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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS...

PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NO REINADO DE NERO

NERO CLÁUDIO CÉSAR
O Cristianismo teve seu nascedouro no Judaísmo, sendo que os primeiros cristãos, na sua maioria judeus, não criam que faziam parte de uma nova expressão religiosa, apenas criam que o Messias aguardado pelo Judaísmo já tinha vindo na pessoa de Jesus Cristo, da mesma maneira que o judeus ortodoxos não viam o Cristianismo como uma nova religião, mas uma manifestação heterodoxa dentro do Judaísmo, por este motivo os judeus foram os primeiros perseguidores  do Cristianismo. O Império Romano via esta questão como um conflito entre os judeus, e deixava para os mesmos a resolução destas questões.
Sendo Galião procônsul da Acaia, os judeus levantaram-se unanimemente contra Paulo e conduziram-no ao tribunal, dizendo: "este indivíduo procura persuadir os outros a adorar a Deus de maneiro contrária à Lei". Paulo ia abrir a boca, quando Galião retrucou aos judeus: "Se se tratasse de delito ou ato perverso, ó judeus, com razão eu vos atenderia. Mas se são questões de palavras, de nomes, e da vossa própria Lei, tratai vós mesmos disso! Juiz dessas coisas eu não quero ser". E despedi-os do tribunal.[1]

Os romanos só interviam para restabelecer a ordem quando este conflito gerava um tumulto demasiado: A cidade toda agitou-se e houve aglomeração do povo. Apoderaram-se de Paulo e arrastaram-no para fora do Templo, fechando-se imediatamente as portas. Já procuravam matá-lo, quando chegou ao tribuno da coorte a notícia: "Toda jerusalém está amotinada!" Ele imediatamente destacou soldados e centuriões e arremeteu contra os manifestantes. Estes, à vista do tribuno, e dos soldados, cessaram de bater em Paulo.[2]

Com a expansão do Cristianismo entre os gentios, estes passaram a ser maioria na cristandade, por consequência o Cristianismo faz uma ruptura final com o Judaísmo, e passa a ser considerado por Roma como uma religião independente.

O rápido crescimento do Cristianismo chamou a atenção do poder Imperial, seu conteúdo doutrinário era contrário a ordem social estabelecida, pois se negavam a participar do culto ao Imperador e aos deuses romanos, culto este considerado essencial para o bem estar do Império, adorando a Jesus Cristo como Rei Eterno, seu ensinamento de igualdade entre os homens colocava escravos e livres em igualdade, pois o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não havia dentro da igreja a divisão: senhor e escravo, os dois eram tratados de forma igual.

Suas reuniões à portas fechadas levantavam suspeitas de conspiração contra o Estado, eram acusados de incesto, de canibalismo e de práticas desumanas, a ponto de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus[3]. A saudação com o ósculo santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral.

Por estes motivos: o Cristianismo parecia um ensino desleal e perigoso para o Estado e para a sociedade. Assim, os cristãos foram acusados de anarquistas, sacrílegos, ateus e traidores. O governo, então, hostilizava o Cristianismo porque o considerava uma ameaça ao Estado supremo.[4]

Nero (37-68 d.C.), assumiu o poder em outubro do ano 54 d.C., se tornando o primeiro Imperador romano a perseguir o Cristianismo, no início de seu reinado fez várias leis que favoreciam os mais pobres e necessitados, mais gradualmente se deixou levar por suas vaidades, sendo que dez anos após assumir o reinado sua popularidade era baixa, sendo desprezado por boa parte da população e também pelos intelectuais, classe que ambicionava pertencer mesmo sem ter os dons necessários para isso.[5]
NERO

Na noite de 18 de julho do ano 64, a cidade de Roma foi consumida por um grande incêndio, que durou seis dias e sete noites, destruindo dez dos quatorze bairros da cidade, o próprio Imperador abriu seus jardins para abrigar os que haviam ficado sem refúgio. 

