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Bibliologia - Apostila Nr 001


DOUTRINA DA BÍBLIA

I. REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. É portanto, a operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (1Coríntios 2:10).

a) Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida a existência da revelação: "É assim que Deus disse?" (Genêsis 3:1). Mas a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos:

1) A Indestrutibilidade da Bíblia:

Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D,     (A.D. = (latim “anno Domini”) “no ano do Senhor”) o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo.

2) A Natureza da Bíblia:

a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bíblia.

b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar.

c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições.

3) A Influência da Bíblia:

O Alcorão, o Livro dos Mórmons, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúncio, todos tiveram influência no mundo. Estes, porém, conduziram a uma idéia apagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência etc.

4) Argumento da Analogia:

Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presença correspondente, existe comunicação direta de um para o outro, uma revelação de pensamentos e sentimentos. Consequentemente é de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais.

5) Argumento da Experiência:

O homen é incapaz por sua própria força descobrir que:

a) Precisa ser salvo.
b) Pode ser salvo.
c) Como pode ser salvo.
d) Se há salvação.

Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos. A experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza humana é degenerar-se e seu caminho ascendente se sustêm unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a revelação de Deus.

6) Argumento da Profecia Cumprida:

Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4); da conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; IRs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6; Jr.25:9-12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc.

7) Reivindicações da Própria Escritura:

A própria Bíblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação na seguintes expressões: "Disse o Senhor a Moisés" (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) "O Senhor é quem fala" (Is.1:2); "Disse o Senhor a Isaías" (Is.7:3); "Assim diz o Senhor" (Is.43:1). Outras expressões semelhantes são encontradas: "Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor" (Jr.11:1); "Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez.1:3); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias" (Os.1:1); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" (Jl.1:1), etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o Antigo Testamento afirma ser a revelação de Deus, e essa mesma reivindicação faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2).

B) Natureza da Revelação:

Deus se revelou de sete modos:

1) Através da Natureza: (Sl.19:1-6; Rm.l:19-23).
2) Através da Providência: A providência é a execução do programa de Deus das dispensações em todos os seus detalhes (Gn.48:15;50:20; Rm.8:28; Sm.57:2; Jr.30:11; Is.54:17).
3) Através da Preservação: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28).
4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9).
5) Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10).
6) Através da Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15).
7) Através das Escrituras: A Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos:

a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que é doutrinário , devocional, histórico, profético e prático.
b) Ela é parcial: (Dt.29:29).
c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10);
d) Ela é progressiva: (Mc.4:28).
e) Ela é definitiva: (Jd.3).

II. INSPIRAÇÃO:

É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (ICo.10:13; IITm.3:16; IIPe.1:20,21).

A) Autoria Dual: Com este termo indicamos dois fatos:

1) Autoria Divina: Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em IITm.3:16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus) . A referência aqui é ao escrito.

2) Autoria Humana: Do lado humano certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em IIPe.1:21 encontramos a referência aos homens: "Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos). A referência aqui é ao escritor.

B) Inspiração ou Expiração?

A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em IITm.3:16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (IISm.23:2). Em IIPe.1:21 este vocábulo se torna mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC. transmite a idéia de que os homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó.32:8; 33:4; com Ez.36:27; 37:9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em IITm.3:16, usa, com acerto, o verbo mover em IIPe.1:21, como tradução do vocábulo grego pherô, que significa exatamente mover ou conduzir.

Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt.15:4 está escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moisés quem ordenou. E muitas outras passagens há semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11; Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem (At.5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44).
C) O Termo Logos: Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo.1:1,14; IJo.1:1;5:7; Ap.19:13). Eles são para Deus o que a expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo.14:6 com Jo.17:17).

1) Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus.
2) A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente.

D) Provas da Inspiração:

Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos aceitam: a evidência. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o seu testemunho. A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas. As Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo mais.
1) O A.T. afirma sua Inspiração: (Dt.4:2,5; IISm.23:2; Is.1:10; Jr.1:2,9; Ez.3:1,4; Os.1:1; Jl.l:1; Am.1:3;3:1; Ob.1:1; Mq.1:1).
2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt.10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16:13; At.2:33;15:28; ITs.1:5; ICo.2:13; IICo.13:3; IIPe.3:16; ITs.2:13; ICo.14:37).
3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc.1:70; At.4:25; Hb.1:1, IItm.3:16; IPe.1:11; IIPe.1:21).
4) A Bíblia faz declarações científicas descobertas posteriormente: (Jó.26:7; Sl.135:7; Ec.1:7; Is.40:22).

E) Teorias da Inspiração:

Podemos ter revelação sem inspiração (Ap.10:3,4), e podemos ter inspiração sem revelação, como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (IJo.1:1-4; Lc.1:1-4). Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração. A forma é o método que Deus empregou na inspiração, enquanto que o resultado indica a conseqüência da inspiração. Portanto, as chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas descrevem a forma de inspiração, enquanto que a teoria verbal plenária indica o resultado.

1) Teoria da Inspiração Dinâmica:

Afirma que Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalíveis em questões de fé e prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente religiosa, isto é, a inspiração atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao relatarem um fato de modo natural. Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não analisa a relação existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados. Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à pratica e àquelas que não são. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria.

2) Teoria do Ditado ou Mecânica:

Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses), não seres cujas personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm.9:1-3; IIPe.3:15,16). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo com seus próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem suprema com tanta perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus. Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem além daquela que Moisés trasncreveu no monte santo, pois Deus usa e não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana.

3) Teoria da Inspiração Natural ou Intuição:

Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação as Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras. Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.

4) Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação:

Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros. Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong.

5) Inspiração dos Conceitos e não das Palavras:

Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido idéias mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas idéias não são transferíveis por nenhum outro modo além das palavras. Esta teoria ignora a importância das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens bíblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua força e valor. O estudo exegético das Escrituras nas línguas originais é um estudo de palavras, para que o conceito possa ser alcançado através das palavras, e não para que palavras sem importância representem um conceito. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (ICo.2:13; Jo.6:63;17:8; Ex.20:1; Gl.3:16).

6) Graus de Inspiração:

Afirma que há inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação e revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as duas autorias, dá margem a especulação fantasiosa.



7) Inspiração Verbal Plenária:

É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orientá-los (conduzí-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais, fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e omissões, abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrância das Escrituras, e dando à ela autoridade divina.

a) Observação Pessoal: (IJo.1:1-4).
b) Fonte Oral: (Lc.l:1-4).
c) Fonte Verbal: (At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1).
d) Revelação Divina Direta: ( Ap.1:1-ll; Gl.1:12).
e) Gênero: (Gn.3:15).
f) Número: (Gl.3:16).
g) Tempo: (Ef.4:30; Cl.3:13).
h) Modo: (Ef.4:30; Cl.3:13).
i) Voz: (Ef.5:18)
j) Explicação dos itens e,f,g,h,i:

A inspiração verbal plenária fica assim estabelecida. Em Gn.3:15 o pronome hebraico está no gênero masculino, pois se refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferirá a cabeça...). Em Gl.3:16 Paulo faz citação de um substantivo hebraico que está no singular, fazendo, também, referência exclusiva a Cristo. Em Ef.4:30 e Cl.3:13 o verbo perdoar encontra-se, no grego, no modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa vida, abrangendo o perdão dos pecados do passado, do presente, e do futuro (IJo.1:9 trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial). Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei(Mt.5:18 e Lc.16:l7).

III. ILUMINAÇÃO:

É a influência ou ministério do Espirito Santo que capacita todos os que estão num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (I Cor.2:12; Lc.24:32,45; IJo.2:27).

A iluminação não inclui a responsabilidade de acrescentar algo às Escrituras (revelação) e nem inclui uma transmissão infalível na linguagem (inspiração) daquele que o Espirito Santo ensina.

A iluminação é diferenciada da revelação e da inspiração no fato de ser prometida a todos os crentes, pois não depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Espirito Santo. Além disso a iluminação admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef.1:16-18; 4:23; Cl.1:9).

A iluminação não se limita a questões comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (ICo.2:10) porque o Mestre Divino está no coração do crente e, portanto, ele não houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o coração são sobrenaturalmente despertados de dentro (ICo.2:16). Este despertamento do Espírito pode ser prejudicado pelo pecado, pois é dito que o cristão que é espiritual discerne todas as coisas (ICo.2:15), ao passo que aquele que é carnal não pode receber as verdades mais profundas de Deus que são comparadas ao alimento sólido (ICo.2:15;3:1-3; Hb.5:12-14).

A iluminação, a inspiração e a revelação estão estritamente ligadas, porém podem ser independentes, pois há inspiração sem revelação (Lc.1:1-3; IJo.1:1-4); inspiração com revelação (Ap.1:1-11); inspiração sem iluminação (IPe.1:10-12); iluminação sem inspiração (Ef.1:18) e sem revelação (ICo.2:12; Jd.3); revelação sem iluminação (IPe.1:10-12) e sem inspiração (Ap.10:3,4; Ex.20:1-22). E’ digno de nota que encontramos estes três ministérios do Espirito Santo mencionados em uma só passagem (ICo.2:9-13); a revelação no versículo 10; a iluminação no versículo 12 e a inspiração no versículo 13.

IV. AUTORIDADE:

Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e autorizada.

A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas.

Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem dEle (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade. Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade.

V. CREDIBILIDADE OU VERACIDADE:

Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original.

Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás não se relacionam ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.

A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos:

1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.

2) Prova Arqueológica e Histórica:

a) Arqueológica: Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates "mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa". (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das Escrituras).

As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo).

Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento).

A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos).

Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses são suficientes e devem servir como aviso aos descrentes com relação às coisas para as quais ainda não temos confirmação; podemos encontrá-la a qualquer hora.

b) Histórica: A história fornece muitas provas da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) são mais considerados como personagens fictícios.

3) As Escrituras possuem Integridade:

a) Integridade Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, línguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas na Bíblia.

b) Integridade Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças tem sido demonstrada como corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.

c) Integridade Cronológica: A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia.

d) Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas.

e) Integridade Canônica: A aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade.

Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos passados.

Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao texto sua pureza original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32).

Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia em mais de 2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente são aceitos sem contestação, baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares.

As quatro Bíblias mais antigas do mundo, datadas entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos atualmente.

B) Credibilidade do N.T.: Estabelecida por cinco fatos:

1) Escritores Competentes: Possuíam as qualificações necessárias, receberam investidura do Espirito Santo e assim escreveram não somente guiados pela memória, apresentações de testemunho oral e escrito, e discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo Espirito Santo.

2) Escritores Honestos: O tom moral de seus escritos, sua preocupação com a verdade, e a circunstância de seus registros indicam que não eram enganadores intencionais mais sim homens honestos. O seu testemunho pôs em perigo seus interesses materiais, posição social, e suas próprias vidas. Por quê razão inventariam uma estória que condena a hipocrisia e é contrária a suas crenças herdadas, pagando com suas próprias vidas?

3) Harmonia do N.T.: Os sinópticos não se contradizem mas suplementam um ao outro. Os vinte e sete livros do N.T. apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra.

4) Prova Histórica e Arqueológica:

a) Histórica: O recenseamento quando Quirino era Governador da Síria (Lc.2:2), os atos de Herodes o Grande (Mt.2:16-18), de Herodes Antipas (Mt.14:1-12), de Agripa I (At.12:1), de Gálio (At.18;12-17), de Agripa II (At.25:13-26:32) etc.

b) Arqueológica: As descobertas arqueológicas confirmam a veracidade do N.T. Quirino (Lc.2:2) foi Governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas se refere ao segundo período.

Lisânias, o Tetrarca é mencionado em uma inscrição no local de Abilene na época a que Lucas se refere.

Uma inscrição em Listra registra a dedicação da estátua Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio), o que mostra que esses deuses eram colocados no mesmo nível, no culto local, conforme descrito em At.14:12.

Uma inscrição de Pafos faz referência ao Proconsul Paulo, identificado como Sergio Paulo (At.13:7).

VI. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE:

Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam erro algum.

A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às leis naturais, à geografia, à vida política e social etc.

Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa ser mal compreendido.

A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras.

A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros? Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a expressão exata da verdade?.
Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa, como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o certo e o errado, que o homem não pode realizar.

Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro (Sl.119:140,142; Mt.5:18; Jo.10:35; Jo.17:17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões. Como exemplo de opinião falível encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de IRs.7:23 onde lemos que o mar de fundição tinha dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra, ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em redor. Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do Pi ser 3 em vez de 3,1416. Mas uma vez que não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como parece sugerir o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor.

Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em ICo.10:8 onde lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm.25:9 diz que morreram 24.000. Acontece que em Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em I aos Coríntios nós temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000.

A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto é, os originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos:

A) Erros Involuntários: Cometidos pelos escribas do N.T. devido a sua falta ou defeito de visão, defeitos de audição ou falhas mentais.

1) Falhas de Visão: Em Rm.6:5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas há alguns que trazem alla (porém). Os dois lambdas juntos deram ao copista a idéia de um mi. Em At.15:40 onde há eplexamenoc (tendo escolhido) aparece no Códice Beza epdexamenoc (tendo recebido) onde o lambda maiúsculo é confundido com um delta maiúsculo.

Há também confusão de sílabas, como é o caso de ITm.3:16 onde o manuscrito D traz homologoumen ôs (nós confessamos que) em vez de homologoumenôs (sem dúvida).

O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) é facilitado pelo homoioteleuton, que é o final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que são duas linhas com o mesmo início.

O Códice Vaticano, em Jo.17:15, não contém as palavras entre parênteses: "Não rogo que os tires do (mundo, mas que os guardes do) maligno". Consultando o N.T. grego veremos que as duas linhas terminavam de maneira idêntica, em autos ek tou, no manuscrito que o escriba de B copiava.

Lc.18:39 não aparece nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de frase igual na sentença anterior no manuscrito do qual eles se derivam.

O Códice Laudiano tem um exemplo no versículo 4 do Capítulo 2 do livro de Atos: "Et repleti sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto", sendo este em caso de adição, chamado ditografia, que é a repetição de uma letra, sílaba ou palavras.

2) Falhas de Audição: Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto sagrado. Desse modo o ouvido traía o escriba até mesmo quando o copista solitário ditava a si próprio. Em Rm.5:1 encontramos um destes casos, onde as variantes echômen e echomen foram confundidas. IPe.2:3 também apresenta um caso semelhante com as variantes cristos (Cristo) e crestos (gentil), esta última encontrada nos manuscritos K e L.

No grego coinê as vogais e ditongos pronunciavam-se de modo igual dentro das respectivas classes. É o caso de ICo.15:54 onde o termo nikos (vitória), foi confundido por neikos (conflito), sendo que aparece em P46 e B como "tragada foi a morte no conflito".

Em Ap.15:6 onde se lê "vestidos de linho puro" a palavra grega linon é substituída por lithon nos manuscritos A e C "vestidos de pedra pura". Desse modo uma só letra que o ouvido menos apurado não entendeu direito e que produziu completa mudança de sentido, torna-se erro grosseiro e hilariante.

3) Falhas da Mente: Quando a mente do escriba o traía, chegava a cometer erros que variavam desde a substituição de sinônimos, como o caso da preposição ek por apo, até a transposição de letras dentro de uma palavra, como o caso de Jo.5:39, onde Jesus disse "porque elas dão testemunho de mim" (ai marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu "porque elas pecam a respeito de mim" (hamartanousai).

B) Erros Intencionais: Erros que não se originaram de negligência ou distração dos escribas, mas antes de suspeita de alteração, principalmente doutrinária.

1) Harmonização: Ao copiar os sinópticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. E’ o caso de Mt.12:13 onde se lê "...estende a tua mão. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra". Em alguns manuscritos de Marcos o texto pára em "restaurada", sendo que em outros o escriba acrescentou as palavras "como a outra" para harmonizá-lo com Mateus.

Outro tipo de harmonização ocorre quando os escribas faziam o texto do N.T. conformar-se com o A.T. Por exemplo, em Mc.1:1 os escribas do W e Bizantinos mudaram "no profeta Isaias" para "nos profetas" porque verificaram que a citação não é só de Isaias.

2) Correções Doutrinárias: Certo escriba, copiando Mt.24:36 omitiu as palavras "nem o Filho", pois o escriba sabia que Jesus era onisciente, e deduziu que alguém havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino).

Os manuscritos da Velha Latina e da Versão Gótica apresentam como acréscimo, em Lc.1:3, a frase "e ao Espírito Santo" como "empréstimo" de At.15:28.

3) Correções Exegéticas: Passagens de difícil interpretação eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu sentido através de interpolação e supressões.

Um caso de interpolação encontra-se em Mt.26:15 onde as palavras "trinta moedas de prata" foram alteradas para "trinta estateres" nos MSS D, a e b, afim de definir o tipo de moeda mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os dois textos, juntaram-no produzindo a frase "trinta estateres de prata".

4) Acréscimos Naturais ou de Notas Marginais: Determinado leitor do Códice 1518 anotou nas margens de Tg.1:5 a expressão êgeumatikês kai ouk anthrôpines (espiritual e não humana). Quando este Códice foi copiado, o escriba do manuscritos 603 incluiu esta expressão no texto: "Se alguém de vós tem falta de sabedoria espiritual e não humana, peça-a a Deus...".

VII. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE:

Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome ele leva, ou, se anônimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradição antiga o atribui, ou, se não for atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui.
O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As Viagens de Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictícios. Atos de Paulo não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano. Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da Bíblia possuem autenticidade comprovada pela tradição histórica e pela arqueologia (Gl.6:11; Cl.4:18).

VIII. CANONICIDADE:

Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões" determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.

A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap.21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16).

A) A fonte da Canonização: A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.

B) O Critério Canônico (do Novo Testamento): Adotam-se 5 critérios canônicos.

1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico).

2) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de uso e circulação do livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur.

3) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável.

4) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração.

5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (ITm.4:13).

 C) Conclusão da Canonização (do Novo Testamento)

1) Concílio Damasino de Roma em 382 d.C.
2) Concílio de Cartago em 397 d.C.

IX. ANIMAÇÃO:

É o poder inerente à Palavra de Deus para transmitir vitalidade ou vida ao ser humano.

O Sl.19:7 diz que "a lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma..." e no versículo 8 diz que "os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração..."

Somente algo que tem vida pode transmitir vida, e por isso mesmo somente a Bíblia, e nenhum outro livro pode fazê-lo, pois a Bíblia sendo a Palavra de Deus é viva: "A Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"(Hb.4:12).

A) A Palavra de Deus é Viva: O elemento da vida que aqui se declara é mais do que aquilo que agora tem autoridade em contraste com o que já se tornou letra morta; é mais do que alguma coisa que fornece nutrição. Mas as Escrituras são vivas porque é o hálito (espírito) do Deus Vivo (Jo.6:63; Jó 33:4). Assim tanto a Palavra Escrita (Logos) como a Palavra Falada (rêma) são possuidoras de vida. Não há diferença essencial entre elas, pois são apenas duas formas diferentes dela existir.

O trecho de Hb.4:12 diz que a Palavra de Deus é viva, e eficaz, é cortante, penetra e discerne.

Em IPe.1:23 lemos que a Palavra de Deus vive e permanece para sempre. Assim a Palavra de Deus possui vida eternamente (Sl.19:9;119:160).

B) A Palavra de Deus é Eficaz: A palavra grega usada neste trecho é energês de onde temos a palavra energia. Trata-se da energia que a vida vital fornece. Por isso a Palavra de Deus é comparada a uma poderosa espada de dois gumes com poder para cortar, penetrar e discernir. Quando o Espirito Santo empunha a Sua espada(Ef.6:17) uma energia é liberada dela para animar e realizar o seu propósito (Is.55:10,11). E’ com este poder inerente à Palavra de Deus que o Espirito Santo convence os contradizentes (Jo.16:8; ICo.2:4) porque a Palavra de Deus é como uma dinamite com poder (dinamos, Rm.1:16) para salvar e destruir (IICo.10:4,5;IICo.2:14,17; IJo.2:14; Jr.23:24).

