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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Derrubando as Muralhas de Jericó...

Uma das histórias mais bonitas da Bíblia Sagrada, esta que nos fala sobre o cego de Jericó. Certamente Bartimeu soube também como "derrubar as muralhas" que cercavam sua vida. Bartimeu, cego de nascença, não possuía nome próprio.

Bartimeu é uma designação hebraica para o termo "filho de Timeu". Ele vivia em uma sociedade dominada pela crença no conceito da "causa e efeito".
Os judeus acreditavam em padecimento por enfermidade de nascença, diretamente ligada a seus próprios pecados ou pelos pecados de seus pais.

Bartimeu o Cego de Jericó

Muito preconceito e discriminação Bartimeu sofria. Sempre lembrado por sua condição de cego, da acusação de ser um pecador. Era a vergonha de seus pais e desgraça da família. Segundo o que acreditavam os judeus, um sinal da visitação de Deus à maldade humana, uma espécie de maldição hereditária.
Deixado por seus pais, à beira do caminho mendigava. Não possuia casa, nunca saberia o que é ter um lar com esposa, filhos, netos. Imagino seus complexos, seus questionamentos. Vivendo na solidão das trevas, isolado dos homens por preconceitos que se assemelhavam às muralhas que séculos atrás circundadaram aquela cidade.
 Jericó e o cego bartimeuVista Panorâmica de Jericó onde o Cego Bartimeu Morava.
Difícil entender esta postura judaica da época, pois muitas vezes Deus havia falado por meio da lei e dos profetas, sobre o cuidado especial e o amor que os Israelitas deveriam dispensar aos portadores de necessidades especiais. Há tambem mandamentos recomendando a divisão e a distribuiçao de alimentos e mantimentos para os necessitados.
"Aquele que tiver duas túnicas reparta com aquele que não tem e quem tiver alimentos, faça de igual forma." - Lucas 3:11
Ignorando os mandamentos divinos, os judeus como que erguiam barreiras sociais entre si que se chegavam à muralhas psicológicas intransponíveis.

As Muralhas de Jericó

Jericó está situada cerca de 27km de Jerusalém, ao lado ocidental do rio Jordão, próximo a uma região montanhosa que conduz à serra de Judá. Também conhecida como cidade das palmeiras, é uma região de solo fértil, propício à agricultura. As aguas do rio Jordão atraíam animais, que o fazíam de bebedouro. Um ótimo local para fixar habitação, o que fez com que seus primeiros habitantes buscassem proteção contra invasão de outros povos. Uma das soluções aplicadas foi a construção das antigas muralhas de Jericó.
As muralhas de Jericó mediam cerca de 10m de altura e tinham cerca de 4m de largura. Eram dois grandes muros com um espaçamento de cerca de 3m entre ambos. Eram tão grandes e imponentes que sustentavam casas transversas entre os dois muros, como a da prostituta Raabe.
muralhas de jericóJosué derruba as Muralhas de Jericó

Bartimeu e a Queda das Muralhas de Jericó

A história da queda das muralhas de Jericó nos ensina um meio poderoso para vencer dificuldades e problemas tidos como insolúveis. Certamente o cego Bartimeu conhecia esta história e aplicou este ensinamento para mudar o curso de sua vida.
A bíblia nos informa que no passado, após terem circundado as muralhas por sete dias, ao sétimo dia, Josué e o povo circundaram a cidade sete vezes. Ao término da sétima volta, após o toque das trombetas, houve um grande brado de todo o povo de Israel. Este brado, ou seja, as suas vozes reverberaram para derrubar as muralhas de Jericó.
Jesus quando de sua aproximação de Jericó, sabia que encontraria muralhas ainda maiores que aquelas vencidas por Josué. As de Josué ao menos eram tangíveis, feitas de pedras, tijolos e etc. As que Jesus estava por enfrentar não podiam ser palpadas, não podiam ser vistas, mas estavam bem ali no coração do homem, encarcerando vidas. Muralhas do preconceito e discriminação, fazendo acepção e separação das pessoas.
Contra estas muralhas não se podia usar armas físicas. Não era possível utilizar máquinas ou explosivos. Ao tempo que estas barreiras estão alicerçadas no coração humano, somente fé e clamor são eficazes.

