Visite nossa Página no JUSBRASIL

Site Jurídico

sábado, 18 de outubro de 2014

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal...

Os Decretos Divinos e a Origem do Mal (IV)

“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste;
cheia está a terra das tuas riquezas”

A Natureza dos Decretos Divinos

Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os decretos são:

Imutáveis, pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho:

“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.[1]

Exeqüíveis, pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).

Inquestionáveis“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35).

Absolutos, o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado (At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2). [2]

Fundamentados na sabedoria divina“.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas” [3].

Eternos, isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo.

Livres, as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser.
Permissivos no campo moral e espiritual.Podemos afirmar que o decreto divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode ser dividido em dois aspectos: por designação epermissão divina. É a segunda categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir:
Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen:
“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para salvar quem quer que fosse” .[4]
Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof:

“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)”. [5]
Para abordarmos o tema sobre a origem do pecado e o problema do mal é necessário percorremos os corredores lexicográficos das Escrituras.
Notas
[1] Confess. XII, xv.
[2] L.BERKHOF. Manual de Doutrina Cristã, p.84 .
[3] Ibid.
[4] Teologia Sistemática, p. 101
[5] Manual de Doutrina Cristã, p. 85Notas

Entendendo o Livro de Apocalipse...

Revelação ou mistério?


Que ironia! O último livro da Bíblia começa com as palavras:  "Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu para mostrar  ..." (Apocalipse 1:1). Entretanto, para muitos leitores da Bíblia, este livro é mais um livro de mistério e confusão do que revelação e esclarecimento. É iminente o Armagedom? Estão as novas políticas econômicas introduzindo a marca da besta? O que são os 1000 anos do capítulo 20? As questões continuam enquanto as respostas dos homens -muitos deles mal orientados- se multiplicam.
Autores sensacionalistas vendem milhões de livros ligando estas imagens bíblicas com as manchetes do dia. Igrejas atraem multidões atualizando a Bíblia Sagrada - especialmente seu livro final - como uma mensagem específica para os tempos modernos. Uma grande variedade de seitas emergem nos tempos modernos por causa dos homens que declaram que as profecias apocalípticas estão sendo cumpridas agora.
O que o estudante honesto da Bíblia deveria fazer com este livro no fim da Bíblia? Deveríamos nos retrair com medo dos cumprimentos assustadores nos noticiários da noite? Deveríamos orgulhosamente cantar vitória sobre as forças do mal cada vez que uma nação ou líder ímpio cai do poder? Deveríamos fechar nossas Bíblias em perplexidade e confusão, concluindo que este livro esconde mais do que revela?

Visite Nossa Loja Parceira do Magazine Luiza - Click na Imagem

Mensagens de Bom Dia com Deus - Good morning messages with God - ¡Mensajes de buenos días con Dios

Bom Dia com Deus

Canal Luisa Criativa

Aprenda a Fazer Crochê

Semeando Jesus