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sábado, 13 de julho de 2013

TEOSOFISMO

A palavra Teosofismo vem de duas palavras gregas “Theus” = Deus e sofia = sabedoria, isto quer dizer, Sabedoria de Deus.

Essa falsa religião ensina que a aquisição da Sabedoria Divina não é dada através da Bíblia Sagrada, nem por inspiração, estudo ou por revelação concedida pelo Espírito Santo. O Teosofismo crê que Deus é um Ser Impessoal identificado com a humanidade.

I.         HISTÓRICO

A origem do Teosofismo como conhecemos hoje é atribuída a Sra. Helena Petrovna Blavatski, nascida na Rússia, mas naturalizada norte-americana.

O Teosofismo teve sua origem no ano de 1875, porém as suas crenças remontam há sécu1os, originárias da Índia e do Tibete.

Era médium espírita c por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que para enganá-lo dizia chamar-se João King. Com o propósito de propagar sua nova religião Helena viajou por vários países. A princípio esteve no Cairo capital do Egito, onde tentou fundar uma sociedade espírita, mas não conseguiu. Depois foi para Nova York onde se aliou com um grupo de médiuns. Como nessa época já se começava a pesquisar as fraudes do Espiritismo, chocada com isto, coadjuvada por outras médiuns, a Sra. Helena Petrovna Blavatski, em 17 de novembro de 1875, fundou a Sociedade Teosófica.

Acompanhada do Cel. Olcott, veterano de Guerra Civil americana ela deixou os EUA em 1882 em direção à Índia a fim de penetrar no conhecimento das crenças hindus e budistas. Os princípios falsamente chamados filosóficos foram tomados emprestados das obras dos filósofos alemães.João Echart e Jacó Boheme.

Desse modo, o Teosofismo, que fora gerado do Espiritismo, cresceu de braços dados com o paganismo oriental, hindu e budista.

Com a morte de Helena, outra mulher chamada Annje Besant (1847 -1933) assumiu a liderança do Teosofismo.

A Teosofia foi principalmente difundida no Brasil através do Professor Henrique José de Souza, fundador em 1924 da Sociedade EspiritualistaDhâranâ, posteriormente denominada Sociedade Teosófica Brasileira em homenagem a Helena Blavatsky, e atualmente chamada de Sociedade Brasileira de Eubiose. Atualmente a Sociedade Teosófica internacional também opera no Brasil, sob o nome de Sociedade Teosófica no Brasil.

No Brasil a Teosofia ganhou novas frentes de estudo ao explorar o conhecimento e a história antiga dos povos nativos brasileiros. O Professor Henrique, recolhendo símbolos e arquétipos antigos formou, no início do século XX, as bases para a Teosofia Brasileira, que é a apresentação dos mesmos arquétipos através da cultura nativa e de civilizações pré-colombianas.

II.      CONCEITOS BÁSICOS

A Teosofia, segundo Blavatsky, é "o substrato e a base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, é puramente ética divina" [Blavatsky, HelenaGlossário Teosófico. Editora Ground, sem data, sem local].



Emblema da Sociedade Teosófica, sincretizando diversos conceitos básicos da Teosofia, como os ciclos cósmicos, a eternidade da vida, e a polaridade Espírito-Matéria.

Para os teosofistas este corpus de conhecimento, a Sabedoria Divina, com a ética a ele associada, é tão antigo quanto o mundo, e a rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido. Sua realidade e importância são relembradas às pessoas periodicamente, sob diversas denominações e formalizações, adequadas ao espírito de cada época, local e povo para quem é apresentado, e é o tronco vivo e eterno de onde brotam as flores do ensinamento original todas as grandes religiões do mundo, do passado e do presente [Blavatsky, Helena. O que é Teosofia].

Segundo um dos inspiradores do movimento teosófico moderno, oMestre K.H., a quem Blavatsky dizia seguir, "a Teosofia não é uma nova candidata à atenção do mundo, mas é apenas uma declaração nova de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade"[K.H. The Mahatma Letters to A. P. Sinnett - Letter 8, de 20 de fevereiro de 1881. Theosophical University Press Edition].

Considera-se que a Teosofia strictu sensu seja isenta de identificação com quaisquer culturas e sociedades específicas, sendo em vez a fonte original do conhecimento divino que verte em uma determinada cultura através dos símbolos e arquétipos próprios daquele povo. Por exemplo, a sabedoria divina foi transmitida à civilização do Egito antigo através dos símbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, possibilitando a assimilação dos conceitos divinos através desta roupagem. E como no Egito, também nas outras terras, a Grécia antiga, a Babilônia, Tibete, América, Europa e em todas as culturas, independente de terem feitocontato entre si, demonstrando que a Teosofia é uma sabedoria que se expressa e pode ser conhecida por diversas fontes.

Quando Blavatsky lançou o movimento teosófico moderno no século XIX valeu-se de uma grande quantidade de elementos da tradição religiosa Hindu, que havia estudado durante sua permanência no Tibete. Assim, sua apresentação compreende uma terminologia muitas vezes baseada no idioma sânscrito, divulgando no ocidente conceitos como Maya (ilusão), Dharma (caminho) e Mahatmas (grandes almas). Outros conceitos fundamentais, conhecidos há milênios no oriente, mas que a Teosofia popularizou no ocidente, são a Reencarnação e o Karma. Mas isso, como já foi exposto, não define a Teosofia como uma filosofia hindu ou oriental, e diversas referências de outras culturas e sistemas, como o Taoísmo, Budismo, Cabala, Cristianismo, Gnose e Hermetismo, remetem a Teosofia à sua essência divina e universal.

Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo e do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos éons.

Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé cega, ainda assim defende a Revelação, uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de atingi-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através dos mensageiros os Profetas e Santos de todas as religiões, e auxílios inumeráveis como agentes da Providência e da Justiça Divinas, e mesmo aparecendo visivelmente entre os irmãos menos evoluídos, quando os tempos o exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos corações um amor mais intenso pelo divino.

