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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A Filosofia Contemporânea

Resultado de imagem para filosofia contemporaneaFilosofia Contemporânea é aquela desenvolvida a partir do final do século XVIII, que tem como marco a Revolução Francesa, em 1789. Engloba, portanto, os séculos XVIII, XIX e XX. Note que a chamada "filosofia pós-moderna", ainda que para alguns pensadores seja autônoma, ela foi incorporada a filosofia contemporânea, reunindo os pensadores das últimas décadas.

Contexto Histórico

O período é marcado pela consolidação do capitalismo gerado pela Revolução Industrial Inglesa, que tem início em meados do século XVIII. Com isso, torna-se visível a exploração do trabalho humano, ao mesmo tempo que se vislumbra o avanço tecnológico e científico, com diversas descobertas, por exemplo, a eletricidade, o uso de petróleo e do carvão, a invenção da locomotiva, do automóvel, do avião, do telefone, do telégrafo, da fotografia, do cinema, do rádio, etc.
As máquinas substituem a força humana e a ideia de progresso é disseminada em todas as sociedades do mundo. Por conseguinte, o século XIX reflete a consolidação desses processos e as convicções ancoradas no progresso tecnocientífico.
Já no século XX, o panorama começa a mudar, refletido numa era das incertezas, contradições e das dúvidas geradas pelos resultados inesperados.
Acontecimentos desse século foram essenciais para formular essa nova visão do ser humano como os horrores das guerras mundiais, do nazismo, da bomba atômica, da guerra fria, da corrida armamentista, do aumento das desigualdades sociais e da degradação do meio ambiente.
Assim, a filosofia contemporânea reflete sobre muitas questões sendo que a mais relevante é a "crise do homem contemporâneo" baseada em acontecimentos como a revolução copernicana, a revolução darwiniana (origem das espécies), a evolução freudiana (fundação da psicanálise) e ainda, a teoria da relatividade proposta por Einstein.
Nesse caso, as incertezas e as contradições tornam-se os motes dessa nova era: a era contemporânea.

Escola de Frankfurt

Surgida no século XX, mais precisamente em 1920, a Escola de Frankfurt foi formada por pensadores do “Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt”.
Pautada nas ideias marxistas e freudianas, essa corrente de pensamento criou uma teoria crítica social interdisciplinar, de modo que aprofundou em temas diversos da vida social (antropologia, psicologia, história, economia, política, etc.)
De seus pensadores merecem destaque os filósofos: Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e Jurgen Habermas.

Indústria Cultural

Indústria Cultural foi um termo criado pelos filósofos da Escola de Frankfurt Theodor Adorno e Max Horkheimer para designar a indústria de massa veiculada e reforçada pelos meios de comunicação. Segundo eles, essa “indústria do divertimento” massificaria a sociedade, ao mesmo tempo que homogeneizaria os comportamentos humanos.
Saiba mais sobre os principais acontecimentos da Idade Contemporânea.

Características: Resumo

As principais características e correntes filosóficas da filosofia contemporânea são:

Principais Filósofos Contemporâneos

Friedrich Hegel (1770-1831): filósofo alemão, Hegel foi um dos maiores expoentes do idealismo cultural alemão, e sua teoria ficou conhecida como “hegeliana”. Baseou seus estudos na dialética, no saber, na consciência, no espírito, na filosofia e na história, reunidos em suas principais obras: Fenomenologia do Espírito, Lições sobre História da Filosofia e Princípios da Filosofia do Direito. Dividiu o espírito (ideia, razão) em três instâncias: espírito subjetivo, objetivo e absoluto. Já a dialética, segundo ele, seria o movimento real da realidade que teria de ser aplicada no pensamento.
Ludwig Feuerbach (1804-1872): filósofo materialista alemão, Feuerbach foi discípulo de Hegel, embora mais tarde, tenha adotado uma postura contrária de seu mestre. Além de criticar a teoria de Hegel em sua obra “Crítica da Filosofia Hegeliana” (1839), o filósofo criticou a religião e o conceito de Deus, que segundo ele, é expresso pela alienação religiosa. Seu ateísmo filosófico influenciou diversos pensadores dentre eles Karl Marx.
Arthur Schopenhauer (1788-1860): filósofo alemão e crítico do pensamento hegeliano, Schopenhauer apresenta sua teoria filosófica baseada na teoria de Kant donde a essência do mundo seria resultado da vontade de viver de cada um. Para ele, o mundo estaria repleto de representações criadas pelos sujeitos e as essências das coisas seria somente encontrada através do que ele chamou de “insight intuitivo” (iluminação). Sua teoria foi marcada também pelos temas do sofrimento e do tédio.
Soren Kierkegaard (1813-1855): filósofo dinamarquês, Kierkegaard foi um dos precursores da corrente filosófica do existencialismo. Dessa maneira, sua teoria esteve pautada nas questões da existência humana, destacando a relação dos homens com o mundo e ainda, com Deus. Nessa relação, a vida humana, segundo o filósofo, estaria marcada pela angústia de viver, por diversas inquietações e desesperos. Isso somente poderia ser superado com a presença de Deus, que, no entanto, está assinalada por um paradoxo entre a fé e a razão e, portanto, não pode ser explicada.
Auguste Comte (1798-1857): Na “Lei dos Três Estados” o filósofo francês aponta para a evolução histórica e cultural da humanidade a qual está dividida em três estados históricos diferentes: estado teológico e fictício, estado metafísico ou abstrato e estado científico ou positivo. O positivismo, baseado no empirismo, foi uma doutrina filosófica inspirada na confiança do progresso científico e seu lema era “ver para prever”. Essa teoria se opôs aos preceitos da metafísica citada na obra “Discurso sobre o Espírito Positivo”.
Karl Marx (1818-1883): filósofo alemão e crítico do idealismo hegeliano, Marx é um dos principais pensadores da filosofia contemporânea. Sua teoria denominada de "Marxista" abrange diversos conceitos relacionados com o materialismo histórico e dialético, a luta de classes, os modos de produção, o capital, o trabalho e a alienação. Ao lado do teórico revolucionário, Friedrich Engels, publicaram o “Manifesto Comunista”, em 1948. Segundo Marx, o modo de produção material da vida condiciona a vida social, política e espiritual dos homens, analisada em sua obra mais emblemática “O Capital”.
Georg Lukács (1885-1971): filósofo húngaro, Lukács baseou seus estudos no tema das ideologias. Segundo ele, elas têm a finalidade operacional de orientar a vida prática dos homens, que por sua vez, possuem grande importância na resolução dos problemas desenvolvidos pelas sociedades. Suas ideias foram influenciadas pela corrente marxista e ainda, pelo pensamento kantiano e hegeliano.
Friedrich Nietzsche (1844-1900): filósofo alemão, o niilismo de Nietzsche está expresso em suas obras em forma de aforismos (sentenças curtas que expressam um conceito). Seu pensamento passou por diversos temas desde religião, artes, ciências e moral, criticando fortemente a civilização ocidental. O mais importante conceito apresentado por Nietzsche foi o de “vontade de potência”, impulso transcendental que levaria a plenitude existencial. Além disso, analisou os conceitos de “apolíneo e dionisíaco” baseado nos deuses gregos da ordem (Apolo) e da desordem (Dionísio).
Edmund Husserl (1859-1938): filósofo alemão que propôs a corrente filosófica da fenomenologia (ou ciência dos fenômenos) no início do século XX, baseada na observação e descrição minuciosa dos fenômenos. Segundo ele, para que a realidade fosse vislumbrada a relação entre sujeito e objeto deveria ser purificada. Assim, a consciência é manifestada na intencionalidade, ou seja, é a intenção do sujeito que desvendaria tudo.
