de Jesus. “Guiará os mansos retamente: e aos mansos ensinará o Seu caminho”.

A linguagem dos mansos não é nunca de jactância [ou vaidade, arrogância, orgulho]. Como o menino Samuel, eles oram: “Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve” [1Sm 3:10]. Quando Josué foi colocado na elevada posição de honra, como comandante de Israel, desafiou a todos os inimigos de Deus. Seu coração encheu-se de nobres pensamentos quanto a sua grande missão. Contudo, ante a intimação de uma mensagem do Céu, colocou-se na posição de uma criancinha, para ser dirigido. “Que diz meu Senhor ao Seu servo?” [Js 5:14] foi sua pergunta. As primeiras palavras de Paulo depois que Cristo Se revelou a ele foram: “Senhor, que queres que faça?”.

A mansidão, na escola de Cristo, é um dos assinalados frutos do Espírito. É uma graça produzida pelo Espírito Santo como agente santificador, e habilita seu possuidor a controlar, em todo tempo, um temperamento impulsivo e impetuoso. Quando a graça da mansidão é acariciada por aqueles que, naturalmente, são de uma disposição irritadiça e colérica, eles hão de empenhar os maiores esforços para subjugar seu infeliz temperamento. Cada dia ganharão domínio próprio, até que aquilo que é rude e dessemelhante a Jesus seja vencido. Eles se assemelharão ao Padrão divino, até ao ponto de poderem obedecer à inspirada injunção: “Pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” [Tg 1:19].

Quando um homem professa estar santificado e, todavia, pelas palavras e ações pode ser representado pela fonte impura, fazendo jorrar suas águas amargosas, podemos seguramente dizer: Esse homem está enganado. Ele precisa aprender mesmo os rudimentos que formam a vida de um cristão. Alguns que professam ser servos de Cristo têm, por tão longo tempo, nutrido o espírito de aspereza, que parecem amar o elemento profano e ter prazer em falar palavras que desgostam e irritam. Estes homens precisam converter-se antes que Cristo os reconheça como Seus filhos.

A mansidão é o adorno interior que Deus julga de grande preço. O apóstolo fala dela como sendo mais excelente e valiosa do que o ouro, ou as pérolas, ou vestidos preciosos. Enquanto o adorno exterior embeleza somente o corpo mortal, a virtude da mansidão adorna o coração e põe o homem finito em conexão com o Deus infinito. Este é o ornamento da própria escolha de Deus. Aquele que ornamentou os céus com as esferas de luz, prometeu que, pelo mesmo Espírito, “adornará os mansos com a salvação”. Os anjos do Céu registrarão como melhor adornados aqueles que se revestem do Senhor Jesus Cristo e andam com Ele em mansidão e humildade de espírito.

A filiação atingida

Há elevadas consecuções para o cristão. Ele pode sempre estar subindo a mais altas aquisições. João tinha uma elevada concepção do privilégio do cristão. Ele diz: “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus”. Não é possível à humanidade subir a uma dignidade mais elevada do que esta aqui incluída. Ao homem é outorgado o privilégio de tornar-se herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Aos que assim foram exaltados, são reveladas as inescrutáveis riquezas de Cristo, as quais são milhares de vezes mais valiosas do que as do mundo. Assim, mediante os méritos de Jesus Cristo, o homem finito é levado à Sociedade com Deus e Seu querido Filho.

Santificação: Produção natural de frutos

Aqueles que se dão ao trabalho de chamar a atenção para suas boas obras, constantemente falando de seu estado sem pecado e esforçando-se por salientar suas consecuções religiosas, com isto apenas estão enganando seu próprio coração. Um homem sadio, que está em condições de atender às vocações da vida e que, dia após dia, se dedica ao seu trabalho, com espírito alegre e uma saudável corrente de sangue em suas veias, não chama a atenção de todos aqueles a quem encontra para a sanidade de seu corpo. Saúde e vigor são as condições naturais de sua vida e, portanto, ele raramente se lembra de que está no gozo de tão rico dom.

Assim se dá com o homem verdadeiramente justo. Ele anda inconsciente de sua bondade e piedade. O princípio religioso tornou-se o motivo de sua vida e conduta, e é-lhe tão natural produzir frutos do Espírito como para a figueira produzir figos ou a roseira carregar-se de rosas. Sua natureza está tão inteiramente imbuída do amor a Deus e ao próximo, que faz as obras de Cristo com espírito voluntário.

Todos os que entram na esfera de sua influência, percebem a beleza e fragrância de sua vida cristã, ao passo que ele próprio está inconsciente desta, visto estar ela em harmonia com seus hábitos e inclinações. Ele ora pedindo luz divina, e ama o andar nessa luz. É sua comida e bebida fazer a vontade de seu Pai celestial. Sua vida está escondida com Cristo em Deus; contudo, não se jacta disto, nem parece ter disto consciência. 

Deus sorri para os humildes e meigos que seguem de perto as pisadas do Mestre. Os anjos são atraídos a eles e apreciam demorar-se ao seu redor. Eles podem ser passados por alto como indignos de consideração por aqueles que alegam exaltadas consecuções e se deleitam em tornar preeminentes suas boas obras; mas os anjos celestiais curvam-se amavelmente sobre eles e são como uma parede de fogo ao seu redor.

Por que Cristo foi rejeitado


Nosso Salvador era a luz do mundo; mas o mundo não O conheceu. Ele estava constantemente empenhado em obras de misericórdia, derramando luz sobre o caminho de todos; todavia, não chamava a atenção daqueles com quem 

Se misturava para que contemplassem Sua incomparável virtude, Sua renúncia, sacrifício e benevolência. Os judeus não admiraram tal vida. Consideravam Sua religião como sem valor, porque não concordava com sua norma de piedade. Julgaram que Cristo não era religioso em espírito ou caráter, porque a religião deles consistia em exibições, em orações públicas e em fazer obras de caridade por ostentação. Trombeteavam suas boas ações como o fazem aqueles que arrogam a si a santificação. 

Queriam que todos compreendessem que eles estavam sem pecado. Mas a vida toda de Cristo estava em contraste direto com isto. Ele não buscava nem ganho nem honra. Suas maravilhosas ações de cura eram praticadas da maneira mais silenciosa possível, conquanto não pudesse restringir o entusiasmo daqueles que se tornavam os recipientes de Suas grandes bênçãos. Humildade e mansidão caracterizavam Sua vida. E foi por causa de Seu andar humilde e de Suas maneiras despretensiosas, em tão notável contraste com as dos fariseus, que estes não O aceitaram.

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