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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Filosofia da religião

Filosofia da religião

“Filosofia da religião” é a parte da filosofia que se ocupa de examinar racionalmente as explicações religiosas.

A questão sobre a possibilidade de conciliar fé e razão deu origem à Filosofia da Religião
A questão sobre a possibilidade de conciliar fé e razão deu origem à Filosofia da Religião.

Podemos entender a religião, de uma forma ampla, como um sistema de crenças e as práticas a elas referentes. Em quase todas as culturas há pelo menos uma expressão que possamos chamar de religiosa. Essas expressões diferem entre si, quanto à origem e conceitos principais, mas costumam partir da tentativa do homem de encontrar respostas a problemas para os quais a razão humana não seria suficiente. Uma pergunta bastante inquietante e que ainda não podemos responder precisamente por meio da ciência é a respeito da vida após a morte.
As religiões espiritualistas, ou seja, que acreditam na existência de um corpo mortal e de uma alma imortal, podem enfrentar esse problema criando teorias baseadas em algum livro que se considera escrito a partir de uma revelação de Deus, como o Alcorão para os muçulmanos, o Bhagavad Gita para os hindus e a Bíblia para os cristãos, por exemplo, ou por meio da transmissão oral de revelações individuais feitas a alguém que se considera capaz de se comunicar com o plano sagrado, como são os profetas, médiuns e babalorixás.
Ou seja, na esfera da religião, não se necessita de uma demonstração racional para aquilo que se professa como verdade, mas a fé não é necessariamente oposta à razão. O termo “filosofia da religião”, que aparece a partir do século XIX, é a parte da filosofia que se ocupa de examinar racionalmente as explicações religiosas. A existência ou não de Deus foi uma questão que movimentou o pensamento de muitos filósofos desde a Antiguidade, como Tomás de Aquino, Agostinho de Hipona e Nicolau de Cusa.
Contexto histórico:
O cenário histórico que serve de pano de fundo para a discussão desses pensadores é o desenvolvimento e ascensão do Cristianismo e grande influência da Igreja Católica como instituição social. Se o Império Romano se esfacelava, a Igreja acumulou grande riqueza material. Se o Império Romano sofria ataques de povos bárbaros, a Igreja desempenhava o papel de conciliadora entre a nobreza feudal.
A fé cristã, segundo a doutrina da Igreja Católica, era a verdade mais elevada. Qualquer ato que discordasse do postulado pela Igreja era considerado uma heresia. Todas as investigações filosóficas e científicas tinham que partir do pressuposto de que a verdade já havia sido revelada pelo próprio Deus. A única tarefa possível à ciência e à filosofia era a comprovação racional da fé. Muitos pensadores cristãos investiram nesse trabalho e tentaram, a partir da filosofia grega ou contra ela, convencer os descrentes.
Entre esses pensadores, podemos incluir os “padres apologistas”, ou seja, aqueles padres que mostravam a superioridade da fé cristã em relação ao paganismo ou politeísmo. Esses padres, como Orígenes, Justino e Tertuliano, rejeitavam o recurso às filosofias gregas. Importante lembrar que, nessa época, as obras de Platão e Aristóteles estavam desaparecidas e o conhecimento que se tinha delas passava pelo prisma dos filósofos estoicos e neoplatônicos e, por isso, apresentavam elementos místicos ou comportamentos que a Igreja considerava “imorais”.
Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino
No entanto, as obras de maior destaque são as de Santo Agostinho, que pertencia à Patrística, e as de Santo Tomás de Aquino, que pertencia à Escolástica. A Patrística é o nome que se dá ao conjunto das produções intelectuais a respeito da revelação cristã, a maior parte delas de autoria de padres que perceberam a necessidade de argumentação racional para consolidar os preceitos cristãos entre as autoridades e o povo. Santo Agostinho, seu principal expoente, estabelece que a principal diferença entre a fé e a razão é que, pela fé, conseguimos compreender coisas inalcançáveis por meio da razão. Mas isso não torna fé e razão contraditórias: para o filósofo, a fé revela verdades de forma intuitiva, verdades que são confirmadas pelo exercício racional. A alma humana só poderia conhecer a verdade das coisas se iluminada por Deus.
A Escolástica é o nome que se dá à reunião das obras filosófico-teológicas escritas a partir do século IX por consequência do projeto de organização do ensino promovido por Carlos Magno no século VIII, projeto esse conhecido como “renascença carolíngia”. Nas escolas fundadas por Carlos Magno eram ensinadas as seguintes matérias, submetidas à teologia: gramática, retórica e dialética (a reunião das três era conhecida como trivium); e geometria, aritmética, astronomia e música (reunião conhecida como quatrivium). A cultura Greco-romana passou a ser divulgada e isso permitiu que o pensamento aristotélico pudesse ser considerado nas investigações filosóficas da época.
O período escolástico pode ser dividido em 3 períodos ou fases:
  1. Primeira fase: do século IX ao século XII – caracterizada pela harmonia entre fé e razão;
  2. Segunda fase: do século XII ao século XIV – considera-se que harmonia entre fé e razão pode ser parcialmente obtida.
  3. Terceira fase: do século XIV ao século XVI – caracterizada pela percepção das diferenças fundamentais entre fé e razão.
A obra de Santo Tomás de Aquino pertence à segunda fase e pretendia retomar os pensamentos de Aristóteles para explicar os pontos principais da fé cristã. Ao fazer isso, no entanto, criou um sistema próprio, dentro do qual conseguiu elaborar cinco provas racionais da existência de Deus. Por esse motivo foi proclamado Doutor Angélico e o Doutor por Excelência pela Igreja Católica. Sua extensa obra foi considerada, inclusive, um argumento a favor de sua canonização. A importância dos argumentos de Tomás de Aquino, apesar de serem refutados, para a questão da conciliação entre fé e razão é que eles negam 1) a possibilidade de se conhecer a Deus sem passar pelo mundo sensível, ou seja, por meio de uma experiência direta; e 2) que só se pode conhecer a Deus pela fé. A busca científica encontra legitimidade também na filosofia tomista, pois, se o Criador deixa suas marcas em tudo o que cria, o interesse pela investigação corresponde à necessidade intrínseca ao homem de conhecê-lo.
Nietzsche:
Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, o cristianismo reforçou uma moral dotada de submissão, pecado e culpa. A própria moral, dirá o filósofo, é um instrumento para o enfraquecimento dos fortes. Por esse motivo, a tradição ocidental, resultado desse processo de enfraquecimento, é tão distinta do Estado Grego que reunia, pelo espírito guerreiro de seu povo e de uma religião que não o tentava domesticar, as condições para o aparecimento da tragédia, maior expressão artística dos helenos.
Sobre a religião grega, Nietzsche sublinha no parágrafo 114 de “Humano, Demasiado Humano” que os helenos não se referiam aos deuses como se fossem acima de si, ou seja, não tinham uma relação de submissão em relação a eles. Os deuses serviam como um exemplo do melhor que os humanos poderiam alcançar, um ideal, diferente do cristianismo que, em suas palavras “esmagou e alquebrou completamente o homem, e o mergulhou como que em um profundo lamaçal”. Um aspecto relevante da religião grega era a inexistência de um livro sagrado. As crenças eram difundidas com uma visão não dogmática e sem uma autoridade que teria o direito de proteger os dogmas.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/religiao.htm
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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Saul Não Foi o Primeiro Rei de Israel

