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quinta-feira, 23 de abril de 2015

O campus é a seara...


O campus é a seara

Apesar das restrições e dos perigos, professores cristãos implantam universidades em nações fechadas como China e Coreia do Norte. 


O campus é a seara
Portas inusitadas para o Evangelho estão se abrindo em duas das nações que mais impõem restrições á fé cristã. Na China, celebrada por seu espetacular crescimento econômico, embora permaneça avessa à liberdade religiosa, e na ultrafechada Coreia do Norte – um dos últimos refúgios mundiais do comunismo ateísta –, é através do ensino superior que a Palavra de Deus ganha espaço. Universidades licenciadas pelo Estado, cuja administração e corpo docente são formados predominantemente por cristãos, estão colaborando para mudanças ainda pequenas, mas significativas. Através delas, por exemplo, cidadãos ocidentais podem entrar e sair livremente por fronteiras antes praticamente intransponíveis, levando consigo a Palavra de Deus. E tudo tem acontecido graças à iniciativa de empresários e intelectuais com forte senso de missão – tanto a educacional quanto a espiritual.
A poucos quilômetros da fronteira entre os dois países, no lado chinês, funciona, há 20 anos, a Universidade Yanbian de Ciência e Tecnologia (Yust, na sigla em inglês). Ela está localizada em Yanji, região com grande concentração de coreanos. Fundada pelo empresário James Kim, que tem cidadania americana e coreana, a instituição tem visto o número de estudantes crescer bastante nos últimos anos. Acusado, em 1998, de ser espião a serviço dos Estados Unidos, Kim escapou das ameaças de morte e hoje goza de respeito por parte das autoridades norte-coreanas. Seu maior desejo era o de fundar uma filial da universidade do lado de lá da fronteira. Há três anos, esse desejo tornou-se realidade, quando Kim, juntamente com administradores e conselheiros internacionais, fundou a Universidade Pyongyang de Ciência e Tecnologia (Pust), na capital do país.
A abertura de uma universidade privada no país mais refratário ao livre mercado é algo inédito, e pode ser considerado um milagre. A Pust cresce em ritmo acelerado, e à semelhança de sua congênere chinesa, tem corpo docente e funcionários majoritariamente cristãos. Em 2010, a universidade tinha 160 alunos. Desde então, o número de matriculados quase duplicou, tanto nos cursos de graduação como nos de pós. Além de engenharia elétrica e de informática, gestão internacional, agricultura e ciências humanas, a instituição planeja abrir cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de saúde pública, direito e engenharia mecânica. Kim montou uma sólida rede de colaboradores, quase todos cristãos, como o lorde britânico David Alton; Malcolm Gillis, ex-presidente da Universidade Rice e atual co-presidente do conselho de Pust; e Peter Agre, vencedor do Prêmio Nobel de Química e diretor do Instituto de Pesquisa de Malária Johns Hopkins. O reitor de Yanbian, Chan-Mo Park, já presidiu Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia, prestigiada instituição norte-coreana.
Essas duas universidades irmãs estão se aproveitando de uma tendência crescente da educação superior global – a grande demanda por professores universitários falantes da língua inglesa. Daryl McCarthy, presidente do Instituto Internacional de Estudos Cristãos (IICS), diz que há, hoje, muitas oportunidades para que acadêmicos cristãos deem aulas no exterior: "Estive reunido com dezenas de autoridades de universidades públicas ao redor do mundo que, muitas vezes, imploraram para que professores viessem ensinar em suas instituições". A organização que ele dirige empregou docentes em universidades públicas de 23 países.
AMIZADE E EVANGELISMO