A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude. A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades.

Apesar de reconhecer a importância das religiões em estado mais puro como disseminadoras de ensinamentos importantes, não é uma filosofia teísta, se bem que possa ser descrita como panteísta, já que como um dos Mahatmas declara com rigor cartesiano, a existência de Deus como uma entidade distinta do universo dificilmente pode ser provada, mas reconhece níveis diferentes de evolução entre os seres, numa escada graduada que se ergue a alturas insondáveis [Mestre K.H. O que é Deus - A visão de um Mestre de Sabedoria (em inglês)].

III.   ENSINOS DO TEOSOFISMO

A respeito de Deus. Ensina que Deus é impessoal e que a Trindade de Deus é de nomes apenas. É constituída de força, sabedoria, e atividade. Ensina também que Deus é constituído de uma quarta pessoa, essa, porém feminina. Trata-se da matéria que ele se Utiliza para manifestar-se.

1.   A respeito de Jesus Cristo.
Firmada na lei do carma, o teosofismo dá uma origem remotíssima a humanidade. Dizem que a humanidade atual é a quinta sub-raça, dando dezoito milhões de anos a humanidade. Dizem eles que cada sub-raça presta a humanidade uma contribuição especial. A contribuição da sub-raça atual é prover o “'Homem Intelectual”. A próxima sub-raça será o “Homem Espiritual”.

Ao iniciar-se cada sub-raça, surge um “Cristo”. Noutras palavras o supremo-mestre encarna em alguém. Por conseguinte a atual sub-raça-trono-ariana já teve até agora cinco “Cristos”, que foram:
- Buda na Índia: (primeira sub-raça).
- Hermes, no Egito (segunda sub-raça).
- Zoroastro, na Pérsia (terceira sub-raça).
- Orfeu, no Egito (quarta sub-raça).
- Jesus, na Palestina (quinta sub-raça).

Segundo o ensino teosófico o mundo está vivendo a sexta sub-raça no novo milênio, isto é, estamos entrando numa “Nova Era”, que segundo o teosofismo é a “Era de Aquários”.

Ora, a sexta sub-raça está para surgir (segundo os teosofistas) e isto significa que teremos mais um “cristo”. E dizem mais, que este novo “cristo” será muito mais poderoso que Nosso Senhor Jesus Cristo, isto porque será o “cristo” da sub-raça espiritual.

Messias na forma grega “Messiah”; Que quer dizer Cristo. Cristo ou Messias é o Filho de Deus o enviado. De origem hebraica Messias significa “ungido”.

“Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo)” (João 1.41). “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas” (João 4.25).

Quando falamos do religioso, estamos tratando do espiritual do invisível. Portanto, devemos levar a sério aquilo que falamos ou escrevemos. Quando criamos uma teoria ela deve ter critérios concretos e absolutos para darmos créditos todavia também no espiritual. Se não temos bases concretas são apenas filosofias. Para termos um ensino correto e verdadeiro, nada melhor do que usarmos a Bíblia Sagrada a Palavra do Criador.

O que Jesus diz a respeito dos outros Cristos?
“Todos quantos vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouvirão” (Jo 10.8). Aqui Jesus trás uma advertência aos Seus discípulo a com respeito a a todos os cristos que O antecederam e os chama de ladrões e salteadores, ou seja, de falsos cristos.

Mas o que Jesus diz com respeito ao Cristo da Nova Era e que está sendo esperado por muitos nestes últimos dias?

“Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais, mas se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).
O Mestre Jesus, explica que veio em nome do Pai a primeira pessoa da Trindade, o Deus Jeová, mas os judeus não o receberam e o crucificaram. Mas na parte b deste versículo Jesus diz: “Se outro vier em seu próprio nome a esses aceitaríeis”.

Outro se refere ao “cristo” da Nova Era. Como saberemos quem é o verdadeiro Cristo? Precisamos dados concretos para provar quem é realmente o verdadeiro Messias. Portanto precisamos estar fundamentado nas Santas Escrituras para não sermos enganados.

E chegando Jesus as partes Cesaréia de Felipo, interrogou os seus discípulos dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que Eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo. E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque tu não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está nos céus.

“E vós quem dizeis que Eu sou? Os discípulos tinham recebido uma vocação especial de seguir a Cristo (Mt 4.18-22); presenciaram milagres (Mt 8.14-27); fizeram uma viagem missionária (Mt 10.5-15); recebiam muitas instruções em particular (Mt 13). E agora precisariam responder ao próprio Cristo quem Ele era. Portanto, Pedro, falando em nome dos doze e pela revelação de Deus, reconhece Jesus como o “Cristo”, ou seja, o Messias, o Salvador do mundo o Filho de Deus.

Talvez você ainda não conheça Jesus, e quem não conhece certamente terá dúvida se realmente Ele é o verdadeiro Messias ou não. Somente Jesus é o verdadeiro Messias, pois Ele foi o enviado de Deus (Jo 3.16), aquele que morreu e ao terceiro dia ressuscitou (Mt 28; Mc 16.6; Lc 24.39-43; Lc 24.39-43; Jo 2.1,12-14; 1ª Co 15.4-7; Rm 4.24; 1ª Pe 1.21).

O Teosofismo afirma que Jesus e Cristo são pessoas distintas e que Cristo usou o corpo de Jesus quando este abandonou o seu corpo. Que estamos na iminência do surgimento de um novo Cristo que irá surgir com a próxima sub-raça (a sexta) e que este Cristo será muito mais poderoso e irá reunir todas as religiões numa só. Ensina ainda que todos os homens, pela evolução, serão Cristos, todo homem é um Cristo em potencial.