Martin Heidegger (1889-1976): filósofo alemão e discípulo de Husserl, as contribuições filosóficas de Heidegger estavam apoiadas nas ideias da corrente existencialista donde a existência humana e a ontologia são suas principais fontes de estudo, desde a aventura e o drama de existir. Para ele, a grande questão filosófica estaria voltada para a existência dos seres e das coisas, definindo assim, os conceitos de ente (existência) e ser (essência).
Jean Paul Sartre (1905-1980): filósofo e escritor francês existencialista e marxista, Sartre focou nos problemas relacionados com o “existir”. Sua obra mais emblemática é o “Ser e o Nada”, publicada em 1943, donde o “nada”, uma característica humana, seria um espaço aberto, no entanto, baseada na ideia da negação do ser (não-ser). O “nada” proposto por Sartre faz referência a uma caraterística humana associada ao movimento e as mudanças do ser. Em resumo, o “vazio do ser” revela a liberdade e a consciência da condição humana.
Bertrand Russel (1872-1970): diante da análise lógica da linguagem, o filósofo e matemático britânico buscou nos estudos da linguística a precisão dos discursos, do sentido das palavras e das expressões. Essa vertente ficou conhecida como "Filosofia Analítica" desenvolvida pelo positivismo lógico e a filosofia da linguagem. Para Russel, os problemas filosóficos eram considerados "pseudoproblemas", analisados à luz da filosofia analítica, posto que não passariam de equívocos, imprecisões e mal-entendidos desenvolvidos pela ambiguidade da linguagem.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951): filósofo austríaco, Wittgenstein colaborou com o desenvolvimento da filosofia de Russel, de forma que aprofundou seus estudos na lógica, na matemática e na linguística. De sua teoria filosófica analítica, sem dúvida, os “jogos de linguagem” merecem destaque, donde a linguagem seria o “jogo” aprofundado no uso social. Em resumo, a concepção da realidade é determinada pelo uso da língua cujos jogos da linguagem são produzidos socialmente.
Theodor Adorno (1903-1969): filósofo alemão e um dos principais pensadores da Escola de Frankfurt, Adorno, ao lado de Max Horkheimer (1895-1973) criaram o conceito de Indústria Cultural, que está refletido na massificação da sociedade e em sua homogeneização. Na “Crítica da Razão”, os filósofos apontam que o progresso social, reforçado pelos ideais iluministas, resultou na dominação do ser humano. Juntos, publicaram a obra “Dialética do Esclarecimento”, em 1947, denunciando a morte da razão crítica que levou a deturpação das consciências pautadas num sistema social dominante da produção capitalista.
Walter Benjamin (1892-1940): filósofo alemão, Benjamin demostra uma postura positiva em relação aos temas desenvolvidos por Adorno e Horkheimer, sobretudo da Indústria Cultural. Em sua obra mais emblemática “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica”, o filósofo aponta que a cultura de massa, disseminada pela Indústria Cultural, poderia trazer benefícios e servir como um instrumento de politização, na medida que permitiria o acesso da arte à todos os cidadãos.
Jurgen Habermas (1929-): filósofo e sociólogo alemão, Habermas propôs uma teoria baseada na razão dialógica e na ação comunicativa, que, segundo ele, seria uma maneira de emancipação da sociedade contemporânea. Essa razão dialógica surgiria dos diálogos e dos processos argumentativos em determinadas situações. Nesse sentido, vale ressaltar o conceito de verdade apresentado pelo filósofo, o qual é fruto das relações dialógicas e, portanto, é denominado de verdade intersubjetiva (entre sujeitos).
Michel Foucault (1926-1984): filósofo francês, Foucault buscou analisar as instituições sociais, a cultura, a sexualidade e o poder. Segundo ele, as sociedades modernas e contemporâneas são disciplinares e apresentam uma nova organização do poder, que, por sua vez, foi fragmentado em “micropoderes”, estruturas veladas do poder. Para o filósofo, o poder na atualidade engloba os diversos âmbitos da vida social e não somente o poder concentrado no Estado, teoria esclarecida em sua obra “Microfísica do Poder”.
Jacques Derrida (1930-2004): filósofo francês nascido na Argélia, Derrida foi um crítico do racionalismo, propondo a desconstrução do conceito de “logos” (razão). Assim, ele cunhou o conceito de “logocentrismo” baseado na ideia de centro e que inclui diversas noções filosóficas como o homem, a verdade e Deus. A partir dessa lógica de oposições, Derrida apresenta sua teoria filosófica destruindo o “logos”, que, por sua vez, auxiliou na construções de “verdades” indiscutíveis.