Saul Não Foi o Primeiro Rei de Israel


Resultado de imagem para Saul Não Foi o Primeiro Rei de IsraelMuitos acreditam que Saul teria sido o primeiro rei de Israel, mas uma analise correta na Bíblia perceberemos que a coisa não é bem assim, de acordo com as escrituras Abimeleque (filho de Gideão) foi o primeiro rei de Israel: 
Vejamos um que diz o texto bíblico:
“Então, se ajuntaram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo; e foram e proclamaram Abimeleque rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém.” Juízes 9:6-ARA.
na Nova Versão Internacional diz" reuniram-se ao lado do Carvalho, junto à coluna de Siquém, para coroar Abimeleque rei."
Siquém foi a primeira capital do reino de Israel, a escritura afirma que Abimeleque reinou durante 3 anos em Israel: 
“Havendo, pois, Abimeleque dominado três anos sobre Israel” Juízes 9:22-ARA,
A versão católica diz: “Reinou Abimelec sobre Israel durante três anos”
 O comentário adventista do sétimo dia, comentando Juizes capitulo 9   afirma que o povo desejava um rei e não um governador ou chefe como alguns afirmam que Abimeleque teria sido. Vejamos:
“Jotão estava familiarizado com o desejo do povo de ter um rei, não apenas para ser como as nações vizinhas, mas porque reconheciam que os frequentes reveses nas mãos dos inimigos se deviam a falhas na forma de liderança, enquanto que seus sofrimentos [na verdade] eram consequência de sua apostasia (CBASD, vol. 2, p. 371).”
Podemos concluir que o povo tinha a intenção de torna-lo realmente um rei, e não somente um governador, Chefe ou Lider, como era de costume para o povo de Israel.
 O comentário da Bíblia de Estudo Andrews também afirma que Abimeleque foi o primeiro a reinar sobre Israel, comentando juízes 9 diz:
 “Esta foi a primeira experiência de reinado israelita, muito antes do rei Saul (1 Sam. 8-11). O fato de ter ela sido desastrosa deveria ter ensinado aos israelitas que um reinado humano não era uma boa idéia”.
 Comentando sobre Juizes Ellen White também afirma que Abimeleque foi rei em Israel, vejamos:
 “esquecidos de tudo o que deviam a Gideão, seu juiz e libertador, o povo de Israel aceitou o seu filho Abimeleque, de nascimento ilegítimo, como seu rei” Patriarcas e Profetas pág. 556.
 Para finalizar a palavra que foi utilizada em juízes 9:6 para rei, foi a palavra hebraica מֶּ֗לֶךְ que em todas as suas ocorrências se refere a rei e não um líder, chefe ou Juiz.
Abimeleque foi então o primeiro rei escolhido pelo povo Israel, diferente do rei Saul que foi o primeiro rei ungido.
Autor: Wesley Renilson
Referencias bibliográficas

Brown-Driver-Briggs Hebrew and English Lexicon
Comentário Bíblico adventista do sétimo dia. Vol 2, Pág.371
Patriarcas e Profetas, Ellen White, pág. 556.
Bíblia de Estudo Andrews
Enciclopédia da Bíblia Por John Drane, Barbara Theoto Lambert.