2.   A respeito do homem.
Ensinam que o homem tem dois corpos, um material e outros espiritual. O espírito é constituído das mesmas pessoas da Trindade. O corpo natural teria quatro partes, isto é:
a) Corpo Físico -duplamente constituído, porém, não detalha estas duas partes.
b) Corpo astral -ao qual estão afetos, as emoções e os desejos.
c) Corpo mental -que se ocupa do pensamento. Crêem que o corpo mental pode habitar no mundo mental que é o céu. Esse mundo habitado pelos “devas” (palavra hindu e brâmane) que significa anjos. Daí chamarem o mundo mental de: “devacham”, isto é, lugar dos devas. Desse modo no teosofismo os anjos são espíritos que se aperfeiçoam no mundo astral. Para os teosofistas adiantados o meio de alcançar a perfeição é a prática do voguismo e outros.

3.   A respeito da reencarnação.
“Reencarnação” na linguagem teosófica é chamada “Carma”. É a palavra hindu e brâmane para exprimir a Lei de causa e Efeito. A lei do “Carma” ensina o seguinte: as ações e intenções atuais do homem são feitos daqueles que o procederam e causa das que se seguirão. Firmado nessa crença, o homem pode operar sua salvação com uma certeza matemática mediante o aperfeiçoamento crescente de cada vida que passar aqui. Em busca de apoio espiritual nas Escrituras à lei do Carma, erroneamente lança mão de passagens como Gálatas 6.7 e João 9.2.

IV.   ACERCA DA RAÇA HUMANA

O Teosofismo ensina que o homem é um fragmento divino e seu destino final é voltar para Deus do modo permanente. Isto se chama: NIRVANA, ou seja, o fim das reencarnações. Na linguagem teosófica são os homens divinos, feitos, e perfeitos. São chamados “mahatmas” que significa mestres sábios. Os mahatmas podem viver sempre no céu, mas podem também habitar nos “montes sagrados” do Tibete. Isso fazem para auxiliarem na evolução da humanidade. Um mahatma pode também encarnar-se num teosofista proeminete. Toda sabedoria oculta do Teosofismo deriva desses mahatmas. Há um chefe acima de todas os Mahatmas chamado “Supremo Mestre”. Quando este se encarna, temos um Cristo. Assim sendo, de acordo com o ensino teosófico, todo homem é um Cristo em potencial.

Firmado na lei do carma, o Teosofismo dá à humanidade uma origem remotíssima e pontilhada de detalhes portentosos para impressionar o povo crédulo e sem fé na Palavr de Deus.

REFUTAÇÃO BÍBLICA

1        Grande parte da refutação bíblica que se dá ao Espiritismo, aplica-se de igual modo aqui. Mas aqui estão mais algumas, apropriadas para refutar o ensino teosófico.
2        O teosofismo tem seus fundamentos em princípios oriundos das religiões e filosofias pagãs do oriente, e não nas Escrituras Sagradas (Cf. Is 2.6).
A entrada no reino dos céus não é pela reencarnação ou lei do Carma (MT 7.21; Jo 1.12-13), mas pelo novo nascimento (Jo 3.3).
3.        Mahatmas e Cristos habitam no Tibete, não passa de descabida invenção de ímpios alienados de Deus (Mt 24.24-26).
4.       É Deus quem liberta o homem dos pecados e não da lei do Carma (Is 1.18; 1ª Jo 1.9).

Está bem claro que o Teosofismo tem por base doutrinas de demônios, de acordo co o que escreveu Paulo em 1ª Timóteo 4.1. Este texto bíblico registra que nos últimos tempos surgirão essas “filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 1.8), “filosofias” disseminadas por homens ignorantes do fato de que em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

Agradecemos a Deus pelo fato de por sua graça, revelada em Jesus Cristo e através da sua Palavra, guardar-nos do embuste do Teosofismo, e fazer-nos perfeito no seu Filho, Ele “que é a cabeça de todo o principado e potestade” (Cl 2.10).

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Ungido do Senhor!