domingo, 15 de janeiro de 2017

FILOSOFIA DE SÃO TOMÁS

FILOSOFIA DE SÃO TOMÁS

FILOSOFO OCULTO
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Tomás de Aquino é indubitavelmente o maior teólogo da Igreja, e por isso mesmo, recebeu os títulos de Doutor Angélico, Doutor Comum, Doutor Universal. Embora sendo uma eminência teológica, esta não ofuscou a sua excelência filosófica. Muitas vezes a sua sabedoria filosófica é esquecida, pois é citado quase sempre, como emérito e incomparável teólogo, ficando oculta, a sua grandeza filosófica. Entretanto, as XXIV Teses escritas por ele, e denominadas de “Teses Tomistas” , são lembradas justamente para revelar a autêntica filosofia de São Tomás. E tanto é assim, que a filosofia do grande mestre e teólogo marcou um espaço definido, sendo considerada como uma legítima filosofia, denominada de “filosofia aristotélico-tomista”. Como afirmam os grandes Mestres, não se pode deixar de reconhecer que Tomás de Aquino seguiu as trilhas de Aristóteles, mas ele reformulou de tal modo e com tal sabedoria os ensinamentos do sábio grego, que arquitetou outra filosofia, a sua própria filosofia.
Basta considerar como ele com discernimento, soube introduzir naquela filosofia, os conceitos da criação das coisas por Deus, da temporalidade da matéria-prima, e também do próprio ser, conduzindo as idéias até as últimas consequências, bem mais distante do que aquilo que o Filósofo Grego apenas esboçara. É uma filosofia realista.
O Tomismo parte da realidade das coisas, não de idéias imaginadas, e delas, conclui todo um sistema coordenado por teses. Em outras palavras: o Tomismo se originou da percepção sensível do mundo, e depois tirou dela, no plano abstrativo da inteligência, um conjunto harmonioso de teses. O Papa Leão XIII, na Encíclica "Aeterni Patris”, descreve a filosofia de Tomás de Aquino: “O Doutor Angélico buscou as conclusões filosóficas nas razões principais das coisas, que têm grandíssima extensão e conserva em seu seio o germe de quase infinitas verdades, para serem desenvolvidas em tempo oportuno e com imensa quantidade de frutos pelos mestres dos tempos posteriores”.
“As razões principais das coisas”, é o ponto de partida da Filosofia Tomista. Das coisas que existem, percebidas pelos sentidos humanos, depois de conceituadas e analisadas pela inteligência, Tomás de Aquino eleva as considerações até as explicações últimas das mesmas. E é subindo das percepções mais primitivas das coisas, que São Tomás chega à certeza do Supremo Criador de todas as coisas. Caminhando pelas mudanças das coisas, da causalidade existente entre elas, da contingência, das perfeições, e da ordem harmoniosa das mesmas, ele caminhando por cinco vias, atinge a sublimidade, a suma perfeição, a existência de DEUS.
Tomás afirmava, que a verdade não tem dono, pertence a todos, é de todos, e acrescentava que: “toda verdade, dita por quem quer que seja, vem do ESPÍRITO SANTO”, e diante das diversas opiniões dos filósofos, ele dizia: “não olhes por quem são ditas, mas o que dizem”.
O Papa Paulo VI com felicidade descreveu a filosofia Tomista como aquela que abrange o Ser “Tanto no seu valor universal, como nas suas condições essenciais”. Ao que o Papa João Paulo II acrescentou dizendo em belos termos que: “esta filosofia poderia ser chamada filosofia da proclamação do Ser, um autêntico canto em honra daquilo que existe”.
Três Papas declararam que “A Igreja fez sua, a doutrina de São Tomás de Aquino”.
Por outro lado, como é compreensível, Tomás de Aquino não elaborou sozinho a sua filosofia, não a construiu extraída da sua genial inteligência, mas recebeu contribuição dos helênicos Platão e Aristóteles, dos israelitas Avicebron e Maimônides, dos árabes Avicena e Averróis, dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho, da metafísica implícita na Revelação, as quais estudou profundamente, e com o seu agudíssimo espírito iluminado pela Luz de DEUS, uniu a herança recebida de seus predecessores às suas contribuições pessoais, formulando a sua admirável Filosofia Tomista. A essência deste Realismo está condensada nas XXIV Teses Tomistas.
Pode ainda surgir à pergunta, por terem sido As XXIV Teses formuladas pela Igreja e por ela propostas, se a uma pessoa que confesse outro credo religioso diferente do católico, lhe serão aceitáveis as XXIV Teses de São Tomás de Aquino? Evidentemente teremos uma resposta positiva, porque essas teses limitam-se ao campo da filosofia formulada pela razão natural. Ademais, as que se referem à temporalidade do mundo, à imortalidade da alma, á dualidade corpo e alma, à doutrina da criação, embora sejam afirmadas na Revelação, poderão ser descobertas pela própria razão natural. As Teses se limitam, às filosofias que prescindem da teologia e das verdades religiosas, dos mistérios e dogmas da fé.

