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sábado, 29 de setembro de 2018

O JESUS ISLÂMICO...

O JESUS ISLÂMICO (PARTE II)

JESUS NO CORÃO






       Jesus é citado 19 vezes no Corão. Toda a base da opinião do Islam sobre Jesus se encontra nele, e por ser a Bíblia uma de suas fontes, alguns fatos registrados no Novo Testamento também fazem parte do Corão. O primeiro deles é o nascimento virginal de Jesus: Lembra-lhes de quando os anjos disseram: " Ó Maria! Por certo, Allah te alvissara um Verbo, vindo dEle; seu nome é o Messias, Jesus, Filho de Maria, sendo honorável, na vida terrena e na derradeira Vida, e dos achegados a Allah" E falará aos homens, no berço e na maturidade, e será dos íntegros. Ela disse: "Senhor meu! Como hei de ter um filho, enquanto nenhum homem me tocou?" Ele disse: " Assim é! Allah cria o que quer. Quando decreta algo, apenas diz-lhes: 'Sê', então é." [1]

       Mas acreditar no nascimento virginal não significa declarar que Jesus é o Filho de Deus. Isto seria blasfêmia, pois na concepção do Islam, para que isso ocorresse Deus teria que engravidar Maria da maneira carnal, ou seja tendo relações sexuais com ela: Ele é o Criador Ímpar do céu e da terra. Como teria Ele um filho, enquanto não tem companheira? E Ele criou todas as cousas. E Ele, de todas as cousas, é Onisciente. [2]
Eles dizem: " Allah tomou para Si um filho." - Glorificado seja Ele! Ele é o Bastante a si mesmo. DEle é o que há nos céus e o que há na terra - Não tendes comprovação disso. Dizeis acerca de Allah, o que não sabeis? [3]
Não é admissível que Allah tome para Si um filho. Glorificado seja! Quando decreta algo, apenas diz-lhe "Sê", então é- [4]
E eles dizem: " O Misericordioso tomou para Si um filho!" Com efeito fizestes algo horrente! Por causa disso, os céus quase se despedaçam e a terra se fende e as montanhas caem, desmoronando-se, por atribuírem um filho aO Misericordioso! E não é concebível que o Misericordioso tome para Si um filho.[5]

       Segundo o Corão, Deus quis que Maria engravidasse se  a intervenção masculina e assim aconteceu, um milagre que é comparado a criação de Adão: Por certo, o exemplo de Jesus, perante Allah, é como o de Adão. Ele  o criou  de pó; em seguida disse-lhe "Sê", então foi. [6]. Segundo Sami Armed Isbelle, diretor do Departamento Educacional e Divulgacional da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro (SBMRJ) "... Adão foi criado sem pai e sem mãe, e não é difícil para Deus criar Jesus de mãe sem pai, então se fecha uma cadeia da criação de Deus, Adão foi criado sem pai e sem mãe, Eva foi criada de pai sem mãe, quer dizer foi criada de uma parte de Adão, nós criados de pai e mãe através da relação sexual, e Jesus de mãe sem pai, com isso Deus demonstrou o poder Dele na criação para os seres humanos..." [7]

       O maior pilar do Islam é a crença na Unicidade Divina, ou seja, Deus é único, não existindo outra divindade além d'Ele e não sendo aceito nenhum tipo de mediador entre Ele e o homem. De acordo com este conceito o Corão considera o Deus Trino Cristão como uma forma de politeísmo: Com efeito, são renegadores da Fé os que dizem: " Por certo, Allah é o Messias, filho de Maria". E o Messias diz: " Ó filhos de Israel! Adorai a Allah, meu Senhor e vosso Senhor." Por certo, a quem associa outras divindades a Allah, com efeito, Allah proíbe-lhe o Paraíso, e sua morada é o Fogo. E não há para os injustos socorredores. Com efeito, são renegadores da Fé os que dizem: "Por certo, Allah é o terceiro de três." E não há deus, senão um Deus Único. E, se não se abstiverem do que dizem, em verdade, doloroso castigo tocará os que, entre eles, renegaram a Fé. [8]
Ó seguidores do Livro! ( os cristãos) Não vos excedais em vossa religião, e não digais acerca de Allah, senão a verdade. O Messias, Jesus filho de Maria não é senão o Mensageiro de Allah e seu Verbo, que Ele lançou a Maria, e espírito vindo dEle. Então, crede em Allah, e em Seus Mensageiros, e não digais: "Trindade". Abstende-vos de dizê-lo: é-vos melhor. Apenas, Allah é Deus único. Glorificado seja! Como teria Ele um filho?! Dele é o que há nos céus e na terra. E basta Allah por Patrono! [9]

