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sábado, 5 de agosto de 2017

A Luta dos Contrários


Para Heráclito de Éfeso, nascido por volta de 540 a.C., tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação. A essa incessante alteração deu o nome de DEVIR.
O mundo, segundo Heráclito, é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. “A guerra é mãe e rainha de todas as coisas”. É da luta entre os contrários, ou seja, do devir, do tornar-se, do vir-a-ser, que eles se harmonizam numa unidade. O Lógos (razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.
Isso significa que a verdade é dialética, isto é, as palavras dizem as coisas em sua eterna transformação. Os nossos sentidos enganam-nos, pois enxergamos as coisas imóveis, estáveis, com uma forma própria e determinada. Porém, nosso pensamento capta a instabilidade e mutabilidade dos seres. “É impossível entrar no mesmo rio duas vezes”. As águas já são outras e nós já não somos os mesmos. É na síntese entre os pares de contrários (o dia que se torna noite que se torna dia novamente; a vida que se torna morte e vice-versa; o quente que se torna frio e o frio que se torna quente; o seco que umedece, o úmido que seca, etc.), da multiplicidade contraditória que surge a unidade dialética que nos permite algum conhecimento, ainda que passageiro.
O Obscuro, como era conhecido Heráclito, concebeu o FOGO como o princípio eterno que causa a mudança e concebe Deus como a harmonia ou síntese entre os contrários. É uma concepção de realidade que permite compreender o mundo somente no seu devir e na unidade dos opostos. Quer dizer que a doença torna valorosa a saúde e que jamais entenderíamos o significado da justiça se não houvesse a ofensa. O sentido, o significado está na harmonia, na conciliação entre os vários pares de contrários.
Por isso, é muito provável que a imagem do inferno criada pela Igreja Católica e pelos artistas ocidentais tenham referência à filosofia heraclitiana. Isso porque o fogo que significa mudança, instabilidade se opõe radicalmente ao ar que representa o céu, o repouso em que Deus é fonte confiável do conhecimento e da ordem.
Por isso também, em geral, os movimentos contra a ordem estabelecida no decorrer da história (como o comunismo contra o capitalismo; o rock contra a sociedade consumista e alienada, o feminismo, etc.) fazem reverência à mudança, ao vermelho (fogo) e ao diabo, pois sua intenção é promover a instabilidade contra os sistemas.
É interessante observar como a filosofia de Heráclito permanece atual. No que se refere à matéria, essa é mutável e concebida pelos cientistas como eternamente em transformação (como afirmou o químico Lavoisier no século XVIII, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”). A atualidade de seu pensamento também pode ser observada no Princípio da incerteza de Heisenberg, físico que ajudou a desenvolver a mecânica quântica no século XX, que diz ser impossível afirmar com exatidão a posição de um elétron em um átomo em razão da metodologia de aferição.
Também podemos observar o Devir em nosso próprio metabolismo, pois constantemente estamos incrementando matéria ao nosso corpo (alimentação que permite o crescimento) e o desgaste físico com a idade (que é a perda de matéria).
Assim, concebe-se o pensamento de Heráclito como a base do materialismo, ou seja, da filosofia que concebe como unicamente existente, em todos os níveis, a matéria.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
CABRAL, João Francisco Pereira. "Heráclito"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/heraclito.htm>. Acesso em 05 de agosto de 2017.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/heraclito.htm

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

TÚMULO DE HERODES REVELADO AO MUNDO

 



Ao fim de 35 anos de trabalho, o arqueólogo israelita Ehud Netzer, do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, realizou o sonho de uma vida: descobriu e acaba de revelar ao Mundo o mausoléu que encerra o túmulo do rei Herodes, nascido em 73 a. C. e falecido no ano 4 a. C.






Ehud Netzer



Construído numa montanha rochosa – o Monte Heródio –, o mausoléu fica a 15 quilómetros de Jerusalém, às portas do deserto, integra-se num complexo monumentístico impressionante e só é acessível graças a um grande lanço de escadas (de seis metros e meio de largura), mandado construir propositadamente para o cortejo fúnebre do rei.


Claro que, ao longo dos anos, o local foi sistematicamente pilhado (sobretudo durante o primeiro século da era cristã, por grupos de judeus revoltados contra a ocupação romana) e ontem aquilo que Netzer apresentou ao Mundo foram centenas de pedaços do que teria sido, em tempos, um sarcófago esplendoroso. Ainda assim, nada consegue diminuir a felicidade deste homem que começou a interessar-se por Herodes na década de 60 e que iniciou este processo arqueológico em 1972, alertado por um livro do historiador judaico-romano Flavio Josefo.As investigações começaram inicialmente numa escala muito modesta e, ao longo dos anos, sofreram vários revezes. Na década de 80, os trabalhos tiveram de parar por causa da Intifada. Retomados em 1997, tiveram nova paragem em 2000, recomeçando em 2005. Actualmente, Netzer é um dos maiores especialistas mundiais em arquitectura do período de Herodes, rei nomeado pelos romanos para governar a Judeia entre 37 a 4 a.C. e que se lançou num ambicioso programa de construções monumentais com vista a perpetuar o seu nome.


UM REI QUE FICOU NA HISTÓRIAResponsável pela construção das cidades de Cesareia e Sebastia, pelas fortalezas de Heródio e Massada e pela reconstrução do Templo de Jerusalém, Herodes decidiu fazer-se enterrar em Heródio por razões sentimentais: teve um acidente aparatoso no local, mas saiu praticamente incólume dos destroços. Mais de dois mil anos após a sua morte, Netzer descobriu, no meio das ruínas de Heródio, um belíssimo sarcófago de dois metros e meio de comprimento, construído em calcário avermelhado e decorado com rosetas. Segundo o especialista, só pode ser o túmulo do monarca. “É um sarcófago que não se encontra facilmente: é muito especial”, garantiu, em conferência.

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Provérbios capitulo 4, versículo 2 
" Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino."

 Deus lhe ensina o bom proceder, somente vivendo em deus que conseguimos obter a felicidade, lembre-se que é uma luta constante, dia após dia, mantenha-se sempre nos ensinamentos de deus, que ele os conduzira a verdadeira felicidade.

Proverbios capitulo 4, versiculo 22 
"Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo."

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