Os historiadores antigos não são unânimes em afirmar que Nero foi o mandante do incêndio de Roma, para o  historiador romano Suetônio (69-122d.C.), o Imperador objetivava a destruição da cidade, pois queria construir uma cidade mais moderna e bela com o seu nome: "Nerópolis" e que o incêndio foi contemplado por ele do alto da torre de Mecenas, extasiado - confessava - com a "beleza do fogo"; e cantou com a sua roupagem de teatro, A Ruína de Ílion[6], provavelmente um poema de sua autoria.
O INCÊNDIO DE ROMA
O historiador Tácio, que provavelmente se encontrava então em Roma, conta vários dos rumores que circulavam, e ele mesmo parece dar a entender a sua opinião, pela qual o incêndio havia começado acidentalmente num depósito de azeite.[7]

Em meio a desordem e ao sofrimento a população exigia que o culpado por tal catástrofe fosse encontrado e punido, então logo começou a propalar-se que o imperador, em seus desatinos de poeta louco, havia incendiado a cidade para que o sinistro lhe servisse de inspiração.[8]

Mesmo fazendo todos os esforços para inocentar-se, enquanto não encontrasse um culpado, a população continuaria suspeitando de sua pessoa. Quando o incêndio terminou, foi observado que dois dos bairros que não haviam queimado, eram zonas da cidade em que havia mais judeus e cristãos[9], então se aproveitando do clima de hostilidade já existente contra os cristãos, o imperador, por conveniência, passa a acusá-los. Suetônio afirma que Quanto aos cristãos, espécie de homens afeitos a uma superstição nova e malígna, infligiram-se-lhes suplícios.[10]

O historiador pagão Tácito (55-120 d.C) relata o que aconteceu: Apesar de todos os esforços humanos, da liberalidade do imperador e dos sacrifícios oferecidos aos deuses, nada bastava para apartar as suspeitas nem destruir a crença de que o fogo havia sido ordenado. Portanto, para destruir esse rumor, Nero fez aparecer como culpado os cristãos, uma gente odiada por todos por suas abominações, e os castigou com mui refinada crueldade. Cristo, de quem tomam o nome, foi executado por Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Detida por um instante, esta superstição daninha apareceu de novo, não somente na Judéia, onde estava a raiz do mal, mas também em Roma, esse lugar onde se narra e encontram seguidores de todas as coisas atrozes e abomináveis que chegam desde todos os rincões do mundo. Portanto, primeiro forma presos os que confessaram (ser cristãos), e  baseadas nas provas que eles deram foi condenada uma grande multidão, ainda que não os condenaram tanto pelo incêndio mas sim pelo seu ódio a raça humana. ( Anais, 15:44).[11]

Enquanto o povo gritava: Christianos ad leonem! (Os cristãos aos leões!), estes eram presos e conduzidos para as arenas.

Apesar de acreditar na inocência dos cristãos as palavras de Tácito refletem a hostilidade que a população romana tinha pelos mesmos, o historiador demonstra que o castigo imposto pelo Imperador era excessivo sendo feito não por uma questão de justiça mas para satisfazer seu próprio capricho.
Além de matá-los (aos cristãos) fê-los servir de diversão para o público. Vestiu-os em peles de animais para que os cachorros os matassem a dentadas. Outros foram crucificados. E a outros acendeu-lhes fogo ao cair da noite, para que a iluminassem. Nero fez que se abrissem seus jardins para esta exibição, e no circo ele mesmo ofereceu um espetáculo, pois se misturava com as multidões, disfarçado de condutor de carruagem. Tudo isso fez com que despertasse a misericórdia do povo, mesmo contra essas pessoas que mereciam castigo exemplar, pois via-se que eles não eram destruídos para o bem público, mas para satisfazer a crueldade de uma pessoa. (Anais 15:44) [12]

ASSISTA O TRECHO DO FILME "QUO VADIS", ONDE OS CRISTÃOS SÃO COLOCADOS EM UMA ARENA REPLETA DE LEÕES PARA A DIVERSÃO DO POVO ROMANO

