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domingo, 21 de setembro de 2014

O Êxodo...

[Arqueologia Bíblica] O Êxodo
Figura 1 – Travessia do mar pelo povo hebreu após saída do Egito

E quanto à presença de hebreus no delta do Nilo? Podemos acreditar acreditar que foram os descendentes de Jacó que construíram alguns dos monumentos hoje encontrados no Egito? Entre os modernos cidadãos do Cairo (mulçumanos na sua maioria) chega a ser uma “tolice” supor tal possibilidade. Certa vez, fiz o teste de perguntar a um guia junto às pirâmides de Saqqara, qual a sua opinião sobre a possibilidade dos hebreus haverem contruído alguns daqueles monumentos. Seu semblante que havia sido alegre durante todo o dia decaiu repentinamente e percebi logo que falar de “história hebraica” num ambiente islâmico era algo proibido, mesmo se tratando do Egito que mantêm relações diplomáticas com Israel. Assim, fico me perguntando se o motivo por detrás da negação do Êxodo não é, na verdade, um preconceito étnico recheado de razões políticas que temem fermentar o conflito árabe-israelense caso se confirme o triunfo hebreu descrito na Bíblia.
Mas o método científico não deve contemplar nenhum tipo de xenofobismo. Uma pesquisa séria, desprovida de nacionalismos, deve ser feita para averiguar a realidade dos fatos que nos interessam. Realmente, devemos admitir que não foi encontrada ainda uma menção direta nas fontes egípcias acerca da opressão dos hebreus ou da saga de Moisés. Afinal, como dissemos, ainda há muito a ser descoberto sobre a própria história dos faraós. Ademais, lembremos, havia a prática de alguns monarcas apagarem dos monumentos oficiais, relatos de conquistas que aconteceram antes de seu governo e, em virtude disso, muita coisa está definitivamente perdida. Entretanto, existem algumas preciosas evidências que nos levam a crer que a Bíblia esteja correta ao contar esta magnífica história do Êxodo.
O próprio relado da opressão possui um detalhe que não pode ser passado por alto. O texto bíblico diz que:
“os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo” (Êxodo 1:13-14)
É impressionante ver que até hoje moradores pobres das margens do Nilo mantêm a mesma prática milenar de produzir tijolo com barro tirado do próprio rio e misturá-lo com palha como, aliás, a Bíblia menciona acerca dos hebreus, em Êxodo 5:6.
Esse episódio, caso não fosse real, só poderia ter sido criado a partir de coisas que o escriba estivesse acostumado a ver. Contudo, é significativo o fato de que o fabrico de tijolos não era corrente em Jerusalém, onde as edificações eram normalmente feitas de pedras. O mesmo se pode dizer dos babilônicos que, embora fabricassem tijolos, os faziam com técnicas muito mais avançadas que os egípcios, usando, inclusive, fornos elevados a altas temperaturas que dispensavam o secamento do tijolo à luz do sol. Portanto, só resta sugerir que o autor bíblico descrevia uma prática que ele mesmo testemunhara não na Babilônia ou em Jerusalém, mas no próprio Egito.
O dia a dia das olarias egípcias está bem preservado em vários desenhos que decoram as paredes das tumbas egípcias. Uma, em especial, merece ser mencionada. Ela pertenceu a um vizir chamado Rekhmire, que viveu sob o domínio de Tutmés III, cerca do século 15 a.C., isto é, perto da época do Êxodo. Ali temos várias cenas de trabalhadores braçais semitas (muitos deles, certamente hebreus) fabricando tijolos, à semelhança do que descreve o relato bíblico. Os capatazes egípcios são representados com varas nas mãos chicoteando impiedosamente os trabalhadores escravos.


Figura 2 – Semitas fazendo tijolos com barro conforme Êxodo 1:13-14 | pond = lagoa | brick wall = parede de tijolos | Tumba de Rekhmire, o vizir em Tebas, datada no período de Tutmés III. (Fonte: Bible.ca).