A Cura do Cego de Jericó

Assim como o povo de Deus no passado, houvera usado suas vozes, clamando com grande brado para que se derrubasse as antigas muralhas, assim da mesma forma Bartimeu clamando em alta voz, não se importou com aqueles que mandaram que se calasse. Antes continuou clamando. Sabia ele que esta é a chave da vitória.
Naquele momento, o brado de Bartimeu, ou seja o seu clamor, reverberou contra as muralhas do preconceito e discriminação.
"A um coração quebrantado e contrito tu não resistirás, ó Deus" - SL 51:17
A oração e o clamor de um justo "pode muito em seus efeitos". Diz a bíblia que o clamor de Bartimeu chegou ao mestre dizendo "filho de Davi, tenha misericórdia de mim".
Por causa do clamor de Bartimeu, Jesus não pôde resistir, utiliza de seu grande poder e restaura a visão e a dignidade do cego de Jericó. O nosso Mestre derruba agora as muralhas do preconceito e insere Bartimeu na sociedade Israelita.
Acabou aquela vida miserável. Acabou aquele sentimento de culpa, de maldição hereditária, carregada com tanto peso. Agora o somente o jugo suave e o fardo leve. Jesus dá uma lição que aquela sociedade e os seus discípulos jamais esqueceriam, não podemos nos isolar em conceitos e preconceitos e deixar de enxergar que o amor, a misericórdia e o perdão devem estar em primeiro lugar em nossos corações.

A Multiplicação dos Pães e Peixes...

A Multiplicação dos Pães e Peixes - Prosperidade

A multiplicação dos pães e peixes é descrita no livro de João, capítulo 14. Jesus recebe a notícia da morte de João Batista.
E Jesus mesmo sendo senhor sobre tudo, também era humano. E sua humanidade é expressada quando da sua retirada para um lugar deserto. O mestre precisava de, em sua humanidade, estar um pouco a sós. Como todo ser humano, ele sentia a dor da separação de um amigo querido. Assim ele entra com seus discípulos no barco e vai para um local deserto. Muitas vezes as circunstâncias da vida, parecem atuar de forma semelhante na existência humana. Atingidos por problemas, que não podemos controlar, somos empelidos ao caminho longo e difícil de um "deserto" existencial.
E neste "deserto", passamos por diversos tipos de dificuldade. Crises emocionais, problemas de ordem sentimental, auto-estima em baixa. Olhamos ao redor e tudo parece difícil. São verdadeiros "gigantes", muralhas intransponíveis.
a multiplicação dos pães e peixesA Multiplicação dos Pães e Peixes e a Prosperidade.
E muito desses problemas acabam por ter efeito negativo na parte financeira e material da nossa vida. Isso porque o ser humano é um ser biológico, psicossocial e espiritual. Há muita somatização que influencia nossas decisões profissionais e financeiras. Isso atrapalha a prosperidade. Assim, por muito nos questionamos. Estando num "deserto", onde os recursos são poucos ou quase inexistentes, como agir? Qual a decisão certa a ser tomada? O que fazer para ser próspero?
"E Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo o povo, seguiu-o a pé desde as cidades." Mateus 14:13

