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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Heresia e a Santa Inquisição


HERESIA E A "SANTA" INQUISIÇÃO

Heresia - (do grego hairesis, 'escolha', pelo latino haeresis + -ia) opinião, escolha, preferência, opção
Em fins do século XVIII, a Igreja Católica sentiu-se ameaçada por uma série de críticas feitas aos dogmas sobre os quais se apoiava a Doutrina Cristã. Essas críticas e dúvidas sobre a verdade absoluta da mensagem da Igreja aumentaram, e os indivíduos que partilhavam dessas idéias contestadoras da doutrina oficial do catolicismo eram chamados de hereges.
A palavra herege origina da palavra grega "hairesis" e do latim haeresis e significa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja Católica em matéria de fé. No que diz respeito propriamente ao conceito de heresia, foi aceita a definição do teólogo medievalista M. D. Chenu, de que herege é "o que escolheu’’ , o que isolou de uma verdade global uma verdade parcial, e em seguida se obstinou na escolha. A heresia é uma ruptura com o dominante e ao mesmo tempo é uma adesão a uma outra mensagem. É contagiosa e em determinadas condições dissemina-se facilmente na sociedade. Daí o perigo que representa para a ordem estabelecida, sempre preocupada em preservar a estrutura social tradicional.
No fim do século XV, isto é, no início da época moderna, foi criada na Espanha uma instituição, que se inspirou nos moldes das que haviam funcionado na Europa durante a época medieval: O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição. O caráter cruel e desumano de seu funcionamento talvez não tenha precedentes na história da civilização, até o surgimento do nazismo e do imperialismo no século XX. Há contudo um fato importante que deve ser cuidadosamente anotado para que possamos entender o complexo fenômeno da perseguição as heresias na Espanha e Portugal: a palavra "heresia" adquiriu com o tempo diversas conotações, e para os inquisidores portugueses tinha um sentido muito definido e específico, que estava registrado em seus regimentos. Diz textualmente o Regimento da Inquisição de 1640, no Livro III, p.151: "contra os hereges e apóstolos que, sendo cristãos batizadores, deixam de ter e confessar nossa fé católica". E também contra os indivíduos "que confessam nela" ( na Inquisição ) "as culpas de judaísmo, ou de qualquer outra heresia ou apostasia". E pois o português batizado, descendente de judeus convertidos ao catolicismo e praticante secreto do judaísmo, um herege perante a Igreja Católica em Portugal.
A Santa Inquisição
Tribunal da Igreja Católica instituído no século XIII para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia. A Santa Inquisição foi fundada pelo Papa Gregório IX (1148-1241) em sua bula Excommunicamus, publicada em 1231. Heresias são doutrinas ou práticas contrárias ao que é definido como matéria de fé. Na época inicial da Igreja elas eram punidas com a excomunhão. Quando no século IV o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, os heréticos passam a ser perseguidos como inimigos do estado.
