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sexta-feira, 17 de julho de 2015

As raizes das heresias no Cristianismo...

A palavra "heresia" não é originária do cristianismo, mas foi no seu meio que ganhou importância no mundo ocidental. Hoje é muito comum atribuir-se o termo "heresia" a uma série de manifestações religiosas que se dizem cristãs e não encontram acolhida em outros grupos que pertencem a uma certa tradição mais antiga do cristianismo. Este é um esboço histórico do "Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs" que merece ser estudado para se identificar as origens do uso do termo na Igreja primitiva.
Do grego αιρεσις que pode derivar de αιρεομαι (retirar) e do médio αιρεω (escolher). No grego helenista, indicava o objeto da escolha intelectual, isto é, uma doutrina ou uma escola intelectual, tal como se dava com as escolas filosóficas que, em Fílon, em Flávio Josefo e nos LXX, indicam as várias seitas ou correntes existentes no judaísmo; nisto recebeu um sentido pejorativo, talvez para designar aquele que se afastava da doutrina da tradição rabínica e, neste sentido, foi empregado pelos judeus em âmbito cristão. Assim os cristãos a princípio foram considerados "heréticos" pelos judeus no sentido de "aqueles que se haviam desviado"; em seguida, estes últimos, com suas várias seitas (fariseus, saduceus, etc.), foram considerados "heréticos" pelos cristãos (Mt 16,6-12), no sentido de "aqueles que se desviavam da verdadeira religião". Na comunidade de Corinto (1 Cor 11,18-19), fala-se de "heresias" e de "cismas", em Gl 5,20 e 2 Pd 2,1 de "heresias". Embora seja difícil precisar os limites dos dois termos, "heresia" conota já um desvio na doutrina acreditada pela comunidade e em seu modo de viver. Heresia, com isto, recebe, no contexto do âmbito judaico, o significado de heterodoxia e, do mundo grego uma terminologia que denotava uma escolha na busca filosófica, sem entrar na questão de um juízo sobre a mesma. Neste sentido leem-se Inácio de Antioquia (Trall. 6,11), Justino (Apol. I, 26,8; Dial. 17,1; 35,3; 51,2; 108,2); Hermas (Pastor, Simil. 9, 23m 5), Clemente Alexandrino (Strom. 66,44 e 1,19,91). Heresia é uma escolha pessoal; relativamente ao ensino do evangelho para Ireneu (Adv. Haer. 3,12,11; PG 7, 905); à doutrina dos apóstolos para Tertuliano (De praescriptione), constituindo um desvio da regula fidei e da disciplina do Mestre e portanto uma novidade na fé (Praescr. 6,2 e 42,8). Novitas tornou-se um termo técnico para indicar a heresia (Greg. Naz., Oratio L, 42 quanto à Trindade; Agost., Nupt. Conc. 2,12,25; Retract. II, 33 quanto ao pelagianismo; Vic. De L. Comm. I, 28).
Em relação ao cisma, a heresia se distingue dele, todavia o próprio cisma é visto como infectado de heresia (Jerôn., Ep. Tit. 3,10-11) ou conduzindo a esta (Agost., Civ. Dei 18,51; Ep. 93,11,46; C. Cresconium 2,7,9), tanto que hereges e cismáticos são postos no mesmo plano (Cipr., Epp. 69 e 70, a respeito dos novacianos). W. Bauer propôs em 1934, entender-se a heresia como um dado original do cristianismo e de cujo fundo teria surgido a ortodoxia. Entre as várias leituras do cristianismo teria predominado aquela, qualificada em seguida como ortodoxa, mas que, na origem, estava no mesmo nível que as outras. Os limites de semelhante leitura do cristianismo originário são dois: - aplicou aos testemunhos cristãos a categoria de heresia em uso então nas filosofias, como uma possível escolha na busca da verdade; - pensou a dialética ortodoxia-heresia como dois aspectos não apenas distinguíveis, mas também passíveis de separação real. No cristianismo, a dialética ortodoxia-heresia era diferente. Ao dado originário de Jesus de Nazaré (dicta et facta Iesu) era dada, como leitura dotada de garantia, a única possível dos testemunhos diretos, aceitos como tais na comunidade (os discípulos). Sobre esta linha se afirmou a ortodoxia; fora deste sulco, indicado depois tecnicamente como "apostólico" e sem prescindir deste, atestou-se a heresia que, portanto, não se define a não ser em relação com a ortodoxia. A regra normativa desta dialética, sobre a base comum de religar-se àquilo que os apóstolos haviam recebido de Jesus, foi-se afirmando em torno de pontos de referência: confissões de fé; regras da fé; símbolos da fé; decisões tomadas pelo chefe da comunidade (bispo; bispo de Roma), pelos concílios, pela autoridade da Igreja. A heresia, vista por muitos na antiguidade (Hipólito, Tertuliano, etc.) como fruto de uma falsa mediação cultural, foi contraditada em sua raiz filosófica; mas, para espíritos mais atentos e sensíveis à cultura, foi vista também em sua utilidade para mais bem entender e aprofundar o dado de fé cristão. Foi vista, diríamos hoje, a funcionalidade da mesma relativamente à ortodoxia (assim Oríg., C. Celsum 2,27; 3,12-23; 5,61; Clem. Al., Strom. 7,15,89; Agost., De Civ. Dei 16,2,1; 22,24,3). O próprio Agostinho, a Quodvultdeus, que lhe pedia um manual para uso pastoral concernente às heresias, percebia a dificuldade de especificá-las. Havia o perigo de indicar, como heréticas, opiniões que não o eram (Ep. 222,2). Todavia, desde os primeiros tempos recolheram-se as leituras do cristianismo, julgadas heréticas (Just., Syntagma, que se perdeu; Hip. Refutatio omium heresium; Ps.