       Para o Corão a Trindade Cristã é composta pelo Pai, por Jesus e por Maria: E lembra-lhes de quando Allah dirá: "Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens. 'Tomai-me e a minha mãe por dois deuses, além de Allah?' " Ele dirá: Glorificado sejas! não me é admissível dizer o que não me é de direito. Se o houvesse dito, com efeito, Tu o haverias sabido. Tu sabes o que há em mim, e não sei o que há em Ti. por certo, Tu, Tu és O profundo Sabedor das cousas invisíveis. [10]

       O Corão aceita os milagres realizados por Jesus que foram narrados no Novo Testamento, mas o Jesus descrito no Corão também realizou milagres que foram apenas narrados nos evangelhos apócrifos: E fá-lo-á mensageiro para os filhos de Israel, aos quais dirá; " Chegai-vos com um sinal de vosso Senhor. Eu vos criareis do barro uma figura igual ao pássaro e nela, soprarei e será pássaro, com a permissão de Allah. E curarei o cego de nascença, e o leproso, e darei vida aos mortos, com a permissão de Allah. E informar-vos -ei do que comeis e do que entesourareis em vossas casas. Por certo, há nisso um sinal para vós, se sois crentes." [11]

       Jesus também deu vida à pássaros de barro no Evangelho Pseudo-Tomé:  Este Menino Jesus, que na época tinha cinco anos, encontrava-se um dia brincando no leito de um riacho, depois de haver chovido. E represando a correnteza em pequenas poças, tornava-as instantaneamente cristalinas, dominando-as somente com a sua palavra.
Fez depois uma massa mole com o barro e com ela formou uma dúzia de passarinhos. Era então um Sábado e havia outros meninos brincando com ele. Porém, um certo homem judeu, vendo o que Jesus acabara de fazer num dia de festa, foi correndo até o seu pai José e contou-lhe tudo: " Olha, teu filho está no riacho e juntando um pouco de barro fez uma dúzia de passarinhos, profanando com isso o dia do Sábado.
José veio ter ao local e, ao vê-lo, ralou com ele dizendo: " Por que fazes no Sábado o que não é permitido fazer?" Mas Jesus batendo palmas, dirigi-se às figurinhas ordenando-lhes; "Voai!" E os passarinhos foram todos embora gorjeando. Os judeus, ao verem isso, encheram-se de admiração e foram contar aos seus superiores o que haviam visto Jesus fazer. [12]

       No Corão, Jesus ainda bebê e estando no berço, fala revelando sua missão neste mundo. É encontrada uma passagem semelhante no Evangelho Árabe da Infância:"Então, ela apontou para ele. Eles disseram; "Como falaremos a quem está no berço, em sendo infante?" 
O bebê disse: " Por certo, sou o servo de Allah, Ele me concederá o Livro (o Evangelho), e me fará Profeta" [13]
...Jesus falou quando estava no berço e que disse a sua mãe Maria; " Eu, que nasci de Ti, sou Jesus, O filho de Deus, o Verbo, como te anunciou o anjo Gabriel, e meu Pai me enviou para a salvação do mundo." [14]