A Palavra de Deus é como um nutriente alimento que fornece forças (IPe.2:2; Mt.4:4). Paulo escrevendo aos tessalonicenses, revela sua gratidão a Deus por haverem eles recebido a Palavra de Deus a qual estava operando (energizando) eficazmente neles (ITs.2:13). Paulo conhecia o poder da Palavra de Deus, por isso recomendou aos anciãos da igreja que a observassem porque ela "tem poder para edificar e dar herança entre todos os que são santificados" (At.20:32; Jo.5:39).

1) É eficaz na regeneração: Comparada com a "água" (Jo.3:5; Ef.5:26), a Palavra de Deus tem poder para regenerar, pois ela coopera com o E.S. na realização do novo nascimento (IPe.1:23; Tt.3:5; Jo.15:3; Ez.36:25-27; Jo.6:63; Tg.1:18,21; ICo.4:15; Rm.1:16).

2) É eficaz na santificação: A Palavra de Deus tem poder para santificar (Jo.17:17; Ef.5:26; Ez.36:25,27; IIPe.1:4; Sl.37:31;119:11). Com efeito, a santificação é pela fé (At.15:9 e 26:18) e a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm.10:17).

3) É eficaz na edificação: A Palavra de Deus tem poder para edificar (IPe.2:2; At.20:32; IIPe.3:18).

X. PRESERVAÇÃO:

É a operação divina que garante a permanência da Palavra Escrita, com base na aliança que Deus fez acerca de Sua Palavra Eterna (Sl.119:89,152; Mt.24:35; IPe.1:23; Jo.10:35).

Os céus e a terra passarão (Hb.12:26,27; IIPe.3:10) mas a Palavra de Deus permanecerá (Mt.24:35; Hb.12:28; Is.40:8; IIPe.1:19).

A preservação das Escrituras, como o cuidado divino para a sua criação e formação do cânon, não foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma promessa divina. A Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que Jeová tenha dito pode ser removida ou abalada; nem uma vírgula ou um ponto do testemunho divino pode passar até que seja cumprido.

"Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e assassino. Todo esforço possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, e inúmeras operações têm sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer. Decretos imperiais têm sido passados ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando essa medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cópia das Escrituras fosse morta." (Arthur W. Pink. The Divine Inspiration of the Bible = A Inspiração Divina da Bíblia).

A Bíblia permanece até hoje porque o próprio Deus tem se empenhado em preservá-la. Quando o rei Jeoiaquim queimou um rolo das Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que rescrevesse as palavras que haviam sido queimadas (Jr.36:27,28), e ainda determinou maldições sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus (Jr.36:29,31). Ademais Deus acrescentou ao segundo rolo outras palavras que não se encontravam no primeiro (Jr.36:32), pois a Palavra de Deus sempre há de prevalecer sobre a palavra do homem (Jr.44:17,28; At.19:19,20).

Deve ficar esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra inspirada, aquilo que deve ser considerado como revelação de Deus, e por isso mesmo não foi preservado e não faz parte do Cânon Sagrado (ICo.29:29; IICo.9:29;12:15;13:22;20:34; IICo.24:27;26:22;33:19). Em IICo.7:8 Paulo faz menção a uma segunda carta que não consta do Novo Testamento, sendo que a segunda carta de Coríntios que temos na nossa Bíblia, provavelmente deveria ser a terceira.

Hoje a estratégia de Satanás sobre a Palavra de Deus é diferente, pois já que ele não consegue destruí-la, procura desacreditá-la (negando sua inspiração) e corrompê-la com interpretações pervertidas da verdade (ITm.4:1,2; IITs.2:9-12). A nós pois, como igreja, cabe a responsabilidade de defender e preservar a verdade (ITm.3:15) com o mesmo anseio que caracterizava a vida de Paulo (Fp.1:7,16).

Escola Bíliba - Apostila Nr 002

O QUE É A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL/DINÂMICA (EBD)?
É o método de ensino da Bíblia, semanalmente, visando levar o aluno a:
1)      aceitar Jesus como Único Senhor e Salvador;
2)      crescer na fé e no conhecimento bíblico;
3)      por em prática os ensinos bíblicos.
BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
Nos primeiros dois séculos da era cristã, a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. Porém, do terceiro século em diante, a Igreja cresceu muito e a obra de educação cristã não acompanhou este crescimento. Milhares de pessoas foram batizadas sem instruções. Daí muitas práticas erradas entraram no cristianismo. Isto perdurou até o século XVI, quando os reformadores Lutero e Calvino reintroduziram o ensino bíblico ao povo. Na Alemanha, Lutero enfatizou que cada cristão tivesse a Bíblia em sua própria língua para poder ler as Escrituras por si mesmo. Traduziu a Bíblia latina para o alemão. Depois, escreveu dois catecismos (livros de instrução cristã): um para adultos e outro para crianças. Calvino fundou, em Genebra, uma Faculdade Evangélica de Teologia. No século XVII, Robert Raikes começou a levar as crianças a sua casa aos domingos, ensinando-as a ler e escrever tendo a Bíblia como texto. John Wesley gostou da idéia e ela espalhou-se em grande escala. Nascia assim a EBD (sigla de Escola Bíblica Dominical, ou Escola Bíblica Dinâmica).

EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA LOCAL

A educação cristã na igreja não é só responsabilidade do pastor. Outros oficiais locais têm esta responsabilidade, como o Supervisor de Menores, Coordenador Educacional, etc.. Em quase todas as igrejas, há várias agências de ensino: Liga de Jovens, Liga do Lar (senhoras), Escola Bíblica Dominical ou Dinâmica (EBD), Classe de Novos Convertidos, Liga de Crianças, Classe de Casais, etc. O propósito de todos eles é prover a comunhão, ser agente de evangelização e proporcionar o ensino.
PORQUE ESTUDAR A BÍBLIA ?
Os ensinos bíblicos são imprescindíveis para o homem. Na Bíblia existem doutrinas (ensinos), poemas, provérbios, cânticos, histórias, revelações, profecias, comentários, narrativas e outras formas literárias, abrangendo 66 livros, que foram escritos por 40 diferentes autores, sob inspiração do Espírito Santo de Deus (livro de 2 Pedro, capítulo 1, verso 21). Desprezar este conteúdo, é ignorar um conteúdo espiritual inestimável. A sabedoria da Bíblia, chamada também "Palavra de Deus" é uma fonte a jorrar para a vida eterna. Nela, se encontra o Plano de Salvação para o homem, a justiça, a misericórdia, o amor, a eternidade, a santidade.
O propósito de estudar a Bíblia, de forma ordenada e contínua, é que as Sagradas Letras podem:
1) Levar-nos á fé salvadora em Cristo Jesus (João 20.21).
2) Orientar-nos sobre decisões do dia-a-dia (2 Timóteo 3.16).
3) Guardar-nos contra superstições, mentiras e enganos (Salmo 119.105).
4) Livrar-nos de cairmos em pecados, desordem emocional e cegueira espiritual (Salmo 119.11, Efésios 6.17, Apocalipse 1.3).
5) Dar-nos sabedoria e compreensão sobre fatos do passado, do presente e do futuro (Salmo 19.8, 2 Pedro 1.19, Apocalipse 1.1).
BASES BÍBLICAS DO ENSINO
EDUCAÇÃO CRISTÃ ORDENADA: a palavra ensinar é repetida mais de 200 vezes na Bíblia. Exemplos: Deuteronômio capítulo 4.versos: 1,5 e 10, Deuteronômio capítulo 6, verso 1.
Especificamente, o ensino foi ordenado por Cristo em Mateus 28.19-20.
A "Grande Comissão" dada à Igreja não envolve apenas a proclamação das boas novas (evangelismo). Os ensinos (doutrinas) precisam ser apresentados ao povo, para edificação e afastamento das heresias (erros): Romanos 15.4, Colossenses 1.28,  1 Timóteo 4.11.
O próprio ministério de Jesus Cristo foi, em grande parte, voltado ao ensino: Mateus 5.2, 7.29, 9.35, Lucas 4.15, etc.
Os primeiros cristãos foram zelosos no ensino: Atos 5.42.
As bênçãos decorrentes do ensino da Palavra de Deus são expressas em João 5.39, Romanos 15.4, Salmo 119.105, 2 Timóteo 3.14-17, Apocalipse 1.3.
ENSINO BÍBLICO ÀS CRIANÇAS
O ensino bíblico não deve ser ministrado somente a jovens e adultos. Há vários exemplos bíblicos da ênfase de ensinar a criança dentro da Palavra de Deus: Provérbios 22.6, Deuteronômio 6.7, Mateus 19.13-14, 1 Timóteo 3.14-15.
COMO ESTUDAR A BÍBLIA?
Através do estudo da Bíblia chegamos a conhecer a verdade que nos liberta (João 8:32). Entretanto, muitas pessoas que acreditam que o estudo da Bíblia é importante nunca aprenderam como estudar efetivamente e entender a mensagem da revelação de Deus. Consideremos algumas sugestões práticas de coisas que nos ajudarão a ser melhores estudantes da Bíblia.

                        Atitudes e Preparações Necessárias

Antes que possamos estudar efetivamente a Bíblia, precisamos considerar sua fonte e abordar o estudo com profundo respeito pelo Deus que nos criou e nos revelou sua vontade nas Escrituras. É importante estudar com absoluto respeito pela palavra de Deus. Samuel aceitou a instrução de Eli e recebeu as palavras de Deus com uma atitude de humildade: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3:9-10). Cada vez que abrirmos as páginas das Escrituras, deveremos demonstrar exatamente esta atitude. O estudante humilde tem que ter também um coração aberto. Pedro nos diz que precisamos esvaziarmos-nos do mal para que possamos aceitar o puro evangelho com o ardente desejo dos recém-nascidos querendo leite (1 Pedro 2:1-3). Com humildade e corações abertos, procuramos cumprir o compromisso de cada servo fiel de Cristo: obedecer tudo o que Jesus nos ordenou (Mateus 28:19-20). O estudo proveitoso também depende de uma valorização correta do texto que estamos estudando. A Bíblia contém a completa, suficiente e final revelação da vontade de Deus para o homem, por isso deverá ser estudada cuidadosa e respeitosamente. O estudante fiel da palavra deverá estar familiarizado com as afirmações de textos tais como 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; Judas 3; Hebreus 1:1-4; 2:1-3 e Gálatas 1:6-9. Devemos estudar também com respeito pelo silêncio das Escrituras. Muitos erros podem ser evitados se temos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não falou. Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra (veja a ilustração em Hebreus 7:12-14, onde o escritor mostra que Jesus não foi um sacerdote de acordo com a lei do Velho Testamento, mas que ele mudou a lei ao tornar-se um sacerdote de uma tribo que não estava autorizada a servir desta maneira). Jesus tinha o direito de mudar a lei, mas nós não. Tais passagens como 2 João 9; 1 Coríntios 4:6 e Apocalipse 22:18-19 nos lembram do perigo de ir além ou acrescentar à palavra revelada.
Uma outra prática importante, quando entramos no estudo das escrituras, é a oração. Devemos orar como o salmista o fez: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei" (Salmo 119:18).

                        Ferramentas Para o Estudo da Bíblia

Há vários recursos que podem ser úteis em nosso estudo da Bíblia. O mais importante é a própria Bíblia. Somos abençoados em nosso tempo por termos Bíblias em quase todas as línguas faladas. Há um bom número de traduções portuguesas. Escolha uma que seja inteligível, mas que mantenha cuidadoso respeito pela mensagem sendo traduzida. Ajuda-nos bastante ter várias traduções diferentes para comparar. Muitos outros livros têm sido escritos para auxiliar no estudo da Bíblia. Uma Chave Bíblica, por exemplo, é muito útil para localizar várias passagens que usam a mesma palavra. Serve como um tipo de índice listando as palavras da Bíblia e onde são encontradas. Vários tipos de dicionários são também bem úteis no estudo da Bíblia. Muitos mal-entendidos podem ser evitados ou corrigidos pela consulta a um dicionário comum. Dicionários especiais de palavras bíblicas são ainda mais valiosos, pois freqüentemente dão explicações úteis do modo como uma palavra é usada nas Escrituras. Ainda que eles sejam um pouco difíceis de se aprender a usar, os dicionários bíblicos baseados nas línguas bíblicas originais (hebraico e grego) nos ajudam a apreciar mais precisamente os significados de algumas palavras. É claro que tais outros livros não são essenciais ao entendimento de nossa responsabilidade diante de Deus, mas podem esclarecer a mensagem da Bíblia e nos auxiliar a apreciar sua força e beleza. Pode também ser útil estudar o ambiente do texto, usando tais auxílios como os Atlas ou os mapas das terras bíblicas, livros sobre história, etc. Tais livros servem para ressaltar o rico significado do texto. Comentários aparecem em muitas formas. Podem ser bastante úteis, ou muito destrutivos. Comentários são simplesmente as explicações de autores humanos sobre o significado dos textos bíblicos. Eles vão desde breves artigos ou mesmo notas de rodapé em Bíblias de estudo, até coleções de livros. Podem ser encontrados em boletins, revistas, sermões, etc. Ao usar todas estas fontes, precisamos nos lembrar que seres humanos nunca são infalíveis e que todo o ensinamento tem que ser examinado à luz das Escrituras (Atos 17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22).

                        Sugestões Sobre Como Estudar a Bíblia Sagrada

Há algumas sugestões práticas que podem ajudar a desenvolver bons hábitos no estudo da Bíblia por toda a vida:
1. Leia, leia, leia! O passo mais importante no estudo efetivo é a leitura do texto. Isto deverá envolver pelo menos dois tipos de leitura: (a) Leitura geral do texto da Bíblia para tornar-se cada vez mais familiar com a mensagem da Bíblia como um todo (um plano bom e prático é ler a Bíblia inteira pelo menos uma vez por ano), e (b) Leitura mais cuidadosa de textos específicos que você estiver estudando.
2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da Bíblia é tirar um versículo do seu contexto para interpretá-lo de um modo que vai contra o significado do texto e contra o amplo contexto da Bíblia como um todo. Se você estiver estudando um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado. Se estiver estudando um versículo, leia pelo menos o capítulo que o envolve. Muitos erros serão evitados pela cuidadosa consideração do contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia procurar respostas para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê? Quando e onde tudo isto ocorreu?
3. Observe que tipo de texto você está estudando. É uma narrativa que relata uma parte da história da Bíblia? Está o autor desenvolvendo um argumento para explicar ou refutar alguma doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma parábola? É parte do Novo Testamento (que se aplica nos dias de hoje) ou da velha lei (que governava os judeus do Velho Testamento)?
4. Entenda as palavras que você está estudando. Neste ponto, aquele dicionário da Bíblia ou outra tradução pode ser muito útil.
5. Procure auxílio em outras passagens. Muitos dos mais difíceis textos da Bíblia são esclarecidos por mais simples afirmações em relatos paralelos ou similares. A Bíblia é o seu próprio e melhor comentário! Desde que verdade nunca contradiz verdade, é nossa responsabilidade estudar diligentemente para reconciliar as discrepâncias aparentes.
6. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou tradições humanas.
7. Faça anotações. Muitas pessoas acham muito útil o uso de um caderno para anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem saber, etc. Mais leituras e estudo muitas vezes responderão a dúvidas ou questões, por isso é bom ter anotações que você possa usar para aumentar o seu conhecimento.
8. Lembre-se de que a Bíblia nos dá o que necessitamos, mas nem tudo o que poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus está além da nossa compreensão, e há muitas coisas que poderemos querer saber que não estão reveladas na Bíblia (veja Deuteronômio 29:29). Temos que aprender a contentarmos-nos com o que Deus disse e não devemos nos permitir opinar e presumir para falar onde ele não falou.

                        O Valor do Estudo Bíblico

O estudo da Bíblia é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos benefícios nesta vida, e que ajuda a equiparmos-nos para ficar na presença de Deus eternamente. Somos grandemente abençoados pelo privilégio de nos ser permitido ler e reler a carta de amor que Deus nos deu nas Escrituras. Que nossas vidas e hábitos de estudo reflitam a atitude expressada no Salmo 119:14-17: "Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas. Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra."
A "EBD" COMO ELEMENTO INFLUENCIADOR DA SOCIEDADE
A tarefa de um obreiro juvenil é exigente – mas também recompensadora. Em geral, a imagem pública das igrejas é frequentemente a de uma organização voltada a reabilitar as pessoas em dificuldades – recuperação de vícios, traumas, desordem moral.

Mas a sua influência sobre a vida de jovens tem, muito provavelmente, sido ainda maior. A reputação de ser um serviço de socorro na base de um precipício é bem real, mas uma quantidade bem maior de jovens tem sido direcionada para os caminhos cristãos por meio dos obreiros da juventude. 
Cada jovem impactado pelo evangelho é um a menos na beira do precipício. Ganhar uma criança ou um jovem para Cristo, significa uma vida completa e incólume a ser apresentada a Ele. O que é muito melhor do que tentar consertar, mas tarde, as peças quebradas. 
Pela EBD, passarão novos líderes, crianças e jovens hoje que serão adultos amanhã, e que serão nossos representantes na escola, na igreja, no governo e nas instituições. O que dissermos ou ensinarmos a elas, hoje, influenciará o futuro de nossa nação. 
Se abandonarmos o ensino e nos rendermos a uma apresentação superficial do evangelho, estaremos comprometendo nossos princípios, nossas crianças, nossos jovens e nosso futuro moral. A igreja que desiste de ensinar, além de estar desobedecendo à ordem de Jesus em Mateus 28.20, está entregando os pontos para o adversário, fazendo da preguiça e do comodismo o seu evangelho. 
Obreiro: lembre-se que você é a pessoa chamada por Deus para influenciar vidas, pelo ensino persistente da Bíblia! Nunca despreze uma criança ou um jovem, ou uma pequena classe, mesmo que as dificuldades sejam maiores que as certezas.
Lembre-se sempre das palavras do Mestre dos mestres: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste ... não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.” (Mateus 18.10-14).
A AULA BÍBLICA
A execução do ensino é uma tarefa de responsabilidade do professor, a ser feita com dedicação e amor. Afinal, você está lidando com pessoas a quem Deus muito ama!
Basicamente, a aula bíblica é composta das seguintes etapas:
1. PREPARAÇÃO DO PROFESSOR
Separe tempo, na semana anterior à classe, para:
- Oração
- Leitura da lição
- Fixação dos objetivos da aula  - síntese do que o aluno aprenderá – Exemplo:
Aula sobre o valor da oração
Síntese do ensino – a oração é importante porque é um recurso que Deus nos dá para nosso crescimento e vitória espiritual.
Aplicação prática: levar o aluno a orar, diariamente.
- Preparação da aula em si (recursos didáticos, interações com os alunos, planejamento da aula) – buscando despertar o interesse do aluno e motivá-lo para a aprendizagem.
2. NA CLASSE:
O professor precisa chegar com antecedência de 15 minutos, para prepara os materiais e ajustar o local (arrumação de cadeiras, ventilação, iluminação, etc.).
Ao entrarem os alunos, postado á porta, cumprimenta-os pelo nome e mostra satisfação em que eles tenham vindo.
Anota os nomes dos presentes e, se houver visitantes, nome e endereço.
A seguir, no horário exato, inicia a aula com uma oração. Então procede com a aula propriamente dita:
1. Leitura Bíblica
É o texto bíblico no qual se baseia a história da lição. A leitura sempre é recomendada, mesmo que depois o professor conte a história posteriormente.
Caso a leitura seja longa, e os alunos de pouca idade, pode-se abreviar ou lê-la de modo dinâmico (exemplo: se há 2 personagens, o professor e um aluno escolhido lêem responsivamente o trecho da fala respectiva a cada personagem).
2. Apresentação do tema ou da história
Pode-se iniciar a aula com perguntas sobre o texto, o com uma explanação direta sobre o mesmo.
Caso a aula seja sobre história bíblica, sugere-se utilizar figuras ou outros recursos para tornar atraente o ensino.
É importante o professor ter em mente que esta não é somente a hora de se contar uma história, mas sim o momento de transmitir ao aluno as verdades divinas.
3. Ponto de Contato - Aplicação da Lição
É o momento de fazer um fechamento do assunto ou da história bíblica, destacando lições que se apliquem ao dia-a-dia e à faixa etária de seus alunos.
Também, você pode aproveitar para avaliar o que aprenderam fazendo perguntas aos seus alunos.
4. Atividades
É hora de usar a revista do Aluno, caso houver. O professor deve dar muita atenção ao aluno nesta fase. É neste momento que ele vai dar o retorno de tudo o que aprendeu e você, professor, poderá avaliar, também, seus procedimentos didáticos e, quem sabe, se for o caso, reestruturá-los.
5. Memorização do Texto
É o momento de os alunos memorizarem o texto áureo. Utilize um suporte visual para essa parte (cartaz ou gravuras).
6. Encerramento
É o último contato em sala e você deve proceder de tal forma que seu aluno perceba sempre uma porta aberta para ele voltar e, de preferência, trazendo visitantes.
Apresentam-se os visitantes e lembram-se dos aniversariantes.
Sempre encerre sua aula com uma oração, dê oportunidade para um aluno fazê-la.
Não se esqueça de despedir os alunos com sorriso e cordialidade, manifestando sincero desejo de revê-los na próxima aula!
Em tempo:
Utilize cartazes, recursos didáticos, exercícios variados, brincadeiras. Faça uso desses recursos e você verá como sua aula ficará movimentada e seus alunos muito mais motivados.