-Tertul. Adversus omnes haereses CSEL 47, 213-226; Anôn. Anacephaleosis; Epif. Panarion [depois de 375-6]; Filástr., Diversarum haereseon liber [380-390]; Ps.-Jerôn., Indiculus de haeresibus [antes de 428]; Agost., De haeresibus [428-429]; Auctor Praedestinati [depois de 439]). A partir do séc. V estes manuais têm a finalidade pastoral de conhecer as heresias, ter as respostas a serem dadas, e o auxílio para enfrentar as novas. Depois do De praescriptione de Tertuliano, que indicava como alguém se torna herético, Agostinho propôs-se escrever o II livro do De haer. Sobre a questão "quid facit haereticum?", mas nunca foi escrito. Em Agostinho, como nos autores cristãos antigos, heresia não conota apenas um erro no plano lógico da fé, mas indica um grupo que adere a semelhante versão do cristianismo. O herético, posto por Paulo entre os que, cristãmente, estão afetados por um vício (1 Cor 11,18-19), indicava alguém que não havia feito uma justa escolha, ao contrário do que isto significava na grecidade (alguém capaz de uma justa escolha no âmbito de uma filosofia que se constituía como regra doutrinal relativa a costumes-instituições e sentimentos primários de um povo [Sexto Emp., Pyrrhon hypotyp. 1,16; Ps.-Plat., Defin. 412a]). O herético cristão conota uma escolha feita fora do âmbito do código de vida da comunidade; existe um julgamento privado que não leva em conta o da comunidade. Os heréticos, por isto, são indicados genericamente como "inimigos da fé" (Ambr., In os. 118, s. 13,6), conotando uma adesão pessoal ao que é contrário à fé. Nisto se distinguem dos cismáticos, que conotam não uma escolha a que aderem, mas, ao contrário, uma ruptura ou uma divisão na comunidade. Se eles lhe eram equiparados, isto se devia ao fato de que tanto a heresia como o cisma atentavam contra a unidade da comunidade cristã. Agostinho, ao qualificar um cristão como herético, exige a vontade má e a obstinação no erro, que se torna evidente quando é claro o conhecimento da regula fidei (De pcc. orig. 29,34; De bapt. C. Donatistas 4,16,23; De gest. Pel. 6,18; De anima et eius orig. 3,15,23). Não considera que se possa qualificar como heréticos os que nascem na heresia, porque sua opinião "não é fruto de sua audaz presunção, mas da herança recebida" (Ep. 43,1): Haereticus est, ut mea fert opinio, qui alicuius temporalis commodi et maxime gloriae principatusque sui gratia falsas AC novas opiniones vel gignit vel sequitur (De util. credendi 1).
Em relação à comunidade cristã, a ideia de "herético" sofreu verdadeira evolução de Tertuliano a Agostinho. Em Tertuliano não se lhe reconhece a appelatio fraternitatis, porque "o herético não é mais considerado cristão" (Praescr. 16,2). É equiparado, religiosamente, ao pagão e ao judeu, porque, com sua heresia, teria saído do veículo vital cristão que se tem no laço apostólico. O herege é um cristão corrompido (Praescr. 12 e 13; 23,5) que, no entanto, pode recuperar-se integralmente através da correptio(Praescr. 12,1 e 16,2). Cipriano vê o herético como alguém que perde seu ser cristão e, com isto, a possibilidade de salvação, porque se põe fora da unidade da Igreja (De unitate 4; Ep. 55,24). O herético, como o cismático, para poder reinserir-se na Igreja, tem necessidade, para Cipriano, de ser rebatizado, tese rejeitada pelo papa Estêvão (Ep. 74,1-2, entre as epístolas de Cipr.). Agostinho aprofundou o dado de que todos os batizados, em virtude do único e mesmo nascimento espiritual, são irmãos, apesar de viverem numa situação de separação (De baptismo c. Donatistas 1,5,10; 6, c. 30-34).
Se, no plano teológico, graças a Agostinho, ainda se acolhia uma unidade no plano sacramental também com o herético, este, depois da virada constantiniana, no plano social chegou a ser considerado não cristão (a respeito dos donatistas, no edito de 3 de agosto de 379 se diz "cum nec christiani quidem habeantur" CT XVI, 5,5; Ed. Mommsen) e, por isto, passível, do ponto de vista religioso público, das penas de praescriptio, previstas para a culpa de superstitio. Sua posição conquistou sempre mais uma conotação civil, permanecendo a correptio sacramental, também ela, um fato doravante de ordem eclesial pública. O herético não é mais um caso interno da Igreja, pertencente ao âmbito espiritual e à liberdade de consciência religiosa. A Ep. 93 de Agostinho, de 407-408, ao bispo donatista Vicente, é considerada como o documento histórico substancial do comportamento da Igreja diante do herético: um cristão dissidente a quem se pode infligir também a pena civil, com a prévia instrução, no entanto, como remédio de arrependimento. O primeiro herético, justiçado por suas convicções religiosas, foi erroneamente indicado em Prisciliano (matou-o o usurpador Maxêncio em 385). Antigamente um herético era considerado tal somente depois do afastamento por um certo período de tempo da comunhão eclesial, sancionado depois pela excomunhão oficial (sínodo de Constantinopla de 382, cân. 6: Joannou 1/1, 50-51).

("Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs", Ed. Vozes e Ed. Paulinas, 2002, pp. 665-6)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A Tirania dos Sonhos...


Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador. Joel 2:25
No livro The Seasons of a Man’s Life (As Fases na Vida de um Homem), o psicólogo Daniel Levinson propõe que cada homem adulto passa por uma série de fases específicas, as quais envolvem crises pessoais que governam suas emoções e atitudes, e até mesmo modelam seu comportamento. Uma dessas fases acontece na metade da vida. Ele identifica essa crise como a fonte de muitas das infelicidades das pessoas. Levinson se refere a isso como a “tirania dos sonhos”.
Sem limitar essas fases aos homens, creio que todos iniciam sua jornada com sonhos de como a vida será – sonhos de amor, felicidade, fama, sucesso e fortuna. Esses sonhos, às vezes, significam o desejo de um futuro melhor que o presente ou simplesmente representam nossas expectativas e esperanças. O problema é que, muitas vezes, a vida não “entrega” aquilo que foi sonhado. Em determinado ponto da existência, pode-se concluir que nunca veremos a realização de nossos sonhos. Muitas vezes, isso gera um sentimento de fracasso, vazio, falta de sentido ou mesmo culpa.
De modo contrário às histórias infantis, como Branca de Neve e Cinderela, que terminam com o clássico “felizes para sempre”, a realidade tem sua forma cruel de desmentir os sonhos. O problema daquelas historinhas é que elas têm apenas um capítulo, enquanto a realidade da vida revela os desdobramentos de muitos capítulos.
Tenho encontrado pessoas em “capítulos” avançados, algumas o casamento eu pude presenciar como convidado. Diante de divórcios, separações e mesmo ódio entre eles, pergunto-me onde estão aquelas pessoas que deixaram a igreja com brilho nos olhos? E o que dizer de crianças e jovens promissores que cresceram para trazer desespero aos que os amam? Ou outros que andaram em círculos? Ou, ainda, pessoas que iniciaram algum projeto promissor para terminarem desiludidas e fracassadas? A realidade demonstra que “príncipes e princesas” se tornam sapos. Sonhos viram pesadelos.
Contudo, podemos nos libertar da tirania de velhos sonhos e sonhar novamente. Israel fora arrasado por pragas, resultado de sua infidelidade. Praticamente nada sobrara da antiga glória. O texto de hoje, contudo, garante que o Senhor restituiria os anos que haviam sido consumidos. Com Deus, você pode sonhar novamente!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Adão e Eva...

