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quinta-feira, 9 de abril de 2015

A Teleologia

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A teleologia (do grego τέλος, finalidade, e -logía, estudo) é o estudo filosófico dos fins, isto é, do propósito, objetivo ou finalidade. Embora o estudo dos objetivos possa ser entendido como se referindo aos objetivos que os homens se colocam em suas ações, em seu sentido filosófico, teleologia refere-se ao estudo das finalidades do universo e, por isso, a teleologia é inseparável da teologia (a afirmação de que um ser superior, Deus, realiza seus propósitos no universo). Suas origens remontam aos mitos e à religião, com sua noção de que todo acontecimento e todas as coisas são causadas pela vontade de alguma entidade sobrenatural (deuses, Deus, espíritos). Platão e Aristóteles elaboraram essa noção do ponto de vista filosófico. No Fédon, Platão afirma que a verdadeira explicação de qualquer fenômeno físico deve ser teleológica. Ele se queixa daqueles que não distinguem entre as causas necessárias e causas suficientes das coisas, que ele identifica, respectivamente, como a causa material e a causa teleológica. Ele diz que os materiais que compõem um corpo são condições necessárias para seu movimento e ação de uma determinada maneira, mas que os materiais não podem ser condições suficientes para seu movimento e ação, que seriam determinados pelas finalidades impostas pelo demiurgo (Deus-artesão).
Aristóteles desenvolveu a ideia de causa final que ele acreditava que era explicação determinante de todos os fenômenos. Sua ética afirmava que o Bem em si mesmo é o fim a que todo ser aspira, resultando na perfeição, na excelência, na arte ou na virtude. Todo ser dotado de razão aspira ao Bem como fim que possa ser justificado pela razão.
Ernst Mayr aponta que o conceito de teleologia, na história da filosofia e das ciências, é utilizado em diversos contextos, referindo-se a diversos fenômenos estruturalmente diferentes. Dentre os processos e fenômenos aos quais foi tradicionalmente utilizado o conceito de teleologia, Mayr aponta os seguintes: 1
A) Teleomatismo: ocorre quando o investigador percebe que certas características de um fenômeno, sistema ou processo estudado apresentam uma tendência de mudança para um certo estado final. Ou seja, dado um estado inicial determinado, parece válido inferir que ele necessariamente se desenvolverá rumo a este termo previsto.
B) Características seletivas: ocorre em situações em que vários objetos (como sistemas complexos) são produzidos aleatoriamente, com características e organizações diferentes entre si, e que, devido às restrições do ambiente, apenas um número limitado destes tipos de objeto consegue se manter ao longo do tempo. Neste caso, é comum, quando se pergunta o porquê de alguma característica do objeto existir, concluir-se que esta tem ou teve a função de assegurar a sobrevivência do objeto; embora, após uma análise mais aprofundada, seja preciso reconhecer que essa característica foi gerada aleatoriamente, ou ao menos, sem um “desejo premeditado” por parte do objeto.
C) Teleonomia: ocorre quando um objeto ou sistema se orienta em direção a metas que devem ser alcançadas. Para alcançar estas metas (postas como causas finais), o objeto se adapta às características e restrições do meio onde está, calculando o que parece a melhor maneira de atingir seu objetivo. A teleonomia pode ser compreendida com uma analogia ao conceito de programa, pelo qual, através de uma organização especial do sistema em questão, o torna apto a buscar certas metas de maneira mais ou menos eficiente, as quais, portanto vão regular os processos e ações deste sistema. Mayr, dentro desta mesma analogia, propõe também a diferenciação entre programas fechados, isto é, em que as metas e a maneira de alcançá-las são definidas previamente ao início do processo, e os programas abertos, em que a programação ou mesmo as metas podem ser alteradas ao longo da história do sistema, dependendo de sua interação com o meio.
D) Comportamento proposital: o entendimento deste tipo de fenômeno requer a pressuposição da existência de uma subjetividade pensante. Este pólo de subjetividade coloca para si metas a cumprir, e age com propósito (intenção) de alcançar estas metas. A característica principal do comportamento proposital é o reconhecimento de que o sistema complexo analisado seja consciente de suas metas (ou de parte delas), e que procure satisfazê-las a partir da atividade pensante.
E) Teleologia cósmica: que recorre à imputação de uma finalidade, ou desígnio, transcendente encarnada na totalidade estudada (natureza, universo, cosmos, etc.), ou mesmo posta e dirigida por algo acima desta totalidade. Mayr criticou veementemente o uso desta suposta teleologia transcendente vinculada a teorias científicas.