O historiador cristão Eusébio de Cesaréia (263-340 d.C.) afirma que durante esta perseguição Paulo foi decapitado em Roma[13], e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, pois pediu para si esse sofrimento.[14] Para fugir da perseguição os cristãos começaram a se refugiar nas catacumbas de Roma. Embora tenha sido cruel, esta perseguição ficou restrita a cidade de Roma, não alcançando as províncias do Império.
CRUCIFICAÇÃO DO APÓSTOLO PEDRO
No ano 68 após uma revolta popular, e ter sido deposto pelo senado, Nero se suicida, seguindo então um período de desordem, tão grande que os historiadores chamam o ano de 69 "o ano dos quatro imperadores". Por fim Vespasiano pode tomar as rédeas do estado e logo o sucedeu o seu filho Tito, o mesmo que no ano 70 havia tomado e destruído Jerusalém. Em todo este período, o Império parece ter esquecido os cristãos, cujo número continuava aumentando silenciosamente.[15]

Notas:


[2] Idem, 21.30-32

[3] "Entendendo equivocadamente o significado de "comer e beber" os elementos representativos do corpo e do sangue de Cristo, o vulgo popular logo depreendeu que os cristãos matavam e comiam crianças em sacrifício ao seu Deus." CAIRNS, 1995,72

[4] NICHOLS, 2008, 42.

[5] GONZÁLEZ, 2009, 52

[6] SUETÔNIO, 2006, 309

[7] GONZÁLEZ, 2009, 54

[8] Idem

[9] Idem

[10] SUETÔNIO, 2006, 290

[11] GONZÁLEZ, 2009, 54

[12] Idem, 56

[13] História Eclesiástica, Livro 2,capítulo XXV

[14] Idem, Livro 3, capítulo I

[15] GONZÁLEZ, 2009, 57-58


Referências Bibliográficas: 

Bíblia de Jerusalém. 3ª impressão, São Paulo: Paulus, 2004.

CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos, Uma história da Igreja Cristã. 2ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.

CESARÉIA, Eusébio de. História Eclesiástica, Os primeiros quatro séculos da Igreja Cristã. 7ª ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2007.

GONZÁLEZJusto L. A Era dos Mártires, Uma História Ilustrada do Cristianismo vol.1, 1 ed. São Paulo: Vida Nova, 2009.

NICHOLS, Robert H. História da Igreja Cristã, 13ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.

SUETÔNIO, A Vida dos Doze Césares, Coleção a Obra Prima de Cada Autor, Série Ouro, vol. 32, Texto Integral, 1 ed. São Paulo: Martin Claret, 2006.

http://www.bibliaonline.com.br

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O que é a Teologia da Libertação?

O que é a Teologia da Libertação?


 
Pergunta: "O que é a Teologia da Libertação?"


Resposta: Em termos simples, a Teologia da Libertação é uma tentativa de interpretar a Escritura Sagrada através do sofrimento dos pobres. É em grande parte uma doutrina humanista. Tudo começou na América do Sul, na turbulenta década de 1950, quando o marxismo estava fazendo grandes ganhos entre os pobres por causa de sua ênfase na redistribuição da riqueza, permitindo que os camponeses pobres participassem da riqueza da elite colonial e, assim, melhorasse a sua situação econômica na vida. Como uma teologia, tem raízes católicas romanas muito fortes.

A Teologia da Libertação foi reforçada em 1968 na Segunda Conferência dos Bispos da América Latina, a qual se reuniu em Medellín, na Colômbia. A ideia era estudar a Bíblia e lutar por justiça social nas comunidades cristãs (católicas). Já que o único modelo governamental para a redistribuição da riqueza em um país da América do Sul era um modelo marxista, a redistribuição da riqueza para elevar os padrões econômicos dos pobres na América do Sul assumiu um sabor definitivamente marxista. Já que aqueles que tinham dinheiro eram muito relutantes em separar-se dele em qualquer modelo de redistribuição de riqueza, o uso de uma revolta populista (ou seja, dos pobres) foi incentivada por aqueles que trabalhavam mais perto dos pobres. Como resultado, o modelo de Teologia da Libertação estava atolada no dogma marxista e em causas revolucionárias.

Como resultado de suas tendências marxistas, a Teologia da Libertação, como praticada pelos bispos e sacerdotes da América do Sul, foi criticada em 1980 pela hierarquia católica, do Papa João Paulo pra baixo. A hierarquia mais alta da Igreja Católica acusou os teólogos da libertação de apoiar revoluções violentas e luta de classes definitivamente marxista. Esta perversão é geralmente o resultado de uma visão humanista do homem sendo codificada na Doutrina da Igreja por sacerdotes e bispos zelosos e explica por que a hierarquia católica agora quer se separar da doutrina e revolução marxista.