Na Europa , entre o século XI e XV, as heresias são geradas principalmente pelo desenvolvimento cultural, acompanhado de prosperidade econômica e crescimento urbano. As reflexões filosóficas e teológicas da época produzem conhecimento que contradizem a concepção de mundo defendida até então pelo poder eclesiástico. Além disso, surgem movimentos cristãos, como os cátaros em Albi, e os valdenses em Lyon, no sul da França, que pregam a volta do cristianismo às origens, defendendo a necessidade de a Igreja abandonar suas riquezas. Em resposta a essas heresias, milhares de albigenses são liquidados por exércitos papais, entre os anos de 1208 e 1229.
A Inquisição é criada dois anos depois. A responsabilidade pela ortodoxia da religião passa dos bispos aos inquisidores, sob a direta jurisdição do Papa, e são estabelecidas punições severas. As penas podem variar, desde a obrigação de fazer uma abjuração pública ou uma peregrinação a um santuário até o confisco dos bens e a prisão em cadeia. A pena mais severa é a prisão perpétua, mas as autoridades civis automaticamente a converte em execução pública na fogueira ou na forca. Os heréticos não podem recorrer ao direito de asilo, e em geral, duas testemunhas constituem suficiente prova de culpa.
Em 1252, o Papa Inocêncio IV sanciona o uso da tortura como método de obtenção da confissão de suspeitos. As condenações dos culpados são lidas numa cerimônia pública no fim dos processos. É o chamado auto-de-fé. Nos séculos XIV e XV, os tribunais da Inquisição diminuem sua atividade e são recriados sob a forma de uma Congregação da Inquisição contra os movimentos da Reforma Protestante e contra as "heresias" filosóficas e científicas saídas do Renascimento. Vítimas notórias da fogueira da Inquisição são a heroína francesa Joana D'Arc (1412-1431), executada por declarar-se mensageira de Deus e usar roupas masculinas, e o italiano Giordano Bruno (1548?-1600), considerado o pai da Filosofia moderna, condenado por concepções intelectuais consideradas contrárias às aceitas pela Igreja.
Uma forma ainda mais violenta da Inquisição surge em 1478, na Espanha, a pedido dos reis católicos Fernando e Isabel, contra os judeus e muçulmanos, que são convertidos pela força ao catolicismo.
As Perseguições
Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens remontam ao século IV:
· no século X muitos casos de execuções de hereges, na fogueira ou por estrangulamento;
· em 1198 o Papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os "ALBIGENSES" (hereges do sul da França), com execuções em massa;
· em 1229, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, sob a liderança do Papa Gregório IX;
· em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado "AD EXSTIRPANDA", em que vociferou: "os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na execução do diabólico plano de exterminar os hereges. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. O "AD EXSTIRPANDA" foi renovado ou reforçado por vários papas, nos anos seguintes: Alexandre IV (1254-1261); Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV (1288-1292); Bonifácio VIII (1294-1303) e outros. Inocêncio IV autorizou o uso da tortura.