Há muitos anos, Ray Lewis, um professor de biologia da Universidade Wheaton (EUA), conheceu Joshua Song, que trabalhava, na época, como professor auxiliar de física. Song, que também era professor da Yust, apresentou Lewis a vários estudantes daquela faculdade, inclusive a um aluno de graduação que havia se convertido ao cristianismo quando frequentava as aulas na Yanbian. As histórias que Song compartilhou com esses alunos chamaram a atenção de Lewis. Em 2011, o professor de biologia decidiu passar um período sabático na Yust junto com sua mulher, embora nenhum dos dois falasse coreano ou mandarim. Encontrou uma realidade totalmente nova e desafiadora. Vindo de um campus onde era normal iniciar as aulas com devocionais e reflexões bíblicas, ele agora se encontrava em um ambiente onde era obrigado a assinar um contrato pelo qual se comprometia a não evangelizar os alunos. Em Yanji, na China, a única opção que tinha para frequentar cultos era um serviço realizado em um crematório reformado.
Durante o dia, Lewis dava suas aulas de genética numa turma de uns 30 alunos, inclusive chineses e coreanos que apresentavam níveis variáveis de proficiência na língua inglesa. "Alguns deles nem deveriam estar ali, já que as aulas eram dadas em inglês", lembra. Teve, então, uma ideia. Resolveu convidar os estudantes para irem até sua casa jantar e desenvolver conversações em inglês. O interesse foi grande, e nessas ocasiões, o professor e sua mulher faziam pequenas reflexões bíblicas, tanto na língua inglesa quanto em coreano. Apesar das restrições existentes para testemunhar sua fé, Lewis e outros professores crentes da Yust conseguiam muitas vezes desenvolver relações de amizade com os alunos, o que acabava trazendo oportunidades para eles falarem de Cristo. O estudo bíblico doméstico incluía dois alunos coreanos, dois chineses e um outro professor.
Uma vez que se tornaram ainda mais próximos, essas aulas de idiomas se transformaram em verdadeiros estudos da Palavra de Deus. "Nós líamos as passagens bíblicas em voz alta. Eu explicava um pouco em inglês e o professor explicava depois em coreano". Devido à profundidade de seu relacionamento com os estudantes, Lewis era capaz de adequar o tema das aulas às suas vidas pessoais. "Além da tradução das palavras, nós tentávamos transmitir o significado das passagens que líamos, fazendo com que eles entendessem quem é Jesus Cristo e o que significa segui-lo.", explica Lewis. As reuniões terminavam com orações. Naturalmente reservados, os alunos orientais raramente perguntavam alguma coisa, mas estavam sempre dispostos a ouvir e aprender mais.
Com o tempo, outros professores crentes da faculdade também recebiam os estudantes em suas casas. Ficou logo evidente que, desde que fossem cuidadosos e não organizassem cultos mais explícitos, não seriam incomodados. "Se não realizarem batismos na banheira dos dormitórios e evitarem reuniões abertas, algo que as autoridades não poderiam ignorar, eles provavelmente não terão problemas", afirma o professor Daniel Bays, especialista em estudos asiáticos.
Não por acaso, a Coreia do Norte tem sido um grande foco dos cristãos no mundo inteiro há muitas gerações. Dominado pela ditadura hereditária implantada por Kim Il-Sung desde a fundação do país, em 1948 – quem está no poder agora é seu neto, Kim Jong-um –, a Coreia do Norte já nasceu comunista, com resultado da partilha do poder mundial entre as potências ganhadoras da II Guerra Mundial. Após um conflito que, oficialmente, ainda não terminou com a vizinha do sul, o país mergulhou num período de terror e miséria como vassalo da extinta União Soviética. Um número indefinido de cristãos foram mortos por causa de sua fé e pelo menos 3 milhões de pessoas sucumbiram à fome decorrente da pobreza e do isolamento mundial imposto pelo regime, que impede até a chegada de ajuda humanitária. O evangelismo tradicional é praticamente impossível e a missão Portas Abertas, dedicada à defesa da liberdade religiosa, classifica a Coreia do Norte como o país que mais persegue cristãos hoje.
"OUVIDOS NA PORTA"

