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terça-feira, 8 de agosto de 2017

O QUE É AQUECIMENTO GLOBAL?


O Aquecimento Global é um assunto muito polêmico, tanto pelas suas afirmações quanto pelas suas contestações.
Aquecimento Global é uma teoria que busca apontar e explicar os recentes e sucessivos aumentos de temperatura da Terra. Uma considerável parte dos cientistas acredita que esse aquecimento esteja relacionado à ação humana sobre a natureza, provocando efeitos devastadores sobre ela, como a destruição da Camada de Ozônio e a intensificação do Efeito Estufa.
Para muitos cientistas, o Aquecimento Global já não é tratado nem mais como uma teoria, e sim como um fenômeno. Estima-se que no último século as temperaturas tenham se elevado em uma média de 0,7ºC e que no próximo século as elevações térmicas irão oscilar entre 1,6ºC e 4ºC. O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), órgão científico ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), registra que a maior parte dos aumentos de temperatura no último século ocorreu entre os anos de 1980 a 2005. O órgão também ressalta que os últimos anos da década de 1990 registraram as maiores médias de temperatura da história.
As causas do Aquecimento Global ainda não foram totalmente explicitadas. Mas as principais dizem respeito aos índices de emissão de gases poluentes sobre a atmosfera. Outro fator seria a destruição de florestas em todo mundo, que teria a função de aumentar a quantidade de umidade na atmosfera, o que seria um fator favorável à diminuição das temperaturas.
Através do IPCC, a ONU preconiza a ideia de que é necessário diminuir em 90% as atuais emissões dos chamados “gases-estufa”, que seriam os protagonistas do processo de aumento das temperaturas dos planetas. Além disso, a entidade também defende a importância de se conservar os recursos naturais, principalmente as formações vegetais.
Os efeitos do Aquecimento Global são muito variados. O principal alarde gira em torno da elevação do nível do mar, que estaria sendo provocada pelo derretimento cada vez maior das calotas polares. Outro fator que merece destaque é o aumento de fenômenos naturais cíclicos, como o El Niño e La Niña. Cientistas afirmam que esses estão ocorrendo em intervalos de tempo cada vez menores, provocando alterações climáticas concernentes aos índices de chuva, à variação de umidade, entre outros.
Os Gases do Efeito Estufa
Atualmente, seis gases estão na “lista negra” mundial, apontados como os principais responsáveis pelo aquecimento global: Metano (CH4), Dióxido de Carbono (CO2), Óxido Nitroso (N2O), Hidrofluorcarboneto (HFC), Clorofluorcarboneto (CFC) e o Hexafluoreto de enxofre (SF6).
Dentre esses gases, o que atualmente possui maior interferência sobre o aumento das temperaturas é o CO2, com 70% de peso sobre o aquecimento global, segundo algumas estimativas. No entanto, esse não é gás mais potencialmente prejudicial da lista, e sim o SF6, que é considerado milhares de vezes mais potente que o Dióxido de Carbono e que só não interfere mais do que ele para o Efeito Estufa em virtude de seus baixos níveis atuais de emissão.
O efeito estufa é um fenômeno natural, que existe para manter o aquecimento natural da Terra. Sem ele, as temperaturas seriam muito baixas, o que dificultaria a existência de
vida no planeta. No entanto, os gases acima mencionados intensificam o processo de manutenção do calor em nossa atmosfera, provocando um aumento exagerado nas temperaturas, o que também pode provocar terríveis efeitos sobre o ambiente em que vivemos.
O Aquecimento Global não existe, apontam cientistas
Como já afirmamos anteriormente, o Aquecimento Global já não é considerado mais como uma simples teoria para alguns cientistas, e sim como um fato. No entanto, essa posição não é consenso no mundo acadêmico, havendo uma corrente cada vez maior de pesquisadores relutantes em considerar a existência do aumento das temperaturas como consequência da ação humana.
A afirmação central das contestações sobre a existência do Aquecimento Global é a de que o Efeito Estufa não existe ou que não exerce tanta influência sobre a temperatura da Terra. Para esses cientistas, o que determina realmente a temperatura da Terra não é o processo de reflexão dos raios solares sobre a atmosfera, mas sim o calor do Sol.
A temperatura dos oceanos, por sua vez, também seria um dos principais elementos determinantes. Isso porque eles compõem quase 3/4 da superfície terrestre. Consequentemente, as suas variações de temperatura irão interferir nas variações do clima e na quantidade de umidade na atmosfera.
Outro questionamento se refere à responsabilidade do CO2 sobre a retenção do calor no ambiente. Isso porque a sua taxa de elevação na atmosfera seria menor do que 1% dos gases atmosféricos, além do que o seu índice de elevação ainda não teria sido comprovado, pois as medições realizadas na Terra não seriam referendadas por aquelas realizadas por satélites.
Sobre o derretimento das geleiras, os pesquisadores afirmam que apenas estão em fase de derretimento aquelas calotas que já se encontram sobre os oceanos. Assim, a sua mudança de estado físico não provoca o aumento do volume de água. Para entender, basta observar a experiência do copo d’água com cubos de gelo que, ao derreterem, não elevam o nível da água do copo, uma vez que o gelo já faz parte do volume total.
Uma das questões centrais na polêmica está nas consequências do derretimento das geleiras
Uma das questões centrais na polêmica está nas consequências do derretimento das geleiras
Além disso, o aumento da ocorrência de fenômenos como o El Niño e La Niña também não é consenso. Alguns cientistas relacionam essa ocorrência com a Oscilação Decadal do Pacífico, um ciclo de variação das temperaturas das águas do Oceano Pacífico – o maior do mundo – que ocorre a cada vinte anos. Em tempos de aumento de temperaturas, aumentaria a ocorrência do El Niño; em tempo de diminuição, aumentaria a ocorrência do La Niña.
Portanto, podemos observar que o Aquecimento Global não é um fato totalmente comprovado, porém a sua inexistência não pode ser ainda colocada como uma certeza. Além disso, é preciso lembrar que a emissão de gases poluentes e o desmatamento das florestas não devem continuar. Isso porque as consequências ambientais podem ser de diversas ordens, como a interferência em microclimas urbanos (como as Ilhas de Calor) e a extinção de espécies animais e vegetais.
Por Me. Rodolfo Alves Pena
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é Aquecimento Global?"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-aquecimento-global.htm>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-aquecimento-global.htm