Jesus Multiplica os Pães e Peixes

Vemos que Jesus foi seguido por uma grande multidão até o deserto. O mestre, mesmo ainda em luto por seu amigo João Batista, naquele lugar inóspito, move-se de íntima compaixão pelo povo. Um povo pobre, humilde, sem muitos recursos materiais e psicológicos. Muitos estavam enfermos.
E é no deserto que o Mestre inicia a sua obra. Começa curando os enfermos. Anuncia o sua mensagem de amor, perdão e salvação. Jesus eleva o ânimo daquelas pessoas. Faz com que eles acreditem, que tenham fé que mesmo passando por um deserto, ele tem o poder de sustentá-los.
Ao final de sua pregação, já era tarde, as horas passaram rápido. Os discípulos queriam que o mestre despedisse a multidão para que eles procurassem comida. Os discípulos acreditavam que Jesus se importava somente com o espiritual no homem. Mas o mestre mostra que ele se importa com todos os aspectos da vida humana.
"Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. E ele disse: Trazei-mos aqui." Mateus 14:17-18
Ao receber a ordem de alimentar a multidão, os discípulos respondem com descrença no pouco recurso material que possuíam. Cinco pães e dois peixes nada representavam para uma população de mais de cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças.
a multiplicação dos pães e peixesA Multiplicação de Cinco Pães e Dois Peixinhos
E assim como através de Moisés, Deus no passado, havia alimentado o povo no deserto, assim Jesus prova que mesmo com pouco ou nenhum recurso, ele tem o poder de fazer multiplicar, prosperar e suprir as necessidades dos seus servos. O Mestre realiza então a multiplicação dos pães e dos peixes.
tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão." Mateus 14:19
Ainda que os recursos materiais, psicológicos ou espirituais pareçam escassos. Ainda que humanamente se pense que não haverá uma forma de se vencer um problema. Deus mostra que através de Jesus, ele pode multiplicar, suprir suas necessidades e saciar o seu coração! Observe neste texto que Jesus utilizou de apenas cinco pães de dois peixinhos, oferecidos ao povo. E daquela pequena oferta ele multiplicou e abundou e saciou a fome daquela multidão. Igualmente, Deus pode fazer com você. Deus pode usar um pequeno talento seu. Aquilo que você pensa que é pouco, que é pequeno ou desprezível, Deus pode usar, multiplicar e te fazer prosperar.
Agora você precisa utilizar o que você tem. Seja o que for, utilize com fé, tenha fé, apresente a Deus e faça o melhor. Seja qual for a sua habilidade, faça sempre o melhor. Faça sempre algo de excelência, o seu melhor.
"Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão." Salmos 37:25

Multiplicação dos Pães e Peixes - Graça de Deus

E o mais interessante é que o mestre multiplicou os pães e os peixes, sem cobrar nada em troca. Foi tudo feito por graça e de graça. Jesus curou, perdoou, salvou e alimentou aqueles homens de graça. E é assim mesmo que ele age. Ele se importa de verdade com você. O mestre não está interessado no que você tem para ofereçê-lo em troca. Jesus está interessado em você! Ele quer sim te abençoar. Ele tem interesse em suprir as suas demandas em todas as áreas de sua vida. E tudo ele oferece de graça! É pela graça e por sua infinita misericórdia. Portanto peça a ele. Converse com Jesus. Ele te entende, ele sabe o que você precisa, mas ele quer te ouvir. Se achegue a Deus e ele se aproximará de você. A sua oração atrai a graça de Deus pra você. Você se sentirá como aqueles homens, maravilhados com a multiplicação dos pães e dos peixes.

domingo, 6 de abril de 2014

Nicodemos e Jesus...

Nicodemos e Jesus, o Novo Nascimento


Nicodemos, nome grego que significa "homem do povo", muito frequente entre os judeus. Nicodemos pertencia aos principais do judaísmo. Era membro do Sinédrio, filiado ao partido dos fariseus. Possuía muita autoridade.
Jesus o chamou de mestre de Israel, certamente ele também era um doutor da lei.
Nicodemos sentiu muito interesse em conversar com Jesus, mas teve medo de que um encontro com o Mestre, o colocasse em risco, diante de seus nobres colegas fariseus. A inimizade dos fariseus contra Jesus crescia a cada dia.
Movido de prudência e temor, Nicodemos espera o cair da noite e vai ao encontro de Jesus. Conversas noturnas geralmente aconteciam no piso superior da casa. É bem provável que enquanto eles conversavam, o vento soprava. Jesus recebe Nicodemos, sabendo que aquela alma haveria, futuramente, de superar sua fraqueza atual.
"Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele." João 3:2
A fala de Nicodemos revela que sua compreensão da espiritualidade de Jesus, vinha acompanhada de pensamentos relativos a "causa e efeito". Ou seja, o volume de milagres e sinais que Jesus realizava, só podia ter como causa primária, uma intervenção ou ação divina.
nicodemos, jesus e o novo nascimentoNicodemos, Jesus e o Novo Nascimento.
Nicodemos entende apenas com seu intelecto, seguindo uma lógica que ele pensa dominar, de que se há um efeito de grandes milagres, grandes obras realizadas por Jesus, isso era manifestação de uma causa que na concepção dele, só poderia vir de Deus.
E ele expressa seu pensamento à Jesus. O Mestre com muito amor, vê o quanto era incompleto o entendimento de Nicodemos a cerca do Reino de Deus. Jesus inicia suas palavras, na tentativa de elevar os pensamentos de Nicodemos ao nível espiritual.

