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sábado, 26 de setembro de 2020

A Revolução Russa (continuação)

A Revolução Russa (continuação)
Os bolchevistas eram guiados pelas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, pensadores comunistas do século XIX. Assim, tinham o objetivo de, uma vez tomado o poder, realizar profundas mudanças na sociedade. De acordo com Marx, a história se funda na luta de classes, e essa seria superada pela classe mais revolucionária e vanguardista, o proletariado. A contribuição de Lênin para a política do século XX foi a seguinte: a revolução seria feita através da condução e organização do disciplinado partido de vanguarda de revolucionários profissionais. A revolução de 1905 mostrara uma burguesia russa politicamente fraca; a Constituição liberal-burguesa formulada era muito restrita, e o czarismo tornara a se implantar. Para uma revolução sem burguesia, o partido conduziria a classe operária com o apoio do campesinato, ansioso por terras. 
As repercussões de uma revolução russa seriam mais amplas que as de 1789. A simples extensão física e a plurinacionalidade de um império que ia do Pacífico à fronteira alemã significava que sua queda afetaria um número muito maior de países, em dois continentes, que a de um Estado marginal ou isolado na Europa ou na Ásia.

Uma das primeiras medidas de Lênin foi a retirada da Rússia da guerra. Por meio do armistício de Brest-Litovsk, entregou parte importante do território e dos recursos industriais e econômicos russos na Europa para os alemães em troca da paz. Mesmo arriscado, foi um lance bem-sucedido. Junto com isso, implantou um regime de partido único apoiado em uma poderosa polícia política, a Tcheka, e no Exército. Depois de três anos de sangrenta guerra civil, inclusive com a invasão do território russo por forças estrangeiras, a vitória e o controle do país foram definitivamente alcançados.

Dos escombros do império dos czares surgiu um novo país, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), primeira nação do mundo sob um regime marxista e que se tornaria a única Potência do planeta capaz de rivalizar com os EUA. O governo revolucionário enfrentaria ainda grandes crises políticas e econômicas, mas conseguiria superar esses obstáculos e retomar o processo de industrialização e de crescimento iniciado pela Rússia czarista. Entretanto, essas transformações acarretariam a morte de milhões de pessoas, não só em virtude da insuficiência de alimentos, mas também por causa de decisões desastrosas da política econômica – tomadas por burocratas do Partido Comunista – e, ainda, como resultado de perseguições e expurgos contra toda e qualquer pessoa suspeita de ser contrária ao regime. Nesse contexto, a figura de Josef Stalin, que assumiu o poder após a morte de Lênin, em 1924, e governou ditatorialmente a URSS até a sua própria morte, em 1953, teve um papel central. 

[AULA 8] Avaliação da Aprendizagem na Educação Especial e na Educação de...

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

A Nova Ordem Internacional do Século XIX - Antecedentes - Parte 2/11

A Nova Ordem Internacional do Século XIX - Antecedentes - Parte 2/11


Revolução Francesa


Assim, para os defensores da ordem, a Revolução era perigosa, porque retirava os alicerces do Antigo Regime. A título de exemplo, foi apenas em 1789 que, pela primeira vez na história da França, uma Assembleia Nacional foi eleita e aboliu o feudalismo e seus privilégios. Além disso, também naquele ano, a Bastilha, o símbolo do poder real, foi tomada de assalto, palácios foram saqueados e revoltas ocorreram no campo, com os camponeses se sublevando e questionando, de maneira praticamente inédita no país, o modelo de servidão estabelecido pelo sistema feudal. Como se não bastasse, uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi proclamada como preparativo para uma Constituição, e a Igreja foi subordinada ao Estado. Eram mudanças que afetavam o cerne de uma ordem doméstica tradicional e que acabariam afetando as estruturas da ordem internacional que tinha a França como principal protagonista.


Denominou-se Antigo Regime à ordem estabelecida na Idade Moderna na qual a monarquia absolutista conjugou-se com as principais forças políticas da sociedade: por meio do Mercantilismo, a monarquia aliou-se à burguesia e ao mesmo tempo manteve-se unida à nobreza e ao alto clero, concedendo privilégios a esses dois últimos grupos, muitas vezes em detrimento da burguesia e sempre às custas dos impostos cobrados do povo.


Não tardou, pois, a reação. As Potências Europeias promoveram ataques contra o território francês na tentativa de restabelecer o trono de Luís XVI e o Antigo Regime (vide Mapa 10 – em roxo, a ofensiva dos países da coalizão). As cabeças coroadas da Europa não poderiam arriscar que um de seus membros mais importantes fosse derrubado por um levante popular.

Nesse contexto, Luís XVI tentou fugir para o exterior. Preso no meio do caminho, foi levado de volta a Paris e guilhotinado. A República foi proclamada, e a França se viu, externamente, em um estado quase permanente de guerra. Internamente, a Revolução mergulhou no Terror – aproximadamente 40 mil pessoas morreram – e na luta entre as diversas facções. Após um período de contrarrevolução e de agravamento dos conflitos internos, o poder passou para as mãos dos generais. Um deles, Napoleão Bonaparte, assumiu o controle do governo em novembro de 1799.

  
Mapa 10: A Revolução Ameaçada (1792-1794)


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