Em um contexto como esse, os professores da Universidade Pyongyang de Ciência e Tecnologia lecionam dentro de um ambiente altamente estruturado e têm pouco contato com seus alunos fora da sala de aula. Segundo Bays, na China, um professor visitante que passasse dos limites seria deportado e os alunos envolvidos, chamados para uma conversa nos departamentos estatais de controle. Na Coreia do Norte, no entanto, a penalidade pode ser muito mais severa, incluindo a prisão do estrangeiro por praticar o cristianismo. "Pelo que já li a respeito, se você for pego em um pequeno grupo participando de um culto de adoração cristã, pode ser mandado para campos de prisão por vários anos", diz ele. É difícil levar informações para fora do país, uma vez que o governo central limita fortemente a comunicação com o mundo exterior, inclusive através de censura na internet. Há pouca consciência a respeito do sistema de ensino superior da Coreia do Norte. "Francamente, ninguém nos EUA tem uma sólida compreensão acadêmica sobre o que está acontecendo naquele país.", disse Bays.
Recentemente, as missões cristãs voltaram a focar nos norte-coreanos que vivem fora do país, principalmente naqueles que estão na China. A Yust acolhe a um pequeno contingente deles. "Eu sabia que havia alguns estudantes da Coreia do Norte", destaca Lewis. "Nunca tive a oportunidade de falar com eles, pois são muito fechados". Para piorar as coisas, a embaixada norte-coreana de Pequim se mantém atenta a seus cidadãos que vivem no exterior para se certificar de que não haja problemas. Contudo, o modelo de educação que James King implementou nas duas nações asiáticas mostra uma promessa para o futuro do evangelismo em países fechados para missões tradicionais. Apesar de esses governos serem avessos à religião, eles estão desesperados por ajuda, principalmente na área da educação superior. Um número cada vez maior de professores americanos está dando aulas no exterior. Mas não há uma quantidade suficiente de docentes qualificados, falantes do inglês, para suprir a demanda. "Há, portanto, uma grande oportunidade para professores, cristãos ou não, de lecionarem fora dos Estados Unidos", afirma Daryl McCarthy, do IICS. "Na Ásia e no Oriente Médio, esse desejo de falar inglês está impulsionando uma maciça explosão na educação. As principais publicações são em inglês, portanto essas pessoas precisam aprender a língua". As duas regiões ocupam grande parte da chamada Janela 10-40, imensa região imaginária do globo que abriga a maior parte da humanidade que não conhece a Cristo.
Apesar disso, e das iniciativas pioneiras das universidades fundadas na Coreia do Norte e na China, McCarthy acha que o imenso campo missionário, formado pelos mais de 100 milhões de estudantes universitários de fora dos EUA – que considera um grupo ainda não alcançado –, está sendo negligenciado. "Estamos percebendo que muitos acadêmicos cristãos preferem a segurança de lecionar em uma instituição cristã, ou até mesmo em uma secular dentro dos Estados Unidos. Eu até conheci gente que prefere trabalhar em lanchonetes a dar aulas no exterior. Muitos universitários são relutantes a mudar suas vidas e abandonar suas paixões acadêmicas para se dedicarem ao evangelismo em uma nação estrangeira". No entanto, ele acredita que sua missão seja educar as pessoas por inteiro, e não apenas a esfera espiritual. "Salvar as almas sem salvar as mentes não trará frutos em longo prazo", ele diz. "Somos, antes de tudo, universitários. Para nós, nosso ministério é ensinar, e fazemos isso porque esse é o nosso chamado. É isso que faz de nós um grupo de acadêmicos que pensam e vivem de maneira diferente".
Lewis vai na mesma direção e afirma que, para ele, o chamado é integrar a fé e o aprendizado, principalmente na Yust. "A missão é a educação", enfatiza. "O departamento onde trabalhei era todo formado por cientistas com Ph.D. Era, no entanto, totalmente conectado com os programas de evangelismo". Ele, agora, está buscando maneiras de estabelecer vínculos entre a Universidade Yanbian e a da Wheaton que também inclua os estudantes, e não apenas alunos. A Fundação Yust-Pust já funciona em Chicago, sob a liderança do professor Song. A ideia é adaptar o modelo até aqui bem sucedido para outras nações fechadas ao Evangelho. Porém, Lewis sabe que, sempre que o anúncio do Evangelho se torna um elemento presente no ambiente acadêmico, há uma série de pressões decorrentes disso – ainda mais em uma realidade de perseguição religiosa de fato. "Trata-se de uma pressão sutil; a pressão constante de saber que se está sob vigilância. Os e-mails e ligações telefônicas são monitorados", explica Daryl McCarthy. "Às vezes, as pessoas colocam seus ouvidos colados, literalmente, à porta para ouvir as conversas. Tem que haver sempre um equilíbrio entre a transparência e a discrição." (Tradução: Julia Ramalho)
Fonte de Estudos e Pesquisas: Andrew Thompson é formado em comunicação na Wheaton College e foi estagiário na revista Christianity Today

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Feliz dia da Terra...