Quem é o ungido do Senhor? Esta doutrina é amplamente defendida como a base para fortalecer o respeito e a obediência aos lideres ou especificamente aos pastores da igreja. Eu mesmo pregava com muita convicção esta doutrina num sentido bem restrito, mas após muitos acontecimentos vividos e observados em outras vidas, comecei a questionar as motivações dos que utilizavam este tema bíblico. Quando digo restrito, quero dizer da forma que eu aprendi. A forma que eu aprendi talvez tenha a forma que muitos aprenderam, especialmente porque em minha igreja na adolescência, o pastor era muito enérgico e não admitia qualquer tipo de opinião contrária a ele. Na verdade as pessoas tinham medo de ir contra as convicções ou opiniões do pastor. Por causa disto a doutrina do “ungido de Deus” era amplamente ensinada como uma forma de impedir qualquer tipo de discordância. Isto não significa que era um pastor ruim, pelo contrário era um homem de Deus, muito zeloso, e muito dedicado ao cuidado do rebanho, além de demonstrar um caráter fiel aos padrões cristãos. Verifico que infelizmente muitos líderes da igreja têm motivações erradas ao aprofundar no tema “autoridade da liderança”. Também verifico que muitos não querem confrontar o erro na liderança, pois para eles isto significaria estar dizendo que o líder é um mau líder, ou que estariam indo contra o próprio Deus. E muitos líderes acham que se forem confrontados, isto significaria o fim de sua autoridade sobre o rebanho, e ainda que os liderados estariam assumindo uma atitude rebelde. Se a repreensão aos lideres fosse não permitida por Deus, nunca poderia ser colocado na Bíblia Sagrada que Paulo repreendeu publicamente a Pedro, e ainda relatou em sua carta para que toda igreja ficasse sabendo, e que fez isto porque Pedro já era um homem repreensível (Gálatas 2:11 - E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.). Será que nós, os pastores somos repreensíveis, e já chegamos ao nível que Pedro chegou? Vemos claramente que pastores, e até apóstolos podem ser repreendidos, e seu erro pode ser usado como exemplo para ensinamento da igreja. Pedro e todos os homens de Deus da Bíblia são usados por Deus como exemplos dos acertos e dos erros. Deus não esconde os erros dos seus servos na Bíblia, Ele os expõe para mostrar como estes homens usados por Deus são comuns como qualquer homem. Eles não são especiais, são normais, e são necessitados como qualquer homem. Lendo a Bíblia vemos os homens de Deus sendo corrigidos por seus pais, por parentes, por profetas, por inimigos, pelo povo de Deus e pelos povos do mundo, até mesmo por um animal. Martinho Lutero defendeu o sacerdócio universal na igreja, e isto deveria ser lembrado constantemente.
Como tenho costume farei perguntas para sua própria análise pessoal. Faço isto, e não respondo todas as perguntas, pois acredito que a unção de Deus é disponível para cada cristão, e não precisamos de intermediários para que Deus nos fale suas verdades, mesmo que Deus use seus dons para nos aperfeiçoar. Por que alguns líderes usam este tema como um amparo para seu autoritarismo ditatorial? Ou para silenciar os que discordam de sua autoridade ou de sua liderança? Ou para impedir que os liderados verifiquem e investiguem como é seu procedimento moral, social, espiritual e financeiro? Ou ainda para justificar a impossibilidade de “membros comuns” ou como diria o catolicismo, “leigos”, corrigirem, admoestarem, disciplinarem e delatarem os erros do líder? Existem na igreja “membros comuns” e “membros especiais”, ou “clérigo e leigo”? Existem duas classes na igreja?
Então vamos estudar este tema em duas partes: O Sacerdócio Universal e a Autoridade da Liderança. Neste primeiro texto vamos ver o Sacerdócio Universal, que foi restaurado e amplamente pregado após a Reforma Protestante. Na verdade para entender esta realidade, nós temos também que lembrar a doutrina criada na igreja, durante o período que a igreja estava dominada pelo sistema católico apostólico romano.
O Sacerdócio Universal é um tema amplo, mas foi uma das bases da revelação que Martinho Lutero e todos reformistas se embasaram quando lutaram pela reforma da igreja. O objetivo inicial era que a igreja dominada pelo sistema católico fosse reformada, mas infelizmente o sistema era mais forte que o desejo de descobrir e amar a verdade. O sistema manteve seus “dogmas”, ao invés de estar disposta a reconhecer as verdades bíblicas. Infelizmente os sistemas ou organizações que dominam a igreja podem tornar-se tão fortes e inflexíveis que não tolerem mudanças, ou reconhecimento do erro. Isto ainda acontece até nos dias de hoje, inclusive em muitas denominações evangélicas. Muitos esquecem que a Igreja é um Corpo, não uma Organização, e Corpo é um organismo mutante, ou seja, o corpo cresce, modifica, se adapta ao meio, precisa de cuidados, pode enfermar, precisa ser alimentado, precisa ser cuidado, precisa de novos cuidados à medida que os anos passam, a roupa precisa de mudar de acordo com o crescimento do corpo e de acordo com a estação do ano. Esta alegoria pode nos fazer pensar muito sobre a necessidade de haver mudanças na estrutura e vida da igreja.
A igreja após terceiro século começou a se estruturar dentro de uma realidade política que era o império romano. A cultura romana e judaica formou as estruturas e modus vivente da igreja. Aos poucos a liderança da igreja foi tomando uma autoridade parecida com o império romano. A idéia de ter um líder máximo assim como o império que tinha seus imperadores, foi tomando conta da crença geral. A autoridade máxima foi sendo criado embasado numa doutrina que colocava a primazia do apóstolo Pedro sobre todos os outros apóstolos. A idéia que Jesus teria colocado Pedro como a Pedra, foi tomando conta de toda liderança da igreja nascente num sistema hierárquico. No passado não existia esta hierarquização, pois a liderança era de uma forma mais judaica, que seguia um sistema mais congregacional. Sem entrar aqui na discussão da melhor forma ou da forma que seria bíblica, podemos constatar historicamente que a igreja criou um sistema hierárquico que estratificou a liderança e distanciou a liderança dos liderados. Esta distancia foi aumentando a ponto de se criar duas classes na igreja, o