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sábado, 15 de setembro de 2012

A Igreja de Cristo!


No começo da década de 1960, o irmão André, um homem proveniente da Holanda, contrabandeou um grande número de Bíblias para dentro da Romênia, quando essa ainda era dominada pelo comunismo. Ele chegou a um hotel e começou a orar para que Deus o guiasse a fim de encontrar os grupos certos de cristãos, aqueles que poderiam fazer melhor uso de suas cópias das Escrituras.
Naquele final de semana, André se dirigiu ao recepcionista do hotel e perguntou onde ele poderia encontrar uma igreja.
O recepcionista olhou para ele de maneira um pouco estranha e respondeu: "Sabe, não temos muitas dessas por aqui. Além disso, acho que você não entenderia o idioma".
"Você não sabe?", respondeu André. "Os cristãos falam um tipo de linguagem universal".
"Sério? Qual é?".
"Ela é denominada Ágape".
O recepcionista nunca tinha ouvido falar disso, mas André o assegurou: "Essa é a língua mais maravilhosa do mundo".
André foi capaz de localizar várias congregações e igrejas naquela área e conseguiu arrumar um encontro com o presidente e o secretário de determinada denominação. Infelizmente, apesar de tanto André quanto os homens conhecerem vários idiomas europeus, eles não encontraram nenhum em comum. Por isso, eles se sentaram um de frente ao outro. André tinha viajado por muitos quilômetros e passado por muitos perigos com sua preciosa carga, mas não havia jeito de saber se esses homens eram cristãos genuínos ou se eram informantes do governo.

Finalmente, ele viu uma Bíblia romena sobre uma escrivaninha no escritório. André pegou em seu bolso uma Bíblia em holandês. Ele abriu-a em 1 Coríntios 16:20 e apontou para o nome do livro, para que eles pudessem reconhecer. Instantaneamente, seus rostos se iluminaram. Eles rapidamente encontraram o mesmo capítulo e verso em suas Bíblias romenas e leram:
"Todos os irmãos daqui lhes enviam saudações. Saúdem uns aos outros com beijo santo".
Um homem se colocou atrás de André. Um deles abriu a Bíblia em Provérbios 25:25. André encontrou o verso e leu: "Como água fresca para a garganta sedenta é a boa notícia que chega de uma terra distante".
Esses homens passaram meia hora conversando e se congratulando - usando apenas as palavras das Escrituras. Eles estavam tão felizes por terem cruzado as fronteiras culturais e terem conseguido criar laços fraternos que riram até lágrimas escorrerem de seus olhos.
André sabia que havia encontrado seus irmãos. Quando ele lhes mostrou a carga de Bíblias, os romenos ficaram radiantes e o abraçaram várias vezes.
Naquela noite, no hotel, o recepcionista se aproximou de André e comentou: "Veja só, eu procurei a palavra 'ágape' no dicionário. Não há nenhum idioma com esse nome. Essa apenas é a palavra grega para o termo amor".
André replicou: "Exatamente. Estive usando esse idioma a tarde inteira".

Você já descobriu esse maravilhoso idioma? Nessa Lição você vai aprender sobre como Deus pode incluir a todos num grande círculo de amor.