A Tortura como instrumento de Fé
Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das "Botas Espanholas" para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a "roda do despedaçamento funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o "balcão de estiramento" era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o "esmaga cabeça" era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura.
Com a promessa de irem diretamente para o Céu, sem passagem pelo purgatório, muitos homens eram exortados pelos inquisidores para guerrearem contra os hereges.
Depois de acusados, os hereges tinham pouca chance de sobrevivência. Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo era sumário. Ou seja: rápido, sem formalidades, sem direito de defesa.
A Igreja de Roma, sob o pretexto de que detinha as chaves dos céus e do inferno e poderes para livrar as almas do purgatório e perdoar pecados, pretendia ser UNIVERSAL, dominar as nações mediante pressão sob seus governantes e estabelecer seus domínios por todo o Planeta.
A Proibição da Leitura
A história dos massacres e perseguições perde-se no tempo. Quase impossível para os historiadores é levantar o número exato ou aproximado de vítimas da Inquisição. O banho de sangue começou na Europa, mais precisamente em França, e se estendeu por países vizinhos. Havia, por parte da Igreja de Roma, uma preocupação constante com a propagação do Evangelho, com o conhecimento da Palavra, com a tradução da Bíblia em outras línguas. Preocupação no sentido de proibir. Só pelo fato de um católico passar a ler as Escrituras estava sujeito a ser considerado um herege e, como tal, ser excomungado e levado à fogueira. A Bíblia era, assim, considerada um obstáculo às pretensões da Igreja de Roma, de colocar todos os povos sob seus domínios.
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo dos sacerdotes, dos padres, dos bispos e dos papas. Dentre as medidas para conter o avanço da leitura, destaco alguns a seguir :
1229 - o Concílio de Tolouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: "Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido." (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr. 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigenses. Em "Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition, cap. 08, temos a seguinte declaração conciliar: "Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... (elas sabem que) a pregação e explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos".
1866 - O Papa Pio IX, em sua encíclica "Quanta cura", em 8 de dezembro de 1866, emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele diz: "Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas, sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os meios possíveis".
Conclusões
A simples análise da História da Idade Média até os dias de hoje, nos mostra o quanto perniciosa e cruel tem sido as crendices em geral para a civilização Humana. Em especial, a Igreja clássica, que através do terror, da dominação política e econômica, impôs as trevas ao mundo ocidental. A selvageria cometida em nome de um Deus e um Diabo criados a partir do conhecimento dos medos mais profundos das pessoas daquela época, nos releva um passado recente cruel e irracional. A verdadeira antítese da vida, da liberdade e do pensamento.
A demência que a Igreja semeou ao longo do mundo ocidental, através da exportação de câmaras de torturas e bárbaros inquisidores, a procura de pessoas que se atreviam a pensar, representou um atraso tecnológico e cultural de pelo menos mil anos na idade cronológica do Homem.
E tudo isto podendo ser resumido a uma simples questão : ou tema a Deus ou tema a nós. E o Diabo, afinal para que foi criado ? Para que criar mais seres demoníacos etéreos além dos já existentes na Terra ?
Quando estudamos através de pesquisa séria dentro do contexto histórico, verificamos que o segundo atraso imposto, além do atraso da própria crendice e dos falsos dogmas criados, foi a proibição da leitura, conforme amplamente divulgado nas encíclicas papais.
A conseqüência direta da proibição da leitura da bíblia que a própria Igreja a escreveu, foi catastrófica em termos culturais, pois sabemos em condições de baixo desenvolvimento econômico e social, por mais incrível e paradoxal que possa parecer - sob a ótica do intelecto e da razão - somente havia esta opção de leitura. Durante as Reformas que romperam estes paradigmas, as pessoas seguindo a necessidade de enquadrar nas religiões por força de ações sociais ou simplesmente por ignorância, forçosamente apreenderam a ler em função da necessidade de participar dos cultos religiosos.
Finalmente, o terceiro atraso imposto foi a perseguição sistemática e de inventores e pesquisadores que ousavam blasfemar contra seu Deus. Quantas invenções e descobertas científicas poderiam ter sido realizadas, se não fosse a brutal repressão da Igreja ? Quantas doenças já poderíamos curar, quantas fontes de energia limpa para o meio ambiente poderíamos estar usufruindo ?
Sem contar o papel das Igrejas no mundo atual, a propagar fé e crenças, auxiliando as classes dominantes a manter as populações controladas e submissas ao poder do capital e do neoliberalismo.

