Visite nossa Página no JUSBRASIL

Site Jurídico
Mostrando postagens com marcador Iluminismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Iluminismo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Iluminismo

 

Iluminismo


O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII, marcado por valorizar a razão e tecer críticas ao absolutismo e ao mercantilismo.



Jean-Jacques Rousseau foi um dos grandes expoentes do pensamento iluminista. [1]

Iluminismo foi um movimento político-intelectual que surgiu na Europa no século XVIII e fez com que ele ficasse conhecido como “século das luzes”. O movimento valorizava a razão e considerava que somente ela poderia guiar a humanidade no caminho do progresso. Além disso, o Iluminismo ia de encontro à intolerância religiosa.

Os iluministas teciam profundas críticas ao absolutismo, propondo que era necessário limitar o poder dos monarcas. Eles criticavam também a falta da liberdade nos governos absolutistas. Alguns dos grandes expoentes do pensamento iluminista foram Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Adam Smith.

Saiba mais: Revolução Industrial — processo histórico iniciado no século XVIII

Resumo sobre Iluminismo

  • O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII.

  • Esse movimento valorizava a razão em detrimento da fé, afirmando que a razão era o meio para garantir o progresso da humanidade.

  • Criticava o absolutismo e acreditava ser necessário limitar o poder real.

  • Criticava o mercantilismo por não concordar com a intervenção do Estado na economia.

  • Dentre os iluministas importantes destacam-se nomes como Montesquieu, Adam Smith e David Hume.

Videoaula sobre Iluminismo


O que o Iluminismo defendia?

O Iluminismo é entendido como um movimento intelectual que surgiu na Europa no século XVIII, tendo grande impacto na cultura europeia e motivando uma série de transformações na Europa e em outras partes do mundo. A influência dos ideais iluministas no século XVIII foi tão grande que ele recebeu a alcunha de “século das luzes”.

Também chamado de Ilustração, o Iluminismo é entendido como o responsável por promover uma série de mudanças em diversos sentidos. Áreas como a religião, a cultura, a economia, a política, a sociedade, entre outras, sofreram influência dessas ideias. O Iluminismo foi resultado de uma renovação intelectual que já estava em curso na Europa desde o século XVII.

Um dos itens de maior importância para o pensamento iluminista foi a valorização da razão. Os iluministas acreditavam que o progresso da humanidade aconteceria por meio da razão, considerando que ela deveria ter valor maior do que a fé.

A valorização da razão pelos iluministas fez com que eles enaltecessem o conhecimento científico, e eles sempre procuravam estudar os fenômenos da natureza a fim de dar-lhes uma explicação racional.

Assim, as crenças populares e lendas eram vistas com menosprezo, pois os iluministas prezavam pelo racionalismo, e não pelas crendices. Por conta disso, eles teciam fortes críticas à Igreja, questionando a forma como essa instituição controlava a vida das pessoas naquele período. Além disso, os iluministas eram críticos da intolerância religiosa, que motivava conflitos por diversas partes da Europa.

Os iluministas acreditavam que a aplicabilidade da razão levaria a humanidade a um progresso que seria capaz de formar uma sociedade perfeita. Nessa sociedade, haveria justiça e não haveria espaço para a tirania (representada pelo poder absolutista) e para a superstição (representada pelo controle da Igreja).

Esses intelectuais também acreditavam em ideias que falavam de liberdade e igualdade entre os seres humanos. Os iluministas propunham a superação do modelo absolutista e do mercantilismo e também defendiam a separação entre Estado e Igreja para estabelecer o que conhecemos atualmente como Estado laico.

Principais pensadores do Iluminismo

O Iluminismo ficou marcado por uma série de pensadores que deixaram grandes contribuições para a humanidade. Alguns dos iluministas de destaque foram:

Características do Iluminismo


Luís XIV, símbolo do poder absolutista. Os iluministas eram críticos dos governos absolutistas.

Uma das características mais fortes do Iluminismo foi a crítica que eles realizavam ao absolutismo, forma de governo marcada pela concentração de poder na figura do monarca. Essa forma de governo foi muito comum no século XVIII e gerava uma sociedade extremamente desigual, em que um grupo minoritário gozava de uma série de privilégios e de uma vida luxuosa.