1. A IGREJA FOI CRIADA PARA A COMUNHÃO
Jesus estabeleceu a igreja a fim de suprir a demanda básica do ser humano de ter cuidado e apoio. Todos temos necessidades. E é para isso que existe a igreja. Ela é um lugar aonde vamos para encontrar companheirismo e ajudar uns aos outros. As Escrituras nos relevam uma igreja apostólica dinâmica que convidava homens e mulheres a participarem de um companheirismo alegre que se estendia até o Todo-Poderoso Deus:
"Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham COMUNHÃO CONOSCO. NOSSA COMUNHÃO É COM O PAI E COM SEU FILHO Jesus Cristo. Escrevemos estas coisas para que a nossa alegria seja completa". I João 1:3, 4 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).
Uma comunidade que tem os corações unidos pelo contato com Jesus e uns com os outros, experimenta a "alegria" completa! Todos falam o mesmo idioma, o idioma do amor.
Os cristãos se tornam parte de uma família maior. Eles se tornam irmãos e irmãs em Cristo já que todos têm o mesmo espírito. Quanto maior a unidade dos crentes, mais fortes são os laços que unem os cristãos.
Os membros das igrejas fundadas pelos apóstolos de Jesus eram unidos por terem a mesma crença, por seu amor por Deus, e por seu desejo de serví-lO e partilhar Sua graça com o mundo. Esse laço íntimo de comunhão era uma das razões porque essa minoria impotente e perseguida virou o mundo de pernas para o ar.
2. A IGREJA ESTABELECIDA POR CRISTO
Será que Cristo teve uma igreja, ou a idéia de uma organização religiosa é apenas uma invenção humana? Jesus responde:
"Sobre esta PEDRA edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la". Mateus 16:18
Jesus é a Rocha segura, a Pedra Angular, de Sua igreja.
Qual foi o grupo que participou da fundação da igreja?
"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular". Efésios 2:20
O que o Senhor fazia quando o evangelho era pregado?
"Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos". Atos 2:47, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição.
Quando Jesus fundou a igreja, Ele prometeu que as portas do inferno não poderiam vencê-la (Mateus 16:18), e a igreja cristã sobrevive até hoje. Ela já teve inimigos extremamente poderosos - desde imperadores romanos até ditadores comunistas - mas o sangue dos mártires apenas fez com que ela crescesse com mais força. Quando um cristão era queimado na fogueira ou jogado aos leões, vários outros grupos surgiam para tomar o lugar deixado por ele/ela. Os céticos já fizeram tudo o que podiam para, racionalmente, acabar com a igreja cristã. Mas a verdade cristã é muito mais eloqüente do que qualquer era científica ou secular.
Um dos maiores desafios da igreja apareceu pouco tempo depois de sua aceitação como religião oficial do Império Romano. A igreja cresceu em prosperidade, e com o tempo se corrompeu. Ela pareceu estar espiritualmente morta na Idade das Trevas. No entanto, o Senhor sempre preservou um núcleo de cristãos corajosos e fiéis que, diante de tempos difíceis e sofridos, brilhou como estrelas numa noite escura.
Paulo compara a relação de Cristo com Sua igreja como um relacionamento amável e protetor de um marido para com sua esposa (Efésios 5:23-25). A igreja é uma família, e cada membro precisa estabelecer relações com os outros membros da família e contribuir para o seu bem estar (Efésios 2:19).
Paulo também apresenta a igreja como o corpo vivo, com o próprio Cristo sendo a cabeça (Colossenses 1:18).
Quando somos batizados, testemunhamos de nossa fé em Jesus e nos tornamos membros do "corpo" da igreja.
"Pois EM UM SÓ CORPO todos nós fomos BATIZADOS". I Coríntios 12:13
O livro de Apocalipse retrata o Cristo ressurrecto andando pelas igrejas, mostrando Seu cuidado por elas (Apocalipse 1:20, 12, 13). Cristo nunca se esqueceu de Seu povo, e Ele nunca fará isso.
3. UMA IGREJA COM UM PROPÓSITO
A freqüência à igreja é vital para um cristão. Precisamos apoiar os outros para manter nossa fé viva e crescendo.
A igreja também exerce três outros papéis importantes:
(1) A IGREJA É A GUARDIÃ DA VERDADE
Como "coluna e fundamento da verdade" (1 Timóteo 3:15), a igreja apresenta e defende a verdade de Deus ao mundo. Precisamos da sabedoria coletiva dos outros membros para que possamos nos concentrar nas verdades essenciais das Escrituras.
(2) A IGREJA É UM EXEMPLO DO QUE A GRAÇA DE DEUS PODE FAZER PELOS PECADORES. As mudanças que Cristo tem feito na vida dos crentes testemunham de que Deus nos chamou para "Sua maravilhosa luz". (1 Pedro 2:9).
(3) O POVO DE DEUS DÁ TESTEMUNHO A UM MUNDO CARENTE. Pouco antes de voltar ao céu, Jesus prometeu a Seus discípulos:
"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Atos 1:8
É um grande privilégio para a igreja levar a mensagem do imenso amor de Deus a todo o mundo.
4. FORÇA ATRAVÉS DA ORGANIZAÇÃO
A igreja que Cristo estabeleceu tem uma organização definida. Alguém pode ser incluído ou excluído de seu rol de membros (Mateus 18:15-18). A igreja de Deus escolhia líderes e tinha um quartel general mundial, bem como lugares de reunião locais (Atos 8:14; 14:23; 15:2; I Timóteo 3:1-13). Quando eram batizados, os crentes se uniam num grupo organizado (Atos 2:41 e 47).
A igreja existe para encorajamento mútuo.
"E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas PROCUREMOS ENCORAJAR-NOS UNS AOS OUTROS, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia". Hebreus 10:24, 25