Fonte de Pesquisa: 
http://www.miniweb.com.br/historia/artigos/i_media/heresia_inquisi%E7%E3o1.html


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

II Aniversário da OCEB - Curso Especial de Capelania


www.oceb.com.br

Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil - II Aniversário - Participe!

A vontade de Deus!

João 19.11; Romanos 9.14-18; Efésios 1.11; Colossenses 1.9-14; Hebreus 6.13-18

A atriz Doris Day canta uma canção popular cujo título era "Que será, será" ("O que tiver que ser, será".). À primeira vista, este tema transmite uma espécie de fatalismo deprimente. A teologia do islamismo geralmente se refere a eventos específicos como "era a vontade de Alá".

A Bíblia Sagrada tem um profundo interesse na vontade de Deus - sua autoridade soberana sobre a criação e tudo nela. Quando falamos sobre a vontade de Deus, fazemos isso pelo menos de três maneiras diferentes. O conceito mais amplo é conhecido como a vontade decretiva, soberana ou oculta de Deus. Por meio desta definição, os teólogos referem-se à vontade de Deus por meio da qual ele ordena soberanamente tudo o que acontece. Porque Deus é soberano, e sua vontade nunca pode ser frustrada, podemos ter certeza de que nada acontece que ele não esteja no controle. Ele pelo menos tem de "permitir" seja o que for que vá acontecer. Mesmo quando Deus permite passivamente que algo aconteça, ele decide permitir, de maneira que sempre tem o poder e o direito de intervir e evitar a ocorrência das ações e os eventos neste mundo. Desde que ele permite que as coisas aconteçam, num certo sentido elas acontecem de acordo com "sua vontade". Embora a vontade soberana de Deus freqüentemente fique oculta de nós até que os eventos aconteçam, existe um aspecto da sua vontade que é claro para nós - Sua vontade perceptiva. Aqui Deus revela sua vontade através da sua Lei santa. Por exemplo, é a vontade de Deus que não roubemos; que amemos nossos inimigos; que nos arrependamos; que sejamos santos. Esse aspecto da vontade de Deus é revelado em sua Palavra bem como em nossa consciência, por meio da qual Deus escreveu sua lei moral em nosso coração. Suas leis, quer se encontrem na Bíblia ou em nosso coração, são obrigatórias. Não temos autoridade para violar esta vontade. Temos o poder ou a capacidade de obstruir a vontade perceptiva de Deus, embora nunca tenhamos o direito de fazê-lo. Tampouco podemos justificar nosso peado, dizendo: "O que será, será.". Pode ser a soberania de Deus ou sua vontade soberana que nos "permite" pecar, quando ele fez sua vontade soberana acontecer por meio das ações pecaminosas das pessoas. Deus determinou que Jesus fosse traído pela instrumentalidade da traição de Judas. Mas isso não tornou seu pecado menos vil e desleal. Quando Deus "permite" que violemos sua vontade preceptiva, isso não deve ser entendido como uma permissão no sentido moral de conceder-nos ele um direito moral. Sua permissão nos dá o poder para pecar, mas não direito de fazê-lo. A terceira maneira pela qual a Bíblia fala sobre a vontade de Deus refere-se à vontade dispositiva de Deus. Essa vontade descreve a atitude de deus. Ela define o que lhe é agradável. Por exemplo, Deus não tem prazer na morte do ímpio, ainda que certamente queira ou decrete a morte do ímpio. O prazer supremo de Deus está em sua própria santidade e justiça. Quando julga o mundo, ele tem prazer na defesa da sua própria e integridade, embora não fique feliz, no sentido de ter prazer, na vingança contra aqueles que recebem seu juízo. Deus alegra-se quando nós encontramos nosso prazer na obediência. Ele se entristece profundamente quando somos desobedientes.  Muitos cristãos ficam preocupados ou mesmos obcecados em descobrir "a vontade" de Deus para sua vida. Se a vontade que buscamos é sua vontade secreta, oculta ou decretiva, então nossa busca será inútil. O conselho secreto de Deus é seu segredo. Ele não tem prazer em nos revelar isso. Longe de ser um sinal de espiritualidade, a busca pela vontade secreta de Deus é uma invasão injustificável de sua privacidade. O conselho secreto de Deus não é de nossa conta. Essa é a razão parcial por que a Bíblia Sagrada tem uma visão tão negativa dos cartomancia, necromancia e outras formas de práticas  proibidas. Seríamos sábios em seguir o conselho de João Calvino; ele disse: "Quando Deus facha seus santos lábios, eu desisto de inquirir". O verdadeiro sinal de espiritualidade é visto naqueles que buscam conhecer a vontade de deus que é revelado em sua vontade perceptiva. Esta é aquela pessoa piedosa que medita na lei do Senhor dia e noite. Enquanto buscamos ser "guiados" pelo Espírito Santo, é vital que tenhamos em mente que o Espírito Santo primeiramente quer nos guiar na justiça. Somos chamados para viver nossa vida por meio de toda palavra que sai da boca de Deus. Sua vontade revelada é de nossa contra; na verdade, deve ser o assunto principal em nossa vida.

Sumário:

1. Os três significados da vontade de Deus:
(a) A vontade soberana decretiva é a vontade pela qual Deus faz com que tudo o que decreta aconteça. Ela é oculta de nós até que aconteça.
(b) A vontade perceptiva é a lei revelada de Deus, ou seus mandamentos, os quais temos o poder, mas não o direito de violar.
(c) A vontade dispositiva descreve a atitude ou a disposição de Deus. Ela revela o que o agrada.
2. A "permissão" soberana de Deus para o pecado humano não equivale aprovação moral.

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