clero e o laicato. Esta divisão não é vista no Novo Testamento, e não existe nenhum texto que pode colaborar com esta idéia, apesar da doutrina papal que é discutível e negada pela igreja reformada. A igreja católica foi buscar no Velho Testamento a base para criar duas classes: o Sacerdócio e o povo. No Velho Testamento esta realidade é clara, e real. O Sacerdócio era inclusive passado de pai para filho, era herdado, e não somente uma posição social. Se buscarmos o Sacerdócio do Velho Testamento, o sacerdócio de Arão, temos que também trazer a “herança familiar”, e o sangue apenas dos filhos de Arão, e gentios nunca poderiam fazer parte deste sacerdócio. Como explicar esta realidade, mas ao invés de tentar explicar, é apenas espiritualizado, sem dar muitas explicações. O livro de Hebreus é claro ao falar que Jesus é do sacerdócio de Melquisedeque, que era maior que Abraão, do qual saiu Arão (Hebreus 5:10 - Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque). O Sacerdócio de Melquisedeque é claramente um sacerdócio espiritual, pois como diz a Bíblia, Melquisedeque era sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre (Hebreus 7:3). Como Melquisedeque não era sacerdote porque era filho de algum homem, e seu sacerdócio não se baseava em fatos físicos e humanos, o novo sacerdócio é o sacerdócio que a igreja tem. Assim como Jesus que não era da família de Arão, nem da tribo de Levi, nós a Igreja somos “feitos” semelhantes ao Filho de Deus. Na verdade, nós, a Igreja, por meio do novo nascimento somos feitos Filhos de Deus, e participantes da vida e do ministério de Cristo. O sacerdócio de Melquisedeque é o sacerdócio da Igreja, um sacerdócio baseado na herança espiritual, na ligação sacerdócio e realeza, pois Melquisedeque era sacerdote e rei da cidade da Paz, que espiritualmente mostra a realeza da igreja. O sacerdócio de Arão no Velho Testamento é uma figura do sacerdócio verdadeiro, por isto não pode ser usado como modelo em todos seus aspectos, pode ser usado como figura ou sombra do verdadeiro sacerdócio. Não precisamos usar as mesmas roupas que eles, não precisamos criar um grupo especial. Na verdade o sacerdócio na Igreja é a manifestação da Igreja como sacerdote de Deus na terra, e cada ser humano que nasce de novo, e torna-se Igreja, começa a fazer parte do sacerdócio de Melquisedeque. A divisão que existe na terra é entre a Igreja e o mundo, os sacerdotes de Deus e o povo do mundo que pode ser parte deste sacerdócio, por meio da conversão a Cristo Jesus. O sacerdócio da Igreja não é fechado, como o de Arão, é aberto e convidativo para todos. A divisão criada pela igreja católica é antibíblica e promove a divisão no Corpo de Cristo, afastando os lideres dos liderados. Entretanto esta realidade é uma herança pagã que está na estrutura e na crença de muitas igrejas do Senhor Jesus. Muitas igrejas pós-reforma mantêm esta doutrina separatista, distanciando os lideres ou pastores ou o episcopado dos liderados. A própria ênfase distorcida do ensino sobre o “ungido do Senhor” já é uma manifestação desta doutrina católica que ainda sobrevive, mesmo depois da advertência e ensino dos reformadores do período chamado Reforma Protestante.
Vejamos a base do sacerdócio universal, além do texto de Hebreus que fortalece o sacerdócio de Melquisedeque como o sacerdócio de Jesus e da Igreja. O apóstolo Pedro mostra o sacerdócio da Igreja em I Pedro 2:9 que diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” É interessante ver Pedro afirmando que somos um “sacerdócio real”, sabemos que Melquisedeque era sacerdote e rei. Pedro também afirma que somos uma “geração eleita”, ou uma geração espiritual não natural ou de uma geração de carne e sangue, esta geração também é eleita, pois depende de uma decisão, que somente nós podemos fazer por meio de nossa aceitação do Senhorio de Jesus. Pedro também afirma que a Igreja é “nação santa” e “povo adquirido”, mostrando várias realidades espirituais que não vamos abordar aqui, mas vamos apenas citar alguns aspectos: a Igreja tem uma “terra de domínio e hospedagem”, tem uma “língua própria”, tem “um governo”, tem uma “forma de viver” (cultura própria), tem um “nome comum”, tem uma “origem comum”, além de outras realidades comuns.
Pedro afirma que a Igreja é um sacerdócio, e nenhum lugar no Novo Testamento, os apóstolos ou o Senhor Jesus disse que existe uma classe superior de sacerdotes. Todos são sacerdotes diante de Deus, a Igreja é um povo de sacerdotes reais. Portanto a idéia que a liderança é especial, é mais privilegiada que o restante do povo de Deus, é uma mentira e um grande engano. Todos os cristãos são iguais diante de Deus, e não existe uma preferência de Deus por um grupo de lideres, ou de ungidos. Todos nós, Igreja, somos “ungidos” de Deus com a mesma unção. O apóstolo João diz em I João 2:20: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo”; e também diz em I João 2:27: “E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”. A unção de todo cristão é igual, e não existe uma unção maior que a do outro, existem dons e ministérios diferentes. E cada um que cumprir seu chamado divino terá os mesmos galardões no céu, os galardões não serão especiais para lideres, e maiores, pois são lideres. Um intercessor que não aparece na Igreja, muitas vezes, ou alguém que pratica hospitalidade e boas ações poderá ter o mesmo galardão, ou até maior, que um líder de projeção na Igreja. Deus nivela todos da mesma forma que Ele faz com ‘dízimos’, veja todos dão o mesmo valor, se são fiéis naquilo que recebem de Deus. Todos que dão dízimos dão dez por cento (10%), e este valor é igualitário. O dízimo de um milionário é para Deus o mesmo valor que o dízimo de um trabalhador que ganha o salário mínimo. Cada um recebeu de Deus talentos, e no valor que recebeu, será o valor que será cobrado. Os textos de I João falam da ‘unção’ que todos os cristãos tem, e esta unção é igual, mas é somente para os que são a Igreja. Os que não são Igreja, ou aqueles que não nasceram de novo não tem esta unção. Então todos os cristãos são os sacerdotes e tem a unção de Deus, portanto todos os cristãos são “ungidos do Senhor”. E Deus adverte em I Crônicas 16:22: “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”.