O PRIMEIRO ESCRITO
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Tomás escreveu entre os anos de 1252 a 1253, quando ainda era jovem, um opúsculo: "O Ente e a Essência”. Nele, aborda questões metafísicas, explicando o percurso da consciência humana entre a sensação e a concepção. Ele afirmava: aquilo que cai imediatamente no alcance do saber humano é composto. O homem se eleva do composto ao simples, do posterior ao anterior. A essência existe no intelecto. A substância composta é matéria e forma. A forma e a matéria, quando tomadas em si, isoladamente, sem a preocupação do entendimento racional, são incognoscíveis, ou seja, não podem ser conhecidas, mas existem caminhos para a investigação das possibilidades. O intelecto quando está isento de pensamentos materiais, revela que nada pode ser mais perfeito do que aquilo que confere o ser humano. São Tomás é famoso por ter cristianizado Aristóteles, à semelhança do que fez Agostinho com Platão, ele transformou o pensamento daquele sábio num padrão aceitável pela Igreja Católica. Isto, apesar de Aristóteles não ter conhecido a revelação cristã, e de ser a sua obra original, autônoma e independente de dogmas, ela está em harmonia com o saber contido na Sagrada Escritura.
Tomás de Aquino afirmava que podemos conhecer DEUS pelos seus efeitos, porque ELE , o SENHOR, é o último numa escala evolutiva, e a causa de todas as coisas. Antes de DEUS vêm os Anjos, e antes desses, os homens. Ele comenta o gênero e a espécie, que pertencem à essência, pois “o todo” está no indivíduo. A essência tem dois modos, um modo dela própria, e o outro, nada é verdadeiramente dela, senão o que lhe cabe como ela própria. Por exemplo o homem, por ser homem, será sempre racional (isto é próprio do homem e de todos os seres humanos). Mas o branco e o preto não são noções exclusivas da humanidade, não são verdadeiramente dos humanos. (Isto porque, existem muitas raças e não somente homens brancos e pretos). A diferença da essência da substância compostas e simples é que a composta tem forma e matéria, e a simples é apenas forma. A inteligência possui potência e ato. Tomás de Aquino afirma que a essência de DEUS é o seu próprio Ser.
Suas obras teológicas têm muitos aspectos filosóficos. Por exemplo, recordemos a sua clássica afirmação, de que o homem possui uma capacidade, concedida por DEUS, de distinguir naturalmente o certo e o errado. Ele não tinha uma visão muito positiva da mulher, como Aristóteles, que dizia ser o homem mais ativo, criativo e doador de energia vital na concepção, enquanto a mulher é receptora e passiva. Mas aceitava a idéia do filósofo grego, acreditando que aqueles dizeres estavam de acordo com o que estava na Bíblia, no versículo do Gênesis, o qual afirma que a mulher derivou de uma costela do homem. Por outro lado, as Sagradas Escrituras ensinam como viver segundo a vontade de DEUS, e dela, Tomás exauriu os seus argumentos sobre a vida moral. Ele com inteligência e discernimento demonstra que não há conflito entre a fé e a razão. O conhecimento verdadeiro é uma adição que se acresce a inteligência para o objeto (que se estuda) ser bem compreendido. Apesar de DEUS ser a causa de tudo, ELE não age diretamente nos fatos (nos acontecimentos) de sua criação. Mas a Providência Divina existe e governa o mundo, pois ELE, o SENHOR, é absoluto e necessário a vida. Sem ELE, o mundo é vazio e a existência é efêmera. A felicidade do homem só pode ser encontrada NELE, na contemplação da Verdade e seguindo o Divino caminho.