Nicodemos e o Novo Nascimento

"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus." João 3:3
Começa aqui um diálogo notório, onde Jesus mostra a necessidade da interiorização do evangelho e da confiança em Deus, no novo nascimento. Jesus falava de um Deus que não era somente para ser "acreditado" por seus milagres. O mestre se referia à transformação do "ser" para que o Reino de Deus nele se manifestasse.
"Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?" João 3:4
Era muito difícil para um judeu, fariseu principalmente, entender o sentido espiritual das palavras de Jesus. Por serem filhos do patriarca Abraão, eles julgavam-se já aperfeiçoados. Por apresentarem um aparente zelo pela lei de Moisés, acreditavam em uma pureza espiritual intrínseca da sua raça.
o novo nascimento de Jesus e nicodemos  Jesus e Nicodemos: O Novo Nascimento e o Reino de Deus
"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5
Nicodemos não conseguia ver que o reino de Deus não vinha de fora do corpo, mas o reino de Deus era e é algo interior, que deve estar no coração em primeiro lugar.

Nascer da Água e do Espírito

Jesus fala a Nicodemos, da necessidade do novo nascimento da água (do grego hudor) e do espírito (do grego pneuma). Aqui o mestre se refere ao simbolismo do batismo de João (que os fariseus não aceitavam), e da renovação pelo Espírito Santo. O batismo em água não era de todo desconhecido de Israel.
O batismo vinha já desde o exílio babilônico, porém professado aos prosélitos, cidadãos de outras nações que se convertiam ao judaísmo.
Nicodemos e os judeus porém, achavam que eles não tinham necessidade nenhuma de aceitar um ato que simbolizava o nascer de novo.
Mas Deus desde a criação do mundo, já simbolizava para o novo nascimento. Como está escrito que "no princípio o espírito de Deus se movia sobre a face das águas", no Gênesis, na criação de tudo, no meio das águas. Agora novamente o batismo simboliza, pela água, a recriação do ser. O nascer de uma nova criatura.
Pois, assim como a terra estava, no princípio, em estado caótico, sem forma e vazia, e Deus a recriou, assim também, para o novo nascimento, é preciso se entregar nas mãos de Deus, humildemente sem forma, reconhecendo o nosso vazio, e ser por Ele Recriado, refeito.
E quando reconhecemos o nosso vazio espiritual, somos moldados segundo a forma divina, recebendo um novo modo de pensar, deixamos de lado os nossos conceitos e preconceitos humanos, abandonamos o mundo, os desejos carnais e nos entregamos a Jesus para sermos recriados do nada.
E toda religiosidade é removida, nascendo a fé genuína, que não depende de religião, mas que adora ao Pai em espírito e em verdade. É o Novo Nascimento.
"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." João 3:6-7
Nicodemos não entendeu as palavras de Jesus, pensando tratar-se de um segundo nascimento físico. Mas mesmo que se nascesse fisicamente de novo, continuaria sendo carne.
O novo nascimento ou regeneração, é o ato pelo qual Deus concede uma vida espiritual àqueles que confiam em Jesus Cristo. Sem esse nascimento espiritual, ninguém pode conhecer as coisas espirituais, nem entrar no Reino de Deus.
Jesus fala do Reino de Deus que leva o homem à prática das boas obras, pela transformação interior. Nicodemos, acostumado à prática de rituais externos da lei, tinha dificuldade de entender com o coração.
"O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." João 3:8
O Mestre mostra a Nicodemos, que é necessário confiar em Deus, ao invés de tê-lo apenas como um Deus para ser "acreditado" por suas ações.
Se no início do diálogo Nicodemos usou a palavra "sabemos", para expressar a sua conclusão lógica a respeito de Deus, Jesus usa a expressão "não sabes" para indicar a necessidade de aceitar e confiar em Deus, mesmo sem saber ou compreender bem o seu propósito imediato.
Deus não quer que nós vivamos um evangelho de "causa e efeito", como Nicodemos que reconhecia algo especial em Jesus, por causa do volume de suas obras. Deus quer que este nosso "EU", seja desconstruído, como a terra no princípio, onde somente o Espírito de Deus se movia sobre as águas.
E que dessa desconstrução do "EU", por obra do Espírito de Deus, pelas águas do Espírito Santo, nasça um novo ser, que ande segundo a vontade do Pai, sujeitando-se em tudo à sua palavra. Nos dias atuais, muitos tem se enganado a respeito de Deus, também. Em uma religiosidade exagerada, presa a dogmas, liturgias e teologias, esquecem de que o evangelho não vem da aparência exterior.
Como Nicodemos, há muitos que se pensam ser detentores do saber a respeito do reino. Jesus nos avisa que o nosso ser e a nossa vida devem ser constantemente modificados. Devemos buscar o novo nascimento a todo o tempo. Portanto, não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