O Ungido do Senhor – parte 2

Esta segunda parte do tema “autoridade da liderança”, que intitulamos: “O Ungido do Senhor”, vamos ver sobre a ‘unção’ que o sacerdócio recebia. O texto final da primeira parte é I Crônicas 16:22: “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”, e este texto é o mais usado pela liderança para afirmar a tese de que ninguém pode ‘tocar’ os lideres. Mas somente os lideres são os ungidos de Deus? Vamos começar estudando sobre unção.
Em Êxodo 25:6 diz: “Azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso” e em Êxodo 29:7 diz: “E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás”. Encontramos no Velho Testamento a figura utilizada por Deus para demonstrar a realidade espiritual que é a “unção”. A unção é o derramamento de óleo ou azeite sobre a cabeça de alguém. Esta cerimônia era uma forma de demonstrar que o “ungido” estava recebendo algo. Mas o que estava recebendo?
O Primeiro objetivo da unção está em Êxodo 29:21 que diz: “Então tomarás do sangue, que estará sobre o altar, e do azeite da unção, e o espargirás sobre Arão e sobre as suas vestes, e sobre seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; para que ele seja santificado, e as suas vestes, também seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele”. Este texto mostra que a unção tem objetivo de “santificar”, mas o óleo da unção está agora ligado ao sangue. O Sangue e o Óleo de unção estão juntos na purificação do sacerdote. Isto nos leva ao Novo Testamento lembrando que o sangue do Cordeiro de Deus que é Jesus junto com o óleo ou a unção do Espírito Santo são a nossa salvação e purificação. Como sacerdotes, somente seremos sacerdotes se tivermos o sangue de Jesus purificando nossas vidas, mas também precisamos do óleo da unção. Em Êxodo 40:9 temos a confirmação do objetivo da santificação: “Então tomarás o azeite da unção, e ungirás o tabernáculo, e tudo o que há nele; e o santificarás com todos os seus pertences, e será santo”.
Depois encontramos o segundo objetivo da unção em Êxodo 40:15: “E os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações”. Este é o objetivo mais reconhecido para a unção, mas sem a santificação que é a separação para “uso exclusivo de Deus”, não existe sacerdócio. Encontramos neste texto o objetivo da administração, ou seja, do ministério. A unção também tem o objetivo de capacitar de forma espiritual uma pessoa para uma função no sacerdócio. Como nosso sacerdócio é nossa vida em serviço do Senhor Jesus, todo ministério que um cristão exerce é o exercício do ministério. Para todo cristão poder exercer o ministério que Deus concedeu para ele, é necessária a unção, assim como os sacerdotes no ministério de Arão.
O terceiro objetivo que muitas vezes não é muito percebido nos textos sobre unção, mas é muito reconhecido está em Levítico 21:12: “Nem sairá do santuário, para que não profane o santuário do seu Deus, pois a coroa do azeite da unção do seu Deus está sobre ele. Eu sou o SENHOR”. O texto diz que a unção é uma coroa, e coroa está ligado a reinado. Aqui encontramos a menção do “sacerdócio real”, que foi colocado sobre a Igreja. O objetivo de representar ao Senhor é um dos maiores objetivos da unção que recebemos de Deus, como sacerdotes. Somos os representantes do Santuário, somos os enviados para o mundo. Somos os ‘ungidos’ enviados para intermediar, ou para levar o povo do mundo ao encontro de Deus, através da pessoa de Jesus. Recebemos a unção para representar a Deus nesta terra, este é nosso testemunho e nossa pregação.
A unção tem muitas bênçãos, mas uma que toda Igreja deve sempre lembrar é a que está em Isaías 10:27: “E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção”. Todos que tem a unção podem ter seu jugo despedaçado, e isto é cumprido na Igreja por meio de Jesus, pois ele diz: “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).
No Novo Testamento esta unção é o derramamento do Espírito Santo, que também aparece no templo de Jerusalém como o óleo que alimenta a lâmpada do Senhor. Temos o termo ‘unção’ no Novo Testamento em I João 2:20 e em I João 2:27. Nos dois textos vemos a unção que tanto era conhecida pelos judeus, como a ‘unção’ dada a Igreja. Em I João 2:20 diz: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo”, e em I João 2:27: “E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”. A Igreja é ungida por Deus, assim como os sacerdotes eram ungidos no tempo da lei. A Igreja tem a purificação, a administração e a coroa que a unção do sacerdócio capacitava aos sacerdotes da lei. A Igreja é o sacerdócio constituído por Deus para ministrar na terra nestes dias, e todos os cristãos são “ungidos do Senhor”.