A memória nasce pelo acúmulo de lembranças, e a lembrança nasce da experiência. Mas o homem se eleva ao raciocínio e produz a arte. A filosofia é um conhecimento das causas dos fenômenos. Assim a filosofia deve considerar o senso comum e tem um aspecto coincidente com a teologia: seu saber provém da Sabedoria Divina. A Sabedoria Divina deve ser cultivada através da fé, dizia Tomás, e isso é comum entre os teólogos. Ele distingue na natureza o ser real e o ser da razão. O ser real existe independente de qualquer consideração da razão. O ser da razão é aquele que apesar de existir em representação, não pode ser independente do pensamento de quem o concebe. Assim a lógica humana só existe no conceito, e não na realidade. Por outro lado, a alma é imortal, pois é imaterial, e tudo que é imaterial é imortal.
Na "Suma contra os Gentios” (os Gentios eram os pagãos e os maometanos), ele faz uma exposição completa da religião católica, identificando a verdade que existe nela. Essa Suma trata de DEUS e de Suas Obras, da fé no Mistério da SANTÍSSIMA TRINDADE, da Encarnação, dos Sacramentos e da Vida Eterna. DEUS é a verdade pura, sem falsidade, Vontade que existe em SI e para SI, e neste processo estende a Sua Divina Vontade para o que não é a Sua Essência. O que não é a Essência Divina, são as coisas criadas por DEUS, pois DEUS é tudo. Não tem ódio, não quer o mal, e suas entranhas dão Vida a um Amor Absoluto e Eterno, vibrante, caloroso e indestrutível.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
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Na "Suma Teológica”, que é a sua obra mais importante, ele estabelece as relações entre a ciência e a fé, e entre a filosofia e a teologia. Originando da revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia se desenvolve de conformidade com a razão, e por isso mesmo, lhe cabe demonstrar a existência e a natureza de DEUS.
Ele afirma que não podemos ter de DEUS, uma idéia clara e absolutamente distinta, porque nada existe na inteligência, que antes tenha estado nos sentidos humanos. Por exemplo, se sentimos a presença de uma pequena pomba, que nossos olhos vêem, nosso raciocínio recebe aquela informação dos sentidos e compreende que estamos vendo uma pequena pomba.
Assim, para provar a existência de DEUS, ele procede “posteriori”, partindo não da idéia de DEUS, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco argumentos, ou seja, propondo cinco vias:
1) O movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é acionado por um motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de uma força para impulsioná-lo, e, assim, indefinidamente, o que é impossível concebermos, se não houver um primeiro motor ou uma força geradora, que movimente aquele primeiro motor. E esta “força” existe, é a Vontade de DEUS.
2) Há uma série de diferentes causas que produzem variados efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é possível produzir indefinidamente uma série de causas; logo, terá que haver uma causa primeira, não causada pelo homem, e que portanto,  provêm da força de DEUS.
3) Todos os seres são finitos e contingentes, pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam todos de ser e assim, nada existiria, o mundo ficaria vazio, o que é um absurdo; logo, os seres contingentes implicam na existência do ser necessário, que é DEUS, que tudo providencia.
4) Os seres finitos alcançam todos os determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é DEUS.
5) A ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é DEUS.
Complemento Racional: No mar e nos rios, existe uma quantidade notável de diferentes espécies de peixes, que se reproduzem por sua própria natureza. Como surgiram os primeiros peixes, aqueles que colocaram os primeiros ovos para que nascessem todos os outros na sequência da vida? Foi a Vontade Magnânima e Amorosa de Um DEUS Poderoso e Eterno quem colocou os primeiros peixes no rio e no mar.