sábado, 5 de abril de 2014

A Cura Dos Dez Leprosos...

A Cura Dos Dez Leprosos. A Gratidão Supera a Lei.

A Cura dos Dez Leprosos, registrada no livro de Lucas 17:11-19, ocorre quando da viagem de Jesus, da Galiléia para Jerusalém.
O caminho do vale do rio Jordão era o mais seguro e usal entre os judeus, para se fazer tal percurso. O Mestre porém, ao invés de seguir para o sul, indo diretamente para Jerusalém, escolhe passar nos confins de Samaria e Galiléia. Jesus toma a direção leste, que levava para além do Jordão e para a região da Peréia.
"E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;" Lucas 17:11
Estavam pois Jesus e seus discípulos em uma região aberta e fora das cidades, em que havia pequenas aldeias, constituídas em sua maioria por pessoas excluídas da convivência social, por motivos de saúde física ou religiosa. Muitos moradores daquelas pequenas aldeias eram judeus, que de uma forma ou de outra, já tinham sido participantes do culto e da religião judaica. Mas algo aconteceu em suas vidas, que os relegaram ao isolamento e ao esquecimento por parte das autoridades religiosas de Jerusalém. Praticamente ninguém passava pelo caminho que levava àquela aldeia de leprosos, pois, se entrassem ali, os judeus seriam considerados contaminados e impuros também.
Mas Jesus modifica o seu trajeto e vai propositalmente ao encontro daqueles que estavam abandonados e deixados à sua própria sorte.

O Encontro de Jesus e os Dez Leprosos

"E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe;" Lucas 17:12
É interessante ver que os dez leprosos, ao pararem longe de Jesus, estavam cumprindo a lei. A lei mandava que eles mantivessem uma distância mínima de quinze metros de uma pessoa sadia.
os dez leprosos clamam a jesusOs Dez Leprosos Clamando Pela Misericórdia de Jesus.
Os dez leprosos também foram religiosos um dia. Foram ensinados no caminho da lei e a conheciam. Certamente tinham família e amigos, mas agora niguém podia ajudá-los. Por isso andavam em grupo. Somente um leproso compreendia e cuidava de outro leproso. E a discriminação, o sentimento da impureza física e espiritual, de ser um pecador atingido pela maldição divina, era um fardo pesado que eles carregavam com muita dor em seus corações.