Desenhos ornamentais encontrados num dos templos de Tebas, mais precisamente no complexo de Karnac, mostram a figura de um egípcio tendo em sua mão uma vara levantada, dizendo aos trabalhadores: “a vara está em minha mão! Não sejam preguiçosos!”. Noutra parede, um relevo de Tutmés III mostra o faraó em pessoa espancando um escravo siro-palestino (ou seja, hebreu) e levantando-o pelos cabelos em sinal de extrema humilhação. O escravo, que acabara de ser subjugado, ergue as mãos implorando misericórdia. Foi uma cena dessas que serviu de impulso para explodir a ira de Moisés, levando-o a matar o feitor egípcio (Êxodo 2:11-15).



Um dos principais capitães do faraó Ahmose I, que liderou suas tropas na guerra contra os hicsos, também se chamava Ahmose (talvez em homenagem ao rei que ele tanto admirava!). Sua tumba foi descoberta pelos arqueólogos e hoje pode ser visitada na vila de El-Mahamid, a poucos quilômetros ao sul de Luxor. As paredes do túmulo seguem  a cultura egípcia de descrever a vida do morto e, portanto, estão repletas de inscrições contando as proezas do capitão a serviço do faraó. O texto descreve sua coragem frente aos inimigos hicsos e relata o nome de dezenove escravos que lhe foram dados pelo próprio rei como prêmio pelas batalhas vencidas. O curioso é que a maioria dos alistados tem nomes semitas, pelo que não nos parece impossível supor, com boa probabilidade de acerto, que se tratassem de escravos hebreus! Não podiam ser escravos hicsos (embora também fossem semitas) porque esses, quando dominavam o Baixo Egito, adotaram inteiramente os costumes egípcios. Não somente se autoproclamaram “faraós”, como também seguiram a religião local e assumiram nomes totalmente egípcios para si e seus filhos. Portanto, os hebreus ainda permanecem como os mais fortes candidatos para a lista encontrada no túmulo de Ahmose.

AS PRAGAS
De todas as evidências que poderíamos citar a favor do Êxodo, nenhuma é tão espetacular quanto o testemunho externo das pragas que ocorreram no Egito. Ao que tudo indica, esse foi um vexame notório que ficou registrado por muitos anos na mente do povo. Tanto é assim que Deodoro Siculo, um tardio historiador grego do 1° século a.C., escreveu o seguinte testemunho que permanece até hoje:
“Nos tempos antigos houve uma grande praga no Egito e muitos a atribuíram ao fato de Deus estar ofendido com eles por causa dos estrangeiros que estavam em seu país (…) Os egípcios concluíram que, a menos que os estrangeiros fossem mandados embora de seu país, eles jamais se livrariam de suas misérias. Sobre isso, conforme nos informaram alguns escritores, os mais eminentes e estimados daqueles estrangeiros que estavam no Egito foram obrigados a deixar o país (…) [portanto] eles se retiraram para a província que agora se chama Judéia. Ela não fica longe do Egito e estava desabitada na ocasião. Aqueles emigrantes foram pois conduzidos por Moisés, que era superior a todos em sabedoria e poder. Ele lhes deu leis e ordenou que não fizessem imagens de deuses, pois só há um Deus no céu que está sobre tudo e é Senhor de tudo”[1]
As ruínas da cidade de Avaris também possuem marcas do que poderiam ser as pragas do Egito. Não obstante, o papiro de Ipuwer, encontrado no Egito em 1820, é o que mais nos interessa por sua clara conexão com o Êxodo. Imediatamente após descoberto, ele foi levado para o museu da Universidade de Leiden, na Holanda, onde permanece até hoje. Seu texto, decifrado originalmente por Alan H. Gardner, só veio a público após 1909 e revelou um conteúdo surpreendente.