O Ungido do Senhor – Parte 3

Nesta terceira parte do tema “autoridade da liderança” que estamos estudando, agora de fato vamos falar sobre a relação do “ungido do Senhor” e a liderança. O texto mais usado para relacionar o “ungido do Senhor” com a liderança da Igreja é I Crônicas 16:22: “Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”. Também encontramos em Salmos 105:15, o mesmo texto que diz: “Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas.” No texto de Salmos fica claro que os “ungidos” e os “profetas” estão ligados ao povo de Deus, pois o contexto é claro nos versículos de 12 a 14. Encontramos, entretanto, uma diferença destacada no texto os que são os “ungidos” e os “profetas”. Sabemos que todos os profetas são também “ungidos”, principalmente num contexto da Igreja. Então entre os ‘“ungidos” podemos encontrar os “profetas”, que no período da Igreja, podem ser chamados de “pastores”, ou os cinco ministérios do Corpo de Cristo. Sei que existe um dilema que não abordarei neste artigo, sobre a função do episcopado e dos ministérios fundamentais, mas mesmo considerando um ou outro pensamento, podemos identificar os “profetas” como a liderança espiritual de Israel, e neste conceito, podemos considerar os pastores (presbíteros, bispos) e os ministérios fundamentais (apóstolos, profetas, mestres, evangelistas e pastores) como a liderança espiritual da Igreja. O ensino específico para os profetas ou a liderança da Igreja é a advertência de “não fazer mal para eles”, mas os “ungidos” que são todos os filhos de Deus, nascidos de novo (Igreja ou Povo de Deus) e que incluem toda liderança espiritual a Igreja, o ensino é “não toqueis”. Os profetas ou liderança espiritual da Igreja devem temer “tocar” os “ungidos”, da mesma forma que todos os outros “ungidos”, que são toda a Igreja, devem temer “tocar” na liderança, mas com um acréscimo, que é “não fazer mal para eles”.
O “Não Toqueis” é uma advertência para toda a Igreja, tanto para quem “toca”, quanto para quem é “tocado”. Mas o que é “tocar”? Colocar a mão na pessoa seria um entendimento literal, mas o contexto demonstra que este “tocar” tem um sentido mais amplo. É óbvio que o texto não está proibindo tocarmos fisicamente um “ungido”, mas “tocar” com um sentido de agressão. A palavra hebraica no texto original dá o sentido de “tocar” como: “ferir”, “alcançar e agredir”, o que demonstra que Deus alerta a qualquer pessoa, que o povo dele não deve ser agredido fisicamente, pois isto trará conseqüências contra quem fizer isto. No contexto dos dois textos citados, a maior ênfase é a agressão física, que era comum quando o povo de Deus, Israel, reagia de forma negativa à vida de santidade dos ungidos e as palavras proféticas dos profetas. Esta reação incluía matar, espancar, apedrejar, aprisionar, e no caso dos profetas era maltratar de forma exemplar. Os profetas eram mais maltratados, pois eram usados por reis, por lideres, ou pelo próprio povo como um exemplo, e porque principalmente eles eram os que manifestavam em palavras as admoestações de Deus. A agressão física não tem sido comum no mundo da Igreja “livre”, mas no mundo da Igreja “perseguida”, a agressão física é mais comum. Muitos dos ungidos do Senhor têm sido “tocados” e profetas “maltratados” no mundo hoje. Alguns violentados, espancados, queimados vivos, torturados, aprisionados, deixados passando fome e frio, e mortos. Estas muitas formas de “tocar” os “ungidos do Senhor” eram mais comuns na época em que a lei viva sobre a tutela do “olho por olho” e “dente por dente”. Hoje muitos da Igreja do mundo “livre”, que tem muita pressão da perseguição com agressões físicas, não conseguem entender a realidade de que a Igreja é odiada pelo sistema do mundo, por Satanás e seu reino, e por todos que não desejam a santidade de Deus, mesmo dentro da Igreja. Por isto é comum muitos quererem levar a palavra “toqueis” para um sentido apenas psicológico e não físico. A palavra está mais ligada à agressão física, mas sem dúvida uma agressão psicológica pode ser considerada “ferir e alcançar para agredir”, pois nosso corpo é fisicamente afetado por “agressões psicológicas”, e muitas vezes podem produzir “feridas” muito maiores que as físicas.
Diante da realidade do contexto, não deveríamos usar de forma tão ampla e comum o texto para amparar a doutrina de autoridade da liderança. Existem outros textos que mostram o respeito e a submissão a liderança, mas infelizmente este texto tem sido usado para amparar a autoridade de lideres da Igreja que abusam de seu poder para dominar e abusar, ou até “tocar” os “ungidos” de Deus com seu domínio abusivo.
Em Zacarias 4:14 encontramos a mesma palavra hebraica para “ungidos” que diz: “Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra”. Neste texto vemos mais uma característica do “ungido”. Estes dois “ungidos” são como “vasos” ou “vasilhas” comunicantes. Que os “ungidos” sejam canais de unção do Altissimo.
Um último fator que gostaríamos de considerar, é que os textos da Bíblia são escritos primeiramente para o próprio povo de Deus. Então este alerta tem sido principalmente para a Igreja que não deve “tocar” os “ungidos” e não deve “maltratar os profetas” ou a liderança espiritual da Igreja. O Senhor Deus não faz acepção de pessoas e não tem um grupo especial que Ele trata de forma mais cuidada no Corpo de Cristo, ou no Povo de Deus. Deus tem o mesmo amor por todo membro da Igreja. Um líder não é maior do que um liderado, mas o líder tem uma função diferente, que merece o respeito e a submissão dos liderados. Entretanto “discordar”, “questionar”, “denunciar erros”, e “não obedecer a todas as ordens”, não significa em todos os casos como rebelião, ou desrespeito a liderança. Muitos lideres usam os textos estudados para “calar”, para impedir os liderados de ter opinião diferenciada, de impedir que liderados possam denunciar os erros dos lideres, de questionar para sanar suas dúvidas. Mas também devemos lembrar que quando falamos que estes textos não são a maior forma de provar a autoridade da liderança, mas apenas uma parte desta realidade espiritual, eu não quero aprovar as atitudes de “maltrato” que muitos no povo de Deus têm promovido contra sua liderança. A liderança da Igreja deve ser amada e cuidada, e isto pode incluir corrigir a liderança, mas como se corrigisse um “pai”, com respeito e amor.
Então não vamos “tocar” ou “maltratar”, vamos amar, dando toda liberdade que a Graça concedeu ao Povo de Deus, e toda submissão que o Senhorio de Cristo exige de sua Igreja. Lembremos sempre que obediência plena nós temos apenas para com o Senhor, mas a submissão é devida a todos os que são autoridade sobre nós, começando pelos pais. Submissão é sob a missão.

A IGREJA DA UNIFICAÇÃO - MOONISMO

MOONISMO - A IGREJA DA UNIFICAÇÃO

“Igreja da Unificação” é o nome da “Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial”, fundada em Seul, Coréia, em 1954 por SUN MYUNG MOON, e estabelecida na América em 1973.

Essa seita é também identificada em todo o mundo por diversas frentes, incluindo: One World Crusade; International Cultural Foundation; Creative Community Project; D.C. Striders Track Club; Colegiate Association for the Reserch of Principles (CARP); e muitas outras.

É uma seita que se espalha rapidamente em todo o mundo. Atualmente há muitas tentativas de fixar definitivamente o culto no Brasil. Da parte de muitos críticos, há uma associação bem grande entre o relacionamento de Moon com os seus seguidores e os fanáticos da Guiana em seu relacionamento com seu líder, Jim Jones. Têm os mesmos princípios, como veremos adiante.

I.     HISTÓRICO

De repente, apareceu um homem dizendo-se apto para trazer “novas esperanças” e “uma nova era”. Sun Myung Moon, evangelista, milionário, industrial e fundador da Igreja da Unificação. Nascido na Coréia do Norte em 1920, de pais presbiterianos, Moon começou pregando coisas extraordinárias quando tinha 12 anos. Afirma que em 1936 estava orando num monte quando Jesus Cristo apareceu e lhe disse que havia sido selecionado para uma grande e importante missão. Moon relata que foi chamado para assumir a tarefa de completar o cristianismo inacabado.

Moon afirma que durante nove anos que se seguiram à “revelação”, uma séria de “princípios” lhe foi revelada, o que resultou em sua capacidade de entender claramente a natureza do universo, o significado real da história e a interpretação “real” das parábolas e símbolos bíblicos.

A revelação foi recebida progressivamente através da oração, estudo de todas as escrituras religiosas, meditação, comunicação espiritual com algumas pessoas como Jesus, Moisés e Buda, e direta comunicação com Deus.