Os iluministas defendiam a ideia de que era necessário criar formas de limitar o domínio real, dando mais poder para um parlamento ou então elaborando uma constituição que estabelecesse limites ao poder do rei. Outras críticas eram realizadas ao absolutismo e à sociedade daquele período.

Uma delas afirmava que no absolutismo não havia muita liberdade, uma vez que não existia liberdade de expressão, liberdade de reunião e nem liberdade religiosa, por exemplo. A crítica à falta de liberdade e ao absolutismo fez com que os ideais iluministas gozassem de grande apoio da burguesia, classe interessada em acabar com as limitações do Antigo Regime sobre suas vidas e, principalmente, sobre seus negócios.

Em relação à economia, os iluministas não concordavam com o conjunto de práticas do período absolutista. Essas práticas receberam o nome de mercantilismo, caracterizado pela procura do Estado por acúmulo de riquezas e pelo seu intenso controle sobre a economia.

Os iluministas desejavam ter mais liberdade econômica, portanto não concordavam com o controle do Estado absolutista. Grande parte dos iluministas afirmavam que deveria existir mais liberdade na economia e afirmavam que o mercado deveria regular a si mesmo por meio do livre comércio e da livre iniciativa.

Eles acreditavam que essas duas eram as chaves para o enriquecimento da sociedade, e a defesa dessas ideias recebeu o nome de liberalismo econômico. Esse pensamento foi bastante influente na economia global até o começo do século XX.

Veja também: Antecedentes da Revolução Francesa — como o Iluminismo contribuiu para essa revolução?

Iluminismo pelo mundo

O Iluminismo teve grande repercussão a partir do século XVIII. Esses ideais foram catalisadores de transformações, sendo que a ordem antiga do mundo passou a ser questionada, e uma nova ordem começou a se estabelecer. As críticas do Iluminismo ao absolutismo contribuíram para que essa forma de governo começasse a se desintegrar na Europa.

Além disso, a defesa de ideias como liberdade de expressão, a noção de igualdade entre os seres humanos e outras contribuiu para que movimentos revolucionários surgissem em diferentes partes do planeta. Isso porque a sociedade desigual do período do Antigo Regime já não era mais aceita por muitos.

No entanto, uma ressalva importante deve ser realizada, pois, apesar de os iluministas falaram em igualdade entre os homens, essa defesa nunca era ampla e irrestrita. Em outras palavras, os iluministas defendiam a igualdade entre os seres humanos, mas de forma que atendesse apenas aos interesses da burguesia. A radicalização desse e outros ideais não era interessante para os iluministas.

De qualquer forma, uma série de acontecimentos foram motivados pelos ideais iluministas, tais como a Revolução Francesa, a Revolução Americana, a Revolução Liberal do Porto, a Revolução Haitiana, a independência dos países da América Espanhola, entre outros.

No Brasil, os ideais iluministas também repercutiram, dando força para ideias que questionavam o domínio colonial dos portugueses. Essa insatisfação com a colonização portuguesa contribuiu para que a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana acontecessem (a primeira foi desmontada antes de eclodir).

Créditos da imagem:

[1] Naci Yavuz e Shutterstock

Publicado por Daniel Neves Silva


Fonte de referência, estudos e Pesquisa:

Mundo Educação




Filosofia - Artigos


>>>>>> Cursos Grátis <<<<<<



segunda-feira, 15 de julho de 2019

Iluminismo

Diderot foi um dos responsáveis pela difusão do pensamento iluminista.

Diderot foi um dos responsáveis pela difusão do pensamento iluminista.

No século XVIII, uma nova corrente de pensamento começou a tomar conta da Europa defendendo novas formas de conceber o mundo, a sociedade e as instituições. O chamado movimento iluminista aparece nesse período como um desdobramento de concepções desenvolvidas desde o período renascentista, quando os princípios de individualidade e razão ganharam espaço nos séculos iniciais da Idade Moderna. 

No século XVII o francês René Descartes concebeu um modelo de verdade incontestável. Segundo este autor, a verdade poderia ser alcançada através de duas habilidades inerentes ao homem: duvidar e refletir. Nesse mesmo período surgiram proeminentes estudos no campo das ciências da natureza que também irão influenciar profundamente o pensamento iluminista. 