Figura 4 – Papiro de Ipuwer, sacerdote egípcio, que descreve algumas pragas relatadas em 
Êxodo 7

Trata-se de um lamento e admoestação cerimonial escrito por um antigo sacerdote egípcio chamado Ipuwer. Ele se dirige diversas vezes ao faraó, questionando acerca do que estaria acontecendo na terra do Nilo. Afinal, segundo sua declaração:
“Os estrangeiros [hebreus?] vieram para o Egito (…) [eles] têm crescido e estão por toda parte [lit. “em todos os lugares, eles se tornaram gente”] (…) o Nilo se tornou em sangue (…) [as casas] e as plantações estão em chamas (…) a casa real perdeu todos os seus escravos (…) os mortos estão sendo sepultados pelo rio (…) os filhos dos nobres estão morrendo inesperadamente (…) o [nosso] ouro está no pescoço [dos escravos?] (…) o povo do oásis está indo embora e levando as provisões para o seu festival [religioso?]”[2]
Essas palavras nos soam muito parecidas com as pragas descritas em Êxodo 7:14-24, especialmente a primeira e a última. A referência  aos escravos que agora se vão e ainda levam consigo algumas riquezas parecem ecoar o comentário bíblico de que os hebreus foram e “pediram aos egípcios objetos de prata e ouro (…) de modo que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios” (Êxodo 12:35-36).
Ainda existe um debate acerca do período ao qual as admoestações de Ipuwer se referem. Embora o manuscrito tenha sido escrito entre a 19° ou 20°dinastia (1335-110 a.C.) seu original certamente pertence a um tempo anterior. Não tão antigo como propõe John Wilson (que atribui a antes de 2050 a.C.)[3], nem no período hicso, como faz supor Van Seters[4], mas certamente nalguma ocasião imediatamente anterior ao Êxodo, quando as pragas castigavam o delta do Nilo.