Adão e Eva e as Roupas da Salvação

Logo após o pecado do homem no Éden, Adão e Eva se encontram expostos, vulneráveis, humilhados e nus.
“Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus;” Gênesis 3:7

E eles tentam cobrir-se, pegam folhas de figueira e fazem uma cobertura primitiva.

“e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.” Gênesis 3:7

A diferença é dramática. Adão e Eva encontram algumas folhas finas de figueira e fazem um tipo muito fraco e primitivo de cobertura, para esconder a sua nudez, enquanto que Deus providencia vestimentas “ideais”, feitas de couro, pele de animais, que são capazes de protegê-los do frio e das intempéries.Enquanto que o homem buscava apenas uma forma de esconder o seu estado nu, Deus o fornece roupas decentes. Enquanto que o homem só não queria estar nu em público, Deus age de forma gentil.
Apesar da desobediência e da alienação resultante do pecado, Deus age com ternura e cuidado para com o primeiro casal humano. Deus os veste, os protege, Ele cuida do homem, ainda que pecador. Hoje há todo um mundo de vestimentas e roupas, mas tudo começou com folhas de figueira. Foi por causa do comer do fruto proibido que o homem e a mulher tomaram consciência da sua nudez. Mas qual seria a natureza dessa nudez? Física ou espiritual?
adão e eva com folhas de figueira

Adão e Eva Tentaram Se Cobrir com Folhas de Figueira.

Era de se esperar que o pecado trouxesse consequências espirituais, entretanto, vemos que Adão e Eva respondem imediatamente no nível físico. Eles tentam cobrir seus corpos que tinham se tornados vulneráveis; eles ficam envergonhados e humilhados.
Mas e sobre as suas almas? Eles buscaram cobertura, vestimentas espirituais? Com certeza suas almas haviam sido impactadas, feridas e manchadas pelo pecado. Qual foi a reação deles?
Falando sobre esse assunto, o rabino Soloveitchik cita o seguinte texto:
“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias.” Isaías 61:10
Quando Adão e Eva pecam, eles perdem a roupa da salvação. O resultado é a perda da proteção divina, e do senso de proximidade e intimidade com o Criador. É a partir da aí que eles se sentem nus. A reação deles foi de cobrir seus corpos.
Aparentemente eles não se deram conta da vergonhosa nudez em que estavam as suas almas. No lugar da “roupa da salvação”, que havia se dissipado, eles tentam fazer pra si mesmos uma espécie de cobertura que não era suficiente para esconder a sua vergonha.
Deus entra na história e lhes faz uma nova roupa, matando um animal, derramando sangue de um inocente, para que pudesse cobrir o pecado do homem.
“Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;” Apocalipse 3:17
E nós temos este mesmo senso de cobrir, de “criar roupas” e estereótipos, em uma tentativa vã de vestir as nossas próprias almas, geralmente por meio de práticas puramente religiosas. Mas só há uma roupa capaz de nos cobrir, e é “de cor vermelha como o carmesim”.
Frequentemente nós queremos cobrir a nossa nudez espiritual, por meio de “penitências”, castigos auto impostos. O que é difícil é aceitar que o sangue do cordeiro foi derramado para destruir a nudez que foi iniciada lá no Éden.
Uma vez lavados nesse sangue, ocorre uma espécie de alquimia celestial, pois somos vestidos com tão brancas roupas, que passam a emitir luz, a luz primordial, que estava no princípio, e que um dia encarnou para ser a luz do mundo.
salvação
Jesus Nos Vestiu com as Roupas da Salvação.