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

LIÇÃO 07 - A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO

A RELAÇÃO ENTRE FILOSOFIA E CRISTIANISMO PARA JUSTINO, O MÁRTIR



 A relação entre filosofia e cristianismo para Justino se dá com a compreensão da existência da revelação desde a origem do gênero humano.

Padres apologistas
A filosofia encontra-se com o cristianismo quando os cristãos tomam posição em relação a ela. Nos séculos XII e XIII, a oposição entre os termos “philosophi” e “sancti” representa duas visões de mundo consideradas antagônicas: a visão de mundo pagã e aquela proclamada segundo a fé cristã.
Os chamados Padres Apologistas foram aqueles cristãos que, a partir do século II d.C. escreveram, em diálogo com a Filosofia, defesas da sua fé a fim de obter o reconhecimento legal para ela diante do Império.

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A obra de Justino, Mártir, foi inserida nesse período. São duas Apologias e um Diálogo com Trifão. A primeira Apologia, escrita por volta do ano de 150 d.C., foi escrita para o imperador Adriano. A segunda, para o imperador Marco Aurélio. É em seu “Diálogo” que ele nos relata sua trajetória, da filosofia com motivação religiosa à religião com perspectiva filosófica: nascido em Flávia Neápolis, seus pais eram pagãos. A busca pela verdade o conduziu ao estudo da filosofia e sua conversão ao cristianismo ocorreu provavelmente antes de 132.
Primeiro, Justino se aproximou dos estoicos, mas os recusou por terem lhe dito que não era importante conhecer a Deus. Depois de se encontrar com um “filósofo profissional”, um mestre que cobrava por seus ensinamentos, Justino procurou um mestre pitagórico, mas se afastou dele por não querer dispor seu tempo para o estudo da música, da geometria e da astronomia. Encontrou afinidade com discípulos de Platão, que atendiam sua necessidade de pensar sobre as coisas corpóreas, mas também além delas, as ideias.
O encontro com o cristianismo se deu por meio de um ancião que conheceu durante um retiro. Ao ser questionado por ele a respeito de Deus, Justino tentou se valer das teorias de Platão. O ancião, então, esboçou uma refutação que, apesar de parecer simples, demonstrou a separação entre platonismo e cristianismo: a alma, segundo o cristianismo, é imortal porque Deus quer que ela seja.
Justino então leu o Antigo e o Novo Testamento. Ele nos diz: “Refletindo eu mesmo sobre todas aquelas palavras, descobri que essa filosofia era a única proveitosa”. Percebemos que Justino considerava o cristianismo como uma filosofia, mesmo sendo uma doutrina baseada na fé em uma revelação.
Essa revelação é anterior ao Cristo – é a tese que Justino defende em sua Primeira Apologia, baseado no conceito de “Verbo divino” do evangelho de João, e em sua Segunda Apologia, baseado no termo “razão seminal” do estoicismo: as pessoas que nasceram antes do Cristo participavam do Verbo antes dele se fazer carne; todos os humanos receberam dele uma parcela e, por isso, independente da fé que professavam, se viveram em conformidade com o ensinamento do Cristo, poderiam ser referidos como cristãos, mesmo que Cristo ainda não tivesse nascido. Em vez de ser o marco de “início” da revelação divina, Cristo seria seu ápice.
Desse modo, Justino resolveu dois problemas teóricos: 1) Se Deus revelou sua verdade apenas por Cristo, como seriam julgados aqueles que viveram antes dele? 2) Como conciliar a filosofia antes de Cristo, e, portanto, ignorante da verdade revelada, e o cristianismo?
Como, segundo defende Justino, os homens podiam agir de forma “cristã” antes do nascimento de Cristo, agiam em conformidade com o Verbo. Se agiam em conformidade com o Verbo, aquilo que disseram e pensaram podia ser apropriado pelo pensamento dos cristãos. É a esse respeito que Justino diz em sua Segunda Apologia (cap. XIII): “Tudo o que foi dito de verdadeiro é nosso”.