Isso é, em resumo, o que um grupo saudável da igreja faz. Seus membros se edificam em fé, e encorajam uns aos outros. Deus organizou Sua igreja para fortalecer o povo de Deus e também servir ao mundo. Podemos fazer muito mais juntos do que conseguimos quando agimos individualmente. Vejamos apenas um exemplo: a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Desenvolvemos uma grande obra médica ao redor do mundo - desde ambulatórios móveis na periferia das cidades até clínicas em ilhas remotas do Pacífico Sul. Nossas instituições educacionais têm levado milhares e milhares de jovens a conhecer uma vida melhor em Cristo - desde a Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, que foi pioneira nos transplantes de coração no mundo, até pequenas escolas missionárias espalhadas pelo interior da África. Atuamos para aliviar a fome e os desastres através da nossa agência de recursos ADRA. As igrejas locais ajudam a distribuir roupas e alimentar os pobres e os sem teto em milhares de Centros Comunitários de Serviço. E grupos de crentes adventistas estão partilhando a mensagem da salvação em mais de 200 países. Apenas um grupo organizado de cristãos dedicados poderia causar esse tremendo impacto a nível mundial.
Cristo e os apóstolos compararam a igreja a um corpo, e ressaltaram que todas as partes do corpo são necessárias (I Coríntios 12:21-28). Todas as partes do corpo não são exatamente iguais, ainda assim, todas são importantes e devem trabalhar juntas em harmonia. Um olho separado do corpo não pode ver. Uma mão decepada não tem valor. Seja um olho, uma mão ou apenas um dedo, não podemos ser totalmente eficientes para Cristo sozinhos. Pertencer a uma igreja, estar unido a um corpo de membros, nos fortalece como cristãos.
5. A ALEGRIA DA ADORAÇÃO
Lá no fundo de nossos corações existe um desejo de adorar a Deus, e essa necessidade pode desaparecer se não for expressa. Como o salmista se sentia quando pensava sobre ir ao lugar de adoração?
"ALEGREI-ME com os que me disseram: 'Vamos à casa do Senhor'". Salmo 122:1
Qual o papel que a música tem na adoração pública?
"Prestem culto ao Senhor com alegria; entre na Sua presença com cânticos alegres". Salmo 100:2
A Bíblia nos diz que dar ofertas é uma parte apropriada da adoração divina.
"Entrem nos Seus átrios trazendo ofertas. Adorem o Senhor no esplendor da Sua santidade". Salmo 96:8, 9
A oração é um aspecto vital da adoração pública.
"Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, nosso Criador". Salmo 95:6
O estudo da Bíblia e a pregação eram o centro da adoração no Novo Testamento. Começando pelo sermão de Pedro no dia do Pentecostes, encontrado em Atos 2, e desde o tempo dos Reformadores Protestantes até os nossos dias, todo reavivamento religioso tem sido fundamentado na pregação bíblica. Por quê? Porque "a Palavra é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes" (Hebreus 4:12, 13).
6. QUAL É O VALOR DA IGREJA?
Alguns objetam que a igreja é cheia de pessoas imperfeitas. O que Henry Ward Beecher disse é verdade: "A igreja não é uma galeria para exibição de cristãos eminentes, mas uma escola para educar os imperfeitos".
Já que nenhum de nós é perfeito, a igreja também nunca será perfeita. Em uma de Suas parábolas, Jesus nos lembrou que o joio cresce entre o trigo (Mateus 13:24-30). Quando lemos as cartas de Paulo no Novo Testamento, descobrimos que a igreja apostólica tinha problemas críticos. E a igreja hoje freqüentemente tem defeitos sérios. Mas lembre-se que nenhuma congregação cheia de falhas jamais poderá destruir ou perturbar a Grande Pedra Angular da igreja - Jesus Cristo. Assim, mesmo em igrejas imperfeitas, precisamos manter nossa motivação principal no Salvador que ministra a nós. Apesar de todas as nossas faltas, a igreja pertence a Ele, por isso, concentre-se em Cristo.
"CRISTO AMOU A IGREJA E ENTREGOU-SE POR ELA para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável". Efésios 5:25-27
A igreja é tão importante para Jesus que Ele "entregou-se por ela" ao morrer por cada um de nós individualmente, e pela igreja coletivamente. Por isso, ser membro da igreja deveria ser algo importante para você. Você já é membro do corpo de Cristo?
7. ENCONTRANDO UMA IGREJA
Quantas religiões e crenças verdadeiras Jesus tem no mundo?
"Há um só corpo e um só Espírito... há um só Senhor, UMA SÓ FÉ, um só batismo". Efésios 4:4, 5
Já que Cristo tem "uma só fé" nesse mundo, como podemos descobrir qual a religião ou crença verdadeira? Jesus nos dá o segredo:
"Se alguém decidir fazer a vontade de Deus, descobrirá se o meu ensino vem de Deus ou se falo por mim mesmo". João 7:17(Ver também João 8:31, 32).