HOMEM, ALMA E O CONHECIMENTO

Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os Anjos e os animais. Princípio vital, a alma é a parte do corpo organizado que tem a vida em plenitude.
Contestando o platonismo e a tese das idéias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de todas as coisas um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse esquecimento.
Para Tomás, conhecer não é se lembrar, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto, a forma e o conhecimento que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o estimulo e desejo, a natural inclinação da alma pelo bem.
O homem, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, são relativos aos objetos sensíveis, e produz as paixões, cuja raiz é o amor. Os segundos ou intelectuais, produzem a vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz que: "para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, e nem em nenhum bem criado, mas na contemplação do absoluto, ou na visão da essência Divina, realizável somente na outra vida, e com a graça de DEUS, pois excede as forças humanas".

Servos Especiais...

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Havendo nos salvado, Deus quer nos manter salvos. Paulo podia expressar confiança em "que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus"(Filipenses 1:6). E ainda ele podia alertar:  "Não destruas a obra de Deus por causa da comida" (Romanos 14:20). O trabalho de Deus em uma pessoa pode ser destruído. Quando negligenciamos os meios que Deus providenciou para o reforço dos laços entre nós e ele, seu trabalho em nós se interrompe. Ele deseja  completar seu trabalho e providenciou todos os meios necessários para nos unir mais e mais a ele.

Um destes meios é a irmandade numa congregação de discípulos. Outro consiste nos vários servos especiais com os quais Deus equipou a igreja. Paulo fala de tais ministros em Efésios 4:11-16 S

"E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função" (do Novo Testamento, Nova Versão Internacional).

O reino de Cristo não tem senhores, mas apenas um, e este é o próprio Cristo. Cristo proveu sua igreja de servos, não de senhores (Mateus 20:25-28). Mas ele proveu todos os servos necessários para  equipar completamente os santos.

Primeiro ele proveu a igreja de apóstolos e profetas. Estes funcionaram como intermediários da  revelação que agora temos no Novo Testamento. A natureza desses ofícios foi tal que eles serviram ao seu propósito nos primeiros dias do cristianismo. Não há apóstolos e profetas na igreja de hoje. Mas ainda os apóstolos e profetas originais da igreja continuam a funcionar como tais, através da mensagem que eles nos deixaram no Novo Testamento. Assim como Abraão pôde dizer ao homem rico: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos" (Lucas 16:29), nós também temos os apóstolos e os profetas e podemos ouvir seu testemunho no Novo Testamento.