Feliz Dia da Terra! Para todos nós, povos e nações de toda a face da Terra, que somos seus habitantes, que sejamos mais conscientes em nossos atos para preservação de nosso mundo, não somente hoje mais para todo o sempre...



Dia da Terra 2015


No princípio criou Deus o céu e a terra. Gênesis 1:1

terça-feira, 21 de abril de 2015

A Bíblia para o mundo todo...

A Bíblia para o mundo todo

Campanha do Último Idioma pretende iniciar a tradução das Sagradas Escrituras para todas as línguas até 2025.

    A Bíblia para o mundo todo

    Desde a Septuagintatradução da Torá hebraica para o gregorealizada por volta do 3º século antes de Cristo, nenhum outro livro foi tão traduzido,publicado e disponibilizado à humanidade quanto a Bíblia. Ao longo daHistória, a Palavra de Deus já foi traduzida, no todo ou em parte, paralínguas faladas em todas as latitudes da Terra. De idiomas globais, como o inglês e o espanhol, a dialetos falados por pequenas tribos com não mais de algumas centenas de indivíduos, as Sagradas Escrituras estão hoje acessíveis a mais de 90% da humanidade, numa linguagem que podem entender. No entanto, ainda há muitopor fazer. Estima-se em cerca de 4 mil as línguas e dialetos hoje existentes em que não há sequer um livro daBíblia traduzido. Fazer a Palavra de Deus chegar aos falantes desses idiomas – quase 350 milhões de pessoas – é um desafio fundamental para que se cumpram as profecias bíblicas que condicionam o segundo advento de Cristo à disseminação do Evangelho por toda a Terra.
    O primeiro passo já foi dado. Lançada em 2008, a Campanha do Último Idioma – Visão 2025 pretende que, até aquele ano, tenham sido iniciados trabalhos de tradução bíblica em cada uma das línguas em que ela ainda é inédita. O esforço, orçado em mais de US$ 1 bilhão (cerca de 1,8 bilhões de reais) é capitaneado pela Aliança Global Wycliffe, entidade internacional de tradução da Bíblia que congrega mais de 100 organizações em todo o mundo (ver quadro). Uma de suas parceiras na empreitada é a Sociedade Internacional de Linguística (SIL), tradicional organização cristã fundada em 1934 e que já realizou investigações científicas acerca de 2,6 mil línguas. E, passado três anos do início dessa mobilização, fica claro que não se trata de uma missão impossível. De acordo com Paul Edwards, diretor executivo da campanha, muitos passos já foram dados nesta direção. “Estamos no nosso melhor ano de todos em número de traduções já iniciadas”, garante. “Deus irá nos fornecer pessoas capacitadas e recursos para, finalmente, terminar esse esforço de mais de 2 mil anos.”
    Os números recentes alimentam o otimismo. Em 1999, a própria Wycliffe fez uma estimativa segundo a qual seriam necessários cerca de 150 anos até que a última tradução fosse iniciada. Apenas dez anos depois, quinhentas traduções já estavam em andamento, a um ritmo médio de setenta e cinco novos idiomas por ano. E a tendência é o aumento gradativo na produtividade e abrangência do trabalho. Edwards credita o avanço às modernas tecnologias e a novas abordagens para a tradução da Bíblia, mesmo que para idiomas que não possuem forma escrita – as chamadas línguas ágrafas, como as faladas pelos indígenas brasileiros (ver quadro na seção CH Informa, na página 7 desta edição). Softwares de última geração permitem que os tradutores consigam analisar com precisão as particularidades de cada idioma, facilitando o trabalho de elaboração escrita. Além disso, a tecnologia representou o fim do penoso trabalho com papel e caneta, feito muitas vezes em regiões remotas, que necessitavam de transporte físico até centros mais avançados para, só aí, serem catalogados. Agora, um estudioso que esteja embrenhado na selva pode enviar textos para análise e tradução a partir de laptops, com comunicação via satélite. “É extraordinário esse ganho de tempo”, entusiasma-se Edwards.
    MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL
    A Campanha do Último Idioma, na verdade, não é apenas um esforço de natureza religiosa. É, também, uma iniciativa que visa a levar a povos isolados, muitas vezes vivendo em condições semelhantes às da Idade da Pedra, projetos de saúde e desenvolvimento comunitário. Para isso, estão sendo formadas equipes multidisciplinares, contando com a maior quantidade possível de integrantes autóctones. Ao contrário de outros tempos, em que a presença do chamado “homem civilizado” representava o fim das traduções culturais locais e a imposição de um estilo de vida ocidental, hoje o trabalho é feito com rigores antropológicos. O objetivo é oferecer ferramentas para que cada indivíduo, seja em qual cultura for, possa conscientemente fazer sua escolha pessoal em relação ao Evangelho, sem abrir mão do próprio modo de vida.
    A Wycliffe também está usando uma nova abordagem, com tradução com equipes de grupos de tradução de línguas semelhantes ao mesmo tempo. Assim, é possível trabalhar com até uma dúzia de idiomas semelhantes, oriundas do mesmo tronco – como o italiano, o português e o espanhol, todas neolatinas – ao mesmo tempo. Outra inovação é não usar a cronologia para determinar o ponto de partida de tradução. Em vez disso, as equipes traduzem as histórias do Novo Testamento, que podem então ser rapidamente compartilhadas por contadores de história orais com os falantes daquele idioma. “Com uma mobilização adequada da Igreja, informações sobre as necessidades, engajamento do povo de Deus e muitas parcerias, é perfeitamente possível alocar uma equipe de tradutores em cada uma dessas línguas até o ano 2025”, atesta o pastor José Carlos Alcantara da Silva, secretário executivo da Associação Linguística Evangélica Missionária (Alem). A instituição atua no Brasil promovendo treinamento em linguística e missiologia e realiza traduções das Escrituras para idiomas indígenas (ver entrevista na pág ??). No momento, um de seus principais projetos é a Bíblia completa na língua kaiuá, falada por um dos maiores povos indígenas do país, que deve estar pronta em três anos.
    “Qualquer projeto da Wycliffe, referência mundial para a tradução da Bíblia em todos os idiomas conhecidos, será sempre muito bem recebido pelo povo de Deus em todas as partes do mundo”, elogia, por sua vez, Almir dos Santos Gonçalves Jr, da Junta de Educação Religiosa e Publicações, entidade ligada à Imprensa Bíblica Brasileira e que já distribuiu mais de 20 milhões de exemplares no país. Com larga experiência na área, o professor Vilson Scholz, doutor em Novo Testamento e consultor de traduções da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), destaca a essencialidade desse trabalho na evangelização mundial: “Se nós valorizamos – e muito – o fato de podermos ouvir a palavra de Deus em nossa língua materna, por que não admitir que o mesmo vale para cada ser humano, mesmo que faça parte de menor comunidade linguística deste mundo?”, questiona.
    Para Rudi Zimmer, brasileiro que preside a Diretoria Mundial das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU) – entidade que congrega cerca de 150 associações nacionais voltadas à tradução, produção e distribuição das Escrituras em todo o mundo –, o esforço concentrado para disponibilizar conteúdos bíblicos em todas as línguas é o coração do trabalho missionário: “Só a partir da tradução pode-se levar a Palavra de Deus a todas as pessoas no mundo”, diz. Segundo ele, embora as SBU não tenham adotado especificamente a Visão 2025, a tendência é no sentido do maior envolvimento local no trabalho de tradução “Portanto, caberá às sociedades bíblicas nacionais a liderança nos projetos e na provisão de recursos”. Zimmer informa que as SBU estão promovendo consultas de âmbito mundial para definir estratégias orientadoras desse trabalho para as próximas décadas. “Por outro lado, estamos cientes de que a imensidão da tarefa exige a cooperação de todas as agências de tradução; por isso buscamos, sempre que for possível, fazer alianças, a fim de multiplicar os resultados”, conclui.
    O ministério da tradução