Fonte de Estudo e Pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teleologia

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Páscoa Cristã

Páscoa Cristã
Para os cristãos, a Páscoa tem o propósito de relembrar a salvação em Cristo através da morte e ressurreição de Jesus.
Na Páscoa, os cristãos comemoram a morte e a ressurreição de Jesus.
Na Páscoa, os cristãos comemoram a morte e a ressurreição de Jesus.
Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passaram mais de quatrocentos anos escravizados no Egito, assim, Deus decidiu libertá-los dessa escravidão. Moisés foi o escolhido por Deus para libertar o povo, sendo, então, o líder do êxodo.

Moisés, atendendo ao chamado de Deus, foi ter com Faraó, transmitindo-lhe a mensagem divina: “Deixa ir meu povo para que me sirva”. A fim de provar a Faraó a vontade divina, Moisés invocou pragas contra o Egito. As pragas começaram a ser lançadas, mas assim que se cessavam Faraó continuava a pecar, mantendo-se contra a vontade de Deus. Assim, a décima e última praga fora lançada - Deus enviou um anjo destruidor através da terra do Egito a fim de ceifar a vida de todo primogênito: “E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.” (Ex. 12.12).

Contudo, como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor Deus enviou uma ordem ao seu povo. Cada família deveria tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito, e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; as famílias menores poderiam dividir um único cordeiro. Parte do sangue do cordeiro sacrificado deveria ser passada nas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Assim, o anjo, ao passar por aquela terra, passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue sobre elas – daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima” ou “poupar”. Assim, os israelitas foram protegidos da morte, através do sangue do cordeiro morto. É importante ressaltar que Deus ordenou o sinal de sangue não porque Ele não era capaz de identificar seu povo, mas porque queria ensinar a eles sobre a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-os para o advento do “Cordeiro de Deus”, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” Jo 1,29b).

Naquela noite os israelitas deveriam estar preparados para viajar. Eles deveriam assar o cordeiro, preparar ervas amargas e pães sem fermento (na Bíblia, o fermento simboliza, normalmente, o pecado e a corrupção; esses pães asmos simbolizavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito). O povo deveria estar pronto para a refeição ordenada ao anoitecer, a fim de partir apressadamente. Assim se fez, tal como o Senhor dissera.

O povo de Deus, a partir desse momento da história, passou a celebrar a Páscoa em toda primavera, já que as instruções divinas relatavam ser essa celebração um “estatuto perpétuo”, conforme o livro de Exôdo 12.14: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Assim, em cada páscoa, os israelitas, juntamente com suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam de suas casas todo fermento e comiam ervas amargas e contavam a história de seus ancestrais, de como viveram o êxodo na terra do Egito e a libertação da escravidão ao Faraó – era dever dos pais usar a Páscoa para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do pecado, que Deus efetuara em seu favor e que através disso fez deles um povo especial sob seus cuidados.

Nos tempos do Novo Testamento, os judeus (israelitas) observavam a Páscoa da mesma maneira. Jesus, aos doze anos de idade, foi levado a Jerusalém por seus pais para a celebração da Páscoa (Lc 2.41-50), posteriormente, Jesus participou dessa celebração em Jerusalém a cada ano. A última ceia de que Jesus participou com seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi a refeição da Páscoa.

Para os cristãos, a Páscoa tem o propósito de lembrar a salvação em Cristo e da redenção do pecado e da escravidão a Satanás, pois Jesus foi crucificado na Páscoa, como cordeiro pascoal (1 Co 5.7), que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle creem.