SALA E MATERIAIS PARA A EBD
A sala de uma escola bíblica destina-se à ministração do ensino, com recursos didáticos que motivem tanto o aluno quanto o professor. O ideal é que seja uma sala bem iluminada, ventilada e com pouco barulho externo. Adiante, sugestões de materiais e equipamentos para utilização nas salas de aula para classes de Escola Bíblica, considerando-se alunos na faixa etária de 5 a 12 anos. Obviamente, para faixas diferenciadas de idade, adapta-se a lista às características próprias da mesma, inserindo ou excluindo determinados materiais.
1 Mural Didático (afixado na altura que as crianças possam ver e tocar)
2 mesas retangulares ou redondas e cada mesa com 6 cadeiras, com medidas apropriadas para cada faixa etária
1 mesa e cadeira para o professor
1 flanelógrafo e cavalete
1 aparelho de som pequeno com toca-fitas e CD
1 estante para livros e revistas
1 armário de aço para depósito do material didático da classe
1 quadro grande de feltro ou cortiça para afixar o Plano de Freqüência e trabalhos (afixado na altura que as crianças possam ver e tocar)
1 pia com balcão para limpeza de materiais de artes
1 Álbum-seriado
1 quadro de pregas
1 quadro branco portátil
1 projetor de slides
1 tela de projeção
1 retro-projetor
1 videocassete
Lápis de cera
Tesouras (sem ponta)
Colas
Fitas adesivas
Mapas bíblicos
Globo-terrestre de mesa
Tintas guache
Cartolinas
Papel cartão
Papel crepom
Papel laminado
Papel celofane
Isopor 10 mm
Pincéis números 1, 2, 3, 4 e 5
Giz de cera
Pincéis Atômicos coloridos, para quadro branco
Livros, revistas e coleções infantis bíblicas

AUTO-AVALIAÇÃO NO ENSINO DA EBD
Que tal avaliar seu ministério de ensino?
Assinale sim ou não, para cada questão a seguir.
Após responder todas as perguntas, veja o resultado da avaliação, clicando no link respectivo, ao final do quadro.
ta
Sim
Não

Ama seus alunos, demonstrando por eles interesse e dedicação?


Prepara com antecedência a lição, concentrando-se no objetivo da mesma?


Tem uma vida cristã exemplar, de modo que você gostaria que seus alunos fossem como você?


Conhece seus alunos pelo nome?


Incentiva seus alunos a convidarem colegas para aula?


Tem procurado levar seus alunos a conhecerem Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador?


Lê livros, artigos e periódicos sobre pedagogia e educação cristã e outros que venham a enriquecer a aula?


Procura incentivar a aplicação prática dos ensinos bíblicos na vida de seus alunos?


Você procura responder a todas perguntas de seus alunos, motivando-os a refletirem sobre o que aprenderam?


Quando não está doente, não deixa de lecionar, é pontual na EBD, para dar exemplo e poder recepcionar os seus alunos?


Tem incentivado seus alunos para participarem nos trabalhos na igreja?


Você ora regularmente pelos alunos de sua classe?


Você utiliza recursos didáticos variados durante a lição (cartazes, dinâmicas de grupo, etc.)?


Faz análise do seu desempenho como professor, notando a reação dos alunos na classe e procurando corrigir falhas que você porventura tenha cometido?


Aceita sugestões de outros professores sobre aperfeiçoamentos no ensino, sem ressentir-se com eles?


Cuida de sua saúde espiritual, orando regularmente, lendo a Bíblia, buscando ser cheio do Espírito Santo, e servindo com amor ao Senhor?


Sabe controlar um aluno agitado, sem ofendê-lo ou gritar com ele?


Cuida de sua aparência física e higiene e da sua apresentação (vestimentas), para que em nada escandalize algum aluno ou demonstre relaxamento pessoal?


Visita seus alunos, ou procura conhecê-los pessoalmente?


Caso um dos alunos faltar por 2 aulas seguidas, lhe telefona para saber o motivo?


Tem procurado trabalhar em harmonia com os demais professores e dirigentes da Escola Dominical?


SOME AS RESPOSTAS



CURSO DE LIDERANÇAS PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
1.      EBD – VISÃO GERAL

2.      LIDERANÇA

3.      RELAÇÕES HUMANAS

4.      INOVAÇÕES E MÉTODOS

5.      MOTIVAÇÃO E TREINAMENTO

6.      PRINCÍPIOS DE TRABALHO EM EQUIPE

7.      DESAFIOS: COMO ENFRENTÁ-LOS E VENCÊ-LOS

8.      ORÇAMENTO E PRINCÍPIOS DE FINANÇAS

9.      ORGANIZAÇÃO, FUNÇÕES E CRONOGRAMAS DA EBD

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” 1 Coríntios 15.58

Nota do autor sobre os exercícios sugeridos:

Não elaborei um gabarito contendo as respostas dos exercícios deste curso - isto porque a idéia do mesmo é interatividade com os participantes - e a formação do consenso do grupo quando às conclusões dos exercícios. Entendo que assim o curso é mais participativo, e exige reflexão (além do aprendizado) do material.

MÓDULO 1 - ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL (EBD) – VISÃO GERAL

CONCEITOS PRELIMINARES:
A educação é o processo pelo qual uma pessoa se desenvolve nos seus conhecimentos.
·         Educação religiosa: ensino dado aos fiéis de qualquer religião (judaica, islâmica, etc.).
·         Educação cristã: ensino dado especificamente sobre base cristã.

EDUCAÇÃO CRISTÃ ORDENADA: A palavra ensinar é repetida mais de 200 vezes na Bíblia. Exemplos: Dt 4.1,5, 6.1. Especificamente, o ensino foi ordenado por Cristo em Mt 28.19-20.

ENSINO BÍBLICO ÁS CRIANÇAS: o ensino bíblico não deve ser ministrado somente a jovens e adultos. Há vários exemplos bíblicos da ênfase de ensinar a criança dentro da Palavra de Deus: Pv 22.6, Dt 6.7, Mt 19.13-14, 1 Tm 3.14-15.

BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ: Nos primeiros dois séculos da era cristã, a Igreja obedeceu a ordem de ensinar. Porém, do terceiro século em diante, a Igreja cresceu muito e a obra de educação cristã não acompanhou este crescimento. Milhares de pessoas foram batizadas sem instruções. Daí muitas práticas erradas entraram no cristianismo. Isto perdurou até o século XVI, quando os reformadores Lutero e Calvino reintroduziram o ensino bíblico ao povo. Na Alemanha, Lutero enfatizou que cada cristão tivesse a Bíblia em sua própria língua para poder ler as Escrituras por si mesmo. Traduziu a Bíblia latina para o alemão. Depois, escreveu dois catecismos (livros de instrução cristã): um para adultos e outro para crianças. Calvino fundou, em Genebra, uma Faculdade Evangélica de Teologia. No século XVII, Robert Raikes começou a levar as crianças a sua casa aos domingos, ensinando-as a ler e escrever tendo a Bíblia como texto. John Wesley gostou da idéia e ela espalhou-se em grande escala. Nascia assim a EBD.

EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA LOCAL: A educação cristã na Igreja de sua cidade não é só responsabilidade do Pastor. Outros oficiais locais têm esta responsabilidade, como o Líder de Menores, Líder de Novos Convertidos, etc.. Em quase todas as igrejas, há várias agências de ensino: Liga de Jovens, Liga do Lar (senhoras), Escola Bíblica Dominical (EBD), Classe de Novos Convertidos, Liga de Crianças, Classe de Casais, etc. O propósito de todos eles é prover a comunhão, ser agente de evangelização e proporcionar o ensino.

O Líder de Menores é o responsável pela supervisão da EBD. Todo nosso treinamento será dirigido para o exercício desta supervisão, como fazê-la, como preparar e motivar professores, como liderar formando novos líderes, enfim, nos próximos 12 meses estaremos preparando-nos para que a EBD seja um agente eficaz da educação cristã em nossa Igreja!

O QUE É A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL (EBD)?

É o método de ensino da Bíblia, semanalmente, visando levar o aluno a:
1)      aceitar Jesus como Único Senhor e Salvador
2)      crescer na fé e no conhecimento bíblico
3)      por em prática os ensinos bíblicos

O QUE A EBD NÃO É:
·         Um grupo de estudiosos e literatos da Bíblia
·         Uma forma de passar o tempo, no domingo pela manhã
·         Uma organização paralela á Igreja, com seus próprios objetivos
·         Um clube para piqueniques, passeios, esportes, etc.

DOIS GRUPOS DE PESSOAS IMPORTANTÍSSIMOS NA EBD:
1)      Alunos (o mais importante)
2)      Professores
Nós, os líderes da EBD, estamos a serviço destes dois grupos de pessoas!

DUAS BASES IMPRESCINDÍVEIS DA EBD:
1)      A Bíblia
2)      Um intenso amor pelas almas

SETE CONDIÇÕES PARA UMA EBD IDEAL:
1)      Líderes convictos que o ensino bíblico é útil (2 Tm 3.16-17)
2)      Apoio do Pastor/demais líderes da igreja
3)      Apoio da Congregação
4)      Professores treinados e motivados
5)      Local adequado para ensino
6)      Um programa de ensino bíblico, regularmente ministrado
7)      Priorizar o aluno

VISÃO DOS VERDADEIROS LÍDERES DA EBD:
1)      A Bíblia é a Palavra de Deus, viva e eficaz para mudar vidas
2)      Trabalhamos com pessoas (alunos e professores), elas são mais importantes do que os métodos, a disciplina, etc.
3)      Somos servos, chamados por Deus para servir através da EBD
4)      No domingo, estaremos presentes na EBD. Só faltaremos se estivermos doentes ou tivermos absoluta necessidade!
5)      Zelo e amor. Evitaremos assumir outros compromissos que atrapalhem este ministério. Dedicaremos tempo a este ministério
6)      Nosso exemplo é muito importante
7)      Qualquer mérito pelo serviço bem realizado é de CristoRECURSOS DA EBD:

1)      Professores motivados e bem treinados
2)      Um currículo bíblico
3)      Materiais adequados (mapas, quadros, apostilas, etc.)
4)      Uma biblioteca
5)      Salas de aulas para divisão das classes por faixas etárias

CLASSES DA EBD MODELAR:
Classe
Idade dos alunos
Número de alunos/professor
Rol do Berço
0 a 3 anos
5
Jardim da Infância
4 a 6 anos
8
Primário
7 a 9 anos
10
Juniores
10 a 12 anos
15
Adolescentes
13 a 15 anos
20
Jovens
16 a 21 anos
20
Adultos
Acima de 21 anos
25

AVALIAÇÃO DO NÚMERO DE PROFESSORES
A partir do quadro anterior, determinar a quantidade de professores mínima para uma EBD que tenha os seguintes alunos:
Idade dos alunos
Número de pessoas
Número professores
0 a 3 anos
6
2
4 a 6 anos
10
2
7 a 9 anos
8
1
10 a 12 anos
12
1
13 a 15 anos
7
1
16 a 21 anos
13
1
Acima de 21 anos
30
2
TOTAL
93
10

               EXERCÍCIO


Determine a quantidade de professores mínima para a seguinte EBD:
Idade dos alunos
Número de pessoas
Número professores
0 a 3 anos
5

4 a 6 anos
15

7 a 9 anos
20

10 a 12 anos
15

13 a 15 anos
20

16 a 21 anos
25

Acima de 21 anos
49

TOTAL
149

TESTE DA PRIORIDADE:

Classifique de acordo com esta escala: (5) Muito Importante (4) Importante (3) Mais ou Menos (2) Pouco Importante (1) Nada importante
A.(   ) Jogo de futebol, volei ou outro esporte qualquer
B.(   ) EBD
C.(   ) Louvor
D.(   ) Almas
E.(   ) Televisão
F.(   ) Leitura
G.(   ) Passeios e outros lazeres familiares
H.(   ) Artes, Teatros e atividades semelhantes
Some os pontos de A, E, G e H e anote aqui: .............................
Some os pontos de B, C, D e F e anote aqui: ..............................
Se a primeira soma for maior, igual ou muito próxima a segunda, você está com problemas de prioridades!

EXPECTATIVAS

1.      O que você espera deste Curso de Lideranças?
(  ) Aprender a ser um melhor líder
(  ) Organizar uma EBD na minha Igreja
(  ) Trabalhar melhor para o Senhor Jesus
(  ) Auxiliar as lideranças da Igreja
(  ) Compartilhar experiências com outros líderes
(  ) Outros. Escreva:
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2.      Qual será o impacto na sua vida e na dos outros, com este Curso?
(   ) Enfim, vou poder trabalhar para meu Mestre
(   ) Irei aprender e praticar, sendo uma bênção para outros
(   ) Vou aproveitar para relaxar na viagem, e descansar a mente
(   ) Conhecendo outras pessoas, poderei fazer novas amizades
(   ) A disciplina do estudo e dedicação poderá ajudar-me em outras áreas de minha vida
(   ) Se o meu Pastor confiou em mim, vou honrar esta confiança
(   ) Outros. Escreva:
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................
O IMPACTO DA EBD

A maioria de nós é fruto de professores dedicados que nos ensinaram anos através da EBD. Nossa futura geração de cristãos terá a força que ensinarmos hoje!

Leia parte do testemunho de Linda Frederick na revista "Evangelista de Crianças" APEC:

"Por anos trabalho com crianças da idade de primários, ensinando-lhes que Jesus Cristo morreu e ressuscitou por elas afim de conceder-lhes vida eterna. Mas meu ritmo frenético de trabalho levando e trazendo crianças de ônibus, tolerando-as durante a classe na Escola Dominical... francamente, por vezes me sinto cansada e questiono: "Será que vale a pena todo esse esforço?" .... Quando me sinto assim, procuro lembrar de Gálatas 6.9: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos...".
O verso me alenta também quando vejo as crianças se tornando adolescentes rebeldes... Ricardo foi um desses meninos que mais me cansou. ... Como poderia alcançar aquela criança? ... Neste dilema, minha mente só apontava um caminho: "Ame-o assim como é. Sem tentar mudá-lo. Ame-o." Tão logo comecei a seguir a direção do Espírito .... Naquele dia notei também que ele usava um  brinco em forma de punho cerrado na orelha e ... Por um ano inteiro ele não retribuiu meu interesse... Nos 3 anos seguintes, Ricardo fez muitos progressos....Mas quando chegava o momento de tomar uma decisão por Cristo, o menino hesitava... depois desapareceu...
Quando ele já tinha 12 anos, subitamente... reapareceu... quando ele tinha 13 anos, tive uma oportunidade de falar com ele a sós...mas ele se recusou a abaixar a cabeça e orar aceitando a Cristo. Com isso, fiquei também muito desanimada. Mas o verso de Gálatas falou alto mais uma vez em minha mente... Mais alguns meses depois o professor da Escola Dominical do Ricardo me contou que ele fizera sua decisão... Na quinta feira seguinte, ao abrir o jornal, havia uma manchete chocante sobre a morte de um menino. E esse menino era o Ricardo. Ele se afogara... Ricardo estava com Cristo... O que seria dele se tivesse deixado o cansaço e a irritação tomar conta de mim? Ao entrar na casa do funeral... olhei para seu rosto. Por todos os anos que o conheci, Ricardo nunca me comunicou paz ou felicidade. Mas ali, na morte, havia paz. Depois de enxugar as lágrimas, notei seu novo brinco. Em lugar do punho cerrado havia uma cruz. Uma cruz de ouro. Vi e me regozijei!"

"Alcançar esta geração para Jesus" é nosso lema, servos do Senhor! Não há caso perdido, o que há é nossa limitação, que sempre será superada pela ação do Espírito Santo (Zacarias 4.6). A EBD é o principal meio de ensino e um dos principais de evangelização (não foi feito uma estatística, mas creio que é maior o número de salvos veio da EBD!).

Somos chamados por Deus para esta tarefa. Você é um líder, e juntos, iremos desempenhar esta tarefa importantíssima. Vale a pena!

ENTUSIASMO: para enxergar o potencial dos alunos e professores da EBD
AMOR: para preencher nossa insuficiência e nos animar sempre
PERDÃO: para oferecer, quando nem sempre tudo dá certo
FÉ: para crer no poder do Espírito Santo, agindo através da EBD
HUMILDADE: para mudar e aprender, ouvir sugestões e partilhar desafios
MÓDULO 2 - LIDERANÇA

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas a um objetivo comum.
Líder é aquele que recebe tal responsabilidade, assumindo o compromisso de levar o grupo àquele objetivo.

Portanto, liderar exige conhecimentos, técnicas e aprendizado contínuo no trato de pessoas.

Não confunda administrar coisas com liderar pessoas!

Liderar não é administrar templos, finanças, organizações. Você pode ser um ótimo administrador das finanças da sua igreja, por exemplo, e não ter nenhuma liderança nesta área.

FOCOS DO LÍDER:

1.      PESSOAS: elas são o alvo da liderança. Não se lidera coisas, lidera-se pessoas!
2.      OBJETIVO: sem objetivo, o grupo se perde, o líder não sabe para onde liderar seu grupo. Um objetivo principal. Exemplo: EBD - objetivo: levar almas ao conhecimento de Jesus, através do ensino da Bíblia.

ESTILOS DE LIDERANÇA:

1.      Autocrática: decide tudo sozinho. Não dá espaço para novos líderes. Exigente. Foco nos "resultados" e não nas pessoas.
2.      Democrática: não decide nada, deixa tudo para que os liderados decidam. Foco nas pessoas e não no objetivo.
3.      Volúvel: vai de acordo com a "onda". Muda o objetivo de acordo com "as novidades".
4.      Detalhista: perde-se em detalhes e perfeccionismos. Preocupa-se mais com os métodos que o objetivo.
5.      Responsável: assume a responsabilidade da liderança, motivando o grupo a atingir o objetivo. Trabalha com foco nas pessoas sem perder de vista o objetivo.

TÉCNICAS DO BOM LÍDER:

1.      COMUNICAR: informar de maneira clara, direta e simples. Transmitir a visão da necessidade de conseguir o objetivo.
2.      DELEGAR: acionar os recursos dos seus liderados ("dons") na direção do objetivo. Fazer com que 1+1 seja igual a 3, e não 2. Organizar tarefas e funções. Formar equipes.
3.      INOVAR: aceitar mudanças e novas idéias. A única coisa que o bom líder não cede é quanto ao objetivo. No caso do líder cristão, não cede quanto á doutrina bíblica.
4.      MOTIVAR: incentivar novas lideranças. Elogiar. Estimular a participação dos liderados nos processos que levam ao objetivo final. Ser exemplo de conduta.
5.      PLANEJAR: ter uma visão de longo prazo, definindo prioridades. Treinar as lideranças. Adotar metodologias compatíveis com os objetivos.

               EXEMPLO DE LIDERANÇA: JESUS


Seu objetivo: salvar os homens do pecado, do mal e da morte.

Comunicou: sua mensagem de amor e nova vida, na linguagem do povo da época (parábolas). Pregou em aramaico (lingua corrente da Palestina).