    Desde 1º de fevereiro deste ano, a Wycliffe Internacional, com sede em Cingapura, adotou novo nome: Aliança Global Wycliffe. A iniciativa visa fazer uma adequação aos novos tempos, em que qualquer atividade pode ser melhor desempenhada mediante parcerias, bem de acordo com o lema da entidade – “Parceiros na tradução da Bíblia”. Atualmente, cerca de 105 organizações internacionais, inclusive no Brasil – como a Associação Lingústica Evangélica Missionária (ALEM) e a Associação Internacional de Linguística no Brasil (SIL), entre outras –, são ligadas à Aliança Wycliffe, que conta com pessoal proveniente de mais de 50 países e envolve cerca de 6,5 mil pessoas em organizações parceiras de todo o mundo. Mais informações sobre a Campanha do Último Idioma e notícias sobre o que o ministério de tradução bíblica tem feito no Brasil e no mundo podem ser obtidas pelos siteswww.wycliffe.net/Home/tabid/37/language/pt-BRwww.sil.org/americas/brasil 
    “A Igreja brasileira tem muito a contribuir”
    O pastor José Carlos Alcantara da Silva, secretário-executivo da Associação Linguística Evangélica Missionária (ALEM), conversou com CRISTIANISMO HOJE sobre o desafio da tradução bíblica. Segundo ele, a Igreja brasileira, com todo seu dinamismo e recursos, tem muito a fazer por este tipo de ministério:
    CRISTIANISMO HOJE – Qual é o tempo que se leva para traduzir a Bíblia para um outro idioma?
    JOSÉ CARLOS ALCANTARA – O tempo médio para se concluir uma tradução depende do contexto e de outras variantes. Se a língua para a qual a Bíblia vai ser traduzida é um idioma que já foi analisado e já possui uma grafia, a tradução será feita em tempo menor. Caso contrário, o tradutor terá que fazer uma análise linguística, estabelecer um alfabeto e só então começara a traduzir. Temos casos de traduções que duraram 40 anos de trabalho e outras que foram feitas em até uma década – sobretudo, quando já existe uma tradução em língua próxima, da mesma família, ou porque a análise linguística já estava pronta.
    Entidades como a ALEM contam com a colaboração de igrejas, instituições e organizações missionárias?
    Contamos com algumas parcerias que têm contribuído significativamente para o avanço do trabalho de tradução no Brasil. Há igrejas que amam a Palavra de Deus e entendem o valor e significado das Escrituras Sagradas para a evangelização do mundo e o alcance do coração das pessoas. Elas nos apoiam de maneira prática, sustentando missionários tradutores, orando e até arcando com os custos de impressão de bíblias nas línguas autóctones. Também há colaboração entre organizações missionárias que entendem o valor da Bíblia na língua materna de cada povo. Organizações como a Associação Internacional de Linguística (SIL), Missão Evangélica da Amazônia (MEVA), Missão Novas Tribos do Brasil, Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Nacional e Aliança Global Wycliffe, dentre outras, são entidades que têm trabalhado juntas para que os povos do Brasil e no mundo tenham a Bíblia na língua que lhes fala ao coração. Por sua vez, o trabalho da Sociedade Bíblica do Brasil tem sido altamente relevante na parte técnica de diagramação e impressão das bíblias traduzidas pelas organizações parceiras.

    Quantas pessoas, no contexto da Igreja brasileira, estão envolvidas com este tipo de trabalho?
    A Igreja brasileira ainda tem muito a contribuir com o movimento de tradução da Bíblia no Brasil e no mundo. Proporcionalmente, o número de missionários brasileiros que trabalham em campos transculturais é muito pequeno – eles não passam de quatro mil – em relação ao número de igrejas e de cristãos evangélicos no país. Se pensarmos em tradutores da Bíblia, este número será reduzido a algumas dezenas. Se a Igreja brasileira entender que tem uma grande oportunidade de servir a mais de 2 mil povos, proporcionando a eles a Palavra de Deus e todas as ações provenientes dela e se engajar neste movimento de tradução como uma tarefa sua, e não de terceiros, dará uma grande contribuição para a consumação da obra de Deus no mundo.
    Fonte de estudos e pesquisa: http://www.cristianismohoje.com.br/materias/missoes/a-biblia-para-o-mundo-todo

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