Fonte de Estudos e Pesquisa: http://www.brasilescola.com/pascoa/pascoa-crista.htm

A educação na Grécia clássica dos sofistas a Platão

A educação na Grécia clássica dos sofistas a Platão

Platão e Sócrates em uma pintura medieval 
Platão e Sócrates em uma pintura medieval

O caráter comunitário da Paideia (educação) grega imprimiu-se em cada membro, sendo fonte da ação e do comportamento. A estrutura social assentava nas leis e normas, escritas ou não, unindo a si e a seus membros, sendo a educação o resultado da consciência viva de uma norma cuja finalidade era a formação de um elevado tipo de homem (forma ideal do Belo e do Bom guerreiro), representando, assim, o sentido de todo o esforço humano (e isso justifica a comunidade e a individualidade).
Desse modelo ideal aristocrático ao ideal democrático, importantes alterações foram feitas: antes eram os poetas que através dos mitos transmitiam os valores que deveriam ser imitados pelo povo grego. Mas, com a assembleia, surge a necessidade de se falar em público e o bem falar era a pretensão sofística. A democracia, como governo do povo, ainda exigia dirigentes eleitos e os sofistas trabalhavam em prol daqueles que almejavam os cargos estatais. A palavra ganha destaque. Nas assembleias, os retóricos conseguem persuadir com sua eloquência, detendo o poder para a realização dos seus interesses.
Esse ensino foi feito de forma privada e particular, tendo a virtude como aptidão intelectual voltada para os negócios públicos. No entanto, ensinar a falar não era suficiente para aprender uma ciência. Logo, o modelo sofístico foi desmascarado como a produção de discursos ilusórios que pretendem convencer por convencer e não pela verdade. É onde entra a figura de Sócrates como educador.
A partir do questionamento da essência do homem, a qual foi identificada com a alma (razão, consciência e personalidade intelectual e moral), o conhecimento da virtude teve de ser reformulado: virtude ou excelência é aquilo que torna uma coisa boa e perfeita naquilo que é ou a atividade ou modo de ser que aperfeiçoa cada coisa, fazendo-a ser aquilo que deve ser (a virtude do cavalo = velocidade, a virtude do cão = disciplina, a virtude do soldado = temperança e coragem, etc.). Há, pois, uma inversão de valores. Enquanto os sofistas pregam a imediaticidade, a fama, a glória, a honra como valores externos a serem alcançados; a visão socrática busca o conhecimento, a técnica, a ética, como valores internos a serem realizados.
É assim que se compreende o que quer dizer a noção de que o erro é involuntário. É impossível conhecer o Bem e não fazê-lo. A noção de autarquia promovida pela virtude significa o autodomínio da racionalidade sobre a animalidade e a felicidade seria a harmonia e a ordem interior no homem que aprendeu a controlar os seus impulsos. A violência e os desejos são ímpios e devem ser educados.
Seguindo os passos de seu mestre, Platão desenvolveu a postura de Sócrates retomando o mito como expressão de fé e crenças racionalizadas. Para ele, o mito procura clarificação no lógos e este busca complementação no mito. Com a razão no limite, cabe ao mito superar intuitivamente esses limites, elevando o espírito a uma tensão transcendente. É dessa forma que as causas últimas que garantem o conhecimento são as Ideias (ou Formas), que são o paradigma da discursividade e do entendimento. O conhecimento é Anamnese, isto é, rememoração, lembrança que explica a possibilidade da ciência enquanto condiciona essa possibilidade à presença de uma intuição originária do verdadeiro na alma. É por isso que se faz necessário o uso da dialética para verificar a relação entre opinião e ciência, já que há uma hierarquia que depende da ascensão e descensão da busca, isto é, o momento de se pensar e o momento de se fabricar discursos segundo os modelos ideais. A arte é distanciamento da verdade, pois é cópia do verdadeiro. Por isso, Platão também faz um certo uso da retórica a fim de superar as opiniões horizontais.
É por isso que somente o amor é capaz de fazer esse caminho. Ele vai do alógico, do irracional, do sensível e desejante até o racional, lógico e inteligível, promovendo a compreensão da essência das coisas que por isso mesmo tornam-se belas. É também assim que a educação no Estado ideal consegue realizar o conceito de Justiça, que é o fim da vida política.