Se o pensamento de Heráclito, por exemplo, é considerado oposto ao pensamento cristão, o pensamento de Sócrates é considerado “parcialmente cristão”: ao agir em conformidade com a razão (Logos), esta é uma participação do Verbo; Sócrates (e também os demais filósofos que pensaram “o verdadeiro”) praticou uma filosofia que era o germe da revelação cristã.
Logos
De Fílon de Alexandria, Justino apropriou-se do conceito de “Logos” para estabelecer uma relação entre o “Logos-Filho” e o “Deus-Pai”. Vejamos o que ele diz:
“Como princípio, antes de todas as criaturas, Deus gerou de si mesmo certa potência racional (Loghiké), que o Espirito Santo chama ora 'Glória do Senhor', ora 'Sabedoria', ora 'Anjo', 'Deus', 'Senhor' e Logos (= Verbo, Palavra) (...) e porta todos os nomes, porque cumpre a vontade do Pai e nasceu da vontade do Pai*”.
Ou seja, entendemos aqui que Justino diz que o Cristo é a palavra proferida de Deus e pode ser denominado de diversas formas porque ele “porta todos os nomes”. A seguir, Justino faz uma comparação entre o Logos, no sentido acima, correspondente a verbo, e a fala humana para defender a possibilidade da coexistência de Deus-Pai e Logos-Filho:
“E, assim, vemos que algumas coisas acontecem entre nós: proferindo uma palavra (= logos, verbum), nós geramos uma palavra (logos), mas, no entanto, não ocorre uma divisão e uma diminuição do logos (= palavra, pensamento) que está dentro de nós*”.
O que Justino diz aqui é que, da mesma forma que quando nós dissemos uma palavra, o ato de falar não esgota nossa possibilidade de falar no futuro, ou diminui o número de palavras existentes, da mesma forma Deus-Pai ao pronunciar o “Verbo”, ou seja, com o nascimento de Cristo, isso em nada esgota ou diminuiu a sua divindade e onipotência. Outro exemplo que Justino nos oferece é o do Fogo:
“E assim vemos também que, de um fogo, acende-se outro fogo sem que o fogo que acende seja diminuído: este permanece igual e o novo fogo que se acendeu subsiste sem diminuir aquele do qua1 se acendeu*”.
A importância de Justino
Embora não tenha deixado uma filosofia sistemática, nem uma teologia cristã, temos ecos da obra de Justino em muitos pensadores cristãos posteriores. Sua obra não faz exposições gerais a respeito de teorias, nem as discute profundamente, nem pretende desenvolver concepções filosóficas. Justino, ao contrário disso, passa por pontos importantes da fé cristã que considera passíveis de justificativa.
Sua importância se dá pela novidade de interpretar a revelação cristã como o ápice de uma revelação que existe desde a origem do gênero humano. Assim como sua obra, sua morte foi também afinada com a sua fé: foi decapitado em 165, condenado pelo prefeito de Roma por se declarar cristão.
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As citações de Justino foram retiradas do Diálogo com Trifão p. 61-62. Retirado de: 
Padres apostólicos y apologistas griegos, Daniel Ruiz Bueno (BAC 116), Pág. 409-412.

Padres apostólicos y apologistas griegos (S. II). Organização: Daniel Ruiz Bueno, Biblioteca de Autores Cristianos, 1ª edição, 2002.

Por Wigvan Pereira
Graduado em Filosofia
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Wigvan Junior Pereira dos. "A relação entre filosofia e cristianismo para Justino, o Mártir"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-relacao-entre-filosofia-cristianismo-para-justino-martir.htm>. Acesso em 07 de agosto de 2017.
Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-relacao-entre-filosofia-cristianismo-para-justino-martir.htm

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