Quando nos comprometemos em fazer a vontade de Deus, Ele nos ajudará a ver se o ensino vem de Deus ou é apenas tradição humana. O elemento chave para decidir qual igreja freqüentar é examinar seu respeito e submissão à Palavra de Deus. Uma comunhão genuína é construída sobre as verdades das Escrituras, e não apenas ao redor de um líder carismático ou uma grande instituição.
Continue a fazer as descobertas bíblicas nessas lições, ande na luz à medida que ela for sendo revelada a você pela Bíblia, e Deus lhe apresentará claramente qual a Sua vontade para sua vida. Um cristão em crescimento é uma pessoa que abre o coração e a mente para aceitar a verdade como Deus a revela em Sua Palavra.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os Ladrões nas Cruzes

(Mateus 27:38-44; Marcos 15:27-28,32; Lucas 23:32,39-43)

Muitos falam, especulam, argumentam e escrevem sobre o ladrão da cruz, como se houvesse um só ladrão crucificado ao lado de Jesus Cristo. As Escrituras, no entanto, claramente afirmam sem sombra de dúvida: "Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda" (Marcos 15:27). Os ladrões sobre as cruzes estavam posicionados como ninguém, embora não merecessem ser invejados, para contemplar a crucificação de Cristo no meio deles. Aquela cena terrível já se deu há muito tempo, mas em certo sentido ainda podemos contemplá-la, como aconteceu com os gálatas: "Ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado" (Gálatas 3:1). Isso foi possível mediante a pregação eficaz da cruz de Cristo, e tem hoje o mesmo poder para aqueles que "têm olhos para ver".

Os dois ladrões eram o extremo oposto em caráter daquele que se achava no meio deles. Eles eram "ladrões"; roubavam as pessoas para enriquecer; ao passo que Jesus "se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2 Coríntios 8:9). Eles eram "malfeitores"; ao passo que ele "andou por toda parte, fazendo o bem" (Atos 10:38), completamente inocente. Eles eram "transgressores" (literalmente, fora-da-lei), sem se preocuparem com a lei dos homens ou de Deus; ao passo que só Jesus guardava a lei de Deus à risca e mostrava consistentemente em sua vida e em seu ensino o respeito por toda lei devidamente constituída. O contraste entre o caráter dos ladrões e o de Cristo era evidente mesmo nas cruzes, quando "os que com ele foram crucificados o insultavam"; ao passo que ele "quando ultrajado, não revidava com ultraje" (1 Pedro 2:23).