Outros destes servos especiais estão presentes nas igrejas de hoje. Temos evangelistas vivos, os mensageiros que trazem as boas novas de Cristo. Temos, também, pastores e mestres. As duas últimas palavras mostram dois lados do mesmo ofício. (Paulo não diz "e alguns, mestres"). Os presbíteros da congregação são tanto pastores ou supervisores como professores da palavra. Naturalmente, Cristo também proveu professores que não são presbíteros.

Todos estes servos especiais foram providos com um propósito:  preparar o povo de Deus para os trabalhos do serviço, ou seja, equipar os santos para o serviço. Em outras palavras, a intenção foi que estes servos especiais façam com que todos os santos sejam ministros. Quando discutimos a distinção entre clérigos e leigos poderíamos nos inclinar a dizer que a igreja não tem clero. Talvez devêssemos dizer que ela não tem leigos, pelo menos não tem de acordo com a intenção divina. Deus quer fazer ministros de todos os seus santos e proveu os meios de fazê-los.

Mas este trabalho de ministério tem um propósito. Ele visa a edificar o corpo de Cristo. Paulo volta a repetir este pensamento  no versículo 16, quando ele fala como o corpo se edifica a si mesmo. Aqui há edificação espiritual, e Deus pretende que ela seja executada através do ministério dos santos, uns para com os  outros.

A meta definitiva deste trabalho está dita no versículo 13: "Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (NVI). Esta meta de unidade se identifica com a maturidade espiritual. As crianças têm que crescer para chegar ao amadurecimento e à unidade do entendimento. Quando esta meta for atingida, não seremos mais como crianças, à mercê de quaisquer doutrinas que apareçam, mas firmes e fortes em Cristo.

Não está claro que os ministros especiais, com os quais a igreja está equipada, são dádivas de Deus para reforçar os laços entre Deus e seu povo?

Este ponto pode ser visto especialmente quando o trabalho dos presbíteros é considerado. Paulo encarrega os presbíteros efésios inclusive do seguinte:

"Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que,  depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervetidas para arrastar os discípulos atrás deles" (Atos 20:28-30).

Ainda: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;  pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros" (Hebreus 13:17).

Não somente os presbíteros, mas de fato todos os ministros especiais que Deus deu à igreja são parte das providências para nos manter salvos.

Este conceito deveria ter uma influência poderosa sobre o pensamento tanto dos servidores como dos servidos. Se você é um destes servos especiais da igreja, um presbítero, um pregador, um professor, você precisa lembrar-se constantemente que você é uma dádiva de Deus à igreja, com o propósito de equipar os santos para o serviço. Você precisa fazer tudo o que puder para ter alguma coisa a dar à igreja. Não lhe foi dada uma posição especial só para alimentar sua vaidade. Você é uma dádiva de Deus à igreja, para o bem da igreja.

Este conceito deveria afetar também o pensamento dos santos sobre seus ministros especiais. O propósito de Deus para com você não pode ser efetivado se você não se interessa pelo que os ministros especiais podem prover. Poucos anos atrás, algumas pessoas estavam murmurando a respeito da "falta de pregadores". Meus contatos com igrejas me fizeram duvidar se algumas destas igrejas que estavam pedindo pregadores realmente necessitavam de  pregadores e se fariam o devido uso deles, se os tivessem. Todos os bons professores têm se sentido frustrados quando muitos daqueles que poderiam ser seus estudantes "não davam nada" pelo que eles lhes poderiam dar. Não sou um presbítero, mas sei que presbíteros devem freqüentemente sentir a mesma frustração quando eles têm tanta sabedoria, conselho e instrução para dar a pessoas que não as querem.


Deus providenciou meios abundantes para nos manter salvos. Que qualidade de pessoas somos quando ele oferece-nos uma dádiva e nos queixamos por ter que aceitá-la?

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