Delegou: a missão de espalhar a mensagem de salvação a todo o mundo.

Inovou: rompeu com as arcaicas tradições religiosas da época. Ensinou ao ar livre,  concedeu perdão a prostitutas e cobradores de impostos, curou no sábado.

Motivou: enviou Seu Espírito para que seus discípulos saíssem das casas-esconderijos. Foi exemplo de conduta em todas as áreas humanas.

Planejou: deu ordens específicas ("amai-vos uns aos outros..." etc.) e escolheu 12 homens para a liderança, treinando-os durante 3 anos.

                                       A ESCALA DE VALORES DO LÍDER CRISTÃO

1)      CRISTO
2)      PESSOAS
3)      IGREJA
4)      EU

O objetivo é: "Servir a Cristo e Seu Reino, como embaixadores" (Mt 6.33, 2 Co 5.19-20)

A prioridade é: "Almas." (Mt 28.18-20)

O método é: "Missionário, através do Corpo de Cristo (a Igreja)" (Mt 16.18-19)

O menor servo é: "eu" (Mc 19.35, Lc 9.46-48)

AS 10 BEM AVENTURANÇAS DE UM LÍDER

1.      Bem aventurado o líder que não busca posições elevadas, mas que foi convocado ao serviço pela sua habilidade e disposição de servir.

2.      Bem aventurado o líder que sabe para onde está indo e como chegar lá.

3.      Bem aventurado o líder que não fica desencorajado e que não apresenta alegações para isto.

4.      Bem aventurado o líder que sabe liderar sem ser ditador. Os verdadeiros líderes são humildes.

5.      Bem aventurado o líder que busca o melhor para os seus liderados.

6.      Bem aventurado o líder que lidera conforme o bem da maioria e não segundo a gratificação pessoal de suas próprias idéias.

7.      Bem aventurado o líder que desenvolve líderes ao liderar.

8.      Bem aventurado o líder que marcha com o grupo, interpretando corretamente os sinais do caminho que conduzem ao sucesso.

9.      Bem aventurado o líder que tem a sua cabeça nas nuves, mas os seus pés na terra.

10.  Bem aventurado o líder que considera a liderança como uma oportunidade de servir.

Exercício: comente os itens designados a sua equipe:

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EXERCÍCIOS:

1. Reflita:
"Liderança é a capacidade de acionar e manter elevada a motivação das pessoas para o alcance dos objetivos propostos".

(  ) Concordo
(  ) Não concordo
Porquê? ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2. "Os líderes devem relacionar-se para que possam criar mais líderes".
Como fazer isto?
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

3.      Identifique o estilo de liderança nas situações seguintes:

(   ) "Existe uma crise. Vou mudar meus objetivos por ora, para obter maior apoio nesta situação."
(     ) "Não importa o que pensam. Nosso objetivo terá que ser alcançado."
(     ) "Está faltando muita coisa para nosso plano ser atingido. Vamos ter que rever cada passo, para ver onde erramos."
(     ) "Trabalhar com 12 pessoas, como fez Jesus, é o melhor método. Acho que vou implantar este sistema por aqui."
(      ) "Ainda há muito o que fazer. Precisamos cultivar a motivação na equipe para alcançarmos o objetivo."

4. Análise histórica:

Analise a história de um líder e redija 30 linhas demonstrando que o mesmo foi/ou não foi bem sucedido e porque do sucesso/fracasso de sua liderança.

Sugestões: Martin Luter King, Madre Teresa de Calcutá, Fernando Collor de Melo, Rainha Vitória, Getúlio Vargas, etc.

LIDERANÇA - UM DESAFIO AO SERVIÇO
A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída. Deve ser conquistada. O líder tem que inspirar a confiança e merecer o respeito de seus liderados.

PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

1)      Os líderes tocam o coração antes de pedir ajuda:
Você não pode estimular as pessoas à ação a menos que primeiro as estimule com a emoção. O coração em primeiro lugar, depois e cabeça. Quanto mais fortes a relação e a ligação entre as pessoas, maior será a probabilidade do consenso e da união. Mesmo num grupo você precisa se relacionar com cada pessoa individualmente. As pessoas não se preocupam com o quanto você sabe até que saibam o quanto você se preocupa com elas. Para liderar a si mesmo use a cabeça; para liderar os outros, use o coração.
2)      O potencial de um líder é determinado pelas pessoas mais próximas dele:
Se as pessoas são fortes, o líder pode realizar grandes coisas. Se são fracas, nada feito. Essa é a lei do círculo íntimo. Quando você forma a equipe certa, o potencial dispara. Não existem líderes do tipo "Aventureiro Solitário". Se você está só, não está liderando ninguém. O líder encontra grandeza no grupo, e ajuda os membros a encontrá-la em si mesmos. Pense em qualquer líder altamente eficaz, e achará alguém que se cercou de um forte círculo íntimo.
3)      Não existe sucesso do dia para a noite. Liderança é aprendizado:
É a sua capacidade de desenvolver e lapidar as suas habilidades que distingue os líderes dos seus seguidores. O segredo do nosso sucesso está nos compromissos diários. Líderes são aprendizes.
Liderança é como investimento; rende juros, mas exige: respeito, experiência, força emocional, habilidade com pessoas, disciplina, visão, ímpeto e senso de oportunidade.
4) A verdadeira medida da Liderança é a influência - nada mais, nada menos:A emergência de um Líder - "Você alcançou excelência como Líder quando as pessoas o seguem aonde você for, mesmo que por mera curiosidade." A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída.
5) Qualquer um pode pilotar o barco, mas só um Líder sabe traçar o percurso:As pessoas precisam de líderes capazes de navegar eficientemente. Os navegadores vislumbram a viagem com antecedência. " O líder é aquele que vê mais do que os outros, que vê mais longe do que os outros, que vê antes dos outros". Leroy Eims
6) Quando o verdadeiro líder fala, as pessoas ouvem:
Os olhos revelam (em uma reunião):
1. Quando alguém faz uma pergunta, para quem olham as pessoas?
2. Quem elas esperam ouvir?
O verdadeiro teste de liderança não é o ponto de partida, mas o ponto de chegada.
èSete aspectos fundamentais na vida dos líderes que os fazem se destacar:
Caráter, Relações, Conhecimento, Intuição, Experiência, Êxitos passados e Capacidade.
7) Só líderes seguros delegam poder aos outros:
Existem líderes que tem o hábito horrível de se livrar dos líderes fortes. O melhor líder é aquele que tem percepção suficiente para escolher homens competentes que façam o que ele quer que se faça, e autodomínio suficiente para não se intrometer no trabalho deles. O modelo de liderança de delegação do poder, no qual todas as pessoas recebem funções de liderança, se opõe ao poder da posição. A capacidade que as pessoas tem de realizar é determinada pela capacidade que tem o seu líder de delegar poder. O líder sabe exaltar os pontos positivos de seus liderados, bem como identificar os pontos críticos e lidar com eles, advertindo, aconselhando e discutindo as soluções.
8) Credibilidade: A intuição aponta caminhos que não são tão óbvios nem tão facilmente explicáveis. Experiência não garante credibilidade, mas encoraja as pessoas a lhe dar uma chance de provar que você é capaz. A atuação das duas é ponto forte para a credibilidade do líder.

LIDERANÇA - BARREIRAS E ERROS

Barreiras à delegação do poder

1.      Desejo de segurança e "status" - O único líder verdadeiro é aquele que se reproduz!
2.      Resistência à mudança.
3.      Falta de auto-estima.
4.      Só os líderes seguros são capazes de doar.
5.      As melhores coisas acontecem somente quando você dá a fama aos outros.

PRINCÍPIOS DOS LÍDERES MEDÍOCRES:

1) Têm que estar sempre certos:
Eles precisam sempre ganhar as discussões, forçar as pessoas a concordarem com elas e fazer tudo do seu jeito. Seu ego nunca permite que eles aceitem que estão errados ou que cometeram um erro. Isso acaba destruindo qualquer possibilidade de criatividade ou inovação dentro da equipe.
2) Perdem a calma por qualquer coisa: A maioria dos chefes medíocres usará sua raiva e temperamento explosivo para controlar ou intimidar os outros.
3) Externam seus problemas jogando a culpa nos outros: Ao fazer isso, ao invés de ajudar a resolver o problema e evitar que ele ocorra novamente, só conseguem aumentar os ressentimentos e a desmotivação dentro da equipe.
4) Têm pouca tolerância e nenhuma paciência: Tendem a desrespeitar e diminuir sua equipe, tornando bastante desagradável o ambiente de atividades, matando a paixão e a energia de todos.
5) Têm sérios problemas para controlar-se: A maioria dos líderes medíocres têm que estar permanentemente no controle. Sentem-se perdidos ou desconfortáveis quando algum outro está no comando. Acreditam que têm todas as respostas, e acham que sempre devem ter a resposta certa.
6) Têm medo de delegar: rodeiam-se de pessoas parecidas com eles na forma de pensar, acreditar, comportar e mesmo de vestir. Depois tratam essas pessoas como se fossem escravos sem cérebro, que existem apenas para seguir suas ordens e produzir os resultados adequados. Obviamente, isso acaba matando a liberdade de expressão, a diversidade e qualquer possibilidade de mudança!
7) Não têm um propósito maior na vida: A maioria dos líderes medíocres se preocupam mais com as estatísticas do que as pessoas. Cobram sem parar, e perturbam o ambiente, ao invés de estimular as pessoas.
8) Não têm a habilidade de reconhecer sinceramente: Não conhecem as pessoas pelo que elas são - somente pelo que produzem. Ao serem questionados sobre o assunto, já que existem benefícios comprovados em cuidar do lado humano da equipe, os medíocres sentem-se altamente desconfortáveis, pois se são incompetentes em lidar com suas próprias emoções, imagine então com a dos outros.
9) Têm baixíssima inteligência emocional: Enquanto muitos medíocres tem níveis altos de inteligência e treinamento, com formação em Universidades famosas e muito conhecimento técnico, tendem também à pobreza nas qualidades pessoais, de personalidade e caráter fundamentais para liderar e inspirar uma equipe. Este defeito acaba provocando reflexos em outras áreas, como por exemplo, constantes mudanças nos trabalhos e planos.
10) Não têm autenticidade e honestidade: acha que pode enganar o público com pequenas mentiras, meias verdades e falsas promessas, esquecendo-se que com estes 'pequenos detalhes' na verdade estão cavando sua própria ruína.

As pessoas podem até esquecer-se de algo que você tenha feito ou dito - mas nunca se esquecerão de quem você é, como é e como as tratou. O mundo é pequeno - trate-as bem!

MÓDULO 3 - RELAÇÕES HUMANAS

·    O que é “relações humanas”?
E a arte do relacionamento humano, que surge quando dois indivíduos se encontram. Quando Deus criou Eva, para ser companheira de Adão, teve inicio o convívio entre os dois, e em consequência, o amor, a ira, o engano, etc.
·    Para que estudar relações humanas?
A fim de evitar que haja entraves ao progresso de nossas atividades, da igreja, enfim, para vivermos uma vida mais próxima do mandamento do Senhor (Jo 15.12)

Há dois tipos de relações humanas:
1.  Comunicação interpessoal: é o relacionamento entre pessoas, caracterizada através dos  eventos ou acontecimentos que se verificam no lar, na escola, na empresa, na igreja, etc
2.  Comunicação intrapessoal: é a comunicação que mantemos conosco mesmo. E o diálogo interior. Exemplos: Salmo 116.11-14, Lucas 15.17-19.

Neste curso, estaremos preocupados em analisar e desenvolver nossa comunicação interpessoal. Veja alguns relacionamentos cujo aprendizado poderemos desenvolver:

Marido e Mulher
Evangelizador e Evangelizado
Os integrantes do lar
Professor e alunos da Escola Dominical
Pastor e membros de nossa igreja

Exercícios:
·    Escreva dois relacionamentos importantes para você:
..................................................................................................................................................................
·    Escreva dois tipos de conflitos que podem ocorrer entre as pessoas;
..................................................................................................................................................................
·    Marque com x os tipos de atitudes que você entende ser corretos:
(  ) “Cada um deve ter suas próprias preocupações, já basta as minhas”
(  ) “Sou professor da Escola Dominical. Será que estou ensinando adequadamente?”
(  ) “Isto é um problema que os lideres da igreja devem resolver”
(  ) “Não tenho dinheiro. Mas como poderei auxiliar este amigo neste problema?”
(  ) “Que bom, já tenho a salvação Posso ficar tranquilo, não preciso fazer mais nada”
(  ) “Vou estudar relações humanas. Certamente melhorarei alguma coisa”
(  ) “Dou meu dizimo e tenho as bênçãos de Deus. Que mais eu quero?”
(  ) João prejudicou Maria. Retornou duas semanas após e disse que “tudo não passou de uma
brincadeira”
(  ) O regente do coral adverte em público um coralista desafinado
(  ) Antônio escuta calado as reclamações de sua esposa. Logo após, ajoelha-se para orar em seu
quarto
(  )   Todo mundo critica certa pessoa. Você então julga então que é melhor que ela

EMPATIA E ESTILO DE COMUNICAÇÃO

A seguir, as conclusões que chegou um grupo de psicólogos, que pesquisou acuradamente num treinamento de Relações Humanas:

1.  Grande parte do nosso trabalho é feito por meio do contato com os outros, quer como indivíduos, quer como grupo.
2.  A eficiência em lidar com outras pessoas, é muitas vezes prejudicada pela falta de habilidade, de compreensão e de trato interpessoal.
3.  As pessoas que tem mais habilidade em compreender os outros e traquejo interpessoal são mais eficazes no relacionamento humano
4.  A experiência tem comprovado que as pessoas podem aprender e aperfeiçoar a sua habilidade em compreender os outros e a si próprias, adquirindo traquejo nas relações interpessoais.

As vezes nós não compreendemos por que temos certos tipos de comportamentos ou atitudes Não tentamos verificar que isso pode acontecer, por que temos dentro de nós conflitos que não conseguimos resolver. Esses conflitos íntimos impedem nossa maneira eficiente de agir. Exemplo: o marido ‘briga” com a esposa, porque o patrão “briga” com ele.
Se as pessoas descobrem como agem, por que agem e tentam descobrir maneiras para compensar tais comportamentos, isso as ajudará a agir com mais eficiência no relacionamento interpessoal e na compreensão intrapessoal.
A compreensão dos outros (um dos aspectos mais importantes nas Relações Humanas) é a aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem. sem portanto, envolver-se com tais sentimentos. Esta aptidão denomina-se empatia.
Jesus, o Mestre, foi o exemplo de empatia. Ele ouvia e compreendia (Jo 8.4-11), não julgou (Jo 9.3), aceitou (Lc 15.1-2), interessou-se (Mc 6.38-42), ensinou o perdão (Mt 18.2l-22), etc. Seu padrão: o amor!

Exercícios:
·    Ache e comente duas passagens em sua bíblia que demonstram que Jesus era um mestre em relações humanas.
1.   ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2.   ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. ......................................................................................................................................................
·    Em seu grupo, diversas pessoas têm opiniões diferentes da sua. Os assuntos mais polêmicos costumam ser as preferências religiosas e políticas. Descubra duas pessoas que votaram em dois candidatos diferentes dos seus nas últimas eleições presidenciais e descubra o porquê tais pessoas escolheram aquele candidato (você só vai escutar e entender, sem querer comprovar que seu candidato foi ou era o melhor!)

ESTILO DE COMUNICAÇÃO

O  obreiro cristão, o professor, o líder, deve ter muito cuidado com seu estilo de comunicação, caso contrário, seu estilo pode ser o responsável pelo desinteresse do grupo com o qual você trabalha, podendo ate, afastá-lo do mesmo.

“Estilo de comunicação” nada mais é do que o conjunto das qualidades de expressão. características de um emissor em comunicação.

Exemplos:  “estilo autoritário”, aquele que dá ordens, sem se preocupar com os sentimentos ou opiniões dos outros; estilo “zombador”, só quer rebaixar o que os outros pensam, etc.

Sete qualidades de um bom estilo de comunicação:

1. DIRETO: procura falar frases simples, indo direto ao assunto (não fica “enrolando”).
2. DESEMBARAÇADO: é “leve”, sem palavras “difíceis” ou “gírias”.
3.  EQUILIBRADO: procura ouvir tanto quanto falar e não interrompe a conversa dos outros.
4. ADEQUADO: procura não agredir os sentimentos ou opiniões divergentes.
5. CALMO: ritmo de voz pausado e volume médio.
6  RECEPTIVO: aceita objeções, procurando descobrir quais os motivos para tais.
7. POSITIVO: expressa algo que beneficia o receptor da mensagem (ouvinte), elogia.

EXERCÍCIO

Alberto, um líder cristão, deseja mudar a escola dominical de sua igreja. Marque com C as alternativas que você acha corretas para que ele atinja seu objetivo:

(   ) “Vou criticar todo o sistema atual”
(   )  “Vou copiar as idéias que li naquele livro sobre planejamento de EBD
(   ) “É melhor desistir, já que ninguém se interessa mesmo”
(   ) “Se alguém for contra, não vou mais apoiá-lo em outras questões na igreja”
(  ) “Vou falar sobre outros assuntos, e no final da reunião, faço um rápido comentário. Ai todo mundo estará com pressa para sair e vão aprovar rapidamente as mudanças”
(   ) “Elaborarei um plano, por escrito. Depois, aperfeiçoarei o mesmo, com as sugestões do pastor e dos professores da ED. Dai então farei uma exposição na reunião de lideres”
(  ) “Acho que o atual sistema está bom, mas poderá ser melhorado com a inclusão de um novo currículo de escola dominical”
(  ) “Vou expor minha idéia em termos técnicos e bonitos. Vou usar palavras como “metodologia de crescimento”. “modernidade na escola dominical”, etc. Todos vão achar que eu sei muito e aprovarão minhas idéias”

RELAÇÕES HUMANAS -  CONCLUSÃO SOBRE OS EXERCÍCIOS

Nos exercícios anteriores, verificamos algumas ações de relacionamentos com pessoas, uns benéficos e outros maléficos:

AÇÕES NEGATIVAS:

COMODISMO: torna tudo “morno” e sem sal
JULGAMENTO:       destrói imediatamente qualquer relacionamento
IRRITAÇAO:           transfere a carga de algo errado para outra pessoa
LEVIANDADE: desconsidera que os outros tem sentimentos e preocupações
MENTIRA: acaba com a confiança entre duas pessoas
CRÍTICAS: forma uma “muralha da China” nos relacionamentos

AÇOES POSITIVAS:

ACEITAÇAO: compreende que as pessoas são falhas e precisam de ajuda
OUVIR:  permite entender os sentimentos dos outros
PACIÊNCIA:            permite suportar-nos uns aos outros
ELOGIAR: auxilia nos laços de simpatia mútua
INTERESSAR-SE: mostra a outra pessoa que ela pode “contar conosco
SORRIR:       o exercício mais relaxante e simpático que Deus criou

Vamos analisar porque todos nós temos a ganhar com a melhoria de nossos relacionamentos e diversas formas de fazê-lo.


Reflexões:

1.   “Antes de criticar alguém, pesquise porque a pessoa agiu/age daquela forma”
2.  “Entender porque as pessoas agem de determinada forma não é concordar com suas atitudes”
3.  “A missão do cristão não é julgar, mas testemunhar. Por isso, nosso relacionamento com outras pessoas é de paz, mansidão e amor, e não de juízo.”
4.   “Relacionar-se com outros custa nosso tempo e paciência. Mas vale a pena, porque nós nos tornamos mais úteis ao nossos semelhantes.”

REDE DE RELACIONAMENTOS

Uma rede de relacionamentos é mais do que uma “relação de amigos”. Trata-se de uma teia de pessoas, ligadas entre si pelas mais diferentes formas de relacionamento (coleguismo, amizade, profissionalismo, lazer, parentesco, vizinhança, etc).