Desviando um pouco a atenção dos ladrões, devemo-nos perguntar em quanto o nosso caráter deixa de atingir o caráter daquele que era "santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores" (Hebreus 7:26). O auto-exame pode mostrar que somos, em alguns aspectos, mais como os ladrões do que gostaríamos de imaginar. Os ladrões cumpriram sem querer a profecia a respeito de Cristo. "E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado." Que essa profecia de Isaías 53 encaixa-se à cena da crucificação fica claro em Lucas 22:37, em que Jesus disse, na noite anterior: "Importa que se cumpra em mim o que está esrito: Ele foi contado com os malfeitores". Assim, os ladrões involuntariamente contribuíram com mais uma prova profética de que Jesus é de fato o Cristo. O fato de Jesus ser "contado com os malfeitores" não fez dele um transgressor. Em vida, ele era conhecido como "amigo dos pecadores", considerado um deles, mas não participou de seus pecados nem desculpou de jeito algum o pecado deles. No entanto, ele morreu como se fosse pecador, ou transgressor, por causa de nossos pecados. Como afirma Paulo, "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós" (2 Coríntios 5:21). Como também disse Isaías: "Foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo" (Isaías 53:8).

Os ladrões se mostraram diferentes no fim. "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:39-43). Um dos ladrões permanece impenitente na presença da cruz de Cristo, insultando o Salvador, sem ouvir a repreensão e os apelos do companheiro que também ia morrer. O outro é tocado e tem o coração aquebrantado, repreendendo o companheiro, reconhecendo-se culpado, declarando a inocência de Cristo e suplicando para que o Senhor se lembrasse dele após a morte. Em nossa resposta à pregação da cruz de Cristo hoje, podemos ou ficar empedernidos por aquela terrível cena como um dos ladrões, ou ser tocados como o outro.

A resposta de esperança após a morte, que o Senhor deu ao ladrão, tem sido muitas vezes mal usada para dar a falsa esperança aos que desejam passar pela morte sem obedecer à condição do Novo Testamento do batismo "para a remissão de pecados" (Atos 2:38). Esse mal uso comum toma como pressuposto que o ladrão penitente não foi batizado com o batismo de João e desconsidera o fato de que ele viveu e morreu sob a velha lei e não sob a nova. Cristo, com sua morte na cruz, encerrou o Antigo Testamento e ratificou o Novo Testamento, no qual ele nos apresenta a esperança do céu para nós hoje (Colossenses 2:14; Hebreus 9:15-18). Se quisermos "estar sempre com o Senhor" no "paraíso celeste de Deus", devemos, como crentes penitentes, ser "batizados em Cristo" (Gálatas 3:27), habitar nele e morrer nele (1 Tessalonicenses 4:16-17).

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pilatos e Sua Mulher

O verdadeiro caráter de um homem se revela quando ardem ao seu redor as chamas da adversidade. Assim ocorreu com Pilatos. No término do ministério de Jesus, Pilatos desempenhava um papel-chave na crucificação do Filho de Deus. Pilatos fez o que era errado por causa da influência da multidão turbulenta.

Pilatos queria agir corretamente. Ele queria libertar Jesus. Diante dos acusadores de Jesus, Pilatos declarou sua convicção: "Não vejo neste homem crime algum" (Lucas 23:4). Pilatos tentou não menos de três vezes persuadir os judeus a libertar Jesus (Lucas 23:13-22). A princípio, ele sugeriu castigar Jesus e em seguida libertá-lo (Lucas 23:16). Depois ele lhes falou mais uma vez, desejando soltar Jesus (Lucas 23:20). Por fim, ele os desafiou pela terceira vez em resposta à exigência deles de que Jesus fosse crucificado. "Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte" (Lucas 23:22).

Não se trata de um equívoco por parte de Pilatos. O texto é claro: "Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado" (Mateus 27:18). A esposa dele tocou mais ainda a sua consciência. Sentado na tribuna para julgar o caso, recebeu da esposa um recado. "Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito" (Mateus 27:19). Quantas vezes, pela graça de Deus, a consciência do homem é incentivada a agir justamente?