No entanto, a Teologia da Libertação se mudou dos camponeses pobres da América do Sul aos negros pobres na América do Norte. Temos agora a Teologia da Libertação Negra sendo pregada na comunidade negra. É a mesma filosofia humanista, marxista e revolucionária encontrada na Teologia da Libertação sul-americana e não tem mais base bíblica que o modelo sul-americano. A falsa doutrina ainda é falsa, não importa qual nome esteja ligado a ela. Da mesma forma que o fervor revolucionário foi agitado na América do Sul, a Teologia da Libertação está agora tentando agitar um fervor revolucionário entre os negros na América. Se a Igreja na América reconhecer a falsidade da Teologia da Libertação Negra como a Igreja Católica fez no modelo sul-americano, a Teologia da Libertação Negra irá sofrer o mesmo destino que a Teologia da Libertação na América do Sul, ou seja, será vista como uma doutrina falsa e humanista vestida com termos teológicos.



O JESUS ISLÂMICO...

O JESUS ISLÂMICO (PARTE III - FINAL


JESUS NA LITERATURA ISLÂMICA

A literatura islâmica que fala acerca de Jesus, pode ser encontrada na forma de provérbios e histórias que lhe são atribuídas. Da mesma forma que Jesus têm um status elevado no Corão, seus provérbios e histórias também têm no universo muçulmano.
 
Provavelmente estas histórias surgiram no primeiro século e meio da história islâmica, com o objetivo de complementar os ensinamentos éticos do Corão.

Jesus é sempre identificado como um profeta muçulmano. Algumas histórias o mostram recitando o Corão:
Disse Jesus: " filho de Adão, se fizerdes uma boa ação, tentais esquecê-la, para ela permanecer com Aquele que não a esquecerá." Então recitou o seguinte versículo corâmico: " Não esqueceremos a recompensa daquele que faz uma boa ação. Se cometerdes uma má ação, que ela permaneça bem diante de vossos olhos."(provérbio do oitavo século d.C.)
Encontraram-se João e Jesus, e João disse: "Pede perdão a Deus para mim, pois é melhor do que eu." Respondeu Jesus: " És melhor do que eu. Eu declararei que a paz esteja comigo, enquanto Deus declarou que a paz esteja contigo.." Deus reconheceu o mérito dos dois.[1] (meados do século nono d.C.)

Outras o mostram rezando a maneira muçulmana e outras o mostram peregrinando para Meca:
Jesus passou, gritando em obediência a Deus; "Eis-me aqui, vosso escravo, filho de vossa escrava, filho de vosso escravo." Perante ele passaram setenta profetas, montando camelos com cabrestos feitos de fibras, até que rezaram na mesquita de Khayf. [2] (meados do nono século d.C.)

Nestas histórias, Jesus não é apresentado de forma coerente, pois elas foram escritas em diversas épocas [3] e por diferentes correntes do Islam. por vezes revela-se tradição radicalmente asceta dos sufis[4], que adotaram Jesus como um dos seus grandes heróis espirituais:
Disse Jesus aos discípulos: "Eu gostaria que comêsseis pão de cevada e fugísseis do mundo em segurança e paz. Em verdade vos digo, a doçura deste mundo é a amargura do mundo além, e a amargura deste mundo é a doçura do mundo além. Os verdadeiros adoradores de Deus não são aqueles que vivem em conforto. Em verdade vos digo, o pior entre vós em ato é o que ama este mundo e o prefere à conduta certa. Se pudesse, faria todas as pessoas agirem do mesmo modo que ele."
Dizia Jesus: " Em verdade vos digo, comer pão de trigo, beber água pura e dormir em montes de esterco com os cães é mais que suficiente para aquele que deseja herdar o paraíso."
Jesus costumava comer folhas de árvores, vestir camisas de crina e dormir onde quer que a noite o encontrasse. Não teve filhos que pudessem morrer, nem casa que pudesse cair em ruína; não poupava o seu almoço para o jantar ou o jantar para o almoço. Dizia sempre: "Cada dia traz consigo o seu próprio sustento." (meados do nono século d.C.)
disse Jesus a seus companheiros: "Deixa-vos passar fome e sede, ficai nus e exauri-vos, para que os vossos corações conheçam  Deus Todo -Poderoso." (décimo primeiro século d.C.)

