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terça-feira, 27 de agosto de 2019

A metafísica de Aristóteles

A metafísica de Aristóteles


Aristóteles - Criador da Metafísica
Aristóteles - Criador da Metafísica


No conjunto de obras denominado Metafísica, Aristóteles buscou investigar o “ser enquanto ser”. Significa que buscou compreender o que tornava as coisas o que elas são. Nesse sentido, as características das coisas apenas nos mostram como as coisas estão, mas não definem ou determinam o que elas são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas existirem, aquilo que determina “o que” elas são e aquilo que determina “como” são.
Em sua metafísica, Aristóteles fala acerca dos primeiros princípios. Os primeiros princípios dizem respeito aos princípios lógicos, a saber: o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. O princípio de identidade é autoevidente e determina que uma proposição é sempre igual a ela. Disto pode-se afirmar que A=A. O princípio da não contradição afirma que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. Não se pode propor que um triângulo possui e não possui três lados, por exemplo. O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira opção viável. Tais princípios, deste modo, garantem as condições que asseguram a realidade das coisas.
Além dos princípios, de acordo com Aristóteles, existem quatro causas fundamentais que também são condições necessárias para que as coisas existam. As causas são: material, formal, eficiente e final. A causa material é a matéria da qual é feita a essência das coisas. A causa formal diz respeito à forma da essência. A causa eficiente é aquela que explica como a matéria recebeu determinada forma. A causa final é aquela que determina a finalidade das coisas existirem e serem como são.
Para compreender a conceituação das causas, pode-se pensar numa pedra que rola a montanha. A causa material é o minério da pedra, a causa formal é a inclinação da montanha, a causa eficiente é o empurrão feito na pedra e a causa final é a vontade da pedra de atingir o nível mais baixo. Assim, os primeiros princípios e as quatro causas são as condições básicas para que as coisas existam e possam ser conhecidas.
Disto, Aristóteles investiga sobre “o que” as coisas são. Nesse ponto, visa superar a ideia de seus antecessores, principalmente Platão, que afirmava que a essência das coisas está num mundo inteligível. Para Aristóteles, a essência das coisas está nas próprias coisas e não separada num mundo das formas e ideias perfeitas, isto é, a essência está na substância. A substância, para ele, é a fusão da matéria com a forma. Uma escultura de madeira, por exemplo, é a fusão da madeira (matéria) com o projeto do artesão (forma).
A partir dessa concepção, era ainda necessário que Aristóteles desse conta do problema do movimento, pois a substância possui a matéria – que está em constante movimento (transformação) – e a forma (que é imóvel). Para superar tal problema, ele usa a ideia de potência e ato. As substâncias possuem potencial para aquilo que ocorre com elas. Pode-se dizer que a gasolina, por exemplo, é inflamável. Significa afirmar que ela possui potencial para pegar fogo, porém é preciso pelo menos uma faísca para que a potência se torne realidade, ato.
Com isto, a metafísica de Aristóteles visa mostrar que o Estar em movimento possui mais importância do que o Ser imóvel de Platão.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/metafisica.htm

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Humanismo - Parte 2/2

Humanismo


Produções Literárias
O período humanista possuía produções literárias que mesclavam características medievais e modernas. Entre elas, estavam:
→ Poesia Palaciana: proveniente das cantigas do Trovadorismo, possuía, porém, uma estrutura textual mais elaborada – redondilhas, ambiguidades, aliterações, assonâncias, figuras de linguagem, idealismo, sensualidade, métrica, ritmo e expressividade – e não era mais acompanhada por música, mas feita para ser recitada dentro dos palácios, para a nobreza.
Uma coletânea de poesias chamada Cancioneiro Geral reuniu 2865 autores e foi publicada em 1516. Essa organização foi realizada pelo poeta português Garcia Resende (1482-1536).
Os principais temas presentes nesse tipo de produção eram os costumes da corte, temas religiosos, satíricos, líricos e heroicos.
Exemplo de Poesia Palaciana:
Meu amor tanto vos quero,
que deseja o coração
mil cousas contra a razão.
Porque, se vos não quisesse,
como poderia ter
desejo que me viesse
do que nunca pode ser?
Mas conquanto desespero,
e em mim tanta afeição,
que deseja o coração.
(Aires Teles)
→ Prosa: A prosa humanista era divida entre as crônicas historiográficas e as crônicas ficcionais (novelas de cavalaria).
Fernão Lopes foi considerado o “pai da hisotiografia portuguesa”, pois, por meio de seus estudos e pesquisas historiográficas, relatou a vida dos principais reis de Portugal. Suas obras foram: Crônica de El-Rei D. Pedro (1434); Crônica de El-Rei D. Fernando (1436); Crônica de El-Rei D. João I (1443).
A crônica ficcional foi uma adaptação das novelas de cavalaria do Trovadorismo. Quando traduzidas, elas sofreram modificações para adequar-se ao pensamento e à realidade social da época. No período humanista, foi produzida, por exemplo, uma novela de cavalaria chamada Amadis de Gaula.
→ Teatro: Diferente da poesia e da prosa, o teatro humanista português era um teatro popular e tinha como objetivo moralizar e criticar a sociedade. Ele era dividido entre autos farsas.
Os autos eram encenações que abordavam, principalmente, a temática religiosa. Exemplos desse tipo de obra: Auto da Barca do InfernoAuto da LusitâniaAuto da Visitação. Já as farsas eram encenações curtas, populares, baseadas no cotidiano e tinham um caráter cômico.
O principal autor do teatro português foi Gil Vicente. Por causa de sua influência, inclusive, esse tipo de produção literária ficou conhecida como “teatro vicentino”, e suas principais características eram: retrato dos costumes e tipos da sociedade portuguesa; crítica social; caráter universal; antropocêntrismo; retrato de personagens caricaturadas e alegóricas; retrato psicológico das personagens; presença de humor e comicidade; presença de alegorias e misticismo; caráter moralizante e satírico; temas pastoris, cotidianos, profanos e religiosos.
Exemplo do teatro vicentino:
Todo mundo e Ninguém – Gil Vicente
Ninguém: Que andas tu aí buscando?
Todo mundo: Mil cousas ando a buscar:
delas não posso achar, 

porém ando porfiando
por quão bom é porfiar.
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro

sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome Ninguém,
e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei, companheiro?
Belzebu: Que ninguém busca consciência.
e todo o mundo dinheiro.
Perceba a intenção moralizante que esse texto trazia com a utilização de personagens míticas, levando o leitor/espectador a uma reflexão sobre suas atitudes. Há também o uso de personagens alegóricas para representar Todo o mundo e Ninguém.

Principais autores
- Fernão Lopes;
- Garcia de Resende;
- Gil Vicente;
- Miguel de Cervantes;
- William Shakespeare;
- François Rabelais;
- Luís de Camões;
- Erasmo de Roterdã;
- Dante Alighieri;
- Francesco Petrarca;
- Giovanni Bocaccio.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/humanismo.htm

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