è Cada vez que se amplia nossa rede de relacionamentos, mais oportunidades teremos de realizar-nos como pessoas humanas, de sermos úteis, de termos satisfação e alegria. Por exemplo: numa viagem para o Rio de Janeiro, se você conhece pessoas naquela cidade, poderá obter boas “dicas” dos pontos turísticos, desfrutando assim muito melhor sua viagem. Outro exemplo: você gostaria de formar um grupo de solidariedade cristã, visando evangelizar as crianças carentes. Ao invés de correr para os “políticos”, você poderá solicitar auxilio financeiro e apoio nas pessoas que você conhece!

è Como aumentar nossa rede de relacionamentos?
1.   Converse com estranhos, ou pessoas que nunca conversou antes. Os mais acessíveis a estes novos contatos são os adolescentes e os idosos.
2.   Lembre-se de pessoas que há. muito tempo você não conversa. Mande uma carta, telefone, ou vá pessoalmente.
3.   Combine algum tipo de atividade com seus colegas de estudo ou profissão, tipo: assistir um filme juntos, “churrascada”, etc.
4.   Tenha uma agenda e anote todos os nomes de seus conhecidos, seus endereços e telefones. Guarde os cartões de visita que receber e procure visitá-los periodicamente.
5.   Quando for a algum seminário, curso ou viagem, procure conhecer novas pessoas, anotando o nome, telefone e endereço.
6.   Aproxime-se dos visitantes da igreja. Se possível, anote seus nomes, endereços e telefones.

Uma boa rede de relacionamentos poderá. facilitar em muito as seguintes atividades:

1.   Arrumar um novo emprego
2.   Referências pessoais para algum negócio
3.   Evangelismo pessoal
4.   Conhecer novas pessoas
5.   Obter muitas informações como: concursos públicos, impostos, questões trabalhistas e previdenciárias, dúvidas sobre leis, orientações sobre financiamentos, etc.

Quem tem muitos relacionamentos, tende a ter mais facilidades em desenvolver suas atividades. Por exemplo: um estudante poderá ter suas pesquisas escolares ampliadas se tiver entre seus bons relacionamentos, alguém que tenha uma biblioteca, etc.

Exercício:
José é um rapaz que anda muito isolado e triste. Escreva como você poderá. ajudá-lo, baseado no que você aprendeu neste curso:

RELACIONAMENTOS

è COMO MELHORAR NOSSOS RELACIONAMENTOS

1. Cumprimente as pessoas. Nada há tão agradável e animado, quanto uma palavra de saudação. particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”
2. Sorria para as pessoas. Acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.
3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir seu próprio nome.
4. Seja amigo prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.
5. Seja cordial. Fale e haja com toda sinceridade.
6. Interesse-se sinceramente pelos outros.
7. Seja generoso ao elogiar, cauteloso ao criticar. Os lideres elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros.
8. Considere os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia:. o seu, o da outra pessoa, e o lado de quem está certo.
9. Ouça, aprenda e saiba reconhecer o valor dos outros.
10. Preste favores, sem esperar nada em troca.
11. Ao dizer “não”, o faça com delicadeza,
12. Nunca devolva um ataque verbal. Nessas horas, é melhor ficar calado do que dizer bobagens e alterar os ânimos. Veja Pv 10.18-20, 15.1
13. Não se meta onde não é chamado: 2 Ts 3.11
14. Jamais passe comentários negativos.

EXERCÍCIO:

·   Você recebe uma promoção em seu emprego. Mas seu colega de trabalho, mais antigo do que você na função, não recebe promoção. A partir de então, seu relacionamento com este colega torna-se “frio”, sua conversa com ele ocorre somente no contexto do trabalho, e a antiga cordialidade entre vocês desapareceu. Defina uma estratégia para recuperar este relacionamento: ........
MÓDULO 4 - A INOVAÇÃO NA EBD

O QUE É INOVAÇÃO?

É o ato de inovar, introduzir novidades, produzir algo novo, encontrar novo processo, renovar.

Lembre-se: a única coisa que não muda é a Palavra de Deus! (Lc 21.33 e Hb 13.8).

PERIGO!

Um dos maiores perigos da EBD é a rotina. Muitos cristãos julgam "frieza espiritual" quando os alunos mostram-se desinteressados, especialmente os adolescentes. Mas o que tem sido feito para inovar na EBD?

OBJETIVOS DA INOVAÇÃO NA EBD:

è Explorar participação dos alunos
è Valorizar novas idéias
è Atrair novas pessoas
è Aumentar a qualidade de ensino
è Aumentar a absorção do conteúdo das lições pelos alunos

MÉTODOS PARA OBTER IDÉIAS INOVADORAS

1)      "Explosão de Idéias"
2)      Visitas a outras EBD ou igrejas, escolas, etc.
3)      Leitura de livros sobre ensino, EBD, educação, dinâmica de grupos, etc.
4)      Caixa de sugestões
5)      Consultas ao Conselho da Igreja e demais obreiros

EXEMPLOS DE ATIVIDADES INOVADORAS (são só exemplos, esta lista não esgota as sugestões de inovar):

1)      "Trocar os professores" uma vez a cada trimestre, entre as classes.
2)      Fazer a aula ao ar livre, embaixo de uma árvore.
3)      Convidar um aluno para dar a aula.
4)      Convidar 2 alunos de outra classe para assistir a aula e dar suas opiniões.
5)      Ensinar "em silêncio".
6)      Usar uma bíblia com linguagem moderna (Bíblia Viva, por exemplo).
7)      Ler o texto bíblico comparando com várias traduções.
8)      Convidar um professor de outra EBD/Igreja para dar uma aula especial.
9)      Eleger o "aluno destaque" da EBD, a cada mês.
10)  Representação do tema da lição, pelos próprios alunos.

AVALIAÇÃO RÁPIDA DO NÍVEL INOVADOR DE SUA EQUIPE EBD

1)      Quantas inovações houve em sua EBD nos últimos 6 meses?
a) (     ) Zero
b) (    ) Uma ou Duas
c)  (    ) Três ou mais

2)      Qual foi a última vez que alguém sugeriu algo novo para a EBD?
a) (     ) Não me lembro!
b) (    ) Faz mais de 2 meses
c)  (    ) Há menos de 2 meses

3)      Qual foi a última vez que houve uma atividade de integração (visita) com outra EBD/Igreja?
a) (     ) Não me lembro!
b) (    ) Faz mais de 6 meses
c)  (    ) Há menos de 6 meses

4)      Qual foi a data do último treinamento ou reciclagem para professores da EBD?
a) (     ) Não me lembro!
b) (    ) Faz mais de 6 meses
c)  (    ) Há menos de 6 meses

5)      Quantas matrículas novas sua EBD registrou nos últimos 6 meses?
a) (     ) 0 a 3
b) (    ) 4 a 9
c)  (    ) Acima de 9

6)      Quantos alunos abandonaram a EBD nos últimos 6 meses?
a) (     ) Acima de 8
b) (    ) 4 a 7
c)  (    ) 0 a 3

Avaliação:
Cada resposta a) = zero pontos
Cada resposta b) = 1 ponto
Cada resposta c) = 2 pontos

Soma da avaliação =    ............................

RESULTADO:

è De 0 a 5 pontos: CUIDADO! Sua EBD precisa, urgentemente, de inovações e um programa de reativação!
è De 6 a 8 pontos: Sua EBD tem algum aspecto inovador, porém há necessidade de implementar uma dinâmica maior de renovação.
è De 9 a 12 pontos: PARABÉNS! Você está numa EBD inovadora. Procure mantê-la assim, vale a pena todo o esforço!

a) Formule pelo menos 10 sugestões (“explosão de idéias”), para obter novos alunos na EBD.
b) "A inovação é um processo contínuo de criatividade e renovação". Comente:
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c) "A EBD segue os padrões consagrados. Não precisamos de mudanças. Tudo está bem." Analise este pensamento e faça suas considerações.

MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DA EBD

Utilizar métodos significa usar um conjunto de meios (procedimentos) para alcançar um fim (objetivo).

A inovação não implica em abandono dos métodos e formas de administrar a EBD. Os métodos aqui expostos são genéricos e devem ser adaptados ás circunstâncias locais e aos costumes de cada EBD. Recomenda-se a adoção dos seguintes métodos de administração da EBD:

1)      PLANEJAMENTO DE AULAS
A dispersão do ensino é a pior coisa para a qualidade do mesmo. É necessário organizar o programa (currículo) a ser ensinado.
Antes do início de cada trimestre, os professores e o coordenador da EBD devem se reunir e definir o planejamento de aulas e atividades. Por exemplo: em algumas igrejas, toda última EBD do trimestre é dedicada à consagração e apelo para conversão.

Os seguintes assuntos devem ser incluídos no planejamento das aulas:
1.1 Ensino da oração (pelo menos 2 aulas por trimestre): a prática e a disciplina da oração são vitais a qualquer cristão. Desprezar seu ensino é criar dementes espirituais.
1.2 Prática cristã (santidade e obediência): os ensinos bíblicos são práticos, em relação à finanças, sexualidade, família, autoridades, etc. Pelo menos 1 lição a cada mês, devem ser tratados assuntos atuais, relacionados á vivência do dia-a-dia do aluno.
1.3 Enfoque na defesa da fé cristã (razão das doutrinas e crenças): muitos alunos têm sido perdidos porque, ao entrarem na universidade, se deparam com ateus e agnósticos, que zombam da fé. Se não houver um adequado ensino, estaremos preparando "acéfalos mentais da fé". A fé é maior que a razão, porém a razão não nega a fé!
1.4 História bíblica: variação de ensino entre Velho Testamento e Novo Testamento. Mostrar o contexto (as condições e costumes da época) e como se relaciona esta "antiga" história a nós, cristãos do século XXI.

Algumas igrejas utilizam uma "cartilha trimestral". Antes de adotá-la, verifique a qualidade e a consistência com os parâmetros acima indicados.

2)      TREINAMENTO E MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES:
De nada adianta um bom planejamento ou uma ótima "cartilha trimestral", se os professores não estiverem motivados e treinados! Trataremos deste assunto, mais especificamente e com detalhes, nas próximas aulas.

3)      INOVAÇÕES:
Novamente, este assunto aqui? É que a inovação é um método também. Especialmente na EBD, onde as estruturas arraigadas durante anos fizeram com que muitos tiveram ojerizas ás novidades, nós precisamos enfatizar que a inovação é uma necessidade, um método dinâmico para obter uma EBD (lembre-se: Jesus inovou, ao ensinar ao ar livre, fora das sinagogas, usando parábolas, etc.).

4) ESTRATÉGIAS DE ACORDO COM O CONTEXTO (SITUAÇÃO):
Obtêm-se bons métodos de trabalho na EBD com a adoção de estratégias de acordo com o contextos onde está situada (problemas sociais, questões públicas, econômicas, etc.). Exemplos: se a maioria dos alunos é analfabeta, seria bom criar uma classe especial de pré-alfabetização; se no bairro não há opções de lazer, criar uma EBD com alternativas de recreação, etc.

EXERCÍCIOS
a) Planejar as aulas da EBD no trimestre:
Datas:
Texto – Chave
Ênfase
01.04.2001 ("Dia da mentira")


08.04.2001


15.04.2001 (Páscoa)


22.04.2001 (Descobrimento)


29.04.2001


06.05.2001


13.05.2001 (Dia das Mães)


20.05.2001


27.05.2001


03.06.2001


10.06.2001


17.06.2001


24.06.2001 ("São João")



b) Uma EBD está situada em uma região onde existem as seguintes características:
1.      A maioria dos alunos é de famílias de baixa renda
2.      Existem gangues que recrutam crianças e adolescentes para suas atividades

Quais as estratégias que você julga adequado para esta EBD?
(   ) Doar brinquedos ás crianças carentes
(   ) Fazer a EBD somente de 2 em 2 semanas, para economizar luz e água
(   ) Propiciar atividades extras, de modo a permitir uma alternativa á delinquência
(   ) Incentivar a participação e frequência na EBD, com prêmios e reconhecimento público dos méritos
(   ) Criar um programa de renda alternativa para os jovens e adolescentes (artesanato, etc.)
(   ) Outros.....escreva:
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................

c) Avaliação de Métodos na sua EBD:
1. Sua EBD tem um planejamento trimestral de aulas?
(   )  Sim       (    ) Não
2. Existe um programa de motivação para os professores?
(   )  Sim       (    ) Não

d) Defina o contexto da sua EBD:
...................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................

e) Agora, com base no contexto acima, tente traçar uma estratégia para atingir os objetivos da sua EBD: ................................

PASSOS PARA O PLANEJAMENTO

Planejar não é só colocar as coisas no papel e sair distribuindo funções e cargos. É muito mais que isto!
O grande erro de planejamento é a "teorização": ter uma teoria sobre o assunto e querer implementar, na prática, aquela teoria, nem sempre verdadeira...
Como planejar?

1)      Lembre-se que o planejamento é dinâmico, ou seja, pode ser maleável. Mas é importante adotar uma estratégia, ou no máximo duas. Não adianta tentar de tudo, isto só gasta energia.
2)      Não pense que você terá todas as respostas para tudo. A liderança da EBD deve ter conselheiros (sugestões: o pastor, outros líderes locais, professores aposentados, etc.).
3)      Planejar exige humildade para reconhecer erros, disposição para mudar e mente aberta para aprender.
4)      O melhor planejamento é o mais simples. Nada de "2 páginas cheias de planos". Melhor 2 parágrafos que possam ser praticados!

EXEMPLO DE PLANEJAMENTO ANUAL DA EBD
(Este é apenas um exemplo. Não o copie. Utilize seu próprio planejamento!)

PERÍODO ou DATAS
ATIVIDADES
05.01.2001
Reunião Trimestral dos Professores
MARÇO/2001
Curso de reciclagem dos Professores
ABRIL/2001
Visita a outra EBD
05.04.2001
Reunião Trimestral dos Professores
ABRIL e MAIO/2001
Gincana Bíblica
JUNHO/2001
Campanha "Adote um livro"
05.07.2001
Reunião Trimestral dos Professores
JULHO/2001
Retiro dos professores
AGOSTO/2001
Semana da Leitura - Livro de Neemias
SETEMBRO/2001
Campanha de Recursos para a EBD
05.10.2001
Reunião Trimestral dos Professores
OUTUBRO/2001
Dia Especial para os professores
NOVEMBRO/2001
Planejamento para 2.002
18.11.2001
Eleição dos Alunos Destaques
DEZEMBRO/2001
Atividades de Natal e Encerramento
08.12.2001
Jantar de Confraternização dos Professores

Notas do Planejamento:
1) As datas definitivas serão definidas de acordo com o cronograma na reunião trimestral dos professores em 05.01.2001.
2) Colocar este Planejamento no Mural da Igreja
3) O presente Planejamento está sujeito á aprovação do pastor, para evitar conflitos de datas e eventos com a Igreja.


PLANEJAMENTO ESPECÍFICO DE ATIVIDADES OU EVENTOS

Para cada evento citado, haverá um planejamento específico. Por exemplo:

CURSO DE RECICLAGEM DE PROFESSORES:

Local: Auditório da APEC
Data: a definir na reunião trimestral dos professores em 05.01.2001
Horário: das 8 ás 18 horas, com intervalo de almoço (12 h) e cafezinhos
Ministrante: Professor Laércio, da APEC
Teor da reciclagem:
1)      Como ler mais rápido e absorver maior conteúdo
2)      Dicção e oratória: técnicas
3)      O aluno do século XXI: abordagem de novos conceitos e "globalização"
4)      Motivação ministerial para o ensino
Carta-Ofício para a APEC: já foi expedida em 04.12.2000.
Observações: confirmado, por telefone, com o Professor Laércio, sobre a reciclagem. O mesmo estará com agenda disponível. Confirmar data definitiva até 10.01.2001.

Orçamento:

Descrição das Despesas
Custo Estimado R$
Aluguel do auditório
50,00
Lanches/refrigerantes/guardanapos
20,00
Reembolsos de passes de ônibus
18,00
Custo do almoço R$ 5,00 por professor x 9 professores + Ministrante
50,00
TOTAL PREVISTO
138,00

Dicas:
1.      Compre um caderno. Use 1 folha para planejar cada assunto da EBD
2.      Não desanime. Se as primeiras vezes sair tudo errado, isto é normal. Ninguém nasce sabendo. Um bom planejamento envolve experiência e boa coordenação da sua equipe.
3.      Vale a pena planejar. A desorganização só leva ao nada (leia Jeremias 48.10).

Exercício:

Você tem que organizar um encontro anual de professores da EBD. Faça o Planejamento completo:
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MÓDULO 5 - COMO CRIAR E MANTER MOTIVAÇÃO

MOTIVAR = animar, incentivar, estimular. MOT (de motor), dá idéia de “colocar motor” para que as coisas “andem”.

Uma das mais importantes tarefas do líder é proporcionar motivação. Certamente chegarão os dias em que as dificuldades, os problemas pessoais, as críticas, etc. farão com que percamos o "pique".

A chave do sucesso da liderança é motivar, levando os professores e alunos a serem ganhadores de almas, fiéis aos princípios divinos.

Nossa visão: as almas
Nossa base: a Bíblia
Nosso método: o ensino
Nossa paixão: Jesus
Nosso alvo: a edificação e crescimento da Igreja de Cristo

O problema de nós é querer começar grande. Pensar grande é diferente de começar grande. A obra é grande, mas podemos começar com um passo de cada vez!

Motivar alunos e professores é levá-los a ter:

Um grande compromisso è com Jesus
Uma grande visão è as almas
Uma grande vontade è viver segundo os princípios bíblicos

               COMO MOTIVAR?


Motivar é muito mais que simplesmente elogiar. Engana-se quem acha que algumas palavras elogiosas e uns “tapinhas” na costa irá conseguir motivação permanente. A motivação na EBD deve ser cativada, buscada.

A primeira motivação é por servir ao Mestre. Ele é a nossa motivação, nossa vida, nosso propósito. Serví-lo é uma grande honra. Tendo isto em mente, já teremos um ponto de partida importantíssimo.

Lembra-se da nossa visão? As almas! Se tivermos uma EBD com 10 alunos e professores, e cada aluno e professor testemunhar para outra pessoa e ganhar uma alma para Cristo, a cada ano:

No 1º ano: a EBD terá 10 pessoas (alunos + professores)
No 2º ano: 10 + 10 = 20
No 3º ano: 20 + 20 = 40
No 4º ano: 40 + 40 = 80
No 5º ano: 80 + 80 = 160
No 6º ano: 160 + 160 = 320
No 7º ano: 320 + 320 = 640 !!!


EXERCÍCIOS:

1. Você precisa explicar á igreja o porquê da EBD é importante. Resuma, em 4 linhas, a importância da EBD no crescimento da igreja:
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2. Qual o nível de motivação da sua EBD? Vamos fazer um breve teste:
Houve algum prêmio, destaque ou recompensa, nos últimos 12 meses, a algum professor?  (    )   Sim    (    ) Não
Algum aluno novo trouxe sua família para visitar a EBD, nos últimos 2 meses?
(    ) Sim  (    ) Não
Sua EBD tem uma biblioteca e a mesma está sendo utilizada pelos professores?
(    ) Sim  (    ) Não
Houve algum almoço/jantar ou confraternização entre professores da EBD?
(    ) Sim   (    ) Não
Houve algum prêmio, destaque ou recompensa, nos últimos 12 meses, a algum aluno?  (    )  Sim   (    ) Não
Some as respostas Sim e anote o valor aqui ..............
Avaliação:
4 e 5 – Ótimo! Sua EBD é um exemplo de motivação!
2 e 3 – Sua EBD tem algum nível de motivação, mas é necessário aumentá-lo
0 e 1 – Sua EBD não tem motivação suficiente! Cuidado!

3. “Precisamos orar que toda a motivação necessária virá da oração”. Concorda? Explique sua opinião:
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 4. Converse com seu colega e pesquise o que motiva ele para servir ao Senhor. Anote suas respostas:
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                   IDÉIAS PARA UM PROGRAMA DE MOTIVAÇÃO PARA PROFESSORES EBD


Não basta apenas criar a motivação, é preciso mantê-la. Motivação não se obtém com palavras elogiosas e não se mantém com as atividades normais e comuns da igreja. É preciso um PROGRAMA DE MOTIVAÇÃO. Sugere-se os seguintes recursos:

1.    Criação da biblioteca da igreja, sob organização do conselho de professores da EBD, buscando, entre outros objetivos, facilitar a pesquisa, estimular a leitura e permitir que óbices financeiros não sejam empecilhos para o professor ensinar.