Por vezes, nestas histórias, Jesus é mostrado tendo uma atitude quietista:
Disse Jesus: " Conversai muito com Deus, conversai pouco com as pessoas." Perguntaram-lhe: "Como conversamos muito com Deus?" Jesus respondeu: "Conversai com Ele em solidão, rezai a Ele em solidão." (décimo primeiro século d.C.)

Por vezes mostra Jesus em uma situação de crítica política e social:
Jesus encontrou Satanás conduzindo cinco jumentos carregados. Jesus perguntou-lhe o que eram aquelas cargas e Satanás respondeu: " mercadoria para a qual estou procurando compradores." "Qual é essa mercadoria?", perguntou Jesus. " Uma é opressão", respondeu Satanás. "Quem compra?" perguntou Jesus. "Os governantes", ele respondeu. "E a segunda é a soberba." "Quem compra?", perguntou Jesus. "Os notáveis provincianos", ele respondeu. "E a terceira é a inveja." "Quem compra?", perguntou Jesus. "Os sábios religiosos", ele respondeu."E a quarta é a desonestidade."  "Quem compra?", perguntou Jesus. " Os agentes dos mercadores", ele respondeu. " E a quinta é a malícia." " Quem compra?", perguntou Jesus. "As mulheres", ele respondeu. (décimo quinto século d.C.)

Mas sempre será mostrado como um Jesus humano, com quem Deus fala e por quem Deus se manifesta; sempre com uma autoridade inquestionável. Em várias passagens aparece sendo chamado de "Verbo e Espírito de Deus". Aparece dando conselhos médicos, curando doentes e ressuscitando mortos, ensinando, dialogando com animais e objetos inanimados como montanhas, ossos, etc.

Muitas histórias mostram clara influência bíblica e de textos cristãos apócrifos devido a grade conversão de cristãos não ortodoxos ao Islam, no primeiro século de existência muçulmana.

Estas histórias[5], são o registro único de como uma expressão religiosa adotou a figura central de outra, vindo integra-la como participante de sua própria identidade.


CONCLUSÃO

Mesmo sendo religiões monoteístas e afirmarem possuir sua gênese no patriarca Abraão, Cristianismo e Islamismo, são incompatíveis. Mesmo havendo algum esforço para o entendimento através de diálogos inter-religiosos, uma solução rápida é improvável, pois ambas as religiões consideram a outra como sendo heresia. Para o Islamismo a Bíblia é um livro adulterado e superado pelo Corão, por mais que honrem à Jesus, este não passa de um mero coadjuvante de Muhammad. Jesus não é divino e jamais afirmou ser, sendo o Apóstolo Paulo e o Cristianismo, o inventores desta ideia.
Os cristãos tem que estar preparados para dar a razão de sua esperança, o debate abaixo mostra como deve ser o comportamento de um cristão diante a argumentação muçulmana.
 
Notas:
[1] Este João é o batista, que também possui destaque na literatura islâmica. A expressão "eu declararei que a paz esteja contigo" é uma referência ao Corão 19.33 e o próprio Deus declarando que a paz estivesse com João está no Corão 19.15.

[2] A mesquita de Khayf fica em Mina, nos arredores de Meca, a literatura islâmica também relata Moisés rezando nesta mesquita. cabrestos de fibras de palmeiras eram usados por delegações que homenageavam Muhammad.

[3] Os primeiros provérbios são do século oitavo d.C. e os mais recentes são do século décimo oitavo d.C.

[4] Os sufis eram os ermitões muçulmanos, viviam separados da sociedade e não tinham nenhum apego as coisas materiais.

[5] Existem cerca de 300 histórias muçulmanas sobre Jesus que reunidas formam o chamado "Evangelho Muçulmano."
 
Referência Bibliográfica:

KHALIDI, Tarif (org.). O Jesus Muçulmano, Provérbios e Histórias na Literatura Islâmica. 1. ed. Rio de Janeiro: Imago, 2001.

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