Às vezes temos a tendência de pensar que basta "saber o que é certo" ou "querer fazer o que é certo". Muitas pessoas amenizam a consciência turbulenta por meio de um estudo detalhado da Palavra e uma aceitação intelectual posterior para com a verdade, que é correta. Também muitas pessoas acham muito conforto em estar favoravelmente inclinadas a tudo o que consiste em bom comportamento. No entanto, o Senhor não estava à procura de pessoas que fossem apenas "simpatizantes da causa". Jesus queria discípulos que carregassem a cruz.

Pilatos fracassou como líder. Em vez de levar o povo a tomar a decisão certa em relação a Jesus, o povo é que o levou a tomar a decisão errada.

O jogo de passar o bastão começou no Éden, quando Adão tentou passar adiante a responsabilidade de seu pecado, acusando a esposa e envolvendo Deus na história (Gênesis 3:12). Pilatos, em vez de enfrentar corajosamente o desafio apresentado a ele logo que surgiu, fez uso de um oportuno pormenor jurídico. Aquele Jesus era galileu, e Herodes estava na cidade. Pilatos sem hesitar mandou Jesus para Herodes, na esperança, sem dúvida, de evitar qualquer prejuízo a si mesmo naquela questão.

Quando Herodes mandou Jesus de volta, Pilatos mostrou então a fraqueza de seu caráter ao recusar-se a declarar a sentença, baseada na própria convicção de que Jesus deveria ser liberto. Obviamente, várias pessoas queriam Jesus morto. Estavam dispostas a fazer muita arruaça e estavam prontas para arruinar a carreira política de Pilatos (João 19:12) se ele não quisesse cooperar com elas.

Nessa altura, o verdadeiro caráter de Pilatos começou a ser mostrado. Pilatos estava disposto a agir corretamente S desde que não lhe fosse custoso. Se os judeus concordassem, Pilatos estava perfeitamente inclinado a agir corretamente com Jesus. Mesmo que os judeus discordassem, mas deixassem o assunto por conta dele, Pilatos ia querer agir de forma justa. Mas, se fazer o correto significaria que os judeus iriam prejudicar Pilatos profissional ou politicamente, então Pilatos não estava mais disposto a fazer o que era certo. Pilatos fez o que acreditava ser o mais vantajoso para a sua carreira política.

De qualquer modo, não era difícil de perceber o que estava para acontecer. Pilatos começou cedo a evidenciar certas falhas de caráter. Pouco a pouco, ele começou a negociar algum tipo de compromisso. "Só me deixem espancá-lo e depois eu o solto." Por que concordar com o espancamento? Ele sabia que Jesus era inocente. Estava convencido da retidão de Jesus e da inveja dos judeus. Pilatos já estava sugerindo um meio-termo na sua trama sinistra. Aprendeu aqui uma lição. Os pequenos passos de transigência em direção ao pecado são seguidos por saltos gigantescos em direção à impiedade. O juiz disposto a prejudicar um inocente pode ser levado a cometer todo tipo de injustiça. Pilatos já havia mostrado a sua disposição de fazer o mal. Os judeus só precisavam convencê-lo a fazer o mal que eles queriam.

Pilatos se mostrou um fracassado infeliz, mesmo sabendo o que era certo e ainda que tivesse sido incentivado pela esposa a agir dessa forma. Que dizer do vizinho que estuda a Bíblia com você e aprende a verdade S mas se recusa a deixar a vida mundana que leva? E o marido que freqüentou os cultos na igreja com a esposa durante anos e foi incentivado por ela e pelos filhos a se converter S mas se recusa a ser batizado porque os pais dele não entenderiam? E o cristão que descuidadosamente se envolve de novo no pecado e foi encorajado por vários irmãos a se arrepender S mas se recusa por causa da dificuldade que é para ele essa mudança? E o cristão que sabe o que é certo, mas está mais preocupado com o que é politicamente correto do que com o que é genuinamente correto? Esse é o caminho de Pilatos.

Pilatos tomou a decisão politicamente correta. Com a consciência carregada com o peso do pecado, ele lavou as mãos na presença dos judeus, fingindo não ser responsável pelo que se passava ali. Sua carreira política estava preservada, sua reputação com o povo se manteve em alta. Ele era o herói por um momento. Mas vendeu a alma para sempre.

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