No fim deste tempo, os moonitas afirmam que o Reverendo Moon tem sido escolhido para resolver o vasto quebra-cabeças espiritual e trazer a sua revelação para o mundo.

Publicamente, os moonitas relutam em identificá-lo como o “Messias”, o Senhor do Segundo Advento. Em entrevista a uma revista Moon afirmou que era o cabeça da “família perfeita” que Deus quer estabelecer na terra. Tal família falhou com Adão e Eva por causa do pecado, falhou com Jesus e Maria Madalena por causa da morte de Jesus antes de casar, e agora está sendo levantada por ele e sua esposa.

Seus adeptos o chamam “papa Moon” e estão preocupados em ganhar “filhos” para formar a grande família espiritual que dirigirá a terra e unificará todas as formas de culto, complementando o cristianismo que está inacabado, com seus ensinamentos.

II.   ALGUMAS DOUTRINAS

1.   Unificação dom de Deus.
Oram sempre pedindo que a Palavra de Deus, a personalidade e o coração de Deus, os unifiquem com a divindade. Acreditam que através do aperfeiçoamento individual, pode o homem ser um com Deus - a própria essência da divindade.

2.   Propósito da criação.
Crêem que o propósito principal da criação é o de estabelecer a família perfeita. Assim, lutam pelo retorno à glória de Deus como teria havido entre Adão, Eva e seus filhos antes do pecado. Pregam a volta ao estado primitivo e paradisíaco do homem e creem que Moon é o homem escolhido por Deus para formar esta família.

3.   Paz universal.
Pregam a perfeição própria do homem e a paz, liberdade e felicidade. Isto se aplica ao indivíduo, família, sociedade, nação e universo. Todas as coisas devem voltar ao seu estado natural criado por Deus.

4.   Satan - o inimigo.
Dizem que o mundo está nas mãos de Satanás, foi perdido pelo homem que deve lutar para reconquistá-lo.

5.   Oração.
Suas orações são decoradas, chavões ensinados por Moon, verdadeiras lavagens cerebrais que devem ser praticadas pelos seus fiéis. São totalmente destituídas do sabor bíblico e cristão.

6.   Trabalho.
Em suas orações, prometem sempre o trabalho árduo e contínuo em prol do estabelecimento da verdadeira família. Prometem fidelidade absoluta a Moon e aos seus princípios até o fim de suas vidas.

7.   Prometam dar a vida.
Aqui está um grande perigo na fé dos moonitas. Como os adeptos de Jim Jones, prometem dar a própria vida na luta pelos ideais e se responsabilizam totalmente levar a cabo o dever e a missão que lhes foi conferida.

III.  UMA SEITA FALSA

Citamos a seguir mais algumas características da Igreja da Unificação, que comprovam a sua qualidade de seita falsa:

1.   Jesus não é o centro das atenções.
   Negam a sua divindade e não o colocam em primeiro lugar no seu culto. Afirmam, em contrapartida, que Moon é o Messias moderno, uma segunda revelação de Cristo.

2.   Tem outras fontes doutrinárias além da Bíblia.
 Creem na Bíblia de acordo  com as interpretações de Moon, que afirma ter recebido de Deus a revelação verdadeira e correta interpretação de muitas passagens não compreendidas pelos homens.

3.   Usam de falsa interpretação.
 As interpretações fantasiosas de Moon servem apenas para satisfazer suas falsas doutrinas. Moon prega, como todos os seus equivalentes, que a sua interpretação é a única certa, pelo fato de tê-la recebido por “revelação divina”, entretanto, um exame cuidadoso dos seus ensinamentos mostrará a falsidade da declaração.

4.   Dizem serem os únicos certos.
  Quem não pertencer à família moonita não poderá ser restaurado. Todas as religiões estão erradas e se não forem unificadas em Moon, serão destruídas.

5.   Ensinam ao homem a desenvolver a sua própria salvação.
 Para Moon, salvação, inferno, julgamento e doutrinas básicas do cristianismo não têm o mesmo significado que lhe atribuem todos os cristãos. Ser salvo é mudar a mentalidade para aceitar suas doutrinas, é pertencer ao seu grupo.

6.   São proselitistas.
 Fazem seus neófitos, não pregando para os doentes, aflitos e necessitados. Aproveitam a fé das pessoas menos experientes e jogam a rede em qualquer aquário que encontram.

 A história de Moon é semelhante a todas aquelas que são contadas pelos fundadores das falsas seitas. Pode-se observar que os princípios são os mesmos:

 Foram “iluminados desde crianças”; tiveram uma visão, iluminação, aparição, etc; foram escolhidos para uma “nova missão”; receberam “dons especiais”; se escoram sempre em Buda, Jesus ou Maomé; têm uma mensagem diferente; vão revolucionar o mundo e pretendem encampar todas as religiões.

São sonhos, ilusões. Seus adeptos vivem esse fantasioso sonho e lutam para atrair as pessoas às suas comunidades, onde vivem de ilusão, de máscaras e de fantasia. Até que Cristo, com sua voz compassiva e amorosa seja entronizado em seus corações. Aí deixarão tudo reconhecendo que a verdade é Cristo e que somente na Bíblia podem encontrar a verdadeira revelação de Deus.

FONTE DE ESTUDO E PESQUISA


1.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 4º trimestre, 1992, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
2.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 1º trimestre, 1997, CPAD, Rio de janeiro, RJ.
3.   CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
4.  CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Lições Bíblicas, 2ª trimestre de 2008, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
5.  DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR - Email- prdelvacyr@hotmail.com.
6.  ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
7.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
8.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
9.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.  ICP, INSTITUTO CRISTÃ DE PESQUISA, Série Apologética, Volomes I - VI, Site, www.icp.com.br
13.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
14.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
15.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
16.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
17.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
18.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com
19. http://www.bibliaonline.com.br

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