O FARAÓ DO ÊXODO


Existe um detalhe em Êxodo 1:11 que ainda intriga os pesquisadores. O texto diz:
“E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiro, Pitom e Ramesses”.
Que cidades seriam essas? Embora não exista hoje no Egito nenhuma metrópole com tais nomes, é certo que houve um faraó chamado Ramsés II que governou de 1292-1225 a.C., durante a 19° dinastia, e construiu uma cidade chamada Pi-Ramese ou “casa de Ramsés”.
Um sítio arqueológico localizado por volta da década de 1930, em Tânis (atual San el-Hagar), a nordeste do delta, revelou a presença de enormes edifícios e várias estátuas de Ramsés. Desde então, os especialistas passaram a crer que seria essa a cidade mencionada em Êxodo e que teria sido edificada pelos hebreus.
Contudo, estudos posteriores enfraqueceram tal hipótese. Percebeu-se que as pedrarias, monumentos e inscrições desenterradas em Tânis não estavam em sua posição original, algumas jaziam de ponta cabeça, ou viradas para o lado. Os alicerces, também não coincidiam com a estrutura que estava por cima deles. Logo, o mais provável é que o templo e outros edifícios não pertencessem àquele lugar, mas tivessem sido transportados para ali, bloco por bloco, numa data bem posterior ao reinado de Ramsés II.
Hoje, o consenso quanto à localização original de Pi-Ramese é o de identificá-la com a moderna Tell el-Dab’a, ou seja, o mesmo sítio que abriga as possíveis ruínas do palácio de José e que mencionamos em capítulo anterior. Ela se localiza a trinta quilômetros de Tanis, e a menos de três da moderna Khatana-Qantir. De quando em vez, escavações locais ainda desenterram ali azulejos reluzentemente petrificados e pequenas estruturas arquitetônicas, mas quase não dá para enxergar nada acima do chão. Só para lembrar, foi neste mesmo sítio que se localizava a antiga Avaris, capital dos hicsos durante sua permanência no Egito.
Quanto à cidade de Pitom, os especialistas acreditam que seria uma corruptela hebraica do nome egípcio Pi-Atum, isto é, “casa de Atum (o deus sol)”. Sua localização é mais difícil de ser determinada. Alguns egiptólogos a identificaram no passadocom a moderna Tell el Maskhuta, que fica na região oriental do delta. Mas ainda hoje não se têm certeza absoluta sobre sua localidade.[5]
Sobra-nos, no entanto, um último problema: se, com base em Êxodo 1:11, considerarmos Ramsés II, o faraó da opressão e seu sucessor Merneptá (1225-1215 a.C.) o faraó do Êxodo, teremos um conflito com o texto de 1 Reis 6:1 que diz que o 4° ano do reinado de Salomão ocorreu 480 anos depois que os filhos de Israel saíram do Egito. Ora, embora as datas do período monárquico ainda oscilem cerca de 10 anos, o quarto ano de Salomão deve corresponder mais ou menos a 967 a.C., que é a data proposta pela clássica obra de Edwin Thiele, The mysterious numbers of the hebrew kings.[6]
Assim, somando 480 a 967 (pois as datas a.C. são em ordem decrescente) chegamos a 1447 a.C. como sendo o ano-limite para a ocorrência do Êxodo. Essa não é uma data exata, é claro. Estudos recentes publicados por E.W. Faulstich (baseados em pesquisa astronômica de Oliver R. Blosser)[7] têm sugerido uma conversão de calendários que retardaria o Êxodo para pelo menos 1461 a.C. De qualquer modo, um período muito anterior ao reinado de Ramsés II!
Para mim, uma maneira simples, porém não absoluta, de resolver essa aparente incongruência seria sugerir que a descrição do Êxodo tenha recebido uma pequena adição editorial, nalgum manuscrito posterior a Moisés. Isso não é, de modo algum, um endosso à alta-crítica, mas a admissão de pequenas anotações explicativas que não teriam porque serem barradas pela Providência uma vez que não maculam o texto bíblico. Deuteronômio 24, por exemplo, que descreve a morte de Moisés, certamente não foi escrito por ele mesmo!
Seguindo essa suposição, creio que o problema fica amenizado se entendermos que um escriba posterior “atualizou” o texto, para indicar que aquela cidade que os hebreus edificaram tinha, na atualidade, o nome de Ramesses. Tal acréscimo não seria de modo algum um erro, se lembrarmos que nossos livros de história convencionalmente dizem que Colombo descobriu a “América”, embora todos saibamos que em 1492 (data da descoberta) ainda não havia nenhum continente com esse nome.
Nossa conclusão, portanto, é que o Êxodo ocorreu em algum período anterior a 1447 a.C. e os contemporâneos da trama seriam: Tutmés II, meio irmão e marido de Hatsepsut, a princesa que adotou Moisés, e Tutmés III, filho de Tutmés II, mas não de Hatsepsut (que embora tenha gerado duas filhas, parece não ter tido nenhum filho homem). Esse possivelmente tenha sido um inimigo natural de Moisés, a quem Hatsepsut queria empossar no trono. Porém, com a fuga do hebreu para Midiã, o caminho ficou livre para ele assumir o trono no lugar de Moisés. E, por fim, temos Amenófis II (também chamado Amenhotep II), o possível faraó do Êxodo, embora se assim for, resta saber a identidade daquele que se afogou sob as águas do Mar Vermelho.[8]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  1. Diodorus Siculus, The library of history. (Cambridge: Harvard University Press, 1993), 12 v.
  2. ANET, p. 441-444.
  3. John Wilson, em ANET, p. 441.
  4. John Van Seters, The Hyksos (New Haven: Yale University Press, 1960), p. 103-120.
  5. E. Uphil, Pithom and Ramses: Their location and significance, Journal of Near East Studies 28 (1969(, p. 15-39.
  6. Edwin R. Thiele, The mysterious numbers of the hebrew kings (Grand Rapids: Zondervan, 1983).
  7. Citado por Randall Price, The stones cry out (Eugene: Harvest House Publishers, 1997), p. 411, nota 16.
  8. SDABC, v.1, p. 1102.
  9. http://www.bibliaonline.com.br - Biblia Sagrada 

sábado, 20 de setembro de 2014

Salvação – dádiva divina ou conquista humana?