Vestimentas de Luz?

Há uma tradição muito interessante, encontrada na Midrash:
“E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” Gênesis 3:21
Na Torá do rabino Meir, foi encontrado escrito “túnicas de luz”. Embora no texto original esteja escrito ´or עור significando pele ou couro, há uma semelhança notável com a palavra ohr אור “luz”.
E a Midrash usa esse paralelismo para ampliar o significado das roupas feitas por Deus, que foram dadas ao homem e a mulher após terem pecado no princípio.
O comentarista Rabbeinu Bahya, concorda que a Peshat – o sentido literal do texto – é que Deus fez roupas que traziam dignidade ao casal pecador.
Entretanto, de acordo com o entendimento de Bahya sobre a Midrash, estas eram como se fossem vestimentas de luz, especificamente a luz fundamental, que foi o primeiro ato da criação por Deus - “haja luz” – a luz que existia antes do sol e da lua.
Rabbeinu Bahya explica que como cada peça de roupa reflete a arte de quem a criou, esta vestimenta, feita por Deus, também refletia o divino. A intenção do Criador era de que o homem vivesse eternamente. Se não tivesse desobedecido a Deus, o homem seria imortal, como os anjos. Comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal trouxe a morte, a perda da imortalidade, mas as roupas feitas por Deus simbolizavam uma esperança, a promessa de que a vida eterna seria restabelecida no futuro, mas não sem antes ser pago o preço pela redenção. Bahya também sugere que o homem não tinha consciência da sua nudez no princípio, porque estava envolvido em uma espécie de vestimenta semelhante a que envolveu Moisés no Sinai, e que foi perdida com o pecado.
Quando Moisés desceu do monte pela segunda vez, a Torá descreve uma cena singular:
“E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com ele.” Êxodo 34:29
Rabbeinu Bahya está aqui sugerindo que algumas vezes, as palavras ´or “pele”, e ohr “luz”, podem ser conectadas. Esta é a significância do brilho da pele do rosto de Moisés.
A proximidade e a intimidade que Moisés teve com Deus suscitou nele a luz primordial, a luz que vestia o homem e a mulher no princípio, a luz da salvação, aquela mesma que o nosso Mestre veio restaurar.
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8:12
Moisés pôde experimentar as roupas da salvação, sendo envolvido com a Shekhinah (a divina presença), a proteção espiritual que estava em Adão e Eva antes de terem pecado, vestidos de luz e verdade. Mas o homem pecou, perdeu a preciosa luz, ficando na escuridão deformadora do pecado.
Vivendo o mundo pós-pecado, nós precisamos encontrar as vestimentas de luz e verdade para nossas almas. Em sua misericórdia, Deus olhou para o homem com amor, e lhe fez uma vestimenta nova. Ao derramar o sangue de um animal inocente para vestir o homem, já apontava para o sacrifício vicário de Jesus, que derramou seu sangue inocente, para nos vestir novamente com a verdadeira luz da salvação.
Por isso nossas almas se regozijam muitíssimo no Senhor, pois não fomos abandonados, Ele nos veste com as roupas da salvação, cobriu de uma vez por todas a nudez do pecado, nos fez íntimos, filhos de Deus outra vez.

Fonte de Estudos e Pesquisas: http://www.rudecruz.com

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Venda de Imóvel Próprio para Igreja!

Recebi e transcrevo a seguinte mensagem enviada por um irmão em Cristo do estado do Paraná, para quem possa interessar esse negócio:

Paz Pr.Julio Cesar Martins. Eu sou o Pr. Líbero Luis 
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Ela mede 129 metros, e suas divisões são:
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Região Metropolitana de Curitiba.
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JD. Arapongas Colombo PR. SEP: 83402-500
250 MIL. Aceito propostas. Pr. Libero Luiz
Fone: 41-96655271 tim - 41-88298652 claro liberoconsultor@hotmail.com
Me envie uma proposta.
Anuncie isto para outros pastores, pago a comissão.
O imóvel é meu, ai vai o facebook, Líbero Uiz Luiz

O contatos são direto com o proprietário Pr Libero, só estou divulgando para quem interessar possa.

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