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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

As origens do nazismo

As origens do nazismo




O nacional-socialismo, ou nazismo, como é também chamado, surgiu em meio à crise da década de 1920 e encontrou nos problemas da Alemanha e do mundo no pós-I Guerra Mundial as razões de seu fortalecimento. A primeira dessas razões é o perene revanchismo alemão oriundo da derrota e das imposições dos vencedores da I Guerra Mundial.

Simbolicamente, os alemães não se sentiam derrotados, porque o território alemão não fora invadido em 1918. Ademais, quando os combates foram suspensos por meio de um armistício – e não de uma capitulação –, parecia haver um equilíbrio entre os lados combatentes, pois ambos estavam exauridos. A culpa para o armistício era jogada sobre as costas do poder civil, os “entreguistas”, particularmente os socialistas que negociaram o armistício, supostos responsáveis pelo fracasso.

Em segundo lugar, as condições do Tratado de Versalhes para a Alemanha foram muito mais duras do que o Presidente Wilson sugerira. Os alemães foram declarados culpados pela guerra, obrigados a pagar uma reparação gigantesca e impedidos de ter um exército de tamanho compatível com a realidade de uma Potência.

Por fim, as crises econômicas da década de 20 – primeiro, em 1923, quando o país passou pela hiperinflação, depois, em 1929, resultado da quebra da Bolsa de Nova York – se mostraram fundamentais para criar um caldo simbólico de ódio e rancor. Razões econômicas que repercutiram em movimentos sociais questionaram a frágil democracia da República de Weimar, como foi denominado o regime alemão em sua breve experiência democrática (1919-1933).

sábado, 10 de outubro de 2020

Quanto mais inteligente, menos sociável ● Leandro Karnal

O Fim da Guerra Fria e a Nova Ordem da Década de 1990 - Continuação

O Fim da Guerra Fria e a Nova Ordem da Década de 1990 - Continuação


Incertezas e complexidades na Nova Ordem Internacional


Contudo, o novo mundo tornava-se mais incerto, mais complexo e mais imprevisível:



surgiram zonas de conflito em áreas de dissolução da URSS, nos Bálcãs, no Oriente Próximo e em alguns países africanos (Somália, Chade, Congo, Angola, Libéria);

o Terceiro Mundo desintegrou-se com as crises da dívida externa, pondo-se fim à unidade do discurso da década de 1970;

novas levas de imigrantes rumaram das zonas pobres para os países desenvolvidos;


fim do diálogo Norte-Sul, que se iniciara na década de 1960: as Grandes Potências desviaram o interesse no desenvolvimento dos países mais pobres em prol de políticas ambientais e de combate a migrações indesejadas;


a quantidade de armas que havia no mundo, fruto da lógica da Guerra Fria, somada à formação de vazios de poder e de leis em muitos países, estimulou o aparecimento de redes internacionais de crime e de organizações político-terroristas;


ocorreu um refluxo nas políticas de segurança em alguns Estados, como foi o caso da França, que passou a realizar uma série de testes nucleares nos anos de 1995 e 1996;


houve redução da coesão entre as Grandes Potências devido à ausência de um inimigo comum: os polos ocidentais (EUA, Europa e Japão) passam a ser guiados por percepções de interesses especificamente nacionais;


desenvolveram-se tendências introspectivas na Europa, com a institucionalização da União Europeia (UE), a nacionalização da segurança e o protecionismo;


os EUA viram-se como única Superpotência global, mas sem condições de estruturar por si uma nova ordem internacional. Assim, sua política externa passou a orientar-se para (1) a criação de um duopólio com a Rússia (ao alargar o G7 para G8), com o intuito de não ter que arcarem sozinhos com a ordem a construir; (2) o papel de “Estado catalisador” de uma ordem que seria também construída com aliados, como na Guerra do Golfo e na Guerra da Iugoslávia; (3) o papel de garante de uma ordem inspirada na sua própria estrutura de Estado – liberalismo econômico, democracia política e direitos humanos;


a Rússia, após o fim da URSS e o estabelecimento da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), emergiu com sua antiga autonomia sem perder de vista os desígnios de influência a exercer sobre a Europa Oriental, sendo que, dessa vez, com apoio dos EUA, interessados em mantê-la como potência singular no Oriente;


teve-se a contestação dos valores do Ocidente pela dinâmica região formada no Leste Asiático, como liberalismo, democracia e direitos humanos, com a negativa de sua universalidade;

dualidade entre modelo de desenvolvimento asiático e modelo de desenvolvimento do “consenso de Washington” (FMI e BIRD);

a América Latina reaproximou-se da Europa e dos EUA;


a dificuldade para regular a nova ordem anárquico-multilateral conduziu à crise de credibilidade da ONU, do Conselho de Segurança, do FMI, do BIRD, da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do G7;


blocos regionais foram criados: União Europeia (UE); Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC); Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA); Associação Latino-Americana de Integração (ALADI); Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN); Mercado Comum do Sul (Mercosul);


vislumbravam-se conflitos de transição entre Grandes Potências, como China e Rússia, que ainda mantinham riscos de confronto com a Superpotência EUA, e também conflitos de equilíbrio regional de poder entre Estados que buscavam uma hegemonia regional, como Coreia do Norte, Iraque e Irã, considerados inimigos pelos EUA pelo fato de sua ascensão perturbar a ordem vigente;


conflitos entre comunidades e identidades nacionais (islamismo, identidades nacionais na Rússia, identidades étnicas, religiosas ou linguísticas nos Bálcãs, na África e na Ásia).

 


O fracasso da recente rodada comercial de Doha (2001-2008) é um corolário disso.


                       
Um filme que retrata de maneira bem-humorada essa nova ordem internacional soba ótica de quem “perdeu a Guerra Fria” é Adeus, Lênin (Alemanha, 2003), dirigido por Wolfgang Becker, sobre as transformações na Alemanha a partir da reunificação, em 1989.

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