       Jesus tem um papel de destaque na escatologia islâmica, pois no Corão Jesus não foi crucificado, tendo sido levado aos céus pelo próprio Deus e um sósia teria sido crucificado em seu lugar, mas quando o juízo final estiver próximo ele retornará. Para oIslam Jesus retornará em um momento em que os muçulmanos estarão sendo muito perseguidos pelo falso Messias e seu exército de 70 000 judeus. Jesus irá derrotá-los e implantará um governo islâmico mundial, passando a viver nesta terra por quarenta anos, se casando e tendo filhos. Depois morrerá.
E por seu dito: " por certo matamos o Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah." Ora, eles não o mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discreparam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não tem ciência alguma disso, senão conjecturas, que seguem. E não o mataram seguramente;
Mas, Allah ascendeu-o até Ele. E Allah, é Todo -Poderoso, Sábio. [15]
E, por certo, ele será indício da Hora [16]: então, não a contesteis, e segui-me. Isto é uma senda reta. [17]

       Estas afirmações do Corão estão de acordo com o evangelho Apócrifo de Barnabé, que segundo o Islam, é o único evangelho digno de confiança por afirmar que Jesus não era filho de Deus, somente um mensageiro, e que não foi crucificado.

        O Corão deixa bem claro que a posição do Islam de que Jesus foi apenas um profeta enviado aos israelitas:
Ele não é senão um servo, a quem agraciamos e de quem fizemos um exemplo para os filhos de Israel. [18]
O Messias, filho de Maria, não é senão um Mensageiro: antes dele, com efeito, outros Mensageiros passaram. E sua mãe era veracíssima. ambos comiam alimentos como os demais. Olha como tornamos evidentes, para eles, os sinais; em seguida, olha como se distanciam destes. [19]


Notas:

[1] Corão, 3.45-47

[2] Idem, 6.101

[3] Idem, 10.68

[4] Idem, 19.35

[5] Idem, 19.88-92

[6] Idem, 3.59

[7] Declaração feita durante uma visita realizada a uma mesquita muçulmana localizada no município do Rio de Janeiro, no dia 05/06/2009 onde após a oração do meio-dia me foi gentilmente concedida uma entrevista.

[8] Corão, 5.72-73

[9] Idem, 4.171

[10] Idem, 5.116

[11] Idem, 3.49

[12] Capítulo dois do Evangelho Pseudo-Tomé

[13] Corão, 19. 29-30 ( O contexto da passagem é o seguinte: Maria está sendo acusada de fornicação pelo fato de ter tido um filho estando ainda solteira, então ela aponta para o berço onde esta o seu filho recém nascido, para que os seus acusadores o interrogassem, e este lhe serviria de testemunha de defesa.)

[14] Evangelho Árabe da infância capítulo 1

[15] Corão 4. 157-158

[16] O Islam usa o termo "Hora" para designar o dia do juízo final.

[17] Corão, 43.61

[18] Idem, 43.59

[19] Idem, 5.75


Referências Bibliográficas:


ISBELLE, Sami Armed. Islam, A sua crença e a sua prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Azaan, 2003.

NARS, Dr. Helmi. Tradução do Sentido do nobre Alcorão para a língua portuguesa, com a colaboração da Liga Islâmica Mundial, em Makkah Nobre.

PROENÇA, Eduardo de (org.). Apócrifos e Pseudo-epígrafos da Bíblia.  1. ed. São Paulo: Fonte Editorial, 2005.

A Esperança Dos Profetas...

A Esperança dos Profetas



Resultado de imagem para profetas maioresCaindo e levantando, o povo foi andando, procurando ser o povo de Deus e buscando atingir para si e para os outros os bens da promessa divina. Muitas vezes, porém, esquecia o chamado de Deus e se acomodava. Em vez de servir a Deus, queria que Deus servisse ao projeto que eles mesmos tinham inventado. Invertiam a situação. Era nestas horas que surgiam os profetas para denunciar o erro e para anunciar de novo à vontade de Deus ao povo.

A Bíblia conserva as palavras de quatro profetas chamados Maiores:Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, e de doze Menores. Muitos outros profetas são mencionados na Bíblia. O maior deles foi Elias. Os profetas, cujos nomes, gestos e palavras foram conservados, são como flores. Elas supõem um chão, uma semente e uma planta. O chão, a semente e a planta destes profetas são as comunidades que lhes transmitiram a fé; são os inúmeros profetas locais, cujos nomes foram esquecidos. É como hoje. Os grandes profetas são conhecidos no país inteiro, mas eles só puderam surgir graças ao povo anônimo e fiel das suas comunidades.