Os Dez Leprosos Clamam Pela Graça

E quem sabia dos seus questionamentos, qual erro haviam cometido para merecer tal "castigo". Seguiram todas as receitas, as prescrições rabínicas. Cumpriram todas as ações litúrgicas. Foram fiéis às teologias sacerdotais, mas nenhuma oração dogmática foi capaz de os livrar do fatídico destino de impureza.
De modo que, na aproximação de Jesus, eles mudam a usual forma de oração judaica, que tantas vezes no passado recitaram (que mais parecia uma fala decorada e repetitiva), trocando-a por um pedido dramático e comovente:
"E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós." Lucas 17:13
O Mestre, ao vê-los em tão humilhante situação, move-se de íntima compaixão. Jesus lança uma profética palavra de fé, em que alcançaria a cura aquele que acreditasse nas suas palavras.

A Cura Dos Dez Leprosos

"E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos." Lucas 17:14
E é lindo constatar o poder da fé em Jesus. Os dez leprosos partiram ainda doentes, mas eles creram que de alguma forma Deus os livraria do cativeiro em que se encontravam.
De forma que esta ordem de Jesus apontava para a lei. A lei previa que um leproso ao ser curado, deveria se apresentar ao sacerdote.
"Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, " Levítico 14:2
Existia toda uma prescrição na lei, acerca do cerimonial que o sacerdote deveria fazer para se constatar a cura de um leproso. Mas esse ritual nunca havia sido usado, nunca antes de Jesus se havia sabido de que algum leproso fora curado.
o agradecimento do leprosoApenas Um Dos Dez Leprosos Volta Para Agradecer Ao Mestre.

Apenas Um dos Dez Leprosos Agradece

E os dez leprosos enquanto ainda no caminho, são curados milagrosamente pelo poder de Jesus. Imagino a alegria deles. Pelo que nove continuam caminhando em direção à Jerusalém, mas apenas um leproso julga importante voltar e demonstrar a sua gratidão ao seu redentor.
"E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano." Lucas 17:15-16
"E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou." Lucas 17:17-19
Jesus já estava habituado à ingratidão humana, porém demonstrou seu descontentamento com o proceder dos nove leprosos judeus. O Mestre os havia restituído à vida. Mas os leprosos, curados, também reassumiram a sua religiosidade e deram maior preferência a cumprir a letra da lei, do que à gratidão.
Aí vemos que o leproso estrangeiro, samaritano, de raça mestiça, de religião profana, não se deixou aprisionar pelas formalidades, mas ele agradecido, jubiloso, compreendeu que Jesus era maior do que a lei.
O leproso sabia que tinha que cumprir a lei; mas ele espiritualmente entendeu que antes de cumprir com cerimoniais, necessitava de honrar aquele que tinha demonstrado tão grande compaixão por sua vida. E ele vem e se prostra; e o adora; e é perdoado; é salvo! Que milagre, completo, lindo!
Assim, quando este samaritano, ex-leproso se prostra diante do Mestre, ele estava cumprindo a maior lei que pode existir no universo e nas dimensões espirituais: A imensurável lei da gratidão e do amor.
A lei nunca havia curado um leproso, mas a Graça sim. A graça e a gratidão têm um poder imensurável. A Graça faz misericórdia a todos quantos por ela clamam.
A Graça é maior que a Lei! A gratidão está acima de qualquer ato de religiosidade.
"Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos." Oséias 6:6
Deus espera que, como o leproso curado, entendamos a superioridade do perdão e da graça em relação à lei. A lei manda apedrejar; a graça clama pela misericórdia. A graça pratica a injustiça da misericórdia.
E muitos, com os outros leprosos, são alcançados pela graça, recebem algo de Deus, mas infelizmente logo se esquecem do favor imerecido com que imerecidamente receberam. E voltam a ser religiosos, presos à lei, às liturgias, aos costumes e às teologias.
Tudo isso deveria servir de orientação apenas.
Porque no final, de que viveremos? Da lei ou da graça?
O que vimos neste artigo acontece nos dias de hoje, Jesus continua curando e libertando; mas a igreja continua se isolando ou prendendo as pessoas à seus rituais religiosos adquiridos num passado onde conceitos e preconceitos humanos são mais consideráveis do que a Palavra de Deus...

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