2.    Congresso anual de professores de EBD: escolhendo-se uma data, de preferência em outubro (15/10 dia do professor) para reunir, em solenidade especial, todos os professores, valorizando o ministério dos mesmos e dando especial destaque àqueles que completaram 1, 5, 10, 15, 20 e 25 anos ou mais de ministério no ensino.

3.    Cursos de reciclagem trimestral: convidando um ou mais palestrantes, para apresentar tópicos relacionados á EBD. Na ocasião, seriam apresentados também as estatísticas trimestrais sobre a EBD local. Sugestões de palestrantes: pessoal da APEC, professores e líderes de EBD de outras igrejas, autores de livros, líderes da juventude, etc.

4.    Almoço de planejamento mensal: os professores serão reunidos para elaboração de planos, visando também trocar entre si as experiências e acontecimentos ocorridos no mês, bem como aconselharem-se mutuamente nos desafios encontrados.

5.    Boletim EBD: a ser redigido pelos próprios professores, divulgando tópicos da EBD local, idéias criativas e outros assuntos de interesse.

6.    Eleição do professor-destaque: a ser realizado anualmente, reconhecendo-se o mérito por assiduidade, compromisso, pesquisa e outros tópicos. O prêmio poderia ser uma bolsa de livros, onde determinada verba seria destinada para que aquele professor adquirisse livros para sua biblioteca particular de pesquisas e estudos.

7.    Culto especial: a ser realizado no final do ano, apresentando-se individualmente cada professor, com reconsagração dos dons de ensino e reconhecimento da importância do ministério educacional, perante toda a igreja reunida em culto festivo.

Exercícios:

a)      Das idéias listadas acima, selecione uma que não esteja sendo feita em sua igreja. Planeje como implantá-la.
b)      Crie uma nova idéia para motivação dos professores da EBD.


COMO SELECIONAR E TREINAR PROFESSORES

               SELEÇÃO DE PROFESSORES


A seleção dos professores não é uma “pescagem” de um final de semana, correndo atrás de pessoas e dizendo: na próxima semana você estará dando aulas na EBD... muito obrigado!

De jeito nenhum!

Escolher e selecionar pessoas para uma tão importante tarefa é algo muito mais sério, que deve ser feito com o devido cuidado, zelo e oração.

               ETAPAS DE SELEÇÃO DE PROFESSORES


1) relacione o nome de todas as pessoas da sua igreja que poderiam ser eventuais professores. Não descarte alguém só porque é muito novo (ou, ao contrário, muito idoso).

2) converse com seu Pastor, para que ele indique alguns possíveis nomes. Acrescente-os à lista.

3) inicie orações, pedindo a Deus sabedoria para descobrir, dentro da lista, nomes que realmente serão dignos de tão grandioso trabalho de ensinar.

4) marque um encontro INFORMAL com todos os relacionados em sua lista. Comece a reunião com oração e explique-lhes que todos eles poderão ser convidados para formar a equipe de professores da EBD. Vá anotando os nomes daqueles que se prontificarem de imediato. Não force ninguém a se voluntariar.

5) obtenha a aprovação do seu Pastor para os nomes selecionados. Em seguida, apresente-os publicamente á igreja, no culto de domingo.

Exercícios:

a) Escreva o nome de pessoas em sua igreja que poderiam ser professores de EBD:
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b) Você deixou o nome de algumas pessoas de fora? Porque?
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               TREINAMENTO DE PROFESSORES


Não basta somente escolher os professores e “largar a turma” sobre eles! Você precisa TREINÁ-LOS. Não se trata de um “cursinho de final de semana”, mas um treinamento permanente, no mínimo 4 vezes por ano.

Algumas pessoas têm mais facilidade de ensinar do que outras. Você precisará elaborar um currículo mínimo para que cada professor tenha os seguintes conhecimentos:

1)      Psicologia infanto-juvenil
2)      Interpretação bíblica
3)      Liderança básica
4)      Técnicas de ensino
5)      Objetivos da EBD

Os materiais mais adequados são da APEC. Mas não faça tudo sozinho: convide outras pessoas (incluindo professores da EBD e professores de escola) para ministrar os treinamentos.

Enfatize bem a cada professor da EBD que é imprescindível o treinamento regular.

               è ETAPAS PARA ORGANIZAR O TREINAMEANTO


1) elabore uma agenda prévia para o ano, incluindo as datas de treinamento e divulgando as datas para todos os professores (não se esqueça de dar uma cópia das datas para seu Pastor).

2) verifique, junto com uma ou duas pessoas de confiança, os procedimentos para cada um dos dias de treinamento. São detalhes importantes a serem planejados:

·         O teor (conteúdo) do que será ensinado e elaboração da apostila
·         O local do treinamento (questões como almoço, lanche, limpeza, etc.)
·         Quem irá ensinar (não esqueça de convidar e confirmar, com antecedência!).
·         Quais os custos envolvidos (e como cobrir estes custos)
·         As cartas de aviso para os professores
·         Convite para o Pastor estar presente

3) comunique á igreja o treinamento e peça oração de todos. Coloque um cartaz contendo o cronograma do treinamento no mural da igreja (veja exemplo na página seguinte).

Nomeie duas ou três pessoas para ajudarem na organização de cada treinamento (não faça tudo sozinho! Você se lembra do que aprendemos sobre delegar?).

Elabore um CRONOGRAMA para o dia do treinamento. Exemplo:

               TREINAMENTO DOS PROFESSORES DA EBD DA IGREJA CENTRAL DE CURITIBA

               DATA: 25/04/2001

Local: Salão Social da Igreja
Tema: Psicologia Infanto-Juvenil
Preletor: Professor Paulo Fernandes, da EBD Igreja Central – Curitiba

PROGRAMA:
10 horas – Abertura
10.30 horas – 1a palestra: Como a criança espera encontrar uma EBD?
12 horas – Almoço na Igreja
13.30 horas – 2a palestra: O impacto da televisão na formação da criança e do jovem
15 horas – Café
15.15 horas – Mesa redonda, com debates e perguntas
16 horas – Exercícios práticos de assimilação
17 horas - Encerramento

4) um ou dois dias antes da data do treinamento, telefone para cada um dos professores para confirmar presença.

5) no dia do treinamento, chegue com bastante antecedência ao local para receber os participantes. Faça uma breve abertura, no horário exato marcado (ser pontual é muito importante!) e passe a palavra para seu Pastor e/ou a pessoa que irá ministrar o curso.

6) faça um breve relatório do treinamento, para arquivo na Igreja e também para inclusão no quadro de anúncios da Igreja, e/ou leitura na parte dos anúncios do culto.

7) verifique, informalmente, quais foram os resultados práticos do treinamento. Os professores obtiveram melhor conteúdo para suas atividades? Houve alguma mudança na EBD?

8) anote, num caderno particular (só seu) os erros e falhas cometidas durante o treinamento, para que no próximo possam ser corrigidos.

Exercícios:

1. Quais, em sua opinião, são os assuntos de treinamento mais urgentes na sua Igreja?
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2. “Não necessitamos de treinamento. Basta o Espírito Santo nos preencher, e sermos santos”. Conteste esta opinião, se possível com argumentos bíblicos.

3. Você está fazendo este curso de treinamento para líder da EBD. Faça a etapa 8 (erros e falhas) – tanto individualmente quanto em relação ao curso como um todo.

                   MÓDULO 6 - PRINCÍPIOS DE TRABALHO EM EQUIPE


Uma das tarefas primordiais de qualquer liderança é formar uma boa equipe de trabalho. Este é um princípio que o próprio Moisés, no deserto, teve que aprender (Ex 18.13-26).

Todos nós sabemos que trabalhar em equipe, em geral, representa um grande ganho de produtividade, uma melhor distribuição de tarefas, um menor esforço individual. Então, porque tão poucas pessoas se dispõe a estruturar equipes?

Não fomos treinados para trabalhar em equipes. Nas escolas, no esporte e no trabalho, somos encorajados a competir em vez de colaborar. Os problemas são apresentados para indivíduos e não para equipes. As recompensas são designadas para indivíduos (notas de provas), os alunos são treinados para serem "auto-suficientes" e não pedirem ajuda, os alvos são estabelecidos por outros, pede-se a indivíduos que os alcancem.

Como a recompensa e o reconhecimento são divididos, entra também aí nosso "ego", pois se tivermos que dividir os louros com outros... Para nós, cristãos, todos os louros são de Cristo, portanto, podemos dispensar esta busca do "ouro olímpico" e tratar de buscar o Reino de Deus, em primeiro lugar (Mt 6.33).

QUAIS OS PASSOS PARA FORMAR UMA BOA EQUIPE?

1)      Convidar e selecionar a equipe de coordenadores da EBD
2)      Estabelecer objetivos alcançáveis e de acordo (consenso) mútuo
3)      Distribuir tarefas e funções de acordo com a capacidade de cada membro
4)      Ter avaliações periódicas e criar programa de motivação contínuo

PASSO 1: COMO ESCOLHER A EQUIPE DE COORDENAÇÃO DA EBD?

1)      Faça uma sondagem informal: a pior coisa é "anunciar em público", pois a tendência das pessoas é fugir de responsabilidades "proclamadas"! Vá visitar os possíveis candidatos. Ore com eles, converse sobre os objetivos... enfim, a primeira tarefa para escolher um bom candidato é conquistá-lo!
2)      Selecione: após ter 4 a 6 nomes em mente, faça uma seleção, para formar uma equipe inicial de 4 (quatro pessoas): você e mais 3. Ore por 7 dias antes de escolher com quem vai trabalhar.
3)      Convoque a primeira reunião, informalmente: nada de cartazes, anúncios, etc. Confirme com cada um dos nomes selecionados a participação em data e horário marcados. Comunique seu pastor, e convide-o para estar presente. O pastor será o conselheiro da EBD.
4)      Não distribua cargos já na primeira reunião. Esta deve ser informal, com espírito de oração, louvor, e gratidão. Mas já estabeleça os objetivos para a EBD, anotando-os em ata. Lembre-se: objetivos simples e fáceis de memorizar.


PASSO 2: ESTABELECENDO OBJETIVOS:

Há 4 regras imprescindíveis para fixar objetivos adequadamente:
1)      ESPECÍFICO: suficientemente claro para que a equipe saiba o que fazer para alcançar o objetivo. Exemplo: "4 classes de Estudo Bíblico dominical: rol do berço, infantil, adolescentes,  jovens/adultos".
2)      MEDIDO: para que todos possam saber se foi alcançado ou não. Exemplo: "Biblioteca com 45 livros até o final do ano".
3)      ALCANÇÁVEL: realista (não otimista, nem pessimista), sobre o qual se concorda.
4)      TEMPORAL: fixado em função do tempo. Exemplo: "ter 10 novas matrículas até o final de agosto".

NOTE QUE è Objetivos: o que se pretende alcançar (exemplo: ter uma EBD com 40 alunos matriculados até 31.12.2001). Métodos: maneiras práticas de se alcançar os objetivos (exemplo: convidar no bairro 10 famílias para conhecerem a EBD). Normalmente, os objetivos são em pequeno número (de 1 a 5) e os métodos para obtê-los, podem ser múltiplos (exemplo: um objetivo pode ter vários métodos para alcançá-los).

PASSO 3: DISTRIBUIR TAREFAS E FUNÇÕES

Aparentemente, este é um passo fácil. Entretanto, ocorrem sutilezas. Observe que:
1)      Distribuir tarefas que ninguém quer exige um alto nível de coesão (união) e visão dos membros sobre o objetivo a alcançar. Em último caso, fique com as tarefas desagradáveis para você mesmo. Mas não se sobrecarregue, acumulando tarefas e funções.
2)      As funções não deveriam ser mais que 2 por pessoas: exemplo: ensinar na EBD e ser o líder da juventude. Uma terceira função desqualifica a pessoa, por falta de tempo!
3)      Nas tarefas que exigem esforço extra, nomeie 2 ou mais pessoas para cuidarem do assunto. Exemplo: visitação aos professores da EBD.
4)      Treine as pessoas para tarefas e funções: não importa tanto a qualificação da pessoa, mas sua motivação em desempenhar seu serviço. Um "mini manual" da função ou descrição da tarefa, pode ajudar. Deixe as pessoas do grupo compartilharem experiências e funções.
5)      Não "jogue funções": você se lembra das horríveis "reuniões de cobrança"? Nunca faça isto. Dê responsabilidades, mas não exija mais que a pessoa possa, de fato, realizar. Se houve fracassos, toda a equipe deve assumir a responsabilidade. Quando um ou mais membros falham, é sinal que houve falta de motivação ou treinamento, e isto é responsabilidade de todos (inclusive de você!).


Reflita:
1.      "As pessoas tendem a se transformar no que você as encoraja a ser - e não naquilo que diz que devem ser enquanto as aborrece e incomoda" - N.Parker
2.      Identifique onde estão os talentos da pessoa e então, suavemente, conduza-a para estas áreas. Isto é maximizar a força do indívíduo para o grupo.
3.      Comunicação, Treinamento, Motivação: os combustíveis movimentam uma equipe de sucesso!

PASSO 4: AVALIAÇÕES E MOTIVAÇÃO

Muitos coordenadores fazem muito bem os passos 1 a 3, mas esquecem da continuidade:
1)      Avaliação periódica: revise, com frequência, o desempenho de sua equipe. O que está falhando? Porque? Há necessidades de mudanças? Quais? Procure sempre trabalhar com o consenso. Quando este não é possível, explique claramente sua decisão e os motivos que levaram a tomá-lo.
2)      Dê espaço para o crescimento e novas idéias: você não é insubstituível. É melhor ir estimulando novas lideranças. Crie um ambiente propício para novidades. Assim a equipe trabalha dinamicamente. Não imponha mudanças, discuta-as antes de implantá-las, teste-as.
3)      Visite-os, para conhecê-los melhor. Cada pessoa tem virtudes a serem aproveitadas e limitações a serem respeitadas. Elogie os resultados alcançados. Cultive relacionamentos pessoais. Lembre-se que trabalhar com pessoas é um dos principais focos do líder.
4)      Estimule sua equipe: aproveite os pontos fortes e evite expor a fraqueza dos membros. Exemplo: coloque as pessoas que tem voz clara e entusiasmo para frente da reunião da EBD, mas evite colocar alguém sem ritmo musical na liderança do louvor. Há também pessoas que só gostam de trabalhar "na retaguarda". Não force-os a se expor. Cada pessoa tem pelo menos UM ponto forte! Sua tarefa é achar este ponto e VALORIZÁ-LO, UTILIZÁ-LO E APRIMORÁ-LO. Nosso objetivo é o MESMO, mas nem todos precisam fazer a mesma TAREFA.

èCOMO CONSEGUIR QUE AS PESSOAS COOPEREM ENTRE SI?

"Se você puder descobrir uma pessoa que se some a você na sua luta, não terá duplicado, e sim aumentado exponencialmente as suas chances" (do livro "Como despertar o melhor das pessoas" - Alan Loy McGinnis, Editora Sinodal).

É importante estabelecer que os objetivos não são os seus, mas os do grupo. As pessoas vão colaborar porque se sentem estimuladas, não porque sua idéia é brilhante! Deixe qualquer mérito seu de lado, e trabalhe com o grupo para atingir os objetivos!

 Os bons líderes encorajam as pessoas a sentirem-se responsáveis pelos resultados, como equipe. Sucessos e fracassos são da equipe, não de pessoas. Todos são responsáveis (inclusive você). Se alguém não gosta de EBD, não o inclua na sua equipe!

Não faça promessas de sucesso fácil, ou sem trabalho árduo. Se alguém acha que o ministério EBD é algo "fácil", é melhor procurar outra função! A colaboração deve vir das pessoas comprometidas, e não das que buscam um cargo "light" (leve)!

Um dos princípios básicos da motivação é a justiça: não trate as pessoas de maneira diferente, privilegiando uns em detrimento de outros. Trate a todas com respeito. Recompense igualmente.

Valorize as pessoas. Trabalhamos com indivíduos. Lembre-se das prioridades: os objetivos e as pessoas. Não menospreze os indivíduos, suas qualidades e necessidades.

REUNIÕES DE COORDENAÇÃO

Uma reunião para coordenação e planejamento da equipe pode ter resultados horríveis ou ótimos. Depende da forma de conduzí-la:

1)      Horário: tenha horário para iniciar e terminar. Uma boa reunião NUNCA dura mais que uma hora.
2)      Conteúdo: informe, de preferência por escrito, alguns dias antes, os ASSUNTOS  (tópicos) da reunião.
3)      Tópicos: Tenha uma sequência de tópicos e não saia delas. Programe com antecedência os assuntos. Liste poucos e defina UM objetivo para cada reunião. Em caso de impasse, nomeie duas pessoas qualificadas da equipe para resolverem o problema posteriormente (assumindo a responsabilidade sobre o assunto).
4)      Peça a sua equipe de sempre trazer por escrito idéias e sugestões.
5)      Ata: peça para uma pessoa fazer um registro das decisões tomadas num livro de atas.
6)      Não "cobre": reuniões não são cobrança. Se há algum membro de sua equipe que está falho, vá inquirí-lo pessoal e reservadamente!
7)      Não debata assuntos polêmicos. Isto só cria desgaste.

EXEMPLO DE CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO DA EQUIPE EBD

A Líder de Menores desta Igreja convoca a todos os professores da EBD para que compareçam a:

Reunião para Equipe de Professores da EBD da Igreja de Curitiba-PR
Data: 15/10/2000 Hora: 9.00 ás 10.00 horas
Local: salão social da Igreja
Tópicos a serem tratados:
1)                Avaliação do trimestre julho/agosto/setembro 2000
2)                Implantação da biblioteca
3)                Programação de atividades da EBD para final do ano
4)                Assuntos gerais (se houver tempo)

Pedimos a todos que tragam idéias e sugestões POR ESCRITO, entregando-as com ANTECEDÊNCIA de 24 horas para a Líder de Menores. Eventualmente, algumas sugestões poderão ser apreciadas posteriormente.
Colabore! Sua presença, opinião e colaboração é importante!

Andréia de Oliveira Silva
Líder de Menores

Reflita:
1.      Não existem boas ou más reuniões. Só existem as boas ou mal organizadas.
2.      Liderar não é convocar reuniões. Convocar reuniões é um método para obter comunicação e integração entre os membros da equipe.
3.      Uma reunião não resolve os problemas do grupo. Mas permite que as pessoas compreendam que sem consenso e responsabilidade não se chegará a lugar algum.


Exercícios em Equipe

1. Distinguir entre objetivo (O) e método (M):
a. (   ) "Conseguir 3 novos auxiliares juvenis até o mês de março"
b. (   ) "Distribuir cartões com convites pela vizinhança"
c. (   ) "Treinar os professores sobre novas tendências de ensino"
d. (   ) "Motivar os jovens a virem a EBD, através de temas atuais"

2. Para formar sua equipe de EBD, você convidaria (marque todas que julgar corretas):
a. (   ) Um membro de outra igreja
b. (   ) Um jovem inexperiente, mas consagrado
c. (   ) Um antigo professor de EBD
d. (   ) Seu pastor
e. (   ) Deixaria a escolha para outra pessoa mais experiente

3. Análises:
a)      "Não estabeleça objetivos em demasia. Melhor estabelecer um ou dois que sejam alcançados do que muitos que confudam ou dissipem o esforço. Em qualquer tempo, é possível estabelecer novos objetivos."
Explique o que sua equipe entendeu:
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b) "A causa mais frequente do fracasso de uma equipe é a união das pessoas erradas"
(   ) Concordamos    (    ) Discordamos
Porquê? ................................................................................................................................................... .........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

c) "A construção de uma equipe ocorre no decorrer de semanas, meses, anos, e não de dias". Comentem esta afirmativa:
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d) "JESUS COMO CONSTRUTOR DE EQUIPES:

1.      DESIGNOU 70 e formou "mini-equipes" de 2 (Lc 10.1)
2.      SELECIONOU 12, após passar a noite orando (Lc 6.13)
3.      ESCOLHEU 3 para a cúpula de liderança (Mt 17.1, 26.37)
4.      AMOU a todos (Jo 13.1)

Escolha um dos tópicos acima e comente-o.