Entre outros estudos destacamos a obra do inglês Isaac Newton. Por meio de seus experimentos e observações, Newton conseguiu elaborar uma série de leis naturais que regiam o mundo material. Tais descobertas acabaram colocando à mostra um tipo de explicação aos fenômenos naturais independente das concepções de fundo religioso. Dessa maneira, a dúvida, o experimento e a observação seriam instrumentos do intelecto capazes de decifrar as “normas” que organizam o mundo. 

Tal maneira de relacionar-se com o mundo, não só contribuiu para o desenvolvimento dos saberes no campo da Física, da Matemática, da Biologia e da Química. O método utilizado inicialmente por Newton acabou influenciando outros pensadores que também acreditavam que, por meio da razão, poderiam estabelecer as leis que naturalmente regiam as relações sociais, a História, a Política e a Economia. 

Um dos primeiros pensadores influenciados por esse conjunto de idéias foi o britânico John Locke. Segundo a sua obra Segundo Tratado sobre o Governo Civil, o homem teria alguns direitos naturais como a vida, a liberdade e a propriedade. No entanto, os interesses de um indivíduo perante o seu próximo poderiam acabar ameaçando a garantia de tais direitos. Foi a partir de então que o Estado surgiria como uma instituição social coletivamente aceita na garantia de tais direitos. 

Essa concepção lançada por Locke incitou uma dura crítica aos governos de sua época, pautados pelos chamados princípios absolutistas. No absolutismo a autoridade máxima do rei contava com poderes ilimitados para conduzir os destinos de uma determinada nação. O poder político concentrado nas mãos da autoridade real seria legitimado por uma justificativa religiosa onde o monarca seria visto como um representante divino. Entretanto, para os iluministas a fé não poderia interferir ou legitimar os governos. 
No ano de 1748, a obra “Do espírito das leis”, o filósofo Montesquieu defende um governo onde os poderes fossem divididos. O equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderia conceber um Estado onde as leis não seriam desrespeitadas em favor de um único grupo. A independência desses poderes era contrária a do governo absolutista, onde o rei tinha completa liberdade de interferir, criar e descumprir as leis. 

Essa supremacia do poder real foi fortemente atacada pelo francês Voltaire (1694 – 1778). Segundo esse pensador, a interferência religiosa nos assuntos políticos estabelecia a criação de governos injustos e legitimadores do interesse de uma parcela restrita da sociedade. Sem defender o radical fim das monarquias de sua época, acreditava que os governos deveriam se inspirar pela razão tomando um tom mais racional e progressista. 

Um outro importante pensador do movimento iluminista foi Jean-Jaques Rousseau, que criticava a civilização ao apontar que ela expropria a bondade inerente ao homem. Para ele, a simplicidade e a comunhão entre os homens deveriam ser valorizadas como itens essenciais na construção de uma sociedade mais justa. Entretanto, esse modelo de vida ideal só poderia ser alcançado quando a propriedade privada fosse sistematicamente combatida. 

Esses primeiros pensadores causaram grande impacto na Europa de seu tempo. No entanto, é de suma importância destacar como a ação difusora dos filósofos Diderot e D’Alembert foi fundamental para que os valores iluministas ganhassem tamanha popularidade. Em esforço conjunto, e contando com a participação de outros iluministas, esse dois pensadores criaram uma extensa compilação de textos da época reunidos na obra “Enciclopédia”. 

A difusão do iluminismo acabou abrindo portas para novas interpretações da economia e do governo. A fisiocracia defendia que as produções das riquezas dependiam fundamentalmente da terra. As demais atividades econômicas era apenas um simples desdobramento da riqueza produzida em terra. Além disso, a economia não poderia sofrer a intervenção do Estado, pois teria formas naturais de se organizar e equilibrar. 

Ao mesmo tempo, o iluminismo influenciou as monarquias nacionais que viam com bons olhos os princípios racionalistas defendidos pelo iluminismo. Essa adoção dos princípios iluministas por parte das monarquias empreendeu uma modernização do aparelho administrativo com o objetivo de atender os interesses dos nobres e da burguesia nacional.


Print Friendly and PDF

Visite Nossa Loja Parceira do Magazine Luiza - Click na Imagem

Mensagens de Bom Dia com Deus - Good morning messages with God - ¡Mensajes de buenos días con Dios

Bom Dia com Deus

Canal Luisa Criativa

Semeando Jesus

Aprenda a Fazer Crochê