Fonte de referência, estudos e pesquisa: http://verdadepresent.blogspot.com/2017/06/saul-nao-foi-o-primeiro-rei-de-israel_26.html
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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Valores morais e sua importância para a sociedade

Valores morais e sua importância para a sociedade

A vida em sociedade necessita da moral para garantir o mínimo de ordem social. A ética é encarregada de estudar e organizar sistematicamente a moral.Os valores morais garantem a ordem social e podem contribuir com a justiçaOs valores morais garantem a ordem social e podem contribuir com a justiça
A máxima “o homem é, por natureza, um animal político, retirada da Política de Aristóteles, representa a forma como esse filósofo antigo enxergava parte da essência do ser humano: um ser pensante, capaz de uma comunicação aprimorada (a fala) e um ser dependente da vida em comunidade na pólis grega.
Para que a vida em comunidade (palavra derivada do étimo comum, que significa um conjunto de seres comuns uns aos outros que vivem juntos) seja exitosa, são necessárias algumas criações humanas, como as leis e os costumes. Os costumes são, grosso modo, a própria moral. O ser humano é, então, um animal capaz de criar uma moral com a finalidade de possibilitar a vida em sociedade.
Os costumes morais são valorativos, ou seja, ditam normas a partir de valores morais. Existe, no interior de cada sociedade, um conjunto de valores que especificam e diferenciam o que é bom do que é ruim, o que é o bem e o que é o mal, aquilo que é melhor do que é pior, o que pode e não pode ser feito, etc. Isso significa dizer que os valores morais são uma espécie de “código de conduta” que dita como cada indivíduo deve agir no interior daquela sociedade para integrar-se e adequar-se a ela.
Também é necessário ressaltar que esse código de conduta composto pelos valores morais, por ser construído e consolidado no interior de cada sociedade, é variável, sendo impossível encontrar sociedades completamente distintas com valores morais absolutamente iguais.
Por essa razão, nós distinguimos os costumes de acordo com as comunidades, regiões ou países. Assim sendo, no Brasil, temos uma moral que se distingue quase completamente da moral japonesa, ou os costumes cultivados pelos nativos sul-americanos eram totalmente diferentes dos costumes trazidos pelos europeus que colonizaram o nosso território.
Durante a história da Filosofia, Sócrates foi o primeiro pensador a trazer para o trabalho filosófico a reflexão acerca de assuntos estritamente humanos, portanto, foi o introdutor da reflexão moral na filosofia. Platão, seu discípulo, continuou tratando do assunto, mas, para que sua filosofia moral não confrontasse a sua teoria do conhecimento, postulou que os valores morais são conceitos racionais eternos e imutáveis. Essa ideia exige a noção de que há um conceito de bem, o Bem em si, um conceito de mal, o Mal em si e Ideias racionais que caracterizam imutavelmente qualquer noção de valor moral possível.
Aristóteles estabeleceu um campo de estudos dentro da Filosofia chamado de ética, responsável por estudar, qualificar e estabelecer as diferenças entre as morais, organizando-as em um sistema racional que diferencia o que deve do que não deve ser feito em uma pólis para que a vida em comunidade prossiga sem transtornos.
Durante a Idade Média, os filósofos submeteram-se completamente à moral cristã como a única possível e verdadeira, e é o modo de pensar reinante no ocidente cristão até os dias de hoje. Na modernidade, com o desenvolvimento do iluminismo e a irrupção das grandes revoluções, o pensamento europeu estabeleceu grandes diferenças no modo de valorar que afetaram a vida social.
Já no século XIX, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche teceu duras críticas à moral ocidental, ainda fortemente determinada pelos valores cristãos, acusando-a de ser uma moral que subjuga o ser humano como ser natural, castra sua força e sua capacidade de criação e nega a sua própria vida.
Portanto, o que podemos sinalizar como um consenso entre os filósofos que teorizaram a moral e os valores morais é o fato de que sem alguma forma de valoração e de costumes não existiria sociedade e nem civilização tal como a conhecemos. Qualquer tipo de vida em comunidade necessita de um estabelecimento mínimo de regras.
Assim, sem os costumes e a moralidade, nós cairíamos na barbárie. Cabe, porém, a cada indivíduo e a cada comunidade julgar se os costumes e os valores morais vigentes em seu meio e em seu tempo são os melhores e mais adequados para o funcionamento social, sem deixar de respeitar a individualidade e os direitos dos seres que compartilham a vida conjunta naquele lugar. 
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
PORFíRIO, Francisco. "Valores morais e sua importância para a sociedade"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/valores-morais-sua-importancia-para-sociedade.htm>. Acesso em 27 de abril de 2019.
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