               MÓDULO 7 - DESAFIOS: COMO ENFRENTÁ-LOS E VENCÊ-LOS


O fato que o ministério da EBD é realizado através de pessoa faz com que tenhamos necessidade de buscar as formas e métodos de trabalhar com os desafios que surgirão (administração de conflitos, diferenças culturais, visões ministeriais diferentes, etc.).

Espere-os. Todo o empreendimento há reveses e dificuldades. São inevitáveis. Nós, os líderes, temos que preparar-nos para eles. Exemplos de desafios:

·         O professor que abandona o ministério, subitamente
·         Uma crítica aos métodos de ensino
·         Um pai que proíbe seu filho de ir a EBD, etc.

è ATITUDES BÁSICAS DIANTE DE DESAFIOS E CRISES:

1)      Humildade para reconhecer que nem tudo é perfeito.
2)      Aconselhar-se nos casos mais complexos (pessoas indicadas: demais professores da EBD, Pastor, Liderança da igreja, Oficiais Divisionais de Juventude e Oficiais Divisionais).
3)      "Não fazer nada em 24 horas", para não fazer algo errado. Controlar as emoções negativas (ira, frustração, vingança, etc.).
4)      Aprender com a situação. Experiência gera conhecimento. Temos a tendência de errar menos, á medida que nosso aprendizado com a adversidade cresce.
Richar J. Needham afirma: "Pessoas fortes fazem tantos erros e erros tão medonhos como as pessoas fracas. A diferença é que as pessoas fortes os admitem, riem deles e aprendem com eles. É assim que ficam fortes".
5)      Orar, pedindo sabedoria a Deus.

è Em qualquer crise ou problema na EBD, duas coisas devem ser mantidas:

1)                 O objetivo da EBD, que é ensinar a Palavra de Deus.
2)                 Valorizar mais as pessoas, mais que os métodos.

EXEMPLOS DE LÍDERES QUE ENFRENTARAM DESAFIOS E VENCERAM:

1.      Neemias enfrentou oposição violenta para a reconstrução dos muros de Jerusalém. Mas sua determinação na obra foi notável (veja Ne 4.1-23, 6.1-19). Leia os trechos citados e verifique quais foram suas atitudes e comente-as.
2.      A missão de Jesus foi combatida por Satanás (Mt 4), pelos homens (fariseus e saduceus), e ainda teve que enfrentar traição de um de seus discípulos e a ignorância de todos os demais! Comente como Jesus venceu:
a)      O medo; b) A dúvida; c) As falhas humanas
3.      William Booth, líder e fundador do Exército de Salvação, começou a obra com sua esposa, em Londres. Não havia estrutura, pessoal, ou apoio financeiro. De bar em bar, evangelizando, pregava a salvação.  Você acha que ele se sentia desanimado? Porque ele não abandonou a obra para viver uma vida mais confortável, segundo os padrões da época? Dê sua opinião.

                   ABORDAGEM DE PROBLEMAS


1.      Analise os ângulos (origem, conseqüências, extensão): verifique principalmente quais são as origens de problema. Faça questionamentos: a EBD está perdendo o rumo (objetivos)? Há falha no ensino? O que acontecerá se nada for feito? Quantas pessoas são afetadas?
2.      Evidencie soluções: quais são as possíveis soluções? O que irá, provavelmente, ocorrer se a (s) solução (ões) forem implementadas? Qual o envolvimento, nas soluções prováveis, de professores, alunos, líderes e oficiais dirigentes?
3.      Teste opções: não implemente uma solução imediata sem retorno. As vezes a solução aumenta ou cria outro problema. Faça um teste. Verifique as reações ou resultados.
4.      Modifique as alternativas: se o que você testou não foi suficiente, modifique a solução, peça aconselhamento, busque alternativas. Nem sempre acertamos na primeira vez, especialmente nos problemas mais complexos.

è PROCEDIMENTOS PADRÕES A SEREM ADOTADOS EM CASOS DE:

Há vários procedimentos que poderiam ser definidos como “padrões” para situações comuns na EBD. Adiante, os principais problemas e sua seqüência de possíveis soluções:

Pecado ou distorção doutrinária: aconselhamento, afastamento, arrependimento e reconciliação. De qualquer forma, o acompanhamento pastoral é imprescindível.

Divergências: método da interação (conciliação, arbitragem). Não utilize imposição. De preferência, utilize a arbitragem do pastor.

Desleixo ministerial: pesquisa das causas (entrevista), aconselhamento, afastamento (provisório), observação, readmissão ou afastamento (permanente), acompanhamento pastoral.

Críticas: análise da fonte e conteúdo. Se a fonte é fraca, a crítica não deve ter importância. Se o conteúdo é verídico, deve-se agir imediatamente. Caso contrário, simplesmente esqueça!

è ESTRATÉGIAS PARA O LÍDER DA EBD NA BUSCA DE SOLUÇÕES:

Independentemente das soluções padrões ou não, você deverá adotar algumas estratégias para que todos os ângulos do problema possam ser analisados. Faça o seguinte:

1)      Visitação á (s) pessoa (s) envolvida (s) no (s) problema (s).
2)      Comunicação (restrita, reservada) quando o problema envolver uma única pessoa ou tiver uma extensão restrita.
3)      Comunicação (aberta e pública) quando o problema envolver a igreja ou for muito grave.
4)      Conciliação: nem sempre a solução será a ideal, mas a administrável, real nas circunstâncias e limitações existentes.

ESTUDO DE CASO 1:

Alzira era uma excelente professora de EBD. Amada pelos alunos, querida pelos líderes. Fiel. Dizimista. "Perfeita". Solteira. Uma dia enamorou-se com um rapaz simpático. Ficou grávida dele (antes do casamento). Sua classe era de jovens de 14 a 17 anos. O que fazer?
1.      Afastá-la imediatamente, para não dar "escândalo".
2.      Ocultar o problema, fingindo que nada aconteceu, que é "normal".
3.      Dar todo o apoio espiritual, mas explicando que sua atitude exige que seja afastada, temporariamente, da classe.

ESTUDO DE CASO 2:

Você tem uma EBD pequena. Um líder da igreja propõe que você pare de coordenar a EBD, e utilize seu tempo disponível para atividades mais "proveitosas", como: coordenar o grupo de jovens, visitar os doentes, etc. Você:
1.      Repudia imediatamente a idéia!
2.      Leva ao pastor esta "crise" e pede uma solução para ele.
3.      Verifica a possibilidade de utilizar pessoas da própria EBD para as atividades sugeridas.
4.      Não faz nada, considerando aquele líder "fraco".

ESTUDO DE CASO 3:

Um professor começa a ensinar seus alunos de modo "liberal". Apesar do ensino não ser contrariamente á Bíblia, usa métodos "novos" e "estranhos" para fazê-lo. Alguns pais de alunos reclamam do professor para você. Qual sua atitude:
1.      Leva o assunto ao conselho de professores.
2.      Participa da classe e analisa os novos métodos, se de fato são úteis ou não.
3.      Chama imediatamente a atenção do professor, e pede que pare com tais métodos.
4.      Envia uma nota de esclarecimento aos pais dos alunos, apoiando o professor.

ESTUDO DE CASO 4:

Surge um novo "líder" na EBD. Tem várias idéias "novas" na cabeça e começa querer tomar lugar na liderança. Sugere mudanças "radicais". Explica que várias coisas estão erradas. Que fazer?

ESTUDO DE CASO 5:

Você está cansado. Está 5 anos a frente da coordenação da EBD. Ninguém lhe cumprimentou pelo trabalho realizado. Ao contrário, existe uma certa "cobrança" de melhores resultados, por parte dos pais dos alunos e dos demais líderes. Você:
1.      Deixa o assunto com o pastor e dá um prazo para sair do cargo.
2.      Deixa tudo como está, levando o ministério em frente, do jeito que está.
3.      Leva o assunto para o conselho de professores e solicita ajuda.
4.      Prepara uma reunião de esclarecimento e apoio com a igreja.

Explique suas decisões.

Alguns exemplos de ocorrências e suas possíveis soluções:

PROFESSOR QUE DESISTE, SUBITAMENTE:

 O importante é não "condenar" o professor. Todos nós podemos ter uma queda ministerial. Se ele abandonou a obra, pode ser oriundo de uma dificuldade, doença, ou mesmo pecado oculto. Nesta hora, é importante conseguir novamente a confiança deste professor. Visitá-lo. Orar com ele. Ouví-lo. Talvez alguém o tenha desprezado. Um aluno o insultou. Ou você mesmo tenha, sem querer, falado algumas palavras e o atingido. Mas como os alunos não podem ficar sem aula, o professor substituto deve assumir a classe (mas não ser nomeado). Dê pelo menos 2 meses antes de promover o professor substituto. Se não houver professor substituto, assuma você mesmo a classe, até encontrar uma solução. Lembre-se: os alunos são mais importantes, e o professor desistente poderá vir a ser uma bênção futura!

                   LIDANDO COM “PESSOA DIFÍCIL”


Para alguns, a única maneira de lidar com criadores de problemas é substituí-los. O fato é que todos nós temos nossas características, problemas, formação cultural, etc. Nem sempre uma “pessoa difícil” o é para todas! Uma vez que cada um aceita o outro como e pelo que ele é, torna-se possível empregar métodos para um relacionamento eficaz. Não espere mais dos outros do que esperaria de si mesmo. Algumas sugestões para lidar com pessoas problemáticas:

1.      Investigue a causa: não faça julgamentos precipitados sobre o comportamento de uma pessoa. Porque ela age assim? Qual seu ambiente familiar? Que tensões ela está sujeita?
2.      Ela é problemática para você, ou para todo o grupo? Às vezes exageramos a extensão do problema. Só porque aquela pessoa não possui o “perfil ideal” para que seja liderada, não quer dizer que a permanência dela irá destruir a união do grupo!
3.      Procure enxergar as qualidades da pessoa: verifique os itens honestidade, fidelidade, santidade e paciência. São qualidades sempre desejáveis para as pessoas que trabalham na EBD. Talvez os “defeitos” que a pessoa tenha sejam superados, e em muito, por estas qualidades!
4.      Peça ajuda: envolva a pessoa na solução do problema. Explique francamente que você não está conseguindo o melhor dela na equipe. Seja humilde neste trato. Ordens e sermões costumam gerar barreiras intransponíveis.
5.      Verifique se o problema não é falta de treinamento ou motivação: por vezes, o erro está em nós, que não disponibilizamos as ferramentas para a pessoa ser útil na EBD. O que temos feito por ela neste sentido?

Dica: Recapitule os módulos sobre relações humanas, motivação e treinamento, para verificar tópicos já discutidos que permitam tratar o problema de uma forma mais objetiva e correta.

                   è CONDUZINDO UMA CONVERSA FRANCA


Cedo ou tarde, nos defrontamos com a necessidade de confrontar alguém sobre determinado assunto. Como não é possível sempre termos a razão, há necessidade de ouvir a pessoa e ponderar (argumentar). Siga as seguintes dicas para que a conversa não se transforme numa discussão inútil:

1.      Identifique o verdadeiro problema: nem sempre o que é dito é o real. Muitas pessoas dissimulam seus reais problemas ou suas motivações. Não tenha medo de perguntar ou de analisar a questão por vários ângulos, mesmo antes de entender o problema. Não existe solução para um problema, se você não o conhece!
2.      Resolver qualquer desacordo entre vocês: é necessário limpar o passado, perdoar e deixar tudo bem claro, inclusive as motivações.
3.      Combinar um plano de ação que ajude ambos a alcançar a meta: se vocês têm os mesmos objetivos, porque não alcançá-los juntos? Identifique como faze-lo e trate de cumprir sua parte. Tenha paciência, a convivência poderá demorar a ser perfeita.
4.      Recapitule o que foi combinado e aceito entre as partes. Frise bem as conclusões, para não haver mais mal entendidos futuros!

                   DIAS DE DESÂNIMO E FRUSTRAÇÕES


É inevitável que ocorram percalços (dificuldades). Prepare-se para elas!

“Ao ser derrotado em uma batalha, lembre-se: você ainda não perdeu a guerra...”

“A derrota definitiva só existe quando nós decidimos não nos levantar mais...”

“No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jesus, em Jo 16.33).

Uma das táticas mais importantes para vencer o desânimo é enxergar o fruto, e não o labor. Nosso objetivo é salvar e edificar vidas, através da EBD. Todas as dificuldades, custos e labores serão pequenos, em comparação com o triunfo de uma alma salva!

Não desanime só porque, aparentemente, os métodos e os trabalhos da EBD tem um desempenho relativamente fraco. Você precisa agir, mudando as ações (relembre-se das lições sobre “inovação, motivação e metodologias”). Sentimentos vem e vão, mas os objetivos ficam!

“Espere oposição e críticas. Você nunca poderá agradar a todos ou fazer algo perfeito. Sempre cometerá erros. A grande questão é aprender com eles e seguir em direção aos objetivos já traçados.”

IMPORTANTE! Valorize mais os objetivos do que seus sentimentos e decepções!

MÓDULO 8 - ORÇAMENTO E PRINCÍPIOS DE FINANÇAS NA EBD

·         Por que é necessário organizar as finanças da EBD?
Além dos recursos humanos (pessoas) o desenvolvimento da EBD exige recursos materiais que precisam ser geridos com o zelo adequado ás coisas do Senhor.

·         Mas todos os recursos não virão “de acordo com a necessidade”?
A provisão divina não significa que devemos abandonar a prudência e o cuidado das coisas relativas á Sua obra. Deus suprirá todas nossas necessidades, é verdade, porém isso não significa que devemos esquecer de nos vestir, nos alimentar, administrar e prever novas fontes de recursos, etc.

Observe as exortações para não negligenciarmos as questões financeiras e as necessidades dos outros: Ef 4.28, 2 Ts 3.10-12, 1 Jo 3.17 etc.

·         “Não precisamos de orçamento e planejamento. O Espírito fará tudo...”
Porque deixar para o Espírito Santo o que nós mesmos devemos fazer? A obra do Espírito é convencer (Jo 16.8), guiar a verdade (Jo 16.13) e glorificar o Filho (Jo 16.14). Nossa parte é ensinar e pregar (Mt 28.19-20). O ensino pressupõe ordem, submissão, estudo e organização.

Se nossa visão for de negligência com a área financeira, então este mesmo raciocínio seria aplicável ao ensino: “não precisamos estudar a Bíblia. O Espírito Santo nos revelará as verdades...”. Você concorda com esta afirmativa? Se você concorda, estará igual ás seitas heréticas, que desprezaram o estudo da Palavra para se aplicar às revelações e visões...!

Finanças é um assunto bíblico. Existem dezenas de versículos relacionados a este assunto. Já que vamos ensinar a Bíblia na EBD, porque não praticá-la também...?

               AS FINANÇAS DA EBD NÃO SÃO BASICAMENTE UM PROBLEMA DE DINHEIRO


Uma EBD não precisa muito dinheiro, mas uma boa administração financeira!

O maior desafio em finanças não é propriamente uma falta de dinheiro, mas uma falta de compreensão que influencia a atitude do cristão para com:

·         suas prioridades orçamentais (o que é mais importante para mim? Gastar ou contribuir?)
·         seu entendimento de valores (o Reino de Deus acima de tudo – Mt 6.33)
·         seus hábitos de contribuir (separar valores para consagração á Causa de Cristo: 1 Co 16.2).

Sem definir claramente os propósitos da vontade divina sobre finanças, para a própria igreja, como vamos ensiná-la a outros, aos alunos da EBD, de dizimarem e organizarem suas próprias finanças?

É muito fácil se desculpar e dizer que “temos que esperar melhores dias” ou que há “falta de verbas”. Tudo isto tem sido justificativa para a preguiça, o desleixo e a negligência para com as necessidades materiais da obra de Deus! Observe a repreensão de Jeremias 48.10.

                        COMO ORGANIZAR AS FINANÇAS DA EBD

               1. ESCOLHA UM TESOUREIRO PARA A EBD


Primeiro, você precisa de uma pessoa de confiança, para administrar os recursos. Esta pessoa é o TESOUREIRO.

Esta pessoa deve ser treinada com os princípios expostos nesta apostila. Seu nome deve ser aprovado pelo pastor ou conselho da igreja.

               2. LIVRO CAIXA DA EBD


Há necessidade de registrar as entradas e saídas de dinheiro. Isto deve ser feito com o LIVRO CAIXA, de modelo bem simples. Basta adquirir um caderno com capa dura e adaptá-lo como segue neste exemplo:

DATA
HISTÓRICO
ENTRADA
SAÍDA
SALDO
31.05.01
Saldo inicial em caixa


27,50
03.06.01
Coleta da EBD
12,20

39,70
03.06.01
Dízimo para o Igreja

1,22
38,48
04.06.01
Pago Material NF 187 Livraria HF

2,00
36,48
08.06.01
Pago Xerox NF 155 Copiadora XY

1,40
35,08

O saldo de caixa deve ser conferido semanalmente, de preferência na presença do Tesoureiro Geral da Igreja, ou, na sua ausência, com o pastor.

Os TOTAIS do mês de entradas e saídas devem ser informados, por escrito e com a rubrica do Tesoureiro da EBD, ao Tesoureiro Geral da Igreja (ou na ausência, ao pastor), para serem lançados no Livro Caixa da Igreja.

O Livro Caixa deverá ser rubricado pelo Tesoureiro da EBD e pelo Tesoureiro Geral da Igreja.

Todas as saídas devem ser DOCUMENTADAS, com nota fiscal ou recibos, preenchidos adequadamente, sem erros, rasuras ou borrões. Isto é uma exigência legal das autoridades governamentais, além de ser um princípio administrativo de qualquer organização.

               3. ELABORE E ACOMPANHE O ORÇAMENTO DA EBD


Com base na estatística mensal de entradas e saídas, é possível prever um ORÇAMENTO para o ano, visando assim um planejamento mais eficiente dos recursos.
Porquê elaborar um orçamento? Para melhorar nossa compreensão de quanto, como e onde surgem e são aplicados os recursos. Para disciplinar os gastos e melhorar a qualidade dos mesmos. Para criar transparência. Para melhor administrar os recursos.
A desorganização e o desconhecimento, em matéria financeira, causam o caos e inviabilizam adotar as melhores atitudes em relação ao dinheiro. A administração eficiente da EBD não implica somente num bom currículo, em bons professores e na organização didática. Administrar os recursos quer dizer controlá-los para obter os melhores resultados de seu uso!

Exemplo:

ORÇAMENTO DA ESCOLA DOMINICAL – PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO/2002:

ORÇAMENTO PARA O ANO 2.002
PREVISTO (1)
REALIZADO (2)
SALDO A REALIZAR (1 – 2)
Linha
ENTRADAS:
1
Coletas
600,00


2
Ofertas Designadas e Taxas
350,00


3
Campanha do R$
300,00


4
TOTAL DAS ENTRADAS
1.250,00



SAÍDAS:
5
Dízimos para a Igreja
90,00


6
Aquisição Materiais e Manutenção
225,00


7
Aquisição Livros
285,00


8
Congresso Anual dos Professores
225,00


9
Treinamentos
215,00


10
Prêmios
120,00


11
TOTAL DAS SAÍDAS
1.160,00


12
Depósitos menos saques Poupança
90,00


13
TOTAL DO ORÇAMENTO
1.250,00



USANDO O ORÇAMENTO COMO UM INSTRUMENTO PARA AUXÍLIO NA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA:

1.      As entradas do ano (linhas 1 a 3) serão baseadas na média de entradas do ano anterior, com previsão de incremento pelas campanhas e esforço.
2.      As ofertas designadas (linha 2) para algum objetivo específico pelo doador, não são dizimadas para a Igreja (linha 5). O mesmo procedimento é adotado quando há cobrança de taxas para eventos.
3.      A Campanha do R$ (linha 3) objetiva que cada aluno ou professor da EBD economize R$ 1,00 por mês e contribua para a EBD. Se 25 alunos e professores estiverem envolvidos, então a arrecadação será de R$ 300,00/ano. Outras idéias podem ser elaboradas e apresentadas para obtenção de recursos.
4.      O total de ENTRADAS (linha 4) deve ser superior ao total de SAÍDAS (linha 11). Recomenda-se que pelo menos 10% das entradas das coletas e campanhas (linhas 1 e 3) sejam reservadas ao Fundo de Poupança (linha 12), para projetos especiais.
5.      O total do ORÇAMENTO (linha 13) deve ser IGUAL ao total de ENTRADAS (linha 4).
6.      A linha 12 (Depósitos menos saques da Poupança) deve registrar os recursos que foram colocados ou retirados dos Fundos de Reserva da EBD, pelo valor líquido, isto é: valor dos depósitos menos valor das retiradas.
7.      Divulgar este orçamento entre os professores, alunos e a igreja. Cria-se assim um profundo senso de responsabilidades recíprocas e compreensão da mordomia financeira.

PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL DO ORÇAMENTO:

O tesoureiro anota na coluna 2 (Realizado) os valores recebidos ou desembolsados conforme o Livro Caixa (acumulado no ano).

A coluna 3 (Saldo a Realizar) é a diferença da coluna 1 (Previsto) menos a coluna 2 (Realizado).

Colocar no mural da igreja, para acompanhamento de todos.

               POR QUE TANTO CONTROLE E TRABALHO?


A obtenção dos recursos e objetivos da EBD é uma tarefa a ser perseguida constantemente. Sem algum planejamento, todos os esforços para equipar, treinar e manter seus objetivos podem ser perdidos.
O importante não é a exatidão dos controles, mas a transparência.

As pessoas que contribuem, saberão para onde vai seu dinheiro.
As pessoas que utilizam os materiais e aplicam o dinheiro terão maior rigor com os gastos, evitando desperdiçá-los.
A igreja observará que a EBD tem objetivos, planos e métodos, e assim haverá maior interesse em apoiar este importante ministério educacional/evangelístico.
A transparência poderá levar pessoas abnegadas a doarem fundos para os projetos da EBD. Muitas pessoas são tocadas mais pela realidade do que por uma exposição verbal de “insuficiëncia de verbas” (quando o orçamento é exposto, fica óbvio as limitações que há no trabalho da EBD).

Um planejamento também permite enxergar mais claramente quais os recursos necessários e disponíveis, e o que se poderá realizar.

Racionalizando os gastos, é possível poupar, para que a EBD possa ter recursos para projetos especiais (por exemplo, pintura das salas de aula, compra de ventiladores, etc.).

Menos dependente das verbas da igreja, poderá ter mais liberdade quanto a seu próprio planejamento financeiro.

Pessoas interessadas poderão apresentar idéias e sugestões para aprimoramento das entradas (novas campanhas e formas de incentivo para ofertantes).

Enfim, há uma série de vantagens em que haja controles de caixa e orçamento, que justificam atenção ao assunto.

Nos primeiros meses, a tarefa de controlar, somar, etc. poderá ser relativamente enfadonha. Mas as vantagens a médio prazo (6 meses ou mais) compensarão os esforços.

è “Se há limites financeiros, devo conhecê-los. Conhecendo-os, aplicarei melhor o que tenho. Aplicando melhor, irei ampliar meus limites”. Comente......

EXERCÍCIOS:

a) Qual o nível de transparência financeira na sua igreja? Responda para saber:
1.      Você sabe quanto a sua igreja arrecada, mensalmente?  (    )  Sim    (    ) Não
2.      Existe um demonstrativo de entradas e saídas, no mural ou no boletim? (    ) Sim  (    ) Não
3.      O tesoureiro informa o estado das finanças para a congregação? (   ) Sim   (   ) Não
4.      Os resultados das campanhas de arrecadação efetuadas são divulgados? (   ) Sim  (   ) Não
5.      Houve seminário sobre finanças nos últimos 12 meses na sua igreja? (   ) Sim  (   ) Não
6.      As decisões sobre gastos e orçamento são aprovadas em assembléia? (   ) Sim  (   ) Não

De 0 a 1 respostas sim: sua igreja, definitivamente, não tem transparência financeira!
De 2 a 3 respostas sim: sua igreja tem alguma transparência financeira, mas precisa melhorar.
De 4 a 5 respostas sim: sua igreja tem transparência financeira.
6 respostas sim: parabéns! Este é o nível ideal de comunicação financeira dentro da igreja.

b) Você precisa explicar aos professores da EBD porque o assunto finanças deve ser de conhecimento de todos. Resuma seus argumentos.

c) Escolha 1 ou 2 nomes, dentre as pessoas de sua igreja, que poderiam desempenhar o papel de tesoureiros da EBD. Pense em convidá-lo para participar da sua equipe (não sem antes consultar o seu Pastor).

d) Quanto sua EBD arrecada por ano? Faça o seguinte cálculo: multiplique as ofertas de cada semana por 50. O resultado é R$ .................. Tire 10% para o dízimo. Sobra R$ ...................

e) Com base no cálculo feito anteriormente:
O que você acha que poderá ser feito com este valor? (seja específico).
O que você acha que é possível fazer para aumentar a arrecadação?

f) Agora, liste as prioridades da EBD (exemplo: 1 quadro flip charp, 1 quadro branco, etc.) e estime os custos dos mesmos. Idealize uma campanha para adquirir os materiais não se esqueça de incluir os valores. Faça uma estimativa, se não conhece o valor exato.

Nome da campanha: ...............................................................................................................
Objetivo:.................................................................................................................................
Como será feita: .....................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................................................................................................................
Quem participará: ..................................................................................................................
Alvo de arrecadação: R$ ...........................................
Data de início: ......../........./...........
Data de fim: ........./........../............
Como será a divulgação e motivação da campanha: ................................................................
..............................................................................................................................................................................................................................................................................................
g) “A EBD não precisa de dinheiro. A igreja já assume os gastos do departamento”. Certo? Errado? Por quê?

                   APÊNDICE: A IMPORTÂNCIA BÍBLICA DO ASSUNTO “FINANÇAS”


Você gasta tempo de sua vida para ganhar dinheiro. A Bíblia ensina que tudo o que fazemos deve glorificar a Deus (1 Co 10.31). Assim, nós podemos e devemos glorificar a Deus através do dinheiro. A Palavra de Deus tem muitas orientações sobre dinheiro, bens materiais, dívidas, etc. Isso porque Deus sabia das dificuldades, pressões e tentações  que iríamos enfrentar nesta área.
DE QUEM É O DINHEIRO? Ag 2.8, Sl 24.1, Dt 8.18.

O PLANO DE DEUS PARA O DINHEIRO:
1.   Suprir nossas necessidades: Deus promete suprir-nos com tudo: Fl 4.19, Mt 6.31-33
2.   Suprir necessidades de outros por nosso intermédio: Rm 12.13, Sl 37.21, Ef 4.28
3.   Sustentar o ministério de Deus no mundo: 1 Co 16.2, Fl 4.10-20

ATITUDES E DECISÕES EM RELAÇÃO AO DINHEIRO:
O dinheiro em si é neutro. Tudo depende do uso que se faz dele. 1 Tm 6.10 ensina que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e não o dinheiro em si.
1.    Reconhecer que tudo é de Deus, e devolver pelo menos o dízimo: Ml 3.10-11.
2.    Trabalhar e ganhar dinheiro honestamente: Pv 6.6-11, 2 Ts 3.10-12
3.    Não entrar em dívidas e procurar sair delas: Pv 22.7, Rm 13.8, 1 Co 7.21-23
4.    Não colocar o coração em dinheiro ou em coisas materiais: Pv 23.4-5, 28.22, Mt 6.19-21
5.    Não viver ansioso ou preocupado: Fl 4.6-7, 1 Pe 5.7
6.    Não ser avarento: Ec 5.10, Lc 12.15, Cl 3.5
7.    Planejar os gastos: Pv 16.9. Faça um orçamento (modelo anexo) e pare com os gastos desnecessários! Coloque seus propósitos diante do Senhor: Sl 37.4
8.    Economizar: Pv 18.9 e 21.20. Guardar para quando precisar (emergências): Pv 27.18.
9.    Ser sensível em relação ás necessidades dos outros: Lc 3.11, Rm 12.13. Atenção! Não se deve ficar alimentando o preguiçoso: Pv 19.19 e 2 Ts 3.6-16.
10.              Contribuir regularmente para o sustento da causa de Cristo: 2 Co 8.3-5, Fp 4.18

COMO CONTRIBUIR PARA O REINO DE DEUS?
1.    Sacrificalmente, isto é, algo que custo alguma coisa para você: 2 Co 8.2, Pv 11.24-25
2.    Alegremente: 2 Co 9.7
3.    Voluntariamente, não por que é “lei”: 2 Co 8.3, 9.7
4.    Regularmente (pelo menos uma vez por mês): 1 Co 16.2
5.    Começar pelo dízimo (10% da renda total): Ml 3.8, 10-11, Lc 11.42

DUAS COISAS QUE VOCÊ DEVE TOMAR CUIDADO:
1.    Emprestar dinheiro se ele vai lhe fazer falta; 2.Ficar por fiador: Pv 6.1-5

RIQUEZAS, BÊNÇÃO OU PERIGO?
1.    Se nossas prioridades são acumular dinheiro, teremos um grande fardo: Pv 1.19, 23.4 e 30.7-9.
2.    Dependendo de nossas atitudes, o dinheiro pode ser bênção ou um entrave ao nosso crescimento espiritual: 1 Tm 6.6-10, 17-19, 2 Tm 2.4, Hb 13.5-6.

                   MÓDULO 9 - ORGANIZAÇÃO, FUNÇÕES E CRONOGRAMAS NA EBD


·         Porque precisamos de uma estrutura organizacional na EBD?

Não posso fazer tudo sozinho. O Pastor também não. As estruturas, formadas por pessoas e recursos, ajudam a manter e alcançar os objetivos.

·         A organização tem fundamentos bíblicos?

Sim. Exemplos: Moisés constituiu uma equipe de juízes (Ex 18.13-26); no templo, havia cargos, como levitas cantores e sacerdotes (Nm 3.6-10); entre os 12 apóstolos, 1 era tesoureiro (Jo 12.6); na igreja primitiva, havia ordem na assistência a viúvas (At 6.1-6); a necessidade de ordem no culto (1 Co 14.26-33); etc.

·         As igrejas, em geral, não têm uma estrutura “pesada”?

Não. A estrutura de cada igreja é a ideal para o funcionamento administrativo, financeiro e da obra do Senhor, de forma harmoniosa. Cada setor, sendo organizado, poderá desempenhar melhor suas funções.

·         Como vamos montar uma estrutura para a EBD?

Começando pequeno. Você, 1 tesoureiro e o atual núcleo de professores da EBD.
Precisamos entender que o famoso “jeitinho” (improviso) deve ser exceção e não a regra.

CONCEITOS:

Organização: ato de organizar, reunir sob uma direção lógica os melhores dons e talentos, com objetivos específicos.
Funções: atribuição individual ou a equipes de determinadas tarefas. Exemplo: Líder de Menores, Tesoureiro, Professor da EBD, etc.
Cronograma: planejamento de forma gráfica expresso no papel com a data do início e do término das fases de cada atividade prevista.

EXEMPLO DE CRONOGRAMA SEMESTRAL DA EBD:

ATIVIDADES/MESES

                   Jan

Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Planejamento do Currículo para o 2º Trimestre: 31.01






Gincana Bíblica: 01.02 a 31.03






Treinamento dos Professores: 15.02 e 17.03






Planejamento do Currículo para o 3º Trimestre: 29.04






Campanha do Real: 01.02 a 30.06






Domingo de Decisão: 31.03 e 30.06






Intercâmbios com EBD de outras Igrejas: 17.05 e 17.06






Elaboração do Cronograma para o 2º Semestre: 05.06






COORDENAÇÃO DE UMA EBD

A EBD exige uma coordenação entre recursos humanos (pessoas) e materiais

Por recursos humanos, entende-se não só as pessoas para execução das tarefas, mas também suas idéias e experiências aplicadas à melhoria do ensino, acima de tudo, seu tempo e disponibilidade como executores desta nobre tarefa. O verdadeiro líder passa pelo menos 50% de seu tempo junto com a equipe ou se comunicando com ela, principalmente escutando.

Por recursos materiais, entende-se o conjunto de condições físicas para que o ensino seja ministrado de forma adequada (cadeiras, material didático, recursos audiovisuais, iluminação, instalações, etc.).

UMA IGREJA ORGANIZADA - ESTRUTURA FUNCIONAL SUGERIDA:

                             PASTOR E DIRETORIA

·         CORPO DE ADULTOS: Liga de Senhoras, Liga de Visitação, Brigada de Cantores, Brigada de Músicos, etc, com seus respectivos Oficiais Locais.
·         CORPO JUVENIL (ou Corpo de Menores): EBD, Liga de Jovens, Brigadas Juvenis de Cantores e Músicos, Liga de Adolescentes, Liga de Crianças, etc., com seus respectivos Oficiais Locais.

                        CORPO JUVENIL – OFICIAIS LOCAIS

Líder de Menores: responsável por todos os ramos da obra juvenil. Pode haver um auxiliar. Dentre suas atribuições: orientar os Oficiais Locais do Corpo de Menores, organizar as reuniões, dirigir a classe de preparação dos professores da EBD, supervisionar todo o trabalho de menores.
Oficial de treinamento juvenil: responsável pelo treinamento e atividades de futuros líderes entre os jovens.
Tesoureiro do Corpo de Menores: lida com as finanças e é encarregado de campanhas financeiras.
Oficial de Registro: anota a frequência da EBD.
Professores da EBD, e seus respectivos auxiliares.
Outros cargos, como Oficial de Doutrinandos, Oficial do Rol do Berço, Oficial de Visitação da EBD, Secretário de Juventude, etc.
Todos os cargos devem ser aprovados e nomeados pelo pastor e respectiva liderança da igreja.

                        PLANEJAMENTO DA ESTRUTURA DE UMA EBD

Ao assumir o cargo de coordenador da EBD, faça um planejamento prévio para obter uma estrutura mínima de funcionamento. Por exemplo:

PESSOAS: 1 tesoureiro, 1 auxiliar, professores e auxiliares para cada classe.
MATERIAIS: 3 quadros brancos, 1 biblioteca, livros do trimestre, papéis, canetas, lápis.

A REUNIÃO DA EBD

Conteúdo:

a)      Cânticos e coros
b)      Orações
c)      Exercícios responsivos
d)     Lição Bíblica (em classes)
e)      Atividades.

Recomenda-se nomear uma pessoa para recepcionista da EBD, ficando á porta do salão e organizando a entrada.

Exige-se pontualidade no início. Uma reunião de EBD não pode ultrapassar 1 ½ hora.

ELEMENTOS DE UMA BOA REUNIÃO EBD:

1)      Brevidade: orações longas e muito falar levam á desordem.
2)      Linguagem: simples. As palavras, cânticos, afirmações e passagens bíblicas necessitam, frequentemente, de explicação.
3)      Variedade e movimento: cânticos com gestos, palmas e práticas semelhantes. Ensino de novos coros. Orações em uníssono (o dirigente fala a frase e as crianças repetem).
4)      Utilização de ilustrações, desenhos, flanelógrafo, fantoches, etc. para atrair a atenção.
5)      Atividades simples, como perguntas e respostas bíblicas, entrevistas, brincadeiras rápidas,etc.

                        Domingo de Decisão

Todo último Domingo de cada trimestre, deverá haver uma EBD especial, com apelo à salvação.

                        Escola Bíblica de Férias (EBF)

Durante as férias escolares, é recomendável que se realize a EBF, durante uma semana, visando atrair as crianças para a EBD regular.

                        Auxiliares dos Professores da EBD

Os alunos de 14 anos ou mais, que se destacarem no zelo e aprendizado, poderão ser convidados a auxiliarem os professores da EBD. Cada professor deveria ter pelo menos um auxiliar, para controlar a ordem na classe, distribuir material e, eventualmente, substituir o professor na sua ausência.

                        Aula de Preparação da Lição Bíblica

É importante que, semanalmente, haja uma aula de preparação sobre o assunto a ser ensinado na EBD. Na impossibilidade de a mesma ser durante a semana, pode-se providenciar para que seja antes da própria EBD.

                        Matrícula dos Alunos

O Livro de Matrícula deve sempre ser atualizado pelo Oficial de Registro. As estatísticas devem ser analisadas, nas reuniões dos professores. Especial ênfase:

1)      Ás novas matrículas.
2)      Aos novos convertidos nos domingos de Decisão.
3)      Aos alunos que abandonaram a EBD (deve haver visitação aos mesmos).

O Livro de Matrículas é um registro importante, objetivo, para avaliação dos resultados da EBD. Não se trata de um simples caderno com números, mas de um instrumento de avaliação. Use-o!

                        RECURSOS MÍNIMOS INDICADOS PARA O FUNCIONAMENTO DE UMA EBD

Realize um planejamento visando obter os seguintes materiais ou condições mínimas:

1 quadro branco (pequeno) para cada classe
1 Flip Charp (com folhas). Servirá também como flanelógrafo.
1 Biblioteca

                        LIVRO DE INVENTÁRIO DA EBD

Os materiais devem ser registrados no Livro de Inventário da EBD, para controle respectivo.

Exemplo de preenchimento:

Material
Data Entrada
Classe/Seção
Observação

                        1 Flip Charp

16.07.2001
Adolescentes
Doado pela igreja
1 Quadro Branco
01.08.2001
Juniores
Comprado com coletas

Trimestralmente é necessário a conferência dos materiais, se possível na presença do pastor.

                        PRIORIDADES

Faça uma lista de prioridades de curto prazo (6 meses) para sua EBD. Exemplo:

Prioridade 1: treinar os atuais professores
Prioridade 2: nomear auxiliares para os atuais professores
Prioridade 3: revisar o currículo, para motivar os alunos

Após listar as prioridades (não devem ser superior a 3), faça um cronograma de ações. Exemplo:

15/09/2001: reunião para marcar as datas de treinamento em conjunto com os professores; Até 30/09/2001: definir os temas; Até 10/10/2001: convidar preletores; Até 20/10/2001: nomear a equipe de coordenação dos treinamentos, etc.

Será muito útil você usar o modelo de CRONOGRAMA, apresentado neste curso, para controlar a sequência de eventos para atingir cada prioridade.

EXERCÍCIOS:

1.      Se você fosse começar do ZERO uma EBD em uma nova Congregação, por onde começaria?
.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2.      Análise do grau de organização da obra Juvenil em sua congregação.
Sua igreja dispõe de (assinale):
Quesito de avaliação:
Sim
Não
a. Líder do Corpo de Menores (ativo)


b. Salas de EBD (incluindo cadeiras e boa iluminação)


c. EBD em funcionamento semanal


d. Tesoureiro do Corpo Juvenil (ativo)


e. Domingo de Decisão a cada fim de trimestre


f. Aula semanal de preparação para os Professores da EBD


g. Livro de Matrícula da EBD (devidamente atualizado)


h. Livro de Inventário da EBD (devidamente atualizado)


i. Escola Bíblica de Férias, ao menos uma vez por ano


j. Pelo menos um professor para cada classe da EBD


l. Flip Charp, Flanelógrafo ou Quadro-Branco (em bom estado)


m. Livro Caixa da EBD (devidamente atualizado)



ATENÇÃO! Se você marcou “Não” no quesito “c”, desconte 5 pontos.
                                  Para cada resposta SIM = 1 ponto
Total de pontos .................

Avaliação:
0 a 6 pontos – há necessidade URGENTE de organizar sua EBD.
6 a 9 pontos – sua EBD tem certa organização, mas é necessário aprimorá-la.
10 ou mais pontos – parabéns! Sua EBD está próxima ao ideal!

3. Com base na avaliação anterior, defina as prioridades mais imediatas, para organizar a EBD:
Prioridade 1: ...........................................................................................................................................
Prioridade 2: ...........................................................................................................................................
Prioridade 3: ...........................................................................................................................................

4. Com base nas prioridades do exercício anterior, crie um plano de trabalho, para 6 meses, visando atender a estas prioridades:

PRIORIDADE 1: ...........................................
Data
Ações






(complete no o planejamento para prioridades 2 e 3).


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