Fonte de Estudos e Pesquisa: http://www.brasilescola.com/filosofia/a-educacao-na-grecia-classica-dos-sofistas-platao.htm

Filosofia - O que É?

Filosofia

Se o homem tem em sua natureza o desejo de conhecer, quando ele faz perguntas, ele faz Filosofia
Se o homem tem em sua natureza o desejo de conhecer, quando ele faz perguntas, ele faz Filosofia

O que é isto: a Filosofia? Se essa pergunta continua a ser feita é porque é um desafio a tentativa de respondê-la. Não há uma definição simples que consiga resolver a questão, pela própria extensão do conteúdo produzido que se convencionou chamar de “filosofia” e pelas diferentes respostas que os filósofos deram a ela no decorrer da história, muitas vezes refutando as interpretações de outros. Ou seja, a própria questão “O que é Filosofia” é aquilo que chamamos de “problema filosófico”: problemas que só podem ser resolvidos por meio da investigação racional, pois não podem ser constatados por meio de uma experimentação, como faz a Matemática, através de cálculos, ou de análise de documentos, como faz a História, por exemplo.
Vamos tomar a palavra “Justiça” como exemplo, pelo método histórico, nós podemos fazer uma investigação de quando essa noção aparece, em qual contexto, quais foram seus antecedentes, qual o sentido essa palavra teve em determinada época. Se dois sócios querem dividir os lucros da empresa de forma justa, ou seja, dividindo igualmente o lucro e os custos, a Matemática pode nos ajudar a partir de cálculos. No entanto, se tentarmos responder “O que é a justiça?” ou: “Faz parte da condição humana a noção de justiça?”, o único recurso que teremos será a nossa razão, a nossa capacidade de pensar.
Desde a invenção da palavra “filosofia”, por Pitágoras, temos diversos problemas filosóficos e diversas respostas a cada um deles. Para os pré-socráticos: a physis; para a Filosofia Antiga: a atividade política, técnicas e ética do homem; para a Filosofia Medieval, o conflito entre fé e razão, os Universais, a existência de Deus, a conciliação entre Presciência divina e Livre-arbítrio; para a Filosofia Moderna, o empirismo e o racionalismo, para a Filosofia Contemporânea, diversos problemas a respeito da existência, da linguagem, da arte, da ciência, entre outros.
Temos também uma diversidade de formas literárias da filosofia: Parmênides escreveu em forma de poema; Platão escreveu diálogos; Epicuro escreveu cartas; Tomás de Aquino desenvolveu o método “questio disputatio” em suas aulas que foram transcritas por seus alunos; Nietzsche escreveu em forma de aforismos. Por esses exemplos, que não esgotam a pluralidade da escrita e da atividade filosófica, podemos compreender que as formas de se fazer filosofia vão muito além dos tratados e das dissertações.
A compreensão que temos por vezes da Filosofia como uma atividade reservada a gênios e que, portanto, não precisa se preocupar em se fazer entendida aos demais humanos é baseada em uma compreensão da atividade do pensamento sendo superior à atividade da linguagem, como se elas estivessem dissociadas. Ora, não podemos ainda, por mais desenvolvidas que estejam as nossas tecnologias, expressar o pensamento sem linguagem e nem exercitar a linguagem sem que ela seja, antes, elaborada pelo pensamento.
Surgimento da Filosofia
A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso significa que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e condições sociopolíticas.
A partir do século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfazem mais com uma explicação mítica da realidade. O pensamento mítico explica a realidade a partir de uma realidade exterior, de ordem sobrenatural, que governa a natureza. O mito não necessita de explicação racional e, por isso, está associado à aceitação dos indivíduos e não há espaço para questionamentos ou críticas.
É em Mileto, situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales que, para a Aristóteles é o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos pitagóricos.
A autoria da palavra “filosofia” foi atribuída pela tradição a Pitágoras. As duas principais fontes sobre isso são Cícero e Diógenes Laércio. Vejamos o que escreve Cícero:
“O doutíssimo discípulo de Platão, Heráclides Pontico, narra que levaram a Fliunte alguém que discorreu douta e extensamente com Leonte, príncipe dos fliúncios.