Lições da História da Igreja...


Salvação – dádiva divina ou conquista humana?

Desde o início têm existido duas tendências no cristianismo com respeito à salvação. De um lado, salienta-se a prioridade da graça divina e a salvação como resultado da iniciativa soberana e misericordiosa de Deus. Nessa perspectiva, a única participação do indivíduo é receber, por meio da fé, o que lhe é oferecido graciosamente por Deus. De outro lado, dá-se ênfase a um maior envolvimento do ser humano na experiência de salvação. Ao invés da aparente passividade da fé, acentua-se a prática de ações positivas ou “boas obras” como requisito igualmente importante para o recebimento da salvação. No Novo Testamento, a primeira abordagem é representada principalmente pelo apóstolo Paulo e a segunda, por Tiago.

Na maior parte da história da igreja, a segunda abordagem tem tido predominância, e isso desde uma época muito remota. Os historiadores e teólogos chamam a atenção para uma clara mudança de perspectiva nos escritos cristãos posteriores ao Novo Testamento. Entre os anos 95 e 150 foi composto um conjunto de documentos que ficaram conhecidos como “pais apostólicos”. Os principais são a 1ª epístola de Clemente, sete cartas de Inácio de Antioquia, a Didaquê, a Epístola de Barnabé e o Pastor de Hermas. Poucas décadas os separam do Novo Testamento. Todavia, a mudança de perspectiva é sensível: em contraste com a ênfase paulina na graça e na fé, a salvação passa a ser entendida em termos de obediência a uma nova lei. Ela não é vista primordialmente como uma dádiva graciosa de Deus, mas como fruto do esforço e da fidelidade dos cristãos.

Em parte, essa mudança foi uma reação contra o crescente antinomismo (rejeição da lei e dos mandamentos) que se difundia entre os cristãos. Muitos crentes, entendendo o evangelho de maneira parcial, tendiam a desprezar o conteúdo ético da vida cristã. Esqueciam-se de que a fé genuína precisa ser acompanhada por frutos (Gl 5.6). No entanto, essa preocupação com a obediência levou a um entendimento legalista e moralista da vida cristã que persistiu ao longo dos séculos. Uma das poucas vozes que defenderam a perspectiva paulina da supremacia da graça e da fé foi o grande bispo Agostinho de Hipona (354-430). Porém, seu pensamento nessa área foi rejeitado pela igreja. Solidificou-se a idéia de que a salvação é um processo que dura a vida inteira, no qual a perseverança e a prática do bem por parte dos cristãos contribuem decisivamente para o resultado final. Somente com a Reforma do século 16 seria resgatado o ensino do apóstolo Paulo de que “pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).

Dolorosamente, essa mensagem libertadora tem sido esquecida por grande número de herdeiros da Reforma. Muitos evangélicos atuais, embora teoricamente comprometidos com a doutrina da justificação pela graça mediante a fé, vivem na prática um entendimento legalista da salvação. Esta é vista como uma transação com Deus, na qual Deus abençoa e recompensa os crentes na medida em que estes se mostram obedientes e zelosos na prática de determinadas ações, como orar, contribuir e freqüentar a igreja. Quando isso ocorre, o relacionamento com o Senhor deixa de estar fundamentado na graça, e sim nos merecimentos humanos. É por isso que tantos se sentem à vontade para reivindicar direitos e até dar ordens a Deus, esquecendo-se de uma verdade destacada por Martinho Lutero: “Somos todos mendigos”, isto é, plenamente carentes da graça divina. Existe um lugar importantíssimo para a obediência e as boas obras na vida cristã, mas não como condição para sermos aceitos e abençoados pelo Deus gracioso.

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