Diante das falhas constantes do povo, desviado por seus falsos líderes, os profetas começaram a alimentar no povo uma nova esperança. Diziam: no futuro, o projeto de Deus será realizado através de um enviado especial, um novo líder, fiel e verdadeiro, chamado Messias.

Foi esta esperança maior, alimentada pelos profetas, que sustentou o resto fiel do povo e o ajudou a superar as duras crises da sua caminhada. O resto fiel eram, sobretudo, os pobres que punham sua esperança unicamente em Deus (cf. Sf 3,12). Como a mãe enfrenta as dores do parto, porque tem amor à vida nova que ela carrega dentro de si, assim os pobres enfrentavam as dores da caminhada, porque tinham amor à promessa divina que eles carregavam dentro de si. Eles acreditavam na vida nova que dela haveria de surgir para todos os homens. Esta vida nova chegou, finalmente, em Jesus, o Messias.

A esperança dos pobres se realiza em Jesus e nas comunidades

Para realizar a missão do Messias, Deus não mandou qualquer um. Mandou o seu próprio Filho! Jesus, o Filho de Deus, realizou a promessa do Pai, trouxe a libertação para o povo e anunciou a Boa-Nova do Reino aos pobres.

A pregação de Jesus não agradou a todos. Os doutores da Lei, os fariseus, os saduceus e os sacerdotes imaginavam a vinda do Reino como uma simples inversão da situação, sem mudança real no relacionamento entre os homens e entre os povos. Eles, os judeus, dominados pelos romanos, ficariam por cima e seriam os senhores do mundo, e os que estavam por cima ficariam por baixo.

Mas não era assim que Jesus entendia o Reino do Pai. Ele queria uma mudança radical. Para ele, o povo de Deus tinha de ser um povo irmão e servidor, e não um povo dominador a ser servido pelos outros povos (cf. Mt 20,28).

Jesus iniciou esta mudança: colocou-se do lado dos pobres, marginalizados pelo sistema dos líderes judeus, denunciou este sistema como contrário à vontade do Pai e convocava a todos para mudar de vida. Mas os grandes não quiseram. O que era Boa Notícia para os pobres era má notícia para os grandes, pois Jesus exigia deles que abandonassem os seus privilégios injustos e as suas idéias de grandeza e de poder. Eles preferiram as suas próprias idéias, rejeitaram o apelo de Jesus e o mataram na cruz com o apoio dos romanos.

Foi aí que o Pai mostrou de que lado ele estava. Usando o seu poder que protege a vida, ressuscitou Jesus. Animados por este mesmo poder de Deus que vence a morte, os seguidores de Jesus, os primeiros cristãos, organizaram a sua vida em pequenas comunidades, viviam em comunhão fraterna, tinham tudo em comum e já não havia mais necessitados entre eles (cf. At 2,42-44).

Assim, a vida nova, prometida no Antigo Testamento e trazida por Jesus, apareceu aos olhos de todos na vida dos primeiros cristãos. Eles se tornaram “a carta de Cristo, reconhecida e lida por todos os homens” (cf. 2Cor 3,2-3). Neles apareceu o Novo Testamento! É na vida comunitária dos primeiros cristãos, sustentada pela fé em Jesus, vivo no meio deles, que apareceu uma amostra clara do projeto que o Pai tinha em mente quando chamou Abraão e quando decidiu libertar o seu povo do Egito.

Jesus trouxe a chave para o povo poder entender o sentido verdadeiro da longa caminhada do Antigo Testamento. Os primeiros cristãos, usando esta chave, conseguiram abrir a porta da Bíblia e souberam entender e realizar a vontade do Pai. O Antigo Testamento é o botão, o Novo Testamento é a flor que nasceu do botão. Um se explica pelo outro. Um sem o outro não se entende. Como eles, assim também nós devemos reler a nossa história à luz de Cristo, com a ajuda da Bíblia, e tentar descobrir dentro dela o apelo de Deus, desde o seu começo.

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