Como seu engenho e eloquência tivessem sido apreciados por Leonte, este lhe perguntou que arte professasse, ao que ele respondeu que não conhecia nenhuma arte especial, mas que era filósofo.
Admirado Leonte diante da novidade daquele termo, perguntou que tipo de pessoas eram os filósofos e o que os distinguia dos outros homens.
(...)
[Pitágoras respondeu] Outrossim, os homens (…) comparam-se com os que vão da cidade a uma festa popular: alguns vão em busca de glória enquanto outros de ganho, restando, todavia, alguns poucos que desconsiderando completamente as outras atividades, investigam com afinco a natureza das coisas: estes se dizem investigadores da sabedoria - quer dizer filósofos - e como é bem mais nobre ser espectador desinteressado, também na vida a investigação e o conhecimento da natureza das coisas estão acima de qualquer outra atividade”.
Percebemos, por meio desse fragmento de Cícero que:
1) A fonte na qual ele se baseia para escrever sobre Pitágoras é Heráclides Pontico, discípulo de Platão, mas que era também influenciado pelos pitagóricos. No entanto, não se sabe da veracidade a respeito dessa informação, como nota Ferrater Mora que também observa que não é possível saber se “filósofo” para Pitágoras significa o mesmo que significaria para Platão ou Aristóteles.
2) Pitágoras em vez de se denominar como “sábio”, prefere se denominar “filósofo”, ou seja, aquele que tem amor pela sabedoria. Também percebemos que aparece nome “filósofo” e não “Filosofia” que, como atividade, tem origem posterior. Como se pode ver no fragmento, não havia na época uma “arte especial”.
O que alguns filósofos dizem sobre O que é a Filosofia:
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.): A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante."
Epicuro (341 a . C. - 270 a . C.) - "Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem o canse fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz."
Edmund Husserl (1859-1938): "O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo de minhas elaborações, sei-o naturalmente. E contudo não o sei... Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma?"
Friedrich Nietzsche (1844-1900): “Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre tomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes”. (Para além do bem e do mal, p. 207)
Kant (1724-1804): “Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar”.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951): "Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro."
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961): "A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."
Gilles Deleuze (1925-1996) e Félix Guattari (1930-1993): "A filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos... O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência... Criar conceitos sempre novos é o objeto da filosofia."
Karl Jaspers (1883-1969): “As perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta” (Introdução ao pensamento filosófico, p. 140).
García Morente (1886-1942): “Para abordar a filosofia, para entrar no território da filosofia, é absolutamente indispensável uma primeira disposição de ânimo. É absolutamente indispensável que o aspirante a filósofo sinta a necessidade de levar seu estudo com uma disposição infantil. (…) Aquele para quem tudo resulta muito natural, para quem tudo resulta muito fácil de entender, para quem tudo resulta muito óbvio, nunca poderá ser filósofo”. (Fundamentos de filosofia, p. 33-34)
(Com exceção das citações de Nietzsche, García Morente e Karl Jaspers, as demais foram transcritas conforme citadas por Sílvio Gallo em “Ética e Cidadania – Caminhos da Filosofia, p. 22)
Cicerone, Le Discussioni di Tuscolo, 2 vol. Zanichelli, Bologna, 1990.
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania – caminhos da filosofia. São Paulo: Papirus, 2002.
GARCIA MORENTE, Manuel. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo, SP: Cultrix.
Nietzsche. Para além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Martin Claret, 2007.

Fonte de Estudos e Pesquisas: http